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China não registra novos casos domésticos pela 1ª vez

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São Paulo – A China reportou pela primeira vez nenhum novo caso de coronavírus transmitido dentro do território nacional desde o início de suas contagens diárias. Segundo a Comissão Nacional de Saúde do país, foram registrados apenas 34 novos casos importados, ou seja, pessoas que contraíram Covid-19 ao entrar em contato com o vírus fora do país.

Na soma total de casos reportados na China, tanto exportados como domésticos, o número passou para 80.928 em 31 províncias chinesas. Já o número de mortes subiu em 8 para 3.237, e há 105 casos suspeitos.

Segundo as autoridades de saúde do país, todas as novas mortes relatadas ocorreram na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, principal ponto de espalhamento da doença no país. Seis delas ocorreram lá.

Dos 34 novos casos importados na China, 21 deles foram para Pequim, capital do País. Já Hubei não realtou nenhum. Na província, 67.800 pessoas testaram positivo para o vírus e, deste total, 55.096 pacientes estão na capital Wuhan.

Também foram adicionados 23 casos suspeitos no país, segundo as autoridades de saúde. Não existem casos suspeitos em Hubei. Ao mesmo tempo, 819 novos pacientes foram curados e receberam alta na China, levando o total de pessoas curadas para 70.420, 57.678 em Hubei.

Nas regiões administrativas especiais da China, foram confirmados um total de 307 casos, sendo 192 deles em Hong Kong, com quatro mortes e 95 pacientes dispensados; 15 em Macau, onde dez pacientes receberam alta; e 100 em Taiwan, onde houve uma morte e 22 pacientes foram liberados do hospital.

Casos de novo coronavírus no Brasil chegam a 428, com 4 mortes

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São Paulo – Os casos confirmados do novo coronavírus, causador da Covid-19, atingiram 428 no Brasil, e o país registra quatro mortes em decorrência da doença – todas elas no estado de São Paulo -, de acordo com dados atualizados na noite de ontem pelo Ministério da Saúde.

Em São Paulo, estado onde a situação é mais grave, o número de casos chegou a 240. A maior parte deles (214) está na capital e na região do ABC Paulista – Santo André (6), São Bernardo do Campo (3) e São Caetano do Sul (6).

Osasco, Ferraz de Vasconcelos, Cotia, Barueri, Guarulhos, Mauá, Santana do Parnaíba, São José dos Campos, Campinas, São José do Rio Preto e Jaguariúna também registraram um caso cada.

O Rio de Janeiro, onde há o segundo maior número de casos do Covid-19, registra agora 45 infecções confirmadas.

Também há ocorrências no Distrito Federal (26), Rio Grande do Sul (19), Pernambuco (16), Minas Gerais (15), Paraná (13), Santa Catarina (10), Ceará (9), Espírito Santo (9), Goiás (8), Mato Grosso do Sul (7), Sergipe (5), Bahia (3), Amazonas (1), Rio Grande do Norte (1) e Alagoas (1)

BCE anuncia novo programa de compra de ativos de 750 bi de euros para apoiar economia

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São Paulo – O Banco Central Europeu (BCE) anunciou um novo programa de compra de ativos no valor de 750 bilhões de euros que incluirá títulos do setor público e privado em uma tentativa de mitigar os riscos ao mecanismo de transmissão da política monetária e as perspectivas para eurozona representadas pela pandemia do novo coronavírus.

De acordo com comunicado, o programa de compra de emergências pandêmicas (PEPP, na sigla em inglês) estará ativo até o final deste ano e incluirá todas as categorias de ativos elegíveis no programa de compra de ativos existente.

“O conselho do BCE encerrará as compras de ativos líquidos sob o PEPP assim que julgar que a fase de crise do coronavírus terminou, mas, em qualquer caso, não antes do final do ano”, afirma a nota.

Para as compras de títulos do setor público, a alocação de referência continuará sendo o chamado capital key – índice de leva em consideração a proporção entre o tamanho de cada economia e sua contribuição ao capital do BCE – dos bancos centrais nacionais.

“Ao mesmo tempo, as compras sob o novo PEPP serão conduzidas de maneira flexível. Isso permite flutuações na distribuição dos fluxos de compras ao longo do tempo, entre classes de ativos e entre jurisdições”, diz o BCE em nota.

