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Empresa interrompe obras do Puma II em função da pandemia

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São Paulo – A Klabin afirmou que diante da disseminação da pandemia do Covid-19, nome do novo coronavírus, iniciou o processo de desmobilização temporária de profissionais envolvidos nas obras de construção e montagem do Puma II, localizado no Paraná, como medida de prevenção e controle da doença. As obras contam 4,5 mil profissionais entre próprios e terceiros.

“Pela rapidez dos eventos relacionados à pandemia do Coronavírus e incertezas quanto ao prazo para a normalização das atividades de saúde e econômicas do Brasil, não é possível até o presente momento estabelecer quais serão os efeitos dessa medida no cronograma e orçamento do Projeto”, diz o comunicado.

Segundo a companhia, esta decisão some-se as já anunciadas que tem o objetivo de preservar a segurança dos seus colaboradores e das operações das unidades do Paraná.

“Vale ressaltar que essas unidades são responsáveis pela produção de bens atualmente essenciais ao mercado e à população, notadamente embalagens para alimentos, entre as quais embalagens longa vida, para higiene e limpeza, além de celulose, usadas na fabricação de fraldas descartáveis e produtos hospitalares e papéis higiênicos”.

A Klabin ressaltou ainda que dependendo da evolução epidemiológica ações adicionais podem ser tomadas.

BNDES suspende pagamento de empréstimos e injeção de R$ 55 bi

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São Paulo – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) suspendeu temporariamente a obrigação das empresas de pagar parcelas de financiamento diretos e indiretos para ajudar a mitigar os efeitos econômicos da epidemia do Covid-19 sobre o caixa das empresas brasileiras.

Segundo o banco, a suspensão temporária de pagamentos de parcelas de financiamentos diretos para empresas equivale a um auxílio de R$ 19 bilhões, enquanto a suspensão de parcelas de financiamentos indiretos chega a R$ 11 bilhões.

O BNDES também transferirá R$ 20 bilhões em recursos do Fundo PIS-PASEP para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e ampliará o crédito para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), por meio dos bancos parceiros, no valor de R$ 5 bilhões.

“As medidas adotadas pelo BNDES visam a apoiar o trabalhador diretamente com a possibilidade de novos saques do FGTS e indiretamente, ao ajudar na manutenção de mais de 2 milhões de empregos com aumento da capacidade financeira e preservação de 150 mil empresas. Os R$ 55 bilhões que serão injetados na economia representam quase a totalidade dos desembolsos do BNDES em todo o ano de 2019”, disse o banco em um comunicado divulgado ontem.

CCR divulgará dados semanais de movimentação durante período de incertezas

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São Paulo – A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) afirmou que divulgará semanalmente e de forma agregada por divisão informações sobre a movimentação nas concessões sob sua gestão, diante dos impactos de curto prazo relacionados ao Covid-19, novo do novo coronavírus.

De acordo com a concessionária, o boletim semanal será divulgado durante o fim de semana e abrangerá o período de sete dias entre a sexta-feira da semana antecedente e a quinta-feira mais recente. As informações serão divulgadas na forma de eixos equivalentes.

“Cabe ressaltar que as informações de movimentação em bases semanais, e sua comparação com os mesmos dias do ano anterior, estão sujeitas a inúmeros fatores que dificultam a interpretação, tais como feriados e condições climáticas. Além disso, a própria natureza das concessões é de negócios que tem um horizonte de longo prazo”, diz o comunicado.

Em março, até o dia 19, o tráfego total de veículos nas rodovias da CCR registrou alta de 5,8%, sendo que os veículos de passeio tiveram queda de 6,4% e o comercial alta de 16,2%. Sem a ViaSul, o tráfego subiu apenas 0,8% no período, sendo que os leves caíram 11,1% e o comercial teve alta de 10,7%.

Na CCR Infra SP, que abrange outras rodovias que não são de capital, incluindo AutoBAn e ViaOeste, houve queda de 1,8% até o dia 19 de março, sendo que os veículos leves caíram 11,5% e o comercial teve alta de 7,8%.

Na LAM Vias, que também abrange outras concessões que não possuem capital aberto, houve alta de 21,4%, sendo que os veículos leves tiveram alta de 7,3% e comercial de 30,1%. Sem ViaSul, a alta total é de 6,7% até o dia 19 de março, sendo que os veículos de passeio caíram 9,8% e comercial teve alta de 15,8%.

Na concessão Mobilidade, houve queda de 26% até o dia 19 de março, enquanto nos Aeroportos a queda foi de 20,4% no período.

