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Vale coloca mina de Voisey’s Bay em manutenção por quatro semanas

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São Paulo – Em continuidade as ações de prevenção ao Covid-19, nome do novo coronavírus, a Vale decidiu desacelerar a operação da mina de Voisey’s Bay e colocá-la em care and maintenance (cuidado e manutenção) por quatro semanas, como precaução para proteger a saúde e o bem-estar das comunidades indígenas Nunatsiavut e Innu em Labrador.

Segundo a companhia, a decisão foi tomada devido a localidade especialmente remota dessa área, com operações fly-in e fly-out e alta exposição a viagens. Até agora nenhum funcionário da companhia testou positivo para o coronavírus.

“A Vale trabalhará em conjunto com as comunidades e autoridades para garantir que nossas operações não atuem como catalisadores para inadvertidamente introduzir o vírus nessas comunidades”, diz o comunicado.

A mineradora informou que a planta de processamento de Long Harbour (LHPP) continua em operação e a produção de níquel e cobalto não deve ser afetada, uma vez que há disponibilidade de concentrado armazenado para alimentar a LHPP além do período de quatro semanas.

Porém, a produção de cobre em Voisey’s Bay será reduzida na proporção do tempo de parada da mina, que produziu 25 milhões de toneladas de cobre concentrado em 2019. A decisão também afeta o projeto de expansão de Voisey’s Bay, que atualmente está em transição para operações subterrâneas.

Além disso, os funcionários da companhia trabalharão em regime home office visando reduzir o número de pessoas no mesmo espaço de trabalho e a exposição a espaços públicos, como ônibus, metrôs e elevadores.

Miguel Gularte substitui Eduardo Miron e assume como presidente

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São Paulo – Após consolidação da Marfrig como a melhor empresa em termos de estrutura de capital e alavancagem do setor, Miguel de Souza Gularte assume o cargo de diretor presidente, em substituição a Eduardo Miron. O executivo está na companhia desde 2018 quando assumiu o cargo de executivo-chefe.

A Marfrig fez mudanças ainda na diretoria estatutária, com Tang David assumindo a posição de vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores, em substituição a Marco Spada. O vice-presidente de Gestão e Planejamento, Fábio Vasconcellos, também se desliga da companhia, enquanto os demais diretores permanecem.

A companhia informou que Tim Klein permanece como executivo-chefe da National Beef, cargo que ocupa desde julho de 2009.

Geração de caixa ficou negativa em R$ 413 mi em janeiro

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São Paulo – A Oi, em recuperação judicial, informou que a geração de caixa operacional líquida das empresas recuperandas ficou negativa em R$ 413 milhões em janeiro, enquanto os investimentos alcançaram R$ 685 milhões no período.

De acordo com o relatório mensal de atividades (RMA), os recebimentos tiveram redução de R$ 109 milhões, totalizando R$ 2,303 bilhões em janeiro, enquanto os pagamentos apresentaram recuo de R$ 51 milhões e atingiram R$ 2,031 bilhões.

Em janeiro, houve a entrada de caixa de R$ 2,264 bilhões em operações financeiras, enquanto o saldo final do caixa das empresas recuperandas teve elevação de R$ 1,851 bilhão, totalizando R$ 3,761 bilhões.

Taxa de desemprego no Reino Unido sobe 3,9% até janeiro

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São Paulo – A taxa de desemprego do Reino Unido nos três meses terminados em janeiro subiu para 3,9%, uma alta de 0,2 ponto percentual (pp) em relação ao trimestre terminado em dezembro. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior houve estabilidade, segundo dados do escritório federal de estatísticas do país, o National Statistics.

O número de pessoas desempregadas somou 1,343 milhão nos três meses até janeiro, 63 mil a mais do que nos três meses até dezembro e 5 mil acima do total observado no trimestre até janeiro do ano anterior. O número de pessoas ocupadas atingiu 32,985 milhões nos três meses até janeiro, 184 mil a mais na comparação trimestral e 271 mil acima do registrado um ano antes.

De novembro a janeiro, os ganhos salariais nominais excluindo pagamento de bônus cresceram 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, uma desaceleração após a alta de 3,2% do trimestre terminado em dezembro. Na mesma base de comparação, os ganhos salariais incluindo os bônus subiram 3,1%, após a alta de 2,9%.