Ainda de acordo com comunicado do BCE, será concedida uma isenção aos requisitos de elegibilidade para valores mobiliários emitidos pelo governo grego para compras no âmbito do PEPP.

“O conselho do BCE está empenhado em desempenhar o seu papel no apoio a todos os cidadãos da eurozona neste período extremamente desafiador. Para esse fim, o BCE garantirá que todos os setores da economia possam se beneficiar de condições de financiamento favoráveis que lhes permitam absorver esse choque.

Isso se aplica igualmente a famílias, empresas, bancos e governos”, afirma o comunicado.

O BCE termina a nota afirmando que fará todo o necessário dentro de seu mandato para mitigar os efeitos da pandemia sobre a economia da eurozona, incluindo aumentar o tamanho de seu programa de compra de ativos e ajustar sua composição.

“Na medida em que alguns limites impostos possam dificultar as ações que o BCE deve tomar para cumprir seu mandato, o conselho considerará revisá-los na medida necessária para tornar sua ação proporcional aos riscos que enfrentamos. O BCE não tolerará riscos à transmissão suave da sua política monetária em todas as jurisdições da eurozona”, completa a nota.

ÚLTIMAS MEDIDAS

Na quinta-feira passada, em sua reunião de política monetária regular, o BCE manteve a taxa básica de juros em zero, a taxa de depósitos em -0,5% e a taxa da linha mantida com bancos comerciais para concessão de liquidez de curto prazo em 0,25% ao ano.

Na ocasião, a autoridade monetária anunciou que compraria mais 120 bilhões de euros em ativos até o final do ano, além dos 20 bilhões de euros mensais que já vinha adquirindo, para “amparar condições de financiamento favoráveis para a economia real em tempos de elevada incerteza.”

Outra medida anunciada pelo BCE foram as operações adicionais de refinanciamento de longo prazo (LTROs, na sigla em inglês). Elas oferecerão financiamento no volume que o sistema financeiro demandar, com o objetivo de servir como um empréstimo-ponte que garanta a liquidez dos bancos até a próxima operação de refinanciamento do chamado TLTRO 3.

O TLTRO é um programa sob o qual o BCE oferece financiamento de longo prazo aos bancos de acordo com o volume de empréstimos que eles fazem às empresas e consumidores. Foram feitas três edições deste programa até agora, e há sete operações previstas para a edição atual (TLTRO 3). A próxima acontecerá em junho, e as próximas estão previstas para setembro, dezembro e março.

Bolsa recua diante de receio de recessão global; dólar sobe a R$ 5,20

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São Paulo – Em mais um dia de pânico nos mercados em todo o mundo e de nervosismo em relação ao futuro da economia global, o Ibovespa fechou em queda de 10,34%, aos 66.894,95 pontos, no menor patamar de fechamento desde o dia 21 de agosto de 2017 (68.634,64 pontos). O pregão também contou com o sexto circuit breaker desde o início da pandemia do coronavírus, o mesmo número de vezes em que o mecanismo foi ativado durante a crise financeira mundial de 2008. O volume total negociado hoje foi muito elevado e chegou a R$ 58,8 bilhões.

Na mínima do dia o índice chegou a 63.546,74 pontos, caindo quase 15%. No entanto, o índice reduziu perdas e conseguiu evitar o segundo circuit breaker do dia, que seria acionado se superasse perdas de 15%, interrompendo negociações por 60 minutos.

Para o analista de investimentos do banco Daycoval, Enrico Cozzolino, as novas medidas anunciadas pelo governo podem ter ajudado o índice a reduzir as perdas no fim do dia. O ministro da economia, Paulo Guedes, disse que R$ 5 bilhões serão encaminhados para trabalhadores informais já no primeiro mês de um programa voltado para esses profissionais, além de reiterar que a decretação do estado de calamidade pública dá espaço fiscal para o governo tomar mais medidas e investir mais em saúde.

“O que talvez tenha segurado um pouco foram essas medidas, mas são movimento pontuais, o cenário mudou, é mesmo de crise, e os 66 mil pontos não devem ser o fundo do poço”, disse o analista.

O economista da Toro Investimentos, Pedro Nieman, estranhou que não houve um novo circuit breaker e acredita que o “mercado está muito irracional”. Além disso, destaca que alguns papéis sentiram medidas restritivas anunciadas, como o fechamento de shopping em São Paulo, o que impactou papéis do setor de varejo.