Em comunicado, a empresa explicou que divulgará essas informações enquanto estiver vivendo esse momento de grandes incertezas e volatilidade causada pelo novo coronavírus.

BC anuncia novas medidas para garantir liquidez ao mercado

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São Paulo – O esforço do Banco Central (BC) é garantir que haja liquidez no sistema financeiro, direcionar esta liquidez para onde ela e necessária e manter a estabilidade do mercado financeiro para que não se perca a referência de preços, afirmou o presidente da instituição, Roberto Campos Neto.

“Temos que evitar desorganização em que os preços passam a perder referência”, disse ele, acrescentando que “quando os mercados não funcionam, as pessoas perdem a confiança nas informações contidas nos preços”.

Campos Neto afirmou que a disseminação da Covid-19 “aprofundou bastante o cenário de crise” e gerou uma busca global por ativos seguros em detrimento daqueles considerados arriscados – em particular os de países emergentes. Isso, segundo ele, contribuiu para que houvesse desvalorização cambial e aumento no spread dos swaps de default de crédito (CDS, na sigla em inglês) do Brasil e de outros países.

Soma-se a isso as dúvidas de todos os agentes econômicos em torno de qual será a duração da atual crise gerada pela pandemia da Covid-19, que segundo Campos Neto leva as pessoas a irem ao supermercado para estocar produtos. “No mundo empresarial não é muito diferente. As empresas pequenas e médias não sabem quanto tempo vão ter que ficar sem receber o dinheiro das atividades do dia a dia. Tem busca por liquidez”, disse ele. “O BC tem que ter condições de garantir liquidez para todo o sistema para ter certeza que vamos atravessar isso sem problemas.”

Ele ressaltou que o custo dos empréstimos para empresas aumentou porque os bancos estão embutindo mais risco nos componentes de liquidez e custo de capital, mesmo diante do corte nos juros anunciado na semana passada pelo BC.

Foi a partir daí que o BC fez o diagnóstico dos problemas e optou por anunciar medidas para garantir a capitalização do sistema financeiro e as condições para que os bancos possam rolar as dívidas dos clientes.

Além das medidas que já foram anunciadas anteriormente – como redução do compulsório e nas exigências de capital regulatório, as operações compromissadas em dólar e a dispensa de provisionamento de bancos e cooperativas em caso de repactuação de empréstimos, que juntas poderão liberar pouco mais de R$ 185 bilhões -, a instituição anunciou hoje um conjunto de medidas que entrarão em vigor em breve e que estão em estudo.

Algumas das novas medidas foram divulgadas pelo BC pouco antes da coletiva do presidente – depósito a pravo com garantias especiais do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), liberação adicional de depósitos compulsórios e empréstimos com lastro em debêntures, que juntas devem liberar até R$ 359 bilhões em liquidez.

Outras devem ser lançadas no curto prazo ou estão em fase de estudos.

Neste grupo está a ampliação do limite de recompra de Letras Financeiras de emissão própria, em que os grandes bancos poderão comprar até 20% – em vez de até 5% – das letras financeiras de emissão própria. Isso elevaria o potencial para recompra em R$ 30 bilhões.

O BC também estuda não deduzir do capital dos bancos os efeitos tributários decorrente de overhedge de investimentos em participações no exterior. Esta medida sozinha amplia a folga de capital no sistema financeiro em R$ 46,0 bilhões e a capacidade e expansão de crédito em R$ 520 bilhões.

A instituição também pode fazer empréstimos lastreados em letras financeiras garantidas por operações de crédito, que teria o potencial de liberar até R$ 670 bilhões em liquidez.

Outras medidas que podem ser adotadas são o BC promover operações compromissadas de até um ano com lastro em títulos públicos federais, flexibilizar regras de Letras de Crédito do Agronegócio que exigem 100% de lastro e investimento em atividades afins, a redução do spread do nivelamento de liquidez de 65 para 10 pontos-base e novas reduções no compulsório bancário.

Renova aceita oferta vinculante pelo Alto Sertão III

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São Paulo – A Renova Energia, subsidiária da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), disse que o conselho de administração aprovou a oferta vinculante da ARC Capital para o Complexo Eólico Alto Sertão III, localizado na Bahia. O valor não foi divulgado.

No ano passado, a empresa tinha recebido uma proposta da AES Tietê pelo empreendimento, mas acabou desistindo de seguir adiante.

A empresa concederá um prazo de 30 dias de exclusividade contados da presente data que servirá para a negociação satisfatória dos documentos da operação entre as partes.