RADAR DO DIA: Mercados devem tentar recuperação; empresas anunciam medidas

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São Paulo – O segundo pregão da semana deve ser marcado pela tentativa de recuperação das grandes perdas vistas ontem ao redor do globo, uma vez que o governo brasileiro e outros governos mundo afora anunciaram medidas econômicas para conter o avanço do Covid-19, nome do novo coronavírus.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou ontem um pacote de R$ 147 bilhões para agir contra o coronavírus. Pela manhã, o Conselho Monetário Nacional (CMN) havia anunciado que decidiu afrouxar algumas exigências de capital para os bancos na tentativa de mitigar os efeitos negativos decorrentes do surto do novo coronavírus no Brasil.

A França anunciou que gastará 45 bilhões de euros para ajudar pequenas empresas e funcionários que lutam com o surto de coronavírus, enquanto Espanha e Itália restringiram a circulação de pessoas. Nos Estados Unidos, as companhias aéreas negociam um pacote de assistência do governo de US$ 50 bilhões.

No domingo, de forma inesperada, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortou a taxa básica de juros em um ponto percentual (pp), para a faixa entre zero e 0,25% ao ano e anunciou um programa de recompra que totaliza US$ 700 bilhões em Treasuries e hipotecas em uma resposta mais agressiva aos efeitos do novo coronavírus sobre a economia dos Estados Unidos.

A expectativa era que a decisão do Fed pudesse ter reverberado positivamente nos mercados ontem. Porém, não foi isso que se viu. O avanço do coronavírus pelo mundo tem gerado grande preocupação e levado os investidores a um sentimento de cautela que tem impactado fortemente os mercados.

Por aqui, o Ibovespa encerrou a sessão de ontem em queda de 13,92%, aos 71.168,08 pontos, reagindo a grande preocupação do coronavírus e depois de registrar um novo circuit breaker.

Nesta manhã, os contratos futuros dos principais índice do mercado de ações dos Estados Unidos atingiram seu limite de alta no pré-mercado de 5% de olho em anúncios do governo americano e decisões de países da Europa.

Os mercados europeus, por sua vez, operam mistos após a Comissão Europeia anunciar o fechamento de fronteiras por 30 dias e a iniciativa de países do bloco de injetar dinheiro na economia.

Na Ásia, os principais índices do mercado de ações asiático fecharam sem direção comum, após a queda forte de ontem e com os investidores digerindo as medidas de bancos centrais e governos para conter a disseminação do coronavírus.

Para o conter o avanço do dólar, que fechou ontem em alta de 4,55%, cotado a R$ 5,0480, na maior alta percentual desde o Joesley Day, em 18 de maio de 2017, o Banco Central (BC) anunciou um leilão de linha no valor de até US$ 2 bilhões.

Além disso, os investidores continuam de olho na crise do preço do petróleo após a Arábia Saudita aumentar a produção e reduzir os preços praticados pela estatal Saudi Aramco depois do fracasso nas negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e países aliados para uma redução coordenada da oferta da commodity. A iniciativa está relacionada ao impacto econômico do coronavírus.

No Brasil, temos 234 casos de coronavírus confirmados até o momento. A cidade de São Paulo é onde está o maior número de casos confirmados com 152, seguido por Rio de Janeiro com 31 e Distrito Federal com 13.

Na China, epicentro do surto, o número de mortes causadas por infecção pelo novo coronavírus subiu para 3,226 mil, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde do país. Ao todo, 80,881 mil casos foram confirmados em 31 províncias chinesas, sendo que há 128 casos suspeitos.

O governo italiano, país europeu onde a doença avançou rapidamente, anunciou medidas ainda mais restritivas com o intuito de conter a disseminação do surto do novo coronavírus no país. Até o momento, há quase 28 mil casos no país, dos quais 2,158 mil foram fatais.

Na agenda de indicadores, o destaque da semana fica por conta do Comitê de Política Monetária (Copom) se deve ou não seguir os pares internacionais e cortar a taxa de juros brasileira. Os investidores também ficam de olho na produção industrial e vendas no varejo norte-americano, assim como em decisões de BCs.

EMPRESAS

Devido às restrições de viagens e o transporte de equipamentos como prevenção ao Covid-19, nome do novo coronavírus, a Vale está revisando seus planos para a paralisação das plantas de processamento de carvão em Moçambique.

