Home Blog Page 1974

RADAR DO DIA: Mercados mostram recuperação após perdas históricas

0

São Paulo, 13 de março de 2020 – Após registrar tombos históricos em função do agravamento do Covid-19, nome da doença do coronavírus, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhecer o surto como pandemia, e Donald Trump suspender voos da Europa para o país por 30 dias, os mercados europeus e os futuros norte-americanos mostram recuperação, enquanto o mercado asiático fechou no campo negativo.

Por aqui, o Ibovespa encerrou a sessão de ontem em queda de 14,78%, aos 72.582,53 pontos, registrando a segunda maior queda percentual da história, diante do pânico que atingiu novos patamares em função do coronavírus.

Há rumores de Trump pode voltar atrás ao anúncio de uma proibição de 30 dias dos voos que chegam ao território norte-americano vindos da Europa, dependendo de novas informações sobre o surto do coronavírus.

Além disso, os investidores continuam de olho na crise do preço do petróleo, após a Arábia Saudita aumentar a produção e reduzir os preços praticados pela estatal Saudi Aramco depois do fracasso nas negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e países aliados para uma redução coordenada da oferta da commodity. A iniciativa está relacionada ao impacto econômico do coronavírus.

No Brasil, temos 76 casos de coronavírus confirmados até o momento, com os casos suspeitos atingindo 1,427 mil. A cidade de São Paulo é onde está o maior número de casos confirmados com 41, seguido por Rio de Janeiro com 16 e Paraná com seis.

Na China, epicentro do surto, o número de mortes causadas por infecção pelo novo coronavírus subiu para 3,176 mil, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde do país. Ao todo, 80,813 mil casos foram confirmados em 31 províncias chinesas, sendo que há 147 casos suspeitos.

O governo italiano, país europeu onde a doença avançou rapidamente, anunciou medidas ainda mais restritivas com o intuito de conter a disseminação do surto do novo coronavírus no país, com o fechamento de todas as lojas, com exceção de farmácias e supermercados. Até o momento, há mais de 15 mil casos no país, dos quais 1,016 mil foram fatais.

Os mercados asiáticos, embora tenham fechados todos em queda, tiveram o mau humor amenizado após o governo japonês anunciar um pacote de US$ 1,9 trilhão para combater os efeitos do coronavírus. Porém, as dúvidas sobre o surto prevaleceram nos mercados.

As bolsas europeias, assim como os futuros norte-americanos, operam em sua maioria com alta de mais de 3%, de olho em possível reversão da decisão do Trump de proibir por 30 dias voos europeus para o país.

No dólar, o banco central brasileiro age para conter o avanço da moeda, que fechou ontem em alta de 1,25%, cotada a R$ 4,7790 para venda. A instituição anunciou um leilão à vista de dólares no mercado futuro – no valor de até US$ 2 bilhões.

Por aqui, o destaque fica por conta da guerra entre o Congresso e o governo depois da derrubada de veto presidencial sobre o Benefício de Prestação Continuada (PBC), que vai onerar ainda mais as contas do governo.

Além disso, existe a expectativa de divulgação do resultado de exame do presidente Jair Bolsonaro que pode apontar infecção do coronavírus depois de viagem aos Estados Unidos. O secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, já está em quarentena domiciliar, tendo sido confirmada a contraprova positiva para a doença.

EMPRESAS

A YDUQS, antiga Estácio, reportou lucro líquido de R$ 77 milhões no quarto trimestre de 2019, alta de mais de quatro vezes na comparação anual. O lucro líquido ajustado, que engloba ajustes de despesas não recorrentes, ficou 25,9% menor e somou R$ 134, milhões na mesma base de comparação.

O lucro líquido ajustado da administradora de shoppings centers BR Malls cresceu 5,3% no quarto trimestre deste ano e somou R$ 171,413 milhões na comparação anual. Em 2019, o lucro líquido totalizou R$ 678,2 milhões, alta de 20,4% na mesma base de comparação.

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) teve lucro líquido de R$ 177,5 milhões no quarto trimestre de 2019, queda de 34,1% ante o mesmo período no ano anterior. O lucro líquido regulatório caiu 26,6% no período, para R$ 147,7 milhões na mesma base de comparação.

