Home Blog Page 1971

Bolsa sobe em dia de mais medidas econômicas; dólar recua

0

São Paulo – Após cair quase 14% ontem, o Ibovespa fechou em alta de 4,84%, aos 74.617,24 pontos, acompanhando a alta das Bolsas norte-americanas depois que o governo dos Estados Unidos confirmou que está negociando um pacote de estímulos no valor US$ 1,2 trilhão para compensar os efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia.

Mais cedo, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) já havia anunciado novas medidas, o que também ajudou o índice após a volatilidade vista mais cedo e da continuidade de incertezas. O volume total negociado foi de R$ 35,9 bilhões.

Nesta tarde, o secretário do Tesouro do país, Steven Mnuchin, afirmou que o governo e o Congresso dos Estados Unidos estão negociando um pacote de US$ 1,2 trilhão, que incluirá medidas como alívio tributário para empresas, apoio às companhias aéreas e pagamento direto do governo federal aos norte-americanos. “O total destino aos cheques que serão entregues aos norte-americanos é de cerca de US$ 250 bilhões”, acrescentou Mnuchin.

Pela manhã, o Fed já tinha anunciado que estabelecerá um mecanismo de empréstimos para apoiar os mercados de dívida comercial de curto prazo em mais uma tentativa de garantir condições favoráveis de liquidez. Para isso, criou um fundo de financiamento de commercial paper (CPFF, na sigla em inglês), depois de garantir a aprovação do Departamento do Tesouro norte-americano. A última vez que esse mecanismo foi usado foi durante a crise financeira de 2008. “Os Estados Unidos estão quase chegando no ‘helicopter money’.

Lembrando que uma recessão seria ruim para a reeleição de Trump”, disse o economista-chefe do banco digital Modalmais, Alvaro Bandeira. “Com esse enorme volume de medidas tomadas pelos diferentes países em todo o mundo, parece difícil acreditar que os mercados não possam buscar novo equilíbrio”, acrescentou.

Já o sócio da Criteria Investimentos, Vitor Miziara, disse que o mercado gostou das novas medidas, mas “ainda é cedo para dizer que o impacto [do coronavírus] será absorvido pelo pacote de medidas ou se as quedas [das Bolsas] acabaram”.

Entre as ações, as maiores altas do Ibovespa foram do Carrefour (CRFB3 10,28%), da Rumo (RAIL3 16,34%) e da Cogna (COGN3 10,58%). Hoje, o Carrefour Brasil informou que a parceria com o Magazine Luiza no laboratório de eletroeletrônicos em duas lojas -, anunciado em maio do ano passado, será encerrado neste mês, já que não houve um modelo de negócio que atendesse às necessidades de ambas e que possibilitasse a sua expansão.

Na contramão, as maiores perdas foram da Smiles (SMLS3 -8,07%), da Via Varejo (VVAR3 -7,14%) e da SulAmerica (SULA11 -5,51%).

Para analistas, investidores devem continuar de olho no noticiário em torno da pandemia nos próximos dias, seja de olho no número de casos e mortes, possíveis medidas de estímulo ou vacinas.

O dólar comercial fechou em queda de 0,91% no mercado à vista, cotado a R$ 5,0020 para venda, na segunda maior cotação da história, em sessão de forte volatilidade no qual a moeda chegou a operar acima dos R$ 5,08 (R$ 5,0880) – máxima histórica intraday – com a confirmação da primeira morte por coronavírus no Brasil. Os Estados Unidos, porém, anunciaram um pacote de medidas no qual corroborou para um alívio da moeda.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que quer garantir que empresas tenham a acesso a recursos financeiros e que os trabalhadores não percam renda com os impactos do coronavírus. Mais tarde, o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchen, declarou que o governo e o Congresso negociam um pacote de estímulos com o no valor de US$ 1,2 trilhão.

“É uma proposta para reduzir o risco de recessão sinalizado ontem”, diz a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack. “Com essa notícia, o mercado acionário norte-americano avançou os ganhos e o dólar aqui, renovou mínimas”, comenta o analista de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes Filho, destacando ainda a forte volatilidade na sessão.

A moeda operou nas mínimas de R$ 4,9610 e nas máximas de R$ 5,0880, exibindo um forte estresse do mercado doméstico após o governo de São Paulo confirmar a primeira morte no país em decorrência do vírus. O paciente estava internado no estado. No fim da tarde, o Ministério da Saúde confirmou os números que subiram de 234 para 291 casos confirmados, sendo 164 em São Paulo.