China segue sem novos casos domésticos da Covid-19

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São Paulo – A China não teve nenhum novo caso de Covid-19 transmitido dentro do território nacional, segundo a Comissão Nacional de Saúde do país, e foram registrados 39 novos casos importados, ou seja, de pessoas que se contaminaram antes de chegar no país.

O total de casos da China, tanto exportados como domésticos, passou para 81.093, em 31 províncias chinesas. Já o número de mortes subiu em nove, para 3.270. Além disso, há 47 novos casos suspeitos.

Segundo as autoridades de saúde do país, todas as novas mortes relatadas ocorreram na província de Hubei, onde o vírus foi detectado pela primeira vez, em dezembro do ano passado. Dos 39 novos casos importados na China, dez foram em Pequim e dez em Xangai.

Na província de Hubei, 67,8 mil pessoas testaram positivo para o vírus e, deste total, 50 mil pacientes estão na capital Wuhan. A província reportou 3.153 mortes por Covid-19.

Ao mesmo tempo, 459 novos pacientes foram curados e receberam alta na China, levando o total de pessoas curadas para 72.703, sendo 59.879 na província de Hubei.

Nas regiões administrativas especiais da China, foram confirmados 507 casos, sendo 317 deles em Hong Kong, com quatro mortes e 100 pacientes dispensados; 21 em Macau, onde dez pacientes receberam alta; e 169 em Taiwan, onde houve duas morte e 28 pacientes foram liberados do hospital.

RADAR DO DIA: Semana será marcada por desdobramentos do coronavírus

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São Paulo – A semana que passou para o mercado brasileiro foi marcada pelo sexto circuit breaker desde o recrudescimento da pandemia, se igualando ao número de vezes em que o mecanismo foi acionado durante a crise financeira mundial de 2008. Esta semana, porém, não deve ser diferente e seguirá de olho nos novos desdobramentos relacionados ao Covid-19, nome do novo coronavírus.

Além disso, governos e Bancos Centrais (BCs) mundo afora devem continuar o movimento visto na semana passada de injeção de estímulos nas economias em meio à crise global desencadeada pelo coronavírus.

Para esta semana, a agenda de indicadores tem dados do comércio, serviços e de atividade no Brasil, além de dados dos Estados Unidos Ásia e Europa. Alguns dados, por exemplo, já devem trazer impactos do coronavírus na economia europeia e asiática.

O Comitê de Política Monetária (Copom) antecipou a divulgação da ata da reunião da semana passada, que cortou a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual (pp), para 3,75% ao ano, para esta segunda-feira. Para o grupo, o coronavírus deixa um ambiente desafiador para mercados emergentes.

Às 9h, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, dará uma entrevista coletiva podendo anunciar novas medidas para a economia.

O avanço do coronavírus pelo mundo tem gerado grande preocupação e levado os investidores a um sentimento de cautela que tem impactado fortemente os mercados.

Por aqui, o Ibovespa encerrou a sessão de sexta-feira (20) em queda de 1,84%, aos 67.069,36 pontos, refletindo as falas do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre a curva do contágio de coronavírus no Brasil e a possibilidade de colapso do sistema de saúde em abril, além de acompanhar o aumento das perdas das Bolsas norte-americanas.

Nesta manhã, os contratos futuros dos principais índice do mercado de ações dos Estados Unidos operam em queda após o Senado não aprovar o pacote estímulo econômico, podendo votá-lo novamente hoje. Os mercados europeus também caem de olho no avanço do novo coronavírus e decisão do Senado norte-americano.

Na Ásia, os principais índices do mercado de ações asiático fecharam o pregão em baixa na esteira da decisão do Senado dos Estados Unidos de não votar a favor do plano de estímulo de novos desdobramentos do coronavírus.

Além disso, os investidores continuam de olho na crise do preço do petróleo, após a Arábia Saudita aumentar a produção e reduzir os preços praticados pela estatal Saudi Aramco depois do fracasso nas negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e países aliados para uma redução coordenada da oferta da commodity. A iniciativa está relacionada ao impacto econômico do coronavírus.

CORPORATIVO

A Vale informou que foram confirmados os primeiros dois casos de funcionários com o Covid-19, nome do novo coronavírus, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (20).

A empresa disse que comunicou os dois casos às autoridades e presta toda a assistência necessária aos empregados, que passam bem e estão em isolamento domiciliar.

