São Paulo – A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, grupo conhecido como Opep+, anunciaram o aumento gradual da produção conforme previsto no acordo firmado em abril deste ano e que foi adotado para mitigar os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a demanda por energia.
O pacto inicial estabelece um limite à oferta da Opep+ de 9,7 milhões de barris por dia (bpd) até o final do mês de julho e que está em vigor atualmente. Entre agosto e dezembro, esse corte de produção será diminuído para 7,7 milhões de bpd.
De acordo com comunicado do grupo, os países que não atingiram seus limites de cota em maio e junho deverão reduzir ainda mais a oferta a partir de agosto para compensar a superprodução.
“O comitê solicitou o monitoramento da implementação da compensação exigida pelos países participantes com baixo desempenho. Também solicitou aos países participantes com baixo desempenho que apresentassem seu plano de implementação da compensação necessária para o mês de junho de 2020 até o final de julho de 2020 “, diz comunicado.
De acordo com a nota, a adesão ao acordo que limita a produção no mês de junho foi de 107%.
O ministro da Energia saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, disse que os cortes reais ficarão entre 8,1 milhões de bpd e 8,2 milhões de bpd em agosto. Segundo ele, esses números levam em consideração os cronogramas apresentados por alguns membros do grupo que não cumpriram totalmente os cortes anteriores.
A Opep+ acredita que o mercado absorverá o excesso de oferta derivada o afrouxamento dos limites de produção ao passo que a demanda por petróleo vai se recuperando com os processos de reabertura das economias ao redor do mundo, segundo comunicado.
“Ele [o Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial] observou que, passando para a próxima fase do acordo, a oferta extra resultante da flexibilização programada do ajuste da produção será consumida à medida que a demanda se recuperar”, afirma a nota.