Amanhã, na agenda de indicadores, o destaque é a decisão de política monetária do Banco Central (BC) no qual o mercado espera por um corte de 0,50 ponto percentual (pp) na taxa básica de juros (Selic), mas a decisão não é unânime.

Segundo o levantamento do Termômetro CMA, entre as 27 instituições consultadas, 14 preveem um corte da Selic de 4,25% para 3,75%, enquanto duas apostam em queda de 0,25 pp. Três estimam manutenção da taxa e mais duas casas preveem um corte mais agressivo de 1,0 pp.

“O Copom tem a oportunidade amanhã de mostrar que a política monetária pode quase nada em situações como a atual. Não é possível olhar para a inflação para buscar inspiração. Apenas para o risco da recessão, lá fora e aqui. E lembrar que não há reforma que altere as perspectivas. Reduzir a Selic em 0,50 pp já é o mínimo”, avalia a equipe econômica do banco Fator.

Receita dos países com petróleo pode cair 85%, dizem Opep e AIE

0

São Paulo – O surto de coronavírus é motivo de grande preocupação e pode reduzir em até 85% a renda de países em desenvolvimento com petróleo, segundo o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammad Barkindo, e o diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, em comunicado conjunto.

“Os dois líderes expressaram profundas preocupações com o coronavírus (Covid-19), que já é uma crise de saúde global grave e sem precedentes, com consequências econômicas e sociais potencialmente abrangentes”, de acordo com o comunicado, divulgado ontem após um telefonema.

Barkindo e Birol “avaliaram o impacto do vírus e a recente ampla volatilidade financeira e do mercado de petróleo na economia global”. Para eles, os impactos são grandes em especial para países em desenvolvimento que dependem da receita da produção de petróleo e gás para serviços essenciais.

“Se as condições atuais do mercado continuarem, sua renda com petróleo e gás cairá de 50% a 85% em 2020, atingindo os níveis mais baixos em mais de duas décadas, segundo análise recente da AIE”, diz o comunicado.

Os dois líderes também “enfatizaram a importância da estabilidade do mercado, pois os impactos da extrema volatilidade são sentidos pelos produtores, principalmente em termos de renda muito necessária, e pelos produtores e consumidores, afetados por um mercado instável e imprevisível”.

Por fim, eles afirmaram que vão permanecer em contato e continuar consultas regulares sobre a evolução do mercado de petróleo, além de buscar maneiras de minimizar o impacto nos países em desenvolvimento.

Fed cria mecanismo para apoiar mercado de commercial paper

0

São Paulo – O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) estabelecerá um mecanismo de empréstimos para apoiar os mercados de dívida comercial de curto prazo em mais uma tentativa de garantir condições favoráveis de liquidez em meio aos potenciais efeitos da pandemia de coronavírus sobre a economia e sobre os mercados.

Para isso, o Fed disse criou um fundo de financiamento de commercial paper (CPFF, na sigla em inglês), depois de garantir a aprovação do Departamento do Tesouro norte-americano. A última vez que esse mecanismo foi usado foi durante a crise financeira de 2008.

O Fed não pode emprestar diretamente para famílias e empresas, mas pode invocar poderes de emergência para estabelecer facilidades de crédito que ampliam a quantidade de dinheiro para empréstimos.

Para proteger o banco central norte-americano contra a perdas de crédito em tais empréstimos, o Tesouro fornecerá US$ 10 bilhões do Fundo de Estabilização de Câmbio, avaliado em cerca de US$ 94 bilhões.

“O mercado de comercial paper está sob considerável tensão nos últimos dias, com empresas e famílias enfrentando uma maior incerteza à luz do surto de coronavírus”, diz o Fed em comunicado.

Casos do novo coronavírus superam 5 mil nos EUA e mortes somam 92

0

São Paulo – O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus nos Estados Unidos ultrapassou 5,0 mil, totalizando 5.204, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. As mortes por Covid-19 no país somam 92, segundo a instituição.

Todos os estados norte-americanos reportaram casos, com exceção de West Virgínia, segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos. Os estados com mais casos são Washington e Nova York, com entre 500 e 1 mil cada.