No exterior, as Bolsas norte-americanas também fecharam com fortes perdas depois de um circuit breaker e o índice Dow Jones fechou abaixo dos 20 mil pontos pela primeira vez desde fevereiro de 2017. Mesmo o pacote de mais de US$ 1 trilhão anunciado ontem pelo governo do país não foi suficiente para acalmar ânimos, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citando hoje que, em um pior cenário, a taxa de desemprego poderia subir para 20%.

Trump ainda disse que deve fazer um grande anúncio ligado à Food and Drug Adminitration (FDA, na sigla em inglês) – o equivalente ao departamento de saúde e serviços humanos do governo, que pode ser feito ainda hoje ou amanhã.

Entre as ações, as maiores perdas foram da Smiles (SMLS3 -37,80%), da CVC (CVCB3 -34,67%) e da Azul (AZUL4 -30,72%), mas as quedas foram fortes em todos os setores, com exceção dos papéis do Carrefour (CRFB3 3,48%), da Telefônica Brasil (VIVT4 0,73%) e do BB Seguridade (BBSE3 0,11%), que podem se beneficiar com a crise e um aumento de demanda com as pessoas evitando sair de casa.

Amanhã, além de continuar acompanhando o noticiário em torno da pandemia, investidores devem reagir à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que divulgará ainda hoje se vai cortar a Selic. A expectativa de que o Copom siga bancos centrais no exterior e corte os juros aumentaram, mas traz dúvida devido ao impacto que isso pode trazer ao câmbio, com o dólar em patamares nunca antes vistos.

Para o sócio da Criteria Investimentos, Vitor Miziara, o cenário está complicado e é difícil saber qual será o fundo do poço do Ibovespa, mas os próximos patamares importantes a serem atingidos para baixo estão nos 60,4 mil pontos e 56 mil pontos.

O dólar comercial fechou em forte alta de 3,97% no mercado à vista, cotado a R$ 5,2010 para venda, pela primeira vez acima deste valor e renovando mais uma vez a máxima de histórica de fechamento, além de engatar o terceiro pregão seguido acima de R$ 5,00. Em sessão de forte volatilidade, a moeda estrangeira acompanhou a forte aversão ao risco que prevaleceu no exterior em meio ao anúncio de medidas estimulativas dos Estados Unidos e do governo brasileiro para enfrentamento dos efeitos do novo coronavírus.

“O estresse continuou a dar o tom. Nem mesmo anúncios de estímulos econômicos e por mais que governos e Bancos Centrais tenham redobrado esforços para conter a crise sanitária global, o sinal é de esgotamento”, avalia o gerente de mesa de câmbio da Correparti, Guilherme Esquelbek.

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a lei de produção de defesa (DPA, na sigla em inglês), que permite que o governo agilize e expanda o suprimento de recursos para a indústria dos Estados Unidos para apoiar programas militares, de energia, espaço e segurança interna. Aqui, o presidente Jair Bolsonaro e ministros se reuniram para anunciar medidas.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que trabalhadores informais afetados com a queda da atividade econômica serão atendidos com R$ 5 bilhões sendo encaminhados para informais no primeiro mês da medida a fim de recursos para manutenção básica. O ministro ainda declarou que vai usar a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para suspender as metas de resultado primário deste ano e conseguir expandir o orçamento para adotar medidas de combate ao vírus. Medidas de auxílio ao setor de aviação civil também foram anunciadas.

Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, boa parte das medidas anunciadas pelo governo federal agradaram ao mercado. Mas o cenário contínuo de incertezas faz o dólar operar em uma “dinâmica diferente”, mais atrelado ao movimento do exterior.

Hoje, o DXY – índice do valor do dólar em relação a uma cesta de moedas estrangeiras – operou acima de 100 pontos pela primeira vez desde abril de 2017. As principais moedas de países emergentes operaram com fortes perdas frente ao dólar. Destaque para o rublo russo que se desvalorizou em mais de 7% e o peso mexicano que acumulou perdas acima de 4%.

O Banco Central interviu no câmbio com quatro operações sendo um leilão de linha após a abertura dos negócios, com a oferta de US$ 2,0 bilhões em operação anunciada ontem, e atuou inesperadamente por três vezes ao longo do dia com a oferta de US$ 2,0 bilhões com a venda de dólares no mercado à vista. Do total, US$ 860 milhões foram tomados.