Em continuidade as ações de prevenção ao Covid-19, nome do novo coronavírus, a Vale decidiu desacelerar a operação da mina de Voisey’s Bay e colocá-la em care and maintenance (cuidado e manutenção) por quatro semanas, como precaução para proteger a saúde e o bem-estar das comunidades indígenas Nunatsiavut e Innu em Labrador.

Após consolidação da Marfrig como a melhor empresa em termos de estrutura de capital e alavancagem do setor, Miguel de Souza Gularte assume o cargo de diretor presidente, em substituição a Eduardo Miron. O executivo está na companhia desde 2018 quando assumiu o cargo de executivo-chefe.

O conselho de administração da Marfrig aprovou a recompra de até 5.910.145 ações ordinárias, o que corresponde a 1,54% do total de 383.329.030 ações em circulação no mercado.

A Oi, em recuperação judicial, informou que a geração de caixa operacional líquida das empresas recuperandas ficou negativa em R$ 413 milhões em janeiro, enquanto os investimentos alcançaram R$ 685 milhões no período.

A Engie Brasil disse que em função da disseminação do Covid-19, nome do novo coronavírus, constitui um comitê de crise para coordenar os esforços e alinhar ações preventivas em relação a proliferação da doença.

A companhia aérea Gol informou que reduzirá sua capacidade total de transporte de passageiros em aproximadamente 60% a 70% até meados de junho, informou a empresa em comunicado.

Deste total, o mercado doméstico terá uma redução entre 50% e 60% e entre 90% e 95% em voos internacionais.

A Eletrobras transferiu para a Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) o controle acionário da Amazonas Geração e Transmissão de Energia (Amazonas GT).

A Federação Única dos Trabalhadores (FUP) cobrou que a Petrobras adote medidas adicionais de segurança para os trabalhadores em relação ao coronavírus (Covid-19) a medição de temperatura nos petroleiros antes do embarque para as plataformas.

O conselho de administração da Localiza Fleet, subsidiária da Localiza, autorizou a aquisição da empresa de gestão rastreamento Mobi7. O valor da transação não foi revelado pela companhia.

A operadora Vivo, do grupo Telefônica, informou que reforçou sua capacidade de transmissão de dados nas redes fixa e móvel para atender potencial demanda adicional que deve surgir devido ao surto de coronavirus.

A Hering abriu um novo plano de aquisição de até 835,4 mil ações de emissão própria para permanência em tesouraria e posterior alienação, cancelamento ou para utilização em planos de opção de compra de ações.

A Renova Energia recebeu uma proposta vinculante da Castlelake e da Vientos Agrícolas Intermediação de Negócios e Participações, para vender a totalidade de sua participação no Complexo Eólico Alto Sertão III – fase A.

Temor com coronavírus faz Bolsa cais 13,92% e dólar ir a R$ 5,0

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São Paulo – O pânico nos mercados, causado pela pandemia do novo coronavírus, ganhou novas proporções hoje com diversos países fechando fronteiras e reduzindo taxas de juros, o que fez o Ibovespa encerrar em queda de 13,92%, aos 71,168,08 pontos, depois de registrar um novo circuit breaker.

Na semana passada, o índice já tinha registrado quatro circuit breakers, na primeira vez na história em que o mecanismo foi acionado tantas vezes em um período tão curto de tempo. Ao longo da crise financeira mundial de 2008, o mecanismo foi acionado seis vezes.

O volume total negociado foi de R$ 52,07 bilhões, sendo que o exercício de opções sobre ações movimentou R$ 21,36 bilhões. Com a queda de hoje, o Ibovespa já recua 31,68% no acumulado do mês de março e 38,46% no acumulado do ano.

“Nunca vi algo igual, quando tento traçar algum paralelo penso que o momento que estamos vivendo não é uma crise como a de 2008, talvez pelo ineditismo, lembre o atentado do 11 de setembro. Ao reduzir os juros ontem, o Fed sinalizou que a situação pode ser mais grave e a recessão citada por Trump hoje já está no radar de todo mundo”, disse o economista da Órama Investimentos, Alexandre Espírito Santo.

Mesmo após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ter cortado a taxa de juros em mais uma reunião extraordinária ontem, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que está considerando uma recessão econômica, o que fez Bolsas ampliarem perdas e Wall Street ter a pior performance em 30 anos.