A Qualicorp registrou lucro líquido consolidado de R$ 66,7 milhões no quarto trimestre de 2019, queda de 30,2% na comparação com igual período do ano anterior. No acumulado do ano, o lucro consolidado caiu 0,6% e somou R$ 392,8 milhões.

A Vale informou que até o momento não sofreu qualquer impacto material com relação ao coronavírus em suas operações, logística, vendas ou situação financeira, assim como nenhum empregado foi testado positivamente com o Covid-19, nome do novo coronavírus.

A BRF disse que criou um comitê permanente de acompanhamento multidisciplinar formado por executivos e especialistas na área de infectologia para traçar estratégias de prevenção contra o vírus entre seus empregados.

A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a abertura de uma audiência pública sobre a especificação do “diesel verde”, um novo biocombustível que será comercializado no território nacional.

O Fleury informou que foi celebrado o primeiro aditamento o acordo de acionistas celebrado em outubro de 2015, com o objetivo de prever que a totalidade das ações detidas e que vierem a ser detidas pelos acionistas estarão sujeitas ao acordo, além de ajustes para adequação do acordo, tendo em vista à atual estrutura societária.

O conselho de administração da Usiminas aprovou a indicação do grupo NSC de Yoshiaki Shimada para o cargo de diretor vice-presidente de Planejamento Corporativo da empresa, em substituição a Takahiro Mori que renunciou ao cargo, que está sendo acumulado temporariamente por Alberto Ono, que é diretor de Relações com Investidores.

China registra apenas 8 novos casos de coronavírus

0

São Paulo – Desde ontem, o número de casos confirmados do novo coronavírus na China aumentou em apenas 8, todos eles em Hubei – a província mais atingida desde o início do surto. Ao todo, 67.786 pessoas testaram positivo para o vírus na província e, deste total, 49.991 pacientes estão na capital Wuhan. Ao todo, 80.813 casos foram confirmados em 31 províncias chinesas, e há 147 casos suspeitos.

O número de mortes na China causadas por infecção pelo novo coronavírus subiu em 7, para 3.176, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde do país, em comunicado. Segundo as autoridades de saúde do país, 6 das novas mortes relatadas ocorreram na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro do surto de coronavírus. As mortes ocorreram todas em Wuhan.

Também foram adicionados 33 casos suspeitos no país, segundo as autoridades de saúde. Os casos suspeitos em Hubei somam 19, sendo 44 na capital. Ao mesmo tempo, 1.318 novos pacientes foram curados e receberam alta na China, levando o total de pessoas curadas para 64.111, 51.553 em Hubei.

Nas regiões administrativas especiais da China, foram confirmados um total de 190 casos, sendo 131 deles em Hong Kong, com três morte e 75 pacientes dispensados; dez em Macau, onde dez pacientes receberam alta; e 49 em Taiwan, onde houve uma morte e 20 pacientes foram liberados do hospital.

BC da China reduz taxa de compulsório bancário

0

São Paulo – O Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país) vai reduzir a taxa de depósito compulsório para alguns bancos na tentativa de liberar até US$ 78,2 bilhões em liquidez no sistema financeiro. A medida passa a valer na segunda-feira (16).

Em comunicado, o Pboc disse que a taxa de compulsório vai cair de 0,5 a 1,0 ponto porcentual (pp) para bancos que se enquadrarem nas regras de aumento no crédito para pequenas empresas e pessoas com renda baixa, e que para algumas instituições haverá uma edução adicional de 1,0 pp na taxa de compulsório “para estimular a concessão de empréstimos”.

Em outro comunicado, a instituição afirma que a redução do compulsório pode reduzir o custo dos empréstimos e, por isso, representa um apoio direto à economia real.

ANS obriga planos a cobrir teste que detecta coronavírus

0

São Paulo – A cobertura obrigatória dos planos de saúde inclui a partir de hoje o teste que detecta se a pessoa foi infectada pelo novo coronavírus, de acordo com uma resolução publicada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no Diário Oficial da União (DOU). A obrigatoriedade, porém, requer que a pessoa se enquadre nos critérios de caso suspeito.

Segundo a resolução, passa a constar no anexo 1 da Resolução Normativa 428, que lista os procedimentos e eventos de cobertura mínima obrigatória, o item “SARS-CoV-2 (CORONAVIRUS COVID-19) – pesquisa por RT – PCR (com diretriz de utilização)”.