O conselho de administração da Hypera aprovou a celebração de empréstimo bancário com o Santander Brasil no valor de R$ 500 milhões. Recentemente a empresa fez uma aquisição de medicamentos da Takeda e os recursos devem ser usados para a operação ou para reforçar o caixa.

A Renova Energia, subsidiária da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), disse que o conselho de administração aprovou a oferta vinculante da ARC Capital para o Complexo Eólico Alto Sertão III, localizado na Bahia. O valor não foi divulgado.

A Eletrobras afirmou que alterou a data de divulgação do balanço de 2019 de 25 para 27 de março, em função da disseminação do Covid-19, nome do novo coronavírus, uma vez que a empresa consolida resultados de oito controladas, 25 coligadas e 136 Sociedades de Propósito Específico (SPEs).

A Braskem disse que criou o comitê de crise diante da pandemia do Covid-19, nome do novo coronavírus, com o objetivo de estabelecer procedimentos globais com foco principalmente na saúde das pessoas e na continuidade das suas operações.

A Via Varejo informou que diante da disseminação da pandemia do Covid-19, nome do novo coronavírus, decidiu por fechar todas as lojas Casas Bahia e Ponto Frio no Brasil, incluindo as lojas de rua como em shoppings e afins.

A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) afirmou que divulgará semanalmente e de forma agregada por divisão informações sobre a movimentação nas concessões sob sua gestão, diante dos impactos de curto prazo relacionados ao Covid-19, novo do novo coronavírus.

A Vale informou que comprou 5 milhões de kits de testes rápidos para o Codiv-19, nome do novo coronavírus, para ajudar o governo brasileiro no combate à disseminação da doença no país. Os testes, que permitem ter um resultado em apenas 15 minutos, foram comprados na China.

A Embraer decidiu colocar todos os seus funcionários que não podem desempenhar suas atividades remotamente em afastamento temporário remunerado até o dia 31 de março. Segundo a companhia, a medida visa a saúde e o bem-estar de seus funcionários.

A Hapvida disse que diante das circunstâncias relacionadas ao Covid-19, nome do novo coronavírus, adiou a reunião do conselho de administração que deliberaria sobre as demonstrações financeiras de 2019 de 23 para 25 de março e a consequente divulgação do resultado para o mesmo dia.

Possível colapso na saúde faz Bolsa cair; dólar recua com atuação dos BCs

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São Paulo – Após operar a maior parte do pregão em alta e tentar uma recuperação, o Ibovespa voltou a cair com mais força no fim do dia e fechou em queda de 1,84%, aos 67.069,36 pontos. O índice refletiu as falas do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sobre a curva do contágio de coronavírus no Brasil e a possibilidade de colapso do sistema de saúde em abril, além de acompanhar o aumento das perdas das Bolsas norte-americanas. O volume total negociado foi de R$ 33,3 bilhões.

Na semana, que contou com o sexto circuit breaker desde o recrudescimento da pandemia, se igualando ao número de vezes em que o mecanismo foi acionado durante a crise financeira mundial de 2008, a queda do Ibovespa foi de 18,8%.

Segundo um operador de renda variável, as declarações do ministro da Saúde trouxeram preocupação ao prever que a alta do número de casos do vírus só deve perder força a partir de junho, podendo levar ao colapso do sistema de saúde em abril e trazer maiores impactos para a economia brasileira do que o previsto inicialmente.

“A gente imagina que ela (transmissão) vai pegar velocidade. Essa subida rápida vai durar o mês de abril, o mês de maio e o mês de junho é quando ela vai começar a ter uma tendência de desaceleração de subida. No mês de julho, ela deve começar o platô e em agosto esse platô vai começar a mostrar a tendência de queda”, detalhou o ministro.

Para o chefe de análise da Toro Investimentos, Rafael Panonko, é natural que continue a volatilidade nos mercados, mas acredita que o governo não tem respondido à altura diante dessa rápida aceleração prevista de casos. “No atual momento o governo não está tendo a visão da magnitude do problema”, disse, embora acredite que mais medidas possam ser tomadas na medida em que a situação se agrave.

Já no exterior, as Bolsas dos Estados Unidos também aprofundaram perdas no fim do pregão, encerrando com uma das piores sessões em três anos, pressionados pelo anúncio de novas medidas de restrição de circulação de pessoas, apesar das medidas tomadas por governos e bancos centrais para mitigar efeitos nas economias. Hoje, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, determinou que trabalhadores de atividades não essenciais permaneçam em casa em linha com o que a Califórnia já havia anunciado na noite anterior.