Hoje, o G-7  (grupo composto por Estados Unidos,Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) também voltou a reiterar que o grupo está “comprometido a fazer o que for necessário” para conter a pandemia e seus impactos econômicos e que, para isso, utilizará das ferramentas fiscais e monetárias disponíveis, preparando ações coordenadas.

Ainda no exterior, diversos países seguem tomando medidas mais drásticas para evitar o aumento do contágio, como o fechamento de fronteiras, caso da França e do Canadá, além de vizinhos como Argentina e Chile.

No Brasil, também aumentam as expectativas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) corte a Selic esta semana, o que ajuda o dólar a continuar atingir novos patamares, batendo nova máxima histórica hoje e fechando a R$ 5,0480.

Entre as ações, as quedas foram generalizadas, mas maiores entre as companhias do setor de aviação e turismo, com os papéis da Azul (AZUL4 -35,61%), da CVC (CVCB3 -31,40%) e da Smiles (SMLS3 -28.44%) mostrando as maiores perdas do Ibovespa.

O dólar comercial fechou em forte alta de 4,55% no mercado à vista, cotado a R$ 5,0480 para venda, na maior alta percentual desde o “Joesley Day”, em 18 de maio de 2017 e no maior valor da história com a moeda encerrando acima de R$ 5,00 pela primeira vez na história. O pânico voltou a tomar conta do mercado após o Fed cortar ontem, inesperadamente, a taxa de juros para a faixa entre 0% e 0,25%.

“A nova onda de pessimismo derrubou os mercados, com suspensão dos negócios [circuit breakers] nas bolsas de Nova York e aqui, além de perdas expressivas na Europa e reflexos significativos nas moedas e países emergentes e nos juros futuros”, comenta o diretor da Correparti, Ricardo Gomes, sobre mais uma sessão negativa e de “pânico” para ativos globais.

Na reta final dos negócios, a moeda norte-americana acelerou os ganhos renovando a máxima histórica intraday a R$ 5,0690 (+5,00%), exibindo forte volatilidade ao longo do pregão com oscilação de quase R$ 0,19 na sessão. “Ao jogar dinheiro na mesa, gera mais volatilidade”, diz o economista-chefe da Necton Corretora, André Perfeito, sobre a injeção de liquidez promovida pelos principais bancos centrais nos últimos dias.

À véspera da reunião do Copom, rumores de que o Banco Central (BC) poderá acompanhar a magnitude de corte do Fed e seguir com o afrouxamento monetário em 1,0 ponto percentual (pp) e no qual poderia anunciar ainda hoje, levou investidores à proteção na reta final dos negócios. “Poderia fazer o anúncio hoje, mas cremos que seria muito ousado para nossa tradição”, comenta a equipe econômica do banco Fator.

Os analistas do banco acrescentam que a cotação do dólar, nas últimas semanas, não guarda relação com “diferencial de juros”, apenas com o “risco global” e as oscilações entre as moedas fortes. “Assim, o efeito desse preço deve ter efeito zero na decisão do Copom sobre a Selic”, avaliam.

Para Perfeito, a volatilidade da moeda estrangeira ganha mais peso nesta semana, antes da decisão de política monetária. “Se o BC decide, novamente, por um corte de juros, continuará sustentando a menor atratividade do real. Taxa de juros não é remédio. Aqui, é preciso entender que as medidas para a economia vão além disso”, diz.

Amanhã, além do foco seguir nos desdobramentos do coronavírus, o mercado aguarda o anúncio de medidas econômicas prometidas pela equipe do governo federal ainda hoje, atentos se o Banco Central poderá anunciar intervenções no câmbio após a moeda fechar em patamar inédito. Na agenda de indicadores, tem o resultado da produção industrial e das vendas no varejo nos Estados Unidos em fevereiro.

MERCADO AGORA: Veja um resumo dos negócios até o momento

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São Paulo – Após ter registrado um circuit breaker perto da abertura e já ter caído mais de 14%, se aproximando de um segundo circuit breaker, o Ibovespa reduziu perdas acompanhando de perto o movimento das Bolsas norte-americanas e com investidores vendo com bons olhos as declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. O índice também tem se mantido acima dos 70 mil pontos, patamar que poderia começar a disparar mais vendas. Porém, o nervosismo segue nos mercados em função da pandemia de coronavírus.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 10,01% aos 74.400,20 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 34,1 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2020 apresentava recuo de 6,89% aos 74.485 pontos.