No anexo 2 da mesma resolução, que apresenta as diretrizes de utilização e estabelece os critérios a serem observados para que sejam asseguradas as coberturas, foi adicionado um item que torna a cobertura obrigatória “quando o paciente se enquadrar na definição de caso suspeito ou provável de doença pelo Coronavírus 2019 (Covid-19) definido pelo Ministério da Saúde”.

Até o momento, o Ministério da Saúde tem duas definições para casos suspeitos e uma para caso provável.

A primeira definição para caso suspeito de Covid-19 (nome da doença causada pelo novo coronavírus) aplica-se a viajantes e engloba quem passou nos últimos 14 dias por um país com transmissão sustentada ou área com transmissão local do vírus e apresenta febre e pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios – como tosse, dificuldade para respirar, dificuldade para engolir e coriza.

Outra definição é a de contato próximo. Neste caso, a pessoa deve apresentar febre ou pelo menos um sinal ou sintoma respiratório, assim como possuir histórico de contato com outra pessoa que seja um caso suspeito ou confirmado de Covid-19 nos últimos 14 dias.

A definição para caso provável por enquanto é a de pessoa que manteve contato domiciliar com outra que teve confirmação de infecção pelo novo coronavírus nos últimos 14 dias e que apresente febre ou pelo menos um sinal ou sintoma respiratório.

O próprio Ministério, porém, diz que estas definições de caso operacionais não são clínicas e que os médicos podem identificar situações em que a avaliação clínica pode ser levada em consideração. Neste caso, a decisão deles deve ser registrada na ficha de notificação e prontuário do paciente.

Ministério da Economia anuncia medidas contra coronavírus

0

São Paulo – O Ministério da Economia montou um grupo responsável por monitorar os efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a atividade econômica e anunciou medidas que devem ser tomadas nos próximos dias para conter estes impactos, entre elas a priorização do desembaraço aduaneiro de produtos médicos e hospitalares.

O grupo será constituído por representantes de todas as secretarias especiais e coordenado pelo secretário-executivo, Marcelo Guaranys. As diretrizes das medidas a serem instituídas serão baseadas nas decisões do Ministério da Saúde, em linha com a Presidência da República.

“A ideia é que o grupo detecte riscos potenciais e apresente soluções tempestivas, com medidas que mitiguem os impactos econômicos causados pela pandemia no Brasil”, disse o Ministério da Economia em nota.

As primeiras medidas anunciadas incluem a antecipação, para abril, do pagamento de R$ 23 bilhões referentes à parcela de 50% do 13o salário aos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O governo também suspendeu por 120 dias a prova de vida que os beneficiários do INSS precisam fazer para continuarem recebendo os benefícios.

O grupo vai propor ao Conselho Nacional da Previdência Social a redução do teto dos juros do empréstimo consignado em favor dos beneficiários do INSS, bem como a ampliação do prazo máximo das operações da margem consignável.

Outra tarefa será definir com o Ministério da Saúde a lista de produtos médicos e hospitalares importados que terão preferência tarifária e a priorização destes produtos no desembaraço aduaneiro.

Outras medidas podem ser adotadas de acordo com o andamento dos trabalhos do grupo de monitoramento e orientações do Ministério da Saúde.

Bolsa cai mais de 10% e dólar sobe com pânico por coronavírus

0

São Paulo – O pânico nos mercados atingiu novos patamares em função da pandemia de coronavírus, derrubando Bolsas em todo o mundo e fazendo Ibovespa fechar em queda de 14,78%, aos 72.582,53 pontos. Trata-se da segunda maior queda percentual da história, ficando atrás apenas da desvalorização de 15,82% de 10 de setembro de 1998, durante a crise da moratória russa.

Já o patamar de fechamento é o menor em quase dois anos, desde 28 de junho de 2018 (71.866,52 pontos). O volume total negociado foi de R$ 30,2 bilhões.

O dia também foi de dois circuit breakers, o que não ocorria desde 6 de outubro de 2008, durante a crise financeira mundial. No entanto, é a primeira vez na história que o mecanismo foi acionado quatro vezes na mesma semana. Na mínima do dia, o índice chegou aos 68.488,29 pontos, recuando 19,59%, ficando a beira de um terceiro circuit breaker.