Entre as ações, as maiores quedas do Ibovespa foram da Telefônica Brasil (VIVT4 -9,37%), da Yduqs (YDUQ3 -9,39%) e da Embraer (EMBR3 -12,02%). Na contramão, as maiores altas foram da Azul (AZUL4 17,04%) e da Gol (GOLL4 15,20%), além da Smiles (SMLS3 12,19%), que mostraram altas expressivas tentando uma recuperação depois de vários dias entre as maiores quedas do índice.

O dólar comercial fechou em queda de 1,47% no mercado à vista, cotado a R$ 5,0220 para venda, na quinta sessão seguida acima de R$ 5,00, assim fechando a semana acima deste nível pela primeira vez na história. O alívio na sessão acompanhou o exterior que reagiu aos estímulos anunciados por Bancos Centrais e governos ao longo da semana para enfrentamento do novo coronavírus.

“A melhora do humor dos investidores ficou apoiada nas ações de governos e Bancos Centrais ao redor do globo na tentativa de mitigar os efeitos nocivos da crise em curso, o que aliviou a pressão sobre o dólar com a melhora do mercado acionário lá fora”, comenta o diretor da Correparti, Ricardo Gomes.

Na semana, marcada por forte volatilidade e pela sustentação da moeda acima do patamar inédito de R$ 5,00, o dólar se valorizou em 4,01% e engata a quinta semana seguida de alta. Nos últimos dias, acompanhamos a iniciativa de vários países na Europa e nos Estados elevando medidas restritivas em meio ao avanço no número de casos confirmados do coronavírus.

“Há muita incerteza acerca da magnitude do impacto do vírus sobre a atividade no segundo trimestre e sobre a velocidade de retomada no período seguinte. Nesse contexto, governos e bancos centrais ao redor do mundo lançaram mão de estímulos fiscais e monetários nesta semana, em um esforço conjunto para suavizar esse impacto”, ressalta a equipe econômica do Bradesco.

Na semana que vem, na agenda de indicadores tem dados do comércio, de serviços e de atividade em fevereiro aqui, nos Estados Unidos, na Ásia e na Europa. Alguns dados já devem trazer impactos do coronavírus, principalmente, na economia europeia e asiática.

“O coronavírus seguirá precificando os ativos com qualquer notícia a respeito, além dos impactos”, comenta a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack.

MERCADO AGORA: Veja um resumo dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa mudou de direção no início da tarde de hoje e passou a cair acompanhando os mercados norte-americanos. Mais cedo, a Bolsa subia em dia de alívio no exterior com investidores mais esperançosos em relação às medidas anunciadas por bancos centrais e à possibilidade de novos tratamentos contra o coronavírus. No entanto, a volatilidade ainda deve permanecer elevada.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 0,21% aos 68.186,80 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 12,9 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2020 apresentava forte avanço de 3,65% aos 68.020 pontos.

“Os mercados sobem forte pelo segundo dia consecutivo, sequência que não acontece desde a semana pré-Carnaval. Esse otimismo dos mercados é motivado por uma série de notícias que não sinalizam que o pior já passou, mas que dão esperanças de que venceremos essa crise”, disseram os analistas da Rico Investimentos, em relatório.

Entre as notícias que ajudam desde ontem, está a possibilidade de novos medicamentos contra o coronavírus, que eram usados para tratar a malária. Além disso, bancos centrais seguem anunciando medidas, como o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e o banco central da Inglaterra, que cortou os juros.

Há pouco, o Fed também anunciou uma ação coordenada com o Banco do Canadá, com o Banco da Inglaterra, com o Banco do Japão, com o Banco Central Europeu e com o Banco Nacional Suíço para melhorar o fornecimento de liquidez por meio da linha de swap em dólar.

O dólar comercial segue em queda de mais de 1,5% frente ao real refletindo uma sessão de alívio nos mercados globais, principalmente para as moedas de países emergentes, enquanto investidores reagem aos estímulos monetários anunciados por Bancos Centrais, enquanto autoridades prometem medidas para conter os impactos econômicos decorrentes do novo coronavírus. Aqui, o Senado aprovou, há pouco, o decreto de estado de calamidade pública do país em decorrência da pandemia.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 1,49%, sendo negociado a R$ 5,0210 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em abril de 2020 apresentava recuo de 1,54%, cotado a R$ 5,021.