O viés de volatilidade e a tendência de alta em meio ao forte cenário de incertezas seguem nos próximos dias, comentam analistas. Para o analista da Toro Investimentos, Pedro Nieman, o mercado já está operando de forma “irracional”.

Amanhã, o destaque será a reação à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) no qual divulgará daqui a pouco o novo patamar da taxa de juros. Sem unanimidade, o mercado aposta em corte de 0,50 ponto percentual (pp). “Pelo menos. Também entrou no preço um possível corte de até 1,0 pp. Um corte de 0,25 pp ou até manutenção vai gerar um forte ruído. O tom do comunicado também deve ditar bastante a direção dos mercados”, diz o analista.

Em decisão unânime, Copom reduz Selic em 0,50 ponto percentual, a 3,75%

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Brasília – Em meio à pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual (pp), para 3,75% ao ano (aa) – uma nova mínima histórica. Foi o sexto corte consecutivo na taxa.

A redução representa uma mudança na tendência do Copom, que indicou na reunião passada a manutenção da taxa em 4,25%. Esta indicação, porém, não resistiu ao cenário mundial de pandemia do novo coronavírus e aos impactos que a doença está exercendo sobre a economia mundial e do Brasil.

Segundo o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, o cenário mudou de forma muito brusca. “Houve um efeito muito forte do câmbio, também uma perspectiva de uma desaceleração aguda da economia. Então o Banco Central, além de outras medidas como a redução do compulsório, também decidiu reduzir a taxa básica de juros”.

A redução da taxa de juros não terá efeito imediato na economia segundo Agostini sempre há uma defasagem dos efeitos entre nove e doze meses, mas “é importante a redução para manter a confiança na economia. Sabemos que haverá a desaceleração da economia e com isso um aumento na demanda de produtos de primeira utilidade e por isso é importante sinalizar para aumentar a confiança e minimizar o pânico que parece tomar algumas pessoas”, afirmou.

A decisão está em linha com o termômetro CMA. Das 27 instituições ouvidas, 14 previam um corte de 0,50 pp, enquanto oito esperavam corte menos intenso, de 0,25 pp. Três delas esperavam manutenção dos juros em 4,25% ao ano.

MERCADO AGORA: Veja um resumo dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa segue com fortes perdas em mais um dia de pânico em função do coronavírus e com investidores com medo de que o pacote de estímulos de mais de US$ 1 trilhão anunciado ontem pelos Estados Unidos não seja suficiente para evitar uma recessão econômica. No Brasil, investidores também analisam medidas tomadas, como a possibilidade de reconhecimento de calamidade pública.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha as negociações suspensas devido ao acionamento do circuit breaker, ao cair 10,26% aos 66.961,15 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 14,8 bilhões. No Mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2020 apresentava recuo de 8,25% aos 67.255 pontos.

O índice, no entanto, já chegou a reduzir levemente as perdas, evitando um circuit breaker até o momento. O mecanismo é acionado quando o Ibovespa cai mais de 10%, o que interrompe as negociações por 30 minutos.

Para o estrategista-chefe da Levante Investimentos, Rafael Bevilacqua, as medidas tomadas são positivas. No entanto, “a eficácia dessas medidas ainda precisa ser testada e seus resultados não são garantidos”. “O coronavírus é a maior pandemia registrada em um século, e seu impacto sobre a economia ainda deve ser calculado. Na dúvida, os investidores vendem. É o que está ocorrendo nesta manhã”, disse, em relatório.

Ontem, o governo norte-americano anunciou um pacto de de estímulos de US$ 1,2 trilhão, que inclui distribuição direta de dinheiro à população. Hoje, o país também fechou a fronteira com o Canadá. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ainda disse que irá realizar uma conferência de imprensa hoje sobre uma novidade “muito importante” em relação ao coronavírus, ligada à Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês).

Já no Brasil, o governo irá enviar ao Congresso Nacional um pedido para reconhecimento de Estado de Calamidade Pública em razão da crise provocada pela pandemia. O reconhecimento de calamidade pública dispensa a União de cumprir a meta de resultado primário previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Há pouco, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também disse que em até duas semanas o governo federal deve começar a distribuir um vale com valor semelhante ao benefício do Bolsa Família para pessoas desassistidas, desalentadas e totalmente fora da economia formal – que ganhou o apelido de “coronavoucher”. As informações são do site Poder360, a quem o ministro concedeu entrevista.