“Estamos passando por uma das maiores crises de volatilidade no mercado, talvez da história do mercado financeiro no Brasil. Nem em 2008 o mercado americano caiu tão rápido quanto dessa vez”, afirmou o sócio da Criteria Investimentos, Vitor Miziara.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump, disse que pode declarar emergência nacional se for necessário, em função da pandemia. Ele também afirmou que soube que o presidente Jair Bolsonaro está sendo monitorado por coronavírus, já que o secretário de comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, foi infectado e estava na comitiva do presidente na viagem aos Estados Unidos. Porém, disse não estar preocupado.

No entanto, as Bolsas chegaram a reduzir levemente as perdas depois que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciou o aumento de operações compromissadas, conhecidas como repo, e também de compras de títulos do governo (Treasuries).

De acordo com comunicado, ainda hoje o Fed oferecerá US$ 500 bilhões em uma operação de recompra de três meses, que será liquidada amanhã, quando serão ofertados outros US$ 500 bilhões em uma repo de três meses e mais US$ 500 bilhões em uma operação compromissada de um mês para liquidação no mesmo dia.  As operações compromissadas de três meses e um mês, no valor de US$ 500 bilhões, serão oferecidas semanalmente pelo restante do cronograma mensal.

Entre as ações, as quedas foram generalizadas, mas as maiores perdas do Ibovespa foram das companhias aéreas Azul (AZUL4 -31,60%) e Gol (GOLL4 -35,33%), que são diretamente impactadas com a redução da demanda por voos. Hoje, a Azul disse que suspendeu suas projeções para 2020 de olho no potencial impacto do covid-19 e que está tomando medidas para reduzir o impacto, prevendo redução da capacidade internacional entre 20% a 30% em relação ao plano original.

Para analistas, diante da semana sangrenta até o momento e da situação inédita de pandemia é difícil traçar cenários e saber se o Ibovespa pode ter alguma recuperação nos próximos dias. “Difícil pensar em alta do índice com esse fluxo de notícias e saída de investidores. Mas tem investidores querendo comprar, pode ser oportunidade, mas o melhor é parcelar as compras, ter cautela”, disse o analista da Terra Investimentos, Régis Chinchila.

O dólar comercial fechou em alta de 1,25% no mercado à vista, cotado a R$ 4,7790 para venda, em mais uma sessão de pânico generalizado nos ativos globais em meio à escalada do coronavírus, no qual a moeda abriu os negócios acima de R$ 5,00 pela primeira vez na história. Patamar que levou o Banco Central (BC) a atuar no mercado por quatro vezes com venda de dólares no mercado à vista.

“O mercado doméstico experimentou mais um dia caótico e o motivo segue sendo a escalada do coronavírus e as suas ‘sequelas’ sociais e econômicas. Como efeito da pandemia, os investidores promoveram uma verdadeira corrida para os ativos mais seguros, resultando em perdas massivas e de magnitudes históricas no mercado acionário global”, comenta o analista de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes Filho.

Ele acrescenta que o câmbio, por sua vez, exibiu “expressiva” valorização ante às outras moedas de países emergentes. A moeda estrangeira abriu os negócios no limite de alta no mercado futuro, acima de R$ 5,00, enquanto o contrato à vista renovou a máxima histórica intraday a R$ 5,0290 (+6,55%).

“Vale lembrar que esse cenário de perdas ocorreu mesmo à despeito do anúncio de programas de estímulo pelas principais economias. Internamente, o BC local se mostrou bastante ativo ao executar sucessivos leilões para tentar amenizar a escalada da moeda”, avalia.

Ao todo, a autoridade monetária ofertou US$ 5,75 bilhões, porém, foram tomados US$ 1,780 bilhão somando as quatro operações. “O problema no mercado cambial não é liquidez de falta de dólar, e sim proteção. O BC ofertou contratos na operação à vista, mas investidores não quiseram pagar com essa cotação mais alta. Poucos aceitaram. O problema não é demanda”, explica o operador de derivativos de um banco nacional.

Já o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciou o aumento das operações compromissadas, conhecidas como repo, com a oferta de US$ 500,0 bilhões em operação de recompra de três meses e de um mês. No momento do anúncio da operação, o contrato futuro do dólar chegou à mínima do dia, a R$ 4,75. A partir disso, passou a oscilar sem direção única.

Amanhã, no último pregão de uma semana conturbada para o mercado financeiro, a agenda de indicadores não destaques, mantendo o noticiário sobre o coronavírus no radar dos investidores. Agentes do mercado comentam que o Banco Central deve atuar no mercado na tentativa de evitar a escalada da moeda no mercado local em meio à forte depreciação cambial nas últimas semanas.