Com relação às mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, 48 foram reportadas no em Washington, 11 na Califórnia e 10 em Nova York. Outras cinco mortes foram registradas na Flórida, 4 em Louisiana e três em New Jersey, de acordo com a instituição.

Ao todo, 190.124 casos foram reportados globalmente, com 7.516 mortes.
Outros 80.643 pessoas infectadas pelo coronavírus recuperaram-se completamente, mostram os dados da universidade norte-americana.

Primeiro morto por coronavírus no Brasil tinha 62 anos

0

São Paulo – O homem que morreu em São Paulo por causa da Covid-19 – doença causada pelo novo coronavírus – tinha 62 anos, começou a manifestar os sintomas da doença no dia 10, foi internado no dia 14 e faleceu ontem, segundo informações divulgadas pelo governo paulista.

O homem, que estava no grupo de risco tanto por causa da idade quanto por possuir outros problemas de saúde, como diabetes, foi a primeira pessoa do país a morrer por causa do novo coronavírus.

O governo paulista informou que no mesmo hospital ainda há outros quatro óbitos e que aguarda informações se aquelas mortes também ocorreram pelo mesmo motivo.

Até o fim da tarde de ontem havia 234 casos confirmados de Covid-19 no Brasil. A maioria dos casos (152) estava em São Paulo. O homem que faleceu não estava na contagem oficial porque o diagnóstico foi recebido ontem à noite.

O governo paulista estima que haja por volta de 30 casos graves dentre os casos confirmados da doença em São Paulo. O dado é inexato porque parte das pessoas está internada em hospitais privados.

O médico David Uip, que faz parte da equipe do governo paulista que avalia a situação sobre o novo coronavírus, disse que o conhecimento sobre a doença está se aprofundando e que foi detectado que o ciclo de incubação do novo coronavírus é de três a oito dias – menor que o de 14 dias que vinha sendo considerado pelas autoridades.

Ele acrescentou que o governo paulista vai recomendar ao governo federal que leve em consideração estes dados para diminuir o período oficial de quarentena de 14 para 10 dias, de forma a reduzir o impacto da pandemia sobre a força de trabalho.

Uip disse que qualquer pessoa que apresente febre que foi e voltou ou que se prorroga, catarro com cor, desconforto respiratório – aumento da frequência e diminuição da amplitude da respiração -, pontas de dedos nariz e orelha de cor diferente do corpo e confusão deve procurar ajuda médica porque estes são sinais de que a doença se agravou.

MERCADO AGORA: Veja um resumo dos negócios até o momento

0

São Paulo – Após mostrar maior volatilidade pela manhã e chegar a operar em queda, o Ibovespa acelerou ganhos acompanhando o movimento das Bolsas norte-americanas em meio a mais medidas anunciadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). No entanto, segue o cenário de incertezas em torno da pandemia do novo coronavírus.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava forte alta de 7,02% aos 76.168,03 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 14,6 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em Abril de 2020 apresentava avanço de 8,56% aos 76.365 pontos.

O Fed anunciou, há pouco, que estabelecerá um mecanismo de empréstimos para apoiar os mercados de dívida comercial de curto prazo em mais uma tentativa de garantir condições favoráveis de liquidez em meio aos potenciais efeitos da pandemia. Para isso, criou um fundo de financiamento de commercial paper (CPFF, na sigla em inglês), depois de garantir a aprovação do

Departamento do Tesouro norte-americano. A última vez que esse mecanismo foi usado foi durante a crise financeira de 2008.

Mais cedo, o Fed de Nova York também tinha anunciado uma nova operação compromissada – conhecida como repo – no valor de US$ 500 bilhões.

Para o diretor de investimentos da SRM Asset, Vicente Matheus Zuffo, iniciativas e medidas de estímulo ajudam e têm efeito positivo no curto prazo, mas ainda é difícil saber se serão suficientes para acalmar os mercados. “Só uma diminuição de casos de coronavírus no mundo traria isso”, disse.

Volátil, o dólar comercial ensaia queda após renovar máxima histórica intraday, acima de R$ 5,08, reagindo à notícia de que o Brasil registra a primeira morte em decorrência do coronavírus. O paciente estava internado em São Paulo. O contrato futuro para abril reduziu a alta. Lá fora, o ambiente segue negativo para as moedas de países emergentes em decorrência do avanço e dos impactos do vírus na atividade global.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,69%, sendo negociado a R$ 5,0130 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em abril de 2020 apresentava avanço de 0,42%, cotado a R$ 5,016.