Apesar de vistas como necessárias, essas medidas também podem trazer preocupações no âmbito fiscal, no dia em que o COPOM ainda deve decidir o que fazer em relação à Selic e aumento de apostas em um corte mais forte.

Depois de operar em novo recorde, rompendo o patamar inédito de R$ 5,20, o dólar comercial desacelerou a alta e voltou a operar abaixo de R$ 5,10 após as atuações do Banco Central (BC) com a realização de leilões de linha e de venda de dólares no mercado à vista. Lá fora, o cenário de forte aversão ao risco prevalece, principalmente, para as moedas de países emergentes.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 2,47%, sendo negociado a R$ 5,1260 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em abril de 2020 apresentava avanço de 2,11%, cotado a R$ 5,122.

O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira, destaca que o viés de forte volatilidade da moeda e a tendência de alta se mantém. A moeda já oscilou entre os níveis de R$ 5,05 e R$ 5,20 nas primeiras horas de negócios. Ele reforça que os leilões do BC corroboraram para a desaceleração da moeda.

A autoridade monetária realizou um leilão de linha após a abertura dos negócios no qual foi tomado o valor total ofertado de US$ 2,0 bilhões. A operação foi anunciada ontem. Em meio à forte valorização da divisa estrangeira no início da sessão, o BC realizou dois leilões “surpresa” de venda de dólares no mercado à vista no total de US$ 1,0 bilhão. Menos do valor foi tomado pelo mercado.

“O Banco Central está monitorando a liquidez no mercado, além de mostrar que está apto para atuar de qualquer forma para conter a escalada da moeda”. O BC também anunciou que passará a fazer operações de compra com compromisso de revenda – conhecidas como repos – de títulos soberanos do Brasil denominados em dólar e que estão nas mãos de instituições financeiras nacionais.

A operação equivale a um empréstimo de curto prazo para quem detém o título – no caso, as instituições financeiras. Como os papéis são denominados em dólares, as repos garantiriam uma linha de liquidez em moeda estrangeira. As condições de cada operação serão definidas pelo Departamento de Operações das Reservas Internacionais do BC e a medida entra em vigor hoje para garantir o bom funcionamento dos mercados, reforçou a autoridade monetária em nota.

“A repo é mais uma ferramenta do BC para atender a grande demanda por dólar, a questão de liquidez, e tentando atuar no meio dessa volatilidade”, acrescenta o economista. Mantendo-se acima de valores inéditos pelo terceiro pregão seguido, Silveira reforça que é “ainda é cedo” para dizer que este é o novo patamar da moeda. “Estamos dentro de uma crise cheia de variantes além do mercado. A tendência de alta seguirá”, reforça.

As taxas dos contratos de juros futuro (DIs) seguem em alta, mas estão longe das máximas do dia e do limite de oscilação diária, acompanhando a desaceleração do dólar. Ainda assim, os investidores mantêm a recolocação de prêmios, em meio à renovada aversão ao risco no exterior, e dos impactos da pandemia de coronavírus nas contas públicas e no crescimento econômico do país.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 3,71%, de 3,60% após o ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2022 estava em 4,98%, de 4,45% no ajuste ao final da sessão anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,12%, de 5,38%; enquanto o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 7,35%, de 6,59% na mesma base de comparação.

Membros do BCE estão unidos sobre abordagem ao novo coronavírus

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São Paulo – O Banco Central Europeu (BCE) reiterou que os 25 membros do Conselho da instituição estão unidos no compromisso de adotar estímulos monetários, se necessário, para combater a crise do novo coronavírus.

“O Conselho foi unânime em sua análise de que em adição às medidas decididas em 12 de março de 200, o BCE vai continuar monitorando de perto as consequências para a economia do surto de coronavírus e que o BCE permanece pronto para ajustar todas as suas medidas, como apropriado, caso isso seja necessário para garantir as condições de liquidez no sistema bancário e para garantir a transmissão suave de sua política monetária em todas as jurisdições”, diz o comunicado.

A nota se refere aos comentários feitos presidente do banco central austríaco, Robert Holzmann, de que os investidores estão certos ao assumir que o BCE adotaria poucas medidas adicionais.

Na semana passada, a presidente do BCE, Christine Lagarde, sugeriu em coletiva de imprensa que a instituição não iria intervir para ajudar Itália se a dívida do país ficasse sob pressão.

