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Contrato com Pemex continua; empresa não recebeu nota de crédito

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São Paulo – A Braskem informou que o contrato para o fornecimento de etano entre sua subsidiária Braskem Idesa e a Pemex permanece em vigor e válido, embora a empresa não tenha recebido da estatal mexicana a nota de crédito no valor de US$ 26 milhões, como pagamento por dano pelo fornecimento de insumo em volume inferior ao estabelecido no contrato.

“A Braskem Idesa vem mantendo diálogos com a Pemex em busca da preservação dos seus direitos e de uma solução para a questão e, caso necessário, tomará as medidas contratuais cabíveis”, diz o comunicado.

Além disso, a empresa afirmou que o contrato de etano com a Pemex é parte integrante da estrutura contratual do financiamento do complexo petroquímico no México.

Em entrevista no começo da semana, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, afirmou que o governo vai tomar todas as medidas caso seja comprovado o pagamento de propina entre as empresas para o fornecimento do etano.

Menor despesa ajuda e lucro ajustado soma R$ 4,633 bi no 4T19

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São Paulo – O lucro líquido ajustado da Ambev elevou 24,4% no quarto trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 4,633 bilhões, devido a uma menor despesa de imposto de renda, ficando acima das projeções coletadas pela Agência CMA, de R$ 4,198 bilhões.

O lucro líquido ajustado desconsidera participação de não controladores despesas com imposto de renda, participação nos resultados de coligadas, resultado com operações financeiras, itens não recorrentes e despesas com depreciação e amortização.

Em 2019, lucro ajustado soma R$ 12,549 bilhões, alta de 8,5%, enquanto o lucro líquido subiu 7,4% no ano, para R$ 12,188 bilhões.

A receita líquida diminuiu 1% no trimestre e somou R$ 15,856 bilhões, decorrente da contínua expansão do segmento premium. O valor ficou abaixo as projeções de analistas, que previam R$ 16,365 bilhões

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, por sua vez, totalizou R$ 6,924 bilhões no trimestre, valor 9,3% menor que o visto no mesmo período de 2018, ficando abaixo da projeção de R$ 7,190 bilhões.

O volume de vendas total da Ambev atingiu 47,295 milhões de hectolitros, alta de 3,4% na comparação anual. No Brasil, o volume de vendas subiu 4,7% no quarto trimestre e totalizou 31,391 milhões de hectolitros.

Ainda no Brasil, a receita líquida foi de R$ 8,893 bilhões no período, 2,8% maior que o visto no mesmo intervalo do ano anterior, enquanto o lucro bruto foi de R$ 5,288 bilhões, queda de 2,7% na mesma base de comparação. O ebitda ajustado, por sua vez, caiu 6,6% no período e somou R$ 3,998 bilhões.

Internamente o segmento premium da companhia mostrou resultados animadores, com crescimento de dois dígitos no trimestre e no ano, liderado pelo portfólio de marcas globais.

Em 2019, a empresa distribuiu R$ 7,7 bilhões em juros sobre capital próprio (JCP) relativos ao exercício de 2019. No ano, a posição líquida de caixa era de R$ 8,852 milhões. Ao final do trimestre, a dívida consolidada da Ambev era de R$ 3,062 bilhões, queda de 25,37% na comparação anual.

Empresas listadas perderam o equivalente ao valor do Itaú, diz Economatica

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São Paulo – Após a volta da inatividade de dois dias em função do Carnaval, as ações das empresas listadas na B3 perderam no pregão de ontem o equivalente ao valor de mercado do Itaú Unibanco, de acordo com dados da Economatica.

As empresas registraram queda de R$ 290,2 bilhões no pregão de ontem, enquanto o Itaú Unibanco encerrou o dia valendo R$ 288,4 bilhões. A Petrobras teve a maior queda de R$ 39,2 bilhões, seguida pela Vale com perdas de R$ 24,5 bilhões.

Os quatro maiores bancos de capital aberto como Santander, Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Bradesco perderam, juntos, R$ 50,5 bilhões. Na sequência aparecem B3, Ambev, que divulgou o balanço hoje, JBS e WEG com quedas de R$ 8,388 bilhões, R$ 6,764 bilhões, R$ 6,583 bilhões e R$ 6,230 bilhões, respectivamente.

O Ibovespa, por sua vez, encerrou a sessão em baixa de 7%, aos 105.718,29 pontos, em um forte movimento de correção depois do Carnaval, já que nos últimos dias cresceram os temores de que o coronavírus se espalhe em mais países, podendo se transformar em uma pandemia. Além disso, o Brasil confirmou o primeiro caso da doença no país.

RADAR DO DIA: Tensão continua; atenção a Ambev e Vale

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São Paulo – Após fechar a sessão na maior queda percentual desde o famoso “Joesley Day”, em 18 de maio de 2017, quando o Ibovespa recuou 8,80%, e o Brasil confirmar o primeiro caso de coronavírus, os investidores devem continuar atentos a uma possível pandemia do Covid-19 -, denominação internacional do novo coronavírus, que se alastrou por países da Europa, principalmente na Itália.