Trump diz não estar preocupado com Bolsonaro por coronavírus

0

São Paulo – O presidente norte-americano, Donald Trump, demonstrou tranquilidade sobre a notícias de que o presidente Jair Bolsonaro estaria sendo monitorando por suspeitas de contaminação com o novo coronavírus.

Os dois se encontraram nos Estados Unidos no último final de semana, quando jantaram juntos e mantiveram conversas a respeito do fortalecimento de laços entre Estados Unidos e Brasil.

“Soube que Bolsonaro está sendo monitorado por conta do coronavírus. No momento, o que posso dizer é que não estou preocupado com isso”, afirmou Trump em declarações a repórteres na Casa Branca.

“Não fizemos nada demais. Tivemos um bom encontro. Gosto de Bolsonaro e acho que ele está fazendo um bom trabalho no comando do Brasil”, acrescentou.

A declaração de Trump acontece depois que o secretário de comunicação do Planalto, Fabio Wajngarten, foi diagnosticado com o novo coronavírus. O integrante do Executivo fez exame para a covid-19 no Hospital Albert Einstein e o resultado deu positivo. O secretário viajou aos Estados Unidos, na semana passada, junto com o presidente brasileiro.

Trump pode declarar emergência nacional por coronavírus

0

São Paulo – O presidente norte-americano, Donald Trump, disse que pode declarar emergência nacional por conta do surto do novo coronavírus, medida que liberaria milhões de dólares em ajuda para governo locais para lidar com a pandemia.

“Tenho poderes para isso e posso fazê-lo quando for necessário, o que não sei se é o caso ainda”, disse Trump em declarações a repórteres na Casa Branca.

O governo norte-americano está sendo pressionado por uma resposta mais efetiva ao novo coronavírus, já que especialistas temem que o surto sature os hospitais e não haja kits de teste suficientes para detectar a doença.

Questionado sobre a proibição de ontem do governo para viagens à Europa, Trump disse que pode ampliar a medida para além de 30 dias.

“É algo que pode acontecer ou não. Estamos avaliando”, afirmou ele, acrescentando que não consultou autoridades europeias antes de adotar a decisão porque “levaria muito tempo”.

Falando a repórteres, o presidente norte-americano reforçou que o governo está preparando medidas para mitigar os efeitos da pandemia sobre a economia norte-americana, com foco em empresas e nos trabalhadores.

No entanto, Trump se mostrou contrário à legislação da Câmara dos Deputados sobre o coronavírus. “Os democratas estão inserindo questões que não estão ligadas à situação atual e ao combate ao vírus”, disse.

Como um último conselho, Trump recomendou o adiamento das Olimpíadas de Tóquio, previstas para 24 de julho a 9 de agosto. “É melhor adiar por um ano do que realizar o evento sem plateia”, afirmou.

Lagarde diz que BCE poder cortar juros caso riscos ligados a coronavírus aumentem

0

São Paulo – O Banco Central Europeu (BCE) pode cortar sua principal taxa de juros para mitigar os riscos ligados ao surto do novo coronavírus, segundo a presidente da instituição, Christine Lagarde, que reforçou que a decisão de hoje pela manutenção foi unânime.

“Acreditamos que as medidas anunciadas hoje são adequadas para mitigar os efeitos do surto do novo coronavírus sobre a economia”, afirmou Lagarde.

O BCE manteve a taxa básica de juros em zero; a taxa de depósitos em -0,5% e a taxa da linha mantida com bancos comerciais para concessão de liquidez de curto prazo em 0,25% ao ano. O BCE também anunciou que comprará mais 120 bilhões de euros em ativos até o final do ano, além dos 20 bilhões de euros mensais que já vinha adquirindo.

Outra medida anunciada pelo BCE foram as operações adicionais de refinanciamento de longo prazo (TLTROs, na sigla em inglês). Elas oferecerão financiamento no volume que o sistema financeiro demandar, com o objetivo de servir como um empréstimo-ponte que garanta a liquidez dos bancos até a próxima operação de refinanciamento da chamada TLTRO 3.