Para o analista da Terra Investimentos, Régis Chinchila, as declarações de Maia, que foram considerada pelo mercado mais sensatas e preocupadas com a pandemia do que as falas do presidente Jair Bolsonaro, ajudaram a reduzir um pouco o pânico entre os investidores. Maia reduziu o tom nas críticas ao presidente hoje e tem se movimentado para orientar parlamentares a aprovarem medidas contra ao coronavírus, apesar de a circulação estar mais restrita no Congresso.

“O governo mandou um projeto do coronavírus e é difícil alguém ficar contra, né. A gente constrói o acordo antes fora pelo WhatsApp, conversando pelo telefone”, disse em mensagem enviada por meio de aplicativo para deputados. Já o presidente Jair Bolsonaro contrariou orientações médicas e entrou em contato com apoiadores ontem, além de voltar a ter estimulado as manifestações ocorridas no domingo.

No exterior, depois de o índice norte-americano S&P já abrir caindo mais de 8% e também acionar um circut breaker, as bolsas dos Estados Unidos chegaram a reduzir levemente as perdas. A medida do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), de cortar a taxa de juros ontem em mais uma reunião extraordinária, ativou novamente o botão do pânico nos mercados, com investidores acreditando que o impacto da pandemia pode ser pior do que esperavam.

O noticiário em torno do coronavírus deve continuar no foco e trazendo volatilidade, com mais países cortando taxas de juros e tomando medidas restritivas, como fechamento de fronteiras.

Depois de buscar os R$ 5,00, o dólar comercial tem alta firme e oscila perto do nível de R$ 4,95 acompanhando o exterior onde as moedas de países emergentes tem perdas significativas acompanhando os ativos globais que reagem a mais um corte inesperado da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Por volta das 13h30, o dólar comercial apresentava alta de 3,25%, cotado a R$ 4,9850 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em abril de 2020 apresentava avanço de 3,15%, cotado a R$ 4,985.

A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, avalia que a decisão do Fed, de antecipar a decisão de política monetária às vésperas da reunião deste mês, assustou, mais uma vez, após a autoridade monetária cortar a taxa de juros no início do mês de forma inesperada.

“Outra ação extraordinária mostra a urgência no controle da situação. Os bancos centrais estão agindo e supervisionando a situação nos países”, comenta.

Para o diretor de câmbio do grupo Ourominas, o corte de juros de 1,0 ponto percentual (pp), vem para tentar ativar a economia em “tempos de crise”. Porém, ele não vê com uma “opção” mais acertada.

“Decisões que, por hora, teriam algum efeito imediato seriam em relação a carga tributária, desonerando empresas, indústrias e comércio em um certo período. Paralelamente a isso, poderiam ser tomadas ações em relação a queda dos juros e outras atitudes necessárias ao controle do vírus, derrubando o ‘status’ de pânico que assola no mundo”, avalia.

Ele acrescenta que a moeda deverá ter uma semana de “bastante volatilidade”, como na semana passada. “As incertezas seguirão impactando o dólar, que poderá bater os R$ 5,00”, diz. Apesar de operar em alta, acima de 2% e do nível de R$ 4,90, o Banco Central (BC) ainda não atuou no mercado, mas a economista da Veedha diz que a aposta é que a autoridade monetária deve anunciar em breve alguma atuação no câmbio.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) seguem sem uma direção definida. Enquanto os vencimentos mais curtos calibram as apostas em relação à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta semana e se ajustam às perspectivas para a Selic trazidas no relatório Focus; os vértices mais longos têm alta firme, diante da escalada do dólar para além de R$ 4,90.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 3,80%, de 4,26% após o ajuste anterior, na última sexta-feira; o DI para janeiro de 2022 estava em 5,04%, de 5,31% no ajuste ao final da semana passada; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,13%, de 6,14%; enquanto o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 7,27%, de 7,17% na mesma base de comparação.

UE propõe restrição temporária a viagens por 30 dias

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São Paulo – A Comissão Europeia anunciou uma proibição de 30 dias para a entrada de estrangeiros na União Europeia (UE) em uma tentativa de combater a propagação da pandemia do novo coronavírus. A medida, que pode ser ampliada por mais 30 dias, ainda precisa ser aprovada por cada membro do bloco.