Em entrevista ao jornal austríaco “Der Standard”, Holzmann disse que “uma vez que os mercados viram que Lagarde estava falando sério, e que havia unanimidade no Conselho, eles perceberam, não podemos manter nossos níveis excessivos nas bolsas”. Ele também disse que o BCE mantém juros baixos há tempo demais.

No dia 12 de março, o BCE anunciou um pacote de estímulos para combater a crise de coronavírus, como compras de mais 120 bilhões de euros em ativos até o final do ano, além dos 20 bilhões de euros mensais que já vinha adquirindo. O pacote, porém, foi considerado mais modesto do que o de outros bancos centrais, sem mudanças nas principais taxas de juros, por exemplo.

Os juros dos títulos do governo da Itália de 10 anos subiram acima de 3% hoje pela primeira vez em mais de de um ano, mas passaram a cair após intervenções do banco central da Itália.

Trump anuncia fechamento de fronteira com Canadá para tráfego não essencial

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São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o fechamento temporário da fronteira do país com o Canadá, em meio aos esforços para conter a propagação do novo coronavírus. Mais de 5 mil pessoas estão infectadas em quase todos os estados norte-americanos.

“Nós vamos, por consenso mútuo, fechar temporariamente nossa fronteira Norte com o Canadá para tráfego não essencial. Comércio não será afetado”, disse Trump, em uma publicação no Twitter.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou o fechamento das fronteiras externas do país, com exceção aos cidadãos norte-americanos, como uma forma de impedir o aumento de casos de coronavírus no país.

Trump já havia anunciado na semana passada a suspensão de todos os voos vindos de países da Europa por 30 dias, a partir do dia 13 de março, para conter a propagação do Covid-19. A medida excluía o Reino Unido e a Irlanda, mas os dois países foram acrescentados neste final de semana.

Ontem, os chefes de estado e de governo europeus concordaram em fechar as fronteiras externas da União Europeia (UE) e suspender viagens por um período inicial de 30 dias, para conter a disseminação da pandemia.

Trudeau anuncia pacote de estímulo fiscal de US$ 20 bilhões

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São Paulo – O primeiro-ministro canadense, Justi Trudeau, anunciou um pacote de estímulos fiscais no valor de 27 bilhões de dólares canadenses (US$ 20 bilhões) em uma tentativa de mitigar os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia do país.

Em pronunciamento televisionado, Trudeau afirmou ainda que seu governo está pronto para adiar o pagamento de US$ 55 bilhões em impostos para famílias e empresas.

“O governo deve anunciar mais medidas de estímulos se for necessário para manter a economia funcionando, com apoio às famílias e empresas”, disse.

BC fará compromissadas com títulos do Brasil denominados em dólar

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São Paulo – O Banco Central (BC) passará a fazer operações de compra com compromisso de revenda – conhecidas como repos – de títulos soberanos do Brasil denominados em dólar e que estão nas mãos de instituições financeiras nacionais.

Este tipo de operação equivale a um empréstimo de curto prazo para quem detém o título – no caso, as instituições financeiras. Como os papéis são denominados em dólares, as repos garantiriam uma linha de liquidez em moeda estrangeira.

“A medida visa aumentar o conjunto de instrumentos à disposição do BCB para atuação no mercado de câmbio, em função dos efeitos da propagação do coronavírus nos mercados financeiros mundiais, e se alinha com medidas recentes tomadas por BCs no mundo todo”, disse o Banco Central em nota.

Os títulos serão comprados pelo Banco Central com desconto de 10% em relação aos preços de mercado. Haverá transferência de margem durante a vigência da operação sempre que a exposição for igual ou superior a US$ 500 mil.

As condições de cada operação serão definidas pelo Departamento de Operações das Reservas Internacionais do Banco Central. A medida entra em vigor hoje e tem o objetivo de “garantir o bom funcionamento dos mercados”, disse o BC em um comunicado.

A demanda por dólares está alta no mercado. Nos Estados Unidos, o banco central injetou cerca de US$ 200 bilhões por meio de repos ontem. Além disso, o banco central norte-americano, em coordenação com os bancos centrais da Inglaterra, do Japão, da zona do euro e da Suíça diminuíram o custo e aumentaram os prazos de operações de swap cambial semanais que são promovidas por estas instituições.

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