“O mercado está vulnerável a qualquer notícia a respeito do coronavírus. É um momento de muita volatilidade. A cada notícia que sai, que são muitas, vai provocar esse repique nos preços”, comenta a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack.

Lá fora, o dólar ganha força em meio à leitura de uma recessão, sinalizada ontem pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O consultor de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello, avalia que o cenário recessivo vai sendo desenhado, de maneira que bancos centrais vem buscando acalmar os mercados, sem sucesso, ao passo que governos vão implementando medidas para enfrentar a crise.

“Com o sentimento negativo, temores aguçados, desaceleração nas economias, fechamento de escolas, comércio e de fronteiras, além da suspensão de atividades sociais, a possibilidade de recessão é fato real”, destaca.

Sobre bancos centrais, a economista da Veedha ressalta que, agora, o que segue no radar e pode dar mais direção ao mercado doméstico é a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), no qual se reúne para decidir sobre a taxa de juros (Selic). “Temos que monitorar se, de repente, sai uma decisão hoje e não amanhã, como previsto. De qualquer forma, o mercado espera corte”, acrescenta.

As taxas dos contratos futuros de juros seguem em queda desde a abertura da sessão, amparados pela melhora nos mercados globais em dia de ajuste técnico. Porém, a confirmação da primeira morte por coronavírus no Brasil faz com que as taxas saiam das mínimas, mas sem manter o viés de queda.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 3,785%, de 3,85% após o ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2022 estava em 4,66%, de 4,92% no ajuste ao final da sessão anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,60%, de 5,93%; enquanto o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 6,74%, de 7,08% na mesma base de comparação.

Vendas no varejo dos EUA caem 0,5% em fevereiro ante janeiro

0

São Paulo – As vendas no varejo dos Estados Unidos caíram 0,5% sazonais, e somaram US$ 528,1 bilhões, segundo dados divulgados pelo Departamento do Comércio. Em janeiro, as vendas tiveram alta de 0,6% na comparação com setembro (dado revisado). Os analistas esperavam estabilidade em fevereiro em base mensal. Na comparação com fevereiro de 2019, as vendas no varejo norte-americano tiveram alta de 4,3%. Excluindo veículos, as vendas no varejo caíram 0,4% em fevereiro na comparação mensal.

Governo federal autoriza parte dos servidores a trabalhar de casa

0

São Paulo – O governo federal publicou uma instrução normativa com as regras que determinam se um funcionário público poderá trabalhar remotamente durante o período de emergência na saúde pública decorrente do novo coronavírus.

Deverão fazer o trabalho remotamente os servidores civis com sessenta anos ou mais, imunodeficientes ou com doenças preexistentes crônicas ou graves, os responsáveis pelo cuidado de uma ou mais pessoas com suspeita ou confirmação de diagnóstico de infecção pelo coronavírus, desde que haja coabitação, e as servidoras e empregadas públicas gestantes ou lactantes.

Os funcionários públicos que possuem doenças crônicas, que cuidam de idosos ou com suspeita de terem contraído a Covid-19 – a doença causada pelo novo coronavírus – e aqueles que possuem filhos em idade escolar e residem em áreas onde as aulas foram suspensas terão de preencher uma declaração informando o governo se estão enquadrados em alguma destas situações e solicitando autorização para o trabalho remoto.

As regras não valem para funcionários das áreas de saúde, segurança ou em atividades consideradas essenciais pelo governo.

Além disso, a instrução determina que sejam suspensas viagens internacionais a serviço enquanto perdurar o estado de emergência de saúde pública. Algumas viagens poderão ser autorizadas a critério dos ministros ou da autoridade máxima de cada entidade pública, mediante justificativa.

Guedes anuncia mais medidas para conter impacto do coronavírus

0

Brasília – O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou novas medidas para conter o impacto na economia brasileira do novo Coronavírus. Segundo o ministro, o ambiente se torna conturbado diante de uma situação como a de pandemia que causa um choque como este.

“Temos tentado passar a mensagem de serenidade, mas também precisamos do nosso programa emergencial de combate ao coronavírus. O choque é violento e vem em ondas, demora 2,3, 4 meses para conseguir produzir a defesa imunológica que precisamos, até lá teremos que injetar cerca de R$ 140 bilhões para dar o contrachoque”, afirmou Guedes.