Segundo a presidente do braço executivo da UE, Ursula von der Leyen, haverá exceções para a proibição, incluindo residentes de longa data da UE, familiares de cidadãos da UE, diplomatas, médicos e pesquisadores que trabalham para conter a crise da saúde.

“Quanto menos viagens, mais podemos conter o vírus. Portanto proponho aos chefes de estado e de governo que introduzam restrições temporárias a viagens não essenciais à UE”, disse a Von der Leyen em entrevista coletiva.

“Essas restrições de viagem devem estar em vigor por um período inicial de 30 dias, mas podem ser prolongadas conforme necessário”, acrescentou.

Segundo ela, o sistema de saúde europeu está em colapso por conta da disparada de casos de novo coronavírus na região.

A chefe da Comissão Europeia disse ainda que países associados a Schengen, como Suíça, Islândia, Noruega e Liechtenstein, que não são membros da UE, seriam incentivados a aderir às restrições.

Schengen é uma convenção entre países europeus sobre uma política de abertura das fronteiras e livre circulação de pessoas entre os signatários.

Os cidadãos do Reino Unido não estão incluídos na proibição, apesar da saída dos britânicos do bloco em janeiro, ainda de acordo com Von der Leyen.

FMI tem US$ 1 bilhão para combater pandemia, diz Georgieva

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São Paulo – O Fundo Monetário Internacional (FMI) usará toda a sua capacidade de empréstimos, ou seja US$ 1 bilhão, para ajudar os países a mitigar os efeitos da pandemia de coronavírus sobre suas economias, disse a diretora-gerente do órgão, Kristalina Georgieva.

“Como primeira linha de defesa, o FMI pode implantar seu conjunto de ferramentas flexível e de desembolso rápido para ajudar os países com necessidades urgentes na balança de pagamentos”, disse Georgieva no blog do FMI.

Segundo Georgieva, o fundo já possui 49 acordos – desembolso e precaução – com compromissos combinados de quase US$ 200 bilhões. “Em muitos casos, esses acordos podem oferecer outro instrumento com entrega rápida de fundos para financiamento de crises”, afirmou.

A chefe do FMI também enfatizou que “o argumento para um estímulo fiscal global coordenado e sincronizado está se fortalecendo a cada hora”, além das “medidas individuais positivas”.

Georgieva fez os comentários depois que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortou a taxa básica de juros de um ponto, para zero a 0,25%, e anunciou uma injeção de liquidez de US$ 700 bilhões em ativos, para tentar conter as quedas nos mercados financeiros e o medo da desaceleração da economia global.

Além disso, o Fed anunciou uma medida coordenada com os bancos centrais do Canadá, Inglaterra, Japão, Suíça e Banco Central Europeu (BCE), para canalizar mais liquidez no mercado por meio de linhas de câmbio em dólares.

Casos de coronavírus continuam a diminuir na China

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São Paulo – Desde ontem, o número de mortes na China causadas por infecção pelo novo coronavírus subiu em 14, para 3.213, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde do país, em comunicado. Ao todo, 80.860 casos foram confirmados em 31 províncias chinesas, e há 134 casos suspeitos.

Segundo as autoridades de saúde do país, todas as novas mortes relatadas ocorreram na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro do surto de coronavírus. 13 delas ocorreram todas em Wuhan.

Além disso, entre os 16 novos casos confirmados na China, quatro ocorreram em Hubei. Ao todo, 67.798 pessoas testaram positivo para o vírus na província e, deste total, 55,094 pacientes estão na capital Wuhan.

Também foram adicionados 41 casos suspeitos no país, segundo as autoridades de saúde. Os casos suspeitos em Hubei somam 18, sendo 15 na capital. Ao mesmo tempo, 838 novos pacientes foram curados e receberam alta na China, levando o total de pessoas curadas para 67.749, 55.094 em Hubei.

Nas regiões administrativas especiais da China, foram confirmados um total de 217 casos, sendo 148 deles em Hong Kong, com quatro morte e 84 pacientes dispensados; dez em Macau, onde dez pacientes receberam alta; e 59 em Taiwan, onde houve uma morte e 20 pacientes foram liberados do hospital.

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