A Itália registrava pelo menos 400 casos confirmados do coronavírus até esta quinta-feira e o número de mortos no país por causa da contaminação subiu para 12, de 11 no dia anterior, todas ocorridas entre idosos.

No Brasil, o governo confirmou oo primeiro caso de coronavírus no país, segundo informações divulgadas pelo ministro da Saúde, Henrique Mandetta. Ele acrescentou que o governo está mapeando as pessoas que tiveram contato com o paciente contaminado para tentar restringir a disseminação da doença e ressaltou que o nível de alerta sanitário não muda, porque já estava em nível máximo.

O paciente contaminado é um homem de 61 anos que mora em São Paulo e retornou recentemente da Itália. Ele viajou ao país europeu a trabalho, sozinho, entre 9 e 21 de fevereiro, e apresentou alguns dos sintomas relacionados ao coronavírus – febre, tosse seca, dor de garganta e coriza.

Ainda em relação a doença, o número de mortes na China, epicentro do surto, causadas por infecção pelo novo coronavírus subiu em 29, para 2,744 mil, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde. Ao todo, 78,497 mil casos foram confirmados em 31 províncias chinesas, sendo que existem 2,358 mil casos suspeitos.

Na agenda de indicadores, o destaque será a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2019 dos Estados Unidos, além dos pedidos de seguro-desemprego da semana encerrada no último sábado.

Ontem, o Ibovespa encerrou o pregão em queda de 7%, aos 105.718,29 pontos, em um forte movimento de correção depois do Carnaval, já que nos últimos dias cresceram os temores de que o coronavírus se espalhe em mais países, podendo se transformar em uma pandemia. A confirmação no Brasil também agravou o nervosismo.

Diante disso, as empresas listadas na B3 registraram queda de R$ 290,2 bilhões ontem, próximo ao valor de mercado do Itaú Unibanco que na mesma data fechou em R$ 288,4 bilhões, de acordo com dados da Economatica.

Os mercados asiáticos, por sua vez, fecharam a sessão desta quinta-feira mistos em meio aos temores sobre o aumento de casos de coronavírus não só na China como também na Coreia do Sul e Europa. O mercado europeu opera em queda, assim como os futuros das bolsas norte-americanas, diante de possível pandemia da doença após casos de mortes na Europa.

Por aqui, para o conter o avanço do dólar que fechou ontem cotado a R$ 4,4450 para venda, o Banco Central (BC) ofertou US$ 1 bilhão em swap cambial.

Internamente o destaque fica por conta da crise institucional entre poderes. Após ter uma mensagem divulgada, propagando a data de um possível protesto a favor de seu governo, o presidente Jair Bolsonaro tenta conter a crise diante da eminência de votação de pautas importantes.

EMPRESAS

O lucro líquido ajustado da Ambev elevou 24,4% no quarto trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 4,633 bilhões, devido a uma menor despesa de imposto de renda, ficando acima das projeções coletadas pela Agência CMA, de R$ 4,198 bilhões.

A Ambev afirmou que vai enfrentar a maior pressão sobre o custo do produto vendido do ano no primeiro trimestre de 2020, gerando uma queda do ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no negócio de cerveja no Brasil entre 17% e 20% no trimestre, impactado por investimentos em vendas e marketing mais concentrados no início do ano.

A mineradora Vale informou que suas equipes têm dado suporte técnico e operacional para o reboque do navio MV Stellar Banner, que sofreu avarias após sair do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, operado pela Vale.

A Braskem informou que o contrato para o fornecimento de etano entre sua subsidiária Braskem Idesa e a Pemex permanece em vigor e válido, embora a empresa não tenha recebido da estatal mexicana a nota de crédito no valor de US$ 26 milhões, como pagamento por dano pelo fornecimento de insumo em volume inferior ao estabelecido no contrato.

Bolsa cai e dólar sobe com aumento do temor por coronavírus

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São Paulo – O Ibovespa fechou em queda pelo terceiro pregão seguido, com perdas de 7%, aos 105.718,29 pontos, em um forte movimento de correção depois do Carnaval, já que nos últimos dias cresceram os temores de que o coronavírus se espalhe em mais países, podendo se transformar em uma pandemia. Também agravou o nervosismo dos investidores a confirmação do primeiro caso da doença no Brasil.

Com isso, o índice fechou na maior queda percentual desde o “Joesley Day”, no dia 18 de maio de 2017, quando o Ibovespa recuou 8,80% (61.597,05 pontos) refletindo a notícia de que o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, faria uma delação premiada depois de gravar uma conversa com ex-presidente Michel Temer. O índice ainda encerrou no menor patamar em mais de três meses, desde o dia 20 de novembro de 2019 (105.864,18 pontos). O volume total negociado hoje foi de R$ 32,7 bilhões, considerado elevado por analistas.

