São Paulo – O Ibovespa passou a subir mais de 10%, voltando aos 70 mil pontos, refletindo as Bolsas norte-americanas, com o índice Dow Jones avançando quase 8%. Investidores estão mais otimistas à espera de um acordo do Senado dos Estados Unidos para aprovação do pacote trilionário de ajuda à economia do país.
Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 12,10% aos 71.262,83 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 11,2 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2020 apresentava avanço de 11,67% aos 71.320 pontos.
Para o diretor de investimentos da SRM Asset, Vicente Matheus Zuffo, investidores também estão antecipando uma estabilização de casos de coronavírus em alguns países, o que poderia flexibilizar medidas como quarentenas.
O dólar comercial tem queda firme frente ao real desde a abertura dos negócios em sessão de alívio nos mercados globais, mas com investidores atentos aos Estados Unidos onde o Congresso pode aprovar um pacote de estímulos de cerca de US$ 2,0 trilhões.
Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 1,20%, sendo negociado a R$ 5,0740 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em abril de 2020 apresentava recuo de 1,39%, cotado a R$ 5,078.
Mais cedo, a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, declarou que há um otimismo para o pacote ser votado nas próximas horas. Para o consultor de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello, outros fatores contribuem para uma sessão mais positiva como o entendimento de que o Banco Central (BC) está atento e atuante em um momento em que se busca um ponto de equilíbrio para sustentar os mercados.
O analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, pondera que, a preocupação que surge agora com a evolução da crise provocada pelo novo coronavírus é a “destruição” de empregos em um mundo “já endividado e alavancado”.
“Os governos se esforçam com medidas para amenizar riscos, mas as incertezas ainda são muitas”, avalia. Faganello acrescenta que a instabilidade deve perdurar por “um bom tempo”, com os mercados se alternando no humor, diante de dados que já começam a refletir os impactos do coronavírus na atividade global.
As taxas dos contratos de juros futuros seguem em queda, intensificando o ritmo de retirada de prêmios em meio à melhora do humor nos mercados globais. A queda maior que a esperada das vendas no varejo em janeiro amplia a chance de novos cortes na Selic em breve, ao mesmo tempo em que eleva o temor de contração da economia brasileira (PIB) neste início de ano.
Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 3,65%, de 3,770% após o ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2022 estava em 5,06%, de 5,59% no ajuste ao final da sessão anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,73%, de 7,26%; enquanto o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 8,29%, de 8,71%, na mesma base de comparação.