“A semana termina com renovada esperança de que a ação dos Bancos Centrais e de governos possa garantir tempo até que seja encontrada a cura para a pandemia. Enquanto a China se prepara para seguir em frente após ter sido a primeira atingida pelo surto, os demais países ainda não configuram nesse patamar. Ainda devem lutar para que a disseminação da doença não se alastre até que a curva de inversão [dos casos] aponte no horizonte”, comenta o consultor de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello.

Há pouco, senadores aprovaram o decreto de calamidade pública. Foi a primeira sessão virtual da história. A medida suspende o cumprimento da meta de resultado primário neste ano e abre espaço para o Executivo aumentar despesas no combate do novo coronavírus.

O texto, já aprovado pela Câmara dos Deputados, reconhece o estado de calamidade pública com efeitos até 31 de dezembro e cria uma comissão mista do Congresso para acompanhar a situação fiscal e a execução orçamentária.

A estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Crisitiane Quartaroli, destaca que ao longo da semana, o Congresso e o governo federal “voltaram a conversar”, mesmo em meio à ruídos secundários, com a aprovação e anúncio de medidas de estímulos econômicos para “atravessar” os efeitos da doença.

“Apesar do alívio vindo do exterior, os investidores locais também respondem a isso. É importante que neste momento, o legislativo e o governo estejam alinhados, o que não estávamos vendo. Mas é importante pontuar que as medidas terão efeito no médio prazo”, ressalta.

Mesmo com a queda, a moeda norte-americana resiste e opera acima de R$ 5,00, pela quinta sessão seguida. A economista do Ourinvest pondera que o cenário segue de forte aversão ao risco.

“Esse patamar elevado é reflexo de uma crise e suas incertezas. Além disso, estamos com a taxa de juros nos menores níveis da história”, avalia. Nesta semana, o Banco Central (BC) promoveu o corte da taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual (pp), o sexto seguido, saindo de 4,25% para 3,75% ao ano.

Às 12h28, o dólar à vista recuava 1,51%, negociado a R$ 5,0190 para venda, depois de oscilar na mínima de R$ 4,9990 (-1,92%) e máxima de R$ 5,0570 (-0,78%). O contrato para abril tinha queda de 1,68%, a R$ 5,0160. Lá fora, o Dollar Index operava em queda de 0,97%, aos 101,759 pontos. As principais moedas de países emergentes operavam mistas ante o dólar; o peso mexicano sobe ao redor de 0,50%.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) seguem em queda, mas reduziram o ritmo de retirada de prêmios, principalmente no trecho mais longo da curva a termo. Os investidores mostram cautela com a cena local, apesar do otimismo com a ofensiva global de governos e bancos centrais no combate aos impactos econômicos da pandemia de coronavírus.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 3,92%, de 3,935% do ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2022 estava em 5,41%, de 5,77% no ajuste ao final da sessão anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,73%, de 6,96%; enquanto o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 7,90%, de 7,98% na mesma base de comparação.

Casos do novo coronavírus fora da China somam 164,2 mil, com 6,7 mil mortes

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São Paulo  – O número de casos causados por coronavírus fora da China agora chega aos 164,2 mil infectados, superando o número reportado dentro da China, onde cerca de 81 mil indíviduos com o Covid-19 foram registrados, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

O número de mortes causadas por coronavírus fora de território chinês também ultrapssou o país asiático, com cerca de 6,7 mil fatalidades. Na China, foram reportadas cerca de 3,2 mil mortes.

Entre os 163 países e territórios infectados, depois da China, a Itália é a nação mais infectada. Até o momento foram registrados 41.035 casos, 5.322 a mais do que ontem pela manhã. Os casos fatais somam 3.405. Depois dos italianos, está o Irã, com 18.407. Lá, as mortes somam 1.284.

O quarto país mais infectado é a Espanha, com um total de 18.077 casos confirmados, 930 a mais do que ontem, e 833 mortes, 66 a mais do que 24 horas antes. Depois está a Alemanha, com 16.290 casos, 3.197 a mais do que ontem, e 44 mortes, 13 casos novos depois de 24 horas. A França vem em seguida, com 1.833 novos casos desde ontem de manhã, totalizando 10.891. O número de mortos aumentou em 128 para 371 pessoas.

Em seguida, encontra-se a Coreia do Sul, com 8.652 casos e 94 mortes. O país possui o menor índice de novos infectados e fatalidades depois da China. Desde ontem, a nação registrou apenas 87 casos e 7 mortes.

Depois está a Suíça, que teve um pico de novos casos nas últimas horas, levando seu total para 4.164 e 43 mortos, e o Reino Unido, com 2.717 casos e 138 mortes.

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