A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) ainda não iniciaram as negociações formais sobre a extensão dos cortes voluntários na produção de petróleo de 2,2 milhões de barris por dia além de junho. No entanto, três fontes de países produtores da Opep+ disseram à agência Reuters afirmaram que eles poderiam manter esses cortes se a demanda não se recuperar.
Desde o final de 2022, a Opep+ implementou uma série de cortes na produção devido ao aumento da produção dos Estados Unidos e de outros produtores não membros, bem como preocupações com a demanda devido às altas taxas de juros nas principais economias.
A Opep+, composta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo, Rússia e outros produtores não pertencentes ao cartel, se reunirá em 1º de junho em Viena para definir a política de produção.
Atualmente, o grupo Opep+ está reduzindo a produção em 5,86 milhões de barris por dia, cerca de 5,7% da demanda global. Esses cortes incluem 3,66 milhões de barris por dia pelos membros da Opep+ válidos até o final de 2024 e 2,2 milhões de barris por dia de cortes voluntários por alguns membros expirando no final de junho.
Embora os preços do petróleo tenham encontrado suporte este ano devido ao conflito no Oriente Médio, as preocupações com o crescimento econômico e as altas taxas de juros têm exercido pressão. O petróleo Brent atingiu uma mínima de sete semanas na quarta-feira, fechando a US$ 83,44 por barril.
As três fontes dos países que fizeram cortes voluntários na oferta disseram que uma extensão é provável. Uma fonte mencionou a possibilidade de estender os cortes até o final do ano, enquanto outra afirmou que seria necessário um aumento surpreendente na demanda para que a Opep+ fizesse qualquer mudança.
Por outro lado, duas fontes da Opep+ disseram que as negociações formais ainda não haviam começado, e uma delas afirmou que a Opep+ ainda não havia se inclinado a favor ou contra a extensão dos cortes.
Os países que fizeram cortes voluntários mais profundos do que os acordados com o grupo mais amplo são Argélia, Iraque, Cazaquistão, Kuwait, Omã, Rússia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Outra possibilidade seria reverter alguns ou todos os cortes de 2,2 milhões de barris por dia após junho. A Opep afirmou esperar outro ano de crescimento relativamente forte na demanda por petróleo, de 2,25 milhões de barris por dia, enquanto a Agência Internacional de Energia prevê um crescimento muito mais lento, de 1,2 milhão de barris por dia.