A primeira medida anunciada é a antecipação da outra metade do 13º salário para aposentados e pensionistas para maio. No fim da semana passada, o governo já havia anunciado a antecipação da primeira metade do 13º. Também foi anunciado o adiamento do recolhimento de FGTS das empresas por 3 meses e o recolhimento do simples nacional para pequenas e médias empresas, também por 3 meses. As medidas devem dar uma folga de R$ 30 bilhões e R$ 22 bilhões, respectivamente.

Também foram zeradas as tarifas de importação e a cobrança de IPI para produtos médicos hospitalares como máscaras e álcool em gel. Serão 67 produtos com as tarifas e IPI zerados. “Houve uma procura brutal por estes produtos e o preço aumentou, se você baixar as tarifas de importação e reduzir IPI sobre produtos médicos e hospitalares se começa a produzir aqui também. Congelar os preços não funciona, acaba se criando um mercado paralelo”, declarou.

Outra medida foi a transferência de valores não sacados do Pis/Pasep para o FGTS para permitir novos saques (até R$ 21,5 bilhões), a antecipação de R$ 12,8 bilhões do Abono Salarial para junho e a destinação de recursos para possibilitar a ampliação do número de beneficiários no bolsa família com a inclusão de mais de 1 milhão de pessoas. A ampliação será de até R$ 3,1 bilhões.

Para a manutenção de empregos foram anunciados mais R$ 5 bilhões de crédito do PROGER / FAT para Micro e Pequenas empresas, a redução de 50% nas contribuições do Sistema S por 3 meses, a simplificação das exigências para contratação de crédito e dispensa de documentação (CND) para renegociação de crédito e também a facilitação do desembaraço de insumos e matérias primas industriais importadas antes do desembarque Por fim o ministro afirmou que o governo está concentrando a contenção nos próximos 3 meses e que podem ser tomadas novas medidas a cada 48 horas, “vai depender da resposta da nossa economia”.

PIB da China deve cair 9% no 1º tri, diz Goldman Sachs

0

São Paulo – O Goldman Sachs reduziu a previsão para o crescimento da economia da China em 2020 para 3,0%, de 5,5% anteriormente, e passou a prever contração de 9% no Produto Interno Bruto (PIB) do país no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior. Antes, a estimativa era de que nos três primeiros meses de 2020 a economia da China cresceria 2,5%.

A revisão das estimativas foi divulgada depois que a China divulgou os dados mais recentes sobre a produção industrial, as vendas no varejo e os investimentos no país. Segundo o Goldman Sachs, os resultados publicados pelo governo surpreenderam porque “estão em linha com indicadores de alta frequência e não mostram o grau de suavização que historicamente se observa tanto por acadêmicos quanto por nós em períodos de fraqueza econômica.”

O Goldman Sachs também prevê que no segundo trimestre a economia chinesa crescerá 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, acelerando o ritmo de crescimento para 7,5% no terceiro trimestre e para 9,8% no quarto trimestre. Antes, o banco previa expansões de, respectivamente, 5,3%, 6,9% e 6,8%.

“Embora tenha sido reportado que o Covid-19 está amplamente sob controle na China, com a ajuda de estritos controles de atividade desde o final de janeiro, a rápida disseminação do vírus fora da China e deterioração na perspectiva de crescimento de outros países pode restringir o quanto a atividade chinesa pode se recuperar no segundo trimestre”, disse o Goldman Sachs.

“Na verdade, nossos colegas agora esperam contração econômica nos Estados Unidos, na zona do euro e no Japão no segundo trimestre”, disse o banco. “Presumindo que o Covid-19 esteja sob controle mundialmente até o terceiro trimestre que as políticas monetária e fiscal acomodativas adotadas por bancos centrais e governos gerem impulsos positivos ao crescimento, esperamos crescimento acima da tendência média na China no terceiro e no quarto trimestre”, afirmou o banco.

“No entanto, mesmo com uma recuperação robusta no segundo semestre, nosso crescimento anual projetado para o PIB chega apenas a 3,0% por causa do significativo choque doméstico no primeiro trimestre e globalmente no segundo trimestre. Caso se concretize, este seria o menor crescimento anual do PIB na China desde 1976 e corresponderia à maior desaceleração anual desde a crise financeira global.”

Sair da versão mobile