Por Cristiana Euclydes
São Paulo – A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve a previsão de crescimento da demanda e da oferta mundial por petróleo em 2019, mas revisou para baixo a produção de países de fora do cartel em 2020, com expectativa de menor fornecimento dos Estados Unidos.
A demanda global deve aumentar em 980 mil barris por dia em 2019, atingindo 99,8 milhões de bpd, mesma projeção divulgada em outubro. Algumas revisões em alta no Oriente Médio foram compensadas pelas revisões em baixa nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) da América.
Para 2020, a previsão ficou estável, e a procura mundial deve crescer em 1,08 milhão de bpd, para 100,88 milhões de bpd. Os países da OCDE devem contribuir com 70 mil bpd para o crescimento da demanda por petróleo no ano que vem, enquanto os países fora da OCDE devem agregar 1,01 milhão de bpd.
Com relação à oferta, a dos países de fora da Opep este ano deve crescer em 1,82 milhão de bpd – sem alteração em relação à estimativa divulgada no mês passado -, para 64,30 milhões de bpd. As revisões em alta no Canadá, Reino Unido e Cazaquistão foram compensadas por ajustes para baixo nos Estados Unidos, Brasil e China.
Para 2020, a oferta dos países de fora da Opep de 2020 foi revisada para baixo em 36 mil barris por dia (bpd), para 2,17 milhões de barris por dia. Com isso, a produção total de petróleo deve atingir 66,4 milhões de bpd este ano, em especial devido a queda no fornecimento dos Estados Unidos. A previsão para o país foi rebaixada em 33 mil bps, para 1,5 milhão de bpd.
A revisão se deve a várias incertezas, segundo o relatório, incluindo “a continuação da disciplina de investimentos por empresas independentes dos Estados Unidos, restrições de oleodutos no Canadá e níveis da atividade de perfuração e finalização nos Estados Unidos, interrupções não planejadas, partidas atrasadas e manutenção inesperada”.