Mesmo com as medidas do BCE, Lagarde reforçou que a duração do choque do coronavírus sobre as economias da eurozona dependerão das respostas em nível regional dos países da região. Nesse contexto, ela pediu medidas fiscais coordenadas para complementar as ações da autoridade monetária.

“A economia global e a eurozona enfrentam um grande choque e a evolução da economia dependerá das respostas dos governos, que precisam ser rápidas, firmes e coordenadas”, afirmou. “Não descartamos, no entanto, a flexibilização das medidas anunciadas hoje caso haja um agravamento dos riscos”, acrescentou.

Ainda assim, a chefe do BCE disse que espera que o Eurogrupo (que reúne os ministros das Finanças da eurozona) tome decisões complementares e efetivas para proteger as economias de choques. As autoridades têm encontro marcado para segunda-feira.

Sob a visão de Lagarde, a crise atual não é a mesma vista em 2008. “A origem da crise é um vírus, que comprometeu as indústrias e obstruiu a cadeia de suprimentos”, disse.

MERCADO AGORA: Veja um resumo dos negócios até o momento

0

São Paulo – O Ibovespa segue acelerando perdas acompanhando o pânico dos investidores e as Bolsas norte-americanas na volta do segundo circuit breaker do dia, se aproximando da possibilidade de um terceiro circuit breaker.

O mecanismo será acionado novamente se o índice recuar mais de 20%, o que faria as negociações serem interrompidas por tempo indeterminado. Se isso ocorrer, também será a primeira vez na história que o circuit breaker é acionado três vezes em um único dia.

Há pouco, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que pode declarar emergência nacional se for necessário em função da pandemia do coronavírus. Ele também afirmou que soube que Bolsonaro está sendo monitorado por coronavírus, já que o secretário de comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, foi infectado e estava na comitiva do presidente na viagem aos Estados Unidos. Porém, disse não estar preocupado.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 17,48% aos 70.282,94 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 8,6 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2020 segue com as negociações suspensas desde a abertura dos negócios, quando chegou ao limite de oscilação diária ao cair 5,18% aos 76.365 pontos.

Após abrir os negócios no limite de alta, acima do patamar de R$ 5,00 pela primeira vez na história, o dólar comercial desacelerou a alta, mas mantém a forte valorização após o Banco Central (BC) intervir no mercado por três vezes ao longo da manhã por meio de leilões de venda de dólares no mercado à vista.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 3,15%, sendo negociado a R$ 4,8690 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em abril de 2020 apresentava avanço de 1,0%, cotado a R$ 4,872.

“Os leilões do Banco Central ajudaram a segurar a moeda abaixo de R$ 5”, comenta o diretor da Correparti, Ricardo Gomes. Ele acrescenta que, em meio ao estresse global, “não há muito” o que a autoridade monetária fazer. “Eles mostraram o que podem fazer”, diz. Ao longo da manhã, foram realizados três leilões de venda de dólares no mercado à vista com a oferta de US$ 4,75 bilhões, no qual US$ 1,6 bilhão foram aceitos.

Os ativos globais têm forte estresse na sessão com o mercado acionário acumulando fortes quedas e com negócios suspensos (circuit breaker) nos Estados Unidos e na bolsa brasileira, por duas vezes. Mais cedo, teve a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), no qual não houve afrouxamento monetário, como é esperado.

“O fluxo de notícias negativas continua impondo pressão nas bolsas de valores. O presidente [norte-americano, Donald] Trump não divulgou ontem as medidas prometidas para estimular a economia dos Estados Unidos para combater o coronavírus, mas suspendeu as viagens da Europa ao país, o que não foi bem recebido pelos investidores”, reforça o analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) saíram das máximas do dia, quando atingiram o limite de oscilação, em reação ao anúncio do Tesouro Nacional, de que irá realizar leilões de compra e venda de títulos públicos, a partir de hoje até a próxima quarta-feira. Porém, o movimento perdeu força e os vencimentos intermediários e longos revisitaram os níveis mais altos permitidos.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 5,065% no limite do dia e de 4,215% após o ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2022 estava em 6,13%, subindo 1,10 ponto percentual (pp), o máximo permitido para o dia, de 5,03% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 7,10%, subindo +1,18 pp ante 5,92% ao final da última sessão, também na máxima; enquanto o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 8,12%, seguindo na máxima permitida para o dia e indo 1,23 pp além da taxa de 6,89% no ajuste anterior.

Sair da versão mobile