No fim do pregão, o Ibovespa acelerou perdas acompanhando a virada para a queda de índices norte-americanos, que reagiram a uma notícia da agência de notícias “Bloomberg”, segundo a qual um funcionário da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) – correspondente à Anvisa no Brasil – indicou que o novo coronavírus está a beira de se tornar uma pandemia.

Para o sócio da RJI Gestão e Investimentos, Rafael Weber, caso se confirmasse a transformação do surto em uma pandemia haveria uma “situação nova”, com investidores passando a exigir ainda mais prêmio de risco e mais correções nos mercados.

Porém, acredita que a queda de hoje do Ibovespa já espera esperada e está em linhas com as perdas das american depositary receipts (ADRs, recibos de ação de empresas estrangeiras negociados na Bolsa de Valores de Nova York) brasileiras nos últimos pregões, além disso, acredita que será importante observar se os casos na China irão diminuir e se os bancos centrais mundiais continuarão a anunciar estímulos para conter impactos econômicos.

O diretor de investimentos da SRM Asset, Vicente Matheus Zuffo, lembra que no Brasil, por exemplo, o Banco Central (BC) se antecipou ao anunciar leilões de swap cambial antes da abertura do pregão, o que, no entanto, não impediu que a moeda superasse sua máxima histórica.

Zuffo ainda lembra que investidores devem acompanhar a coletiva de imprensa do presidente norte-americano, Donald Trump, hoje à noite, na expectativa que ele tente diminuir o nervosismo em relação ao coronavírus. “O Trump pode tentar tranquilizar os mercados, mas não sei se vai ser suficiente”, disse, completando que a volatilidade deve permanecer no curto prazo nos mercados.

O número de novos casos de coronavírus (Covid-19) fora da China superou os casos no país asiático pela primeira vez desde que o surto foi detectado no final do ano passado na cidade de Wuhan, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, agora existem 2.790 casos em 37 países, incluindo 44 mortes.

No Brasil, o primeiro caso foi confirmado hoje pelo Ministério da Saúde, que acrescentou que o governo está mapeando as pessoas que tiveram contato com o paciente contaminado para tentar restringir a disseminação da doença. Na China, o número de mortos subiu para 2.715, com 78.064 casos foram confirmados em 31 províncias chinesas, e há 2.491 casos suspeitos.

Entre as maiores quedas do índice ficaram as ações do setor de aviação, um dos mais prejudicados desde o início do surto, com voos paralisados, caso da Gol (GOLL4 -14,31%) e da Azul (AZUL4 -13,17%). Em seguida, apareceram as ações ligadas a commodities e a demanda chinesa, como da CSN (CSNA3 -10,96%), Gerdau Metalúrgica (GOAU4 -11,89%), além da Vale (VALE3 -9,53%) e da Petrobras (PETR4 -10,05%). Nenhuma ação que compõe o Ibovespa fechou em alta.

Na agenda de indicadores de amanhã, o destaque será a segunda leitura do PIB dos Estados Unidos do quarto trimestre de 2019, além de investidores devem continuar acompanhando os casos de coronavírus.

O dólar comercial fechou em forte alta de 1,16% no mercado à vista, cotado a R$ 4,4450 para venda, renovando a máxima histórica de fechamento pelo quinto pregão seguido, em sessão curta após o feriado prolongado. Além do ajuste do mercado doméstico na volta do Carnaval, o temor global com o coronavírus manteve o ambiente de aversão ao risco. Mesmo com a intervenção do Banco Central (BC), a moeda chegou a buscar o patamar inédito de R$ 4,45.

O gerente de mesa de câmbio da Correparti, Guilherme Esquelbek, ressalta o movimento de ajuste aos dois dias em que o mercado doméstico ficou fechado enquanto o cenário externo reagia ao estresse nos ativos globais devido a disseminação do coronavírus em vários países fora da Ásia, principalmente, na Europa. Ao redor de 40 países já confirmaram casos da doença, incluindo o Brasil, no qual o primeiro caso foi confirmado no fim da manhã.

“Além de acompanhar o exterior, aqui também repercutiu negativamente o vídeo do presidente Jair Bolsonaro convocando manifestações contra o Congresso Nacional, o que poderá atrasar a agenda de reformas”, comenta Esquelbek.

A fim de conter uma euforia na abertura dos negócios, no qual o dólar poderia ter se aproximado dos R$ 4,45 às 13 horas – quando o mercado local iniciou as operações – segundo o operador de mesa de uma corretora local, o BC anunciou antes a operação de swap cambial tradicional – equivalente à venda de dólares no mercado futuro – colocando no mercado US$ 500,0 milhões no início da tarde e fará outra operação amanhã, logo após a abertura com um montante de até US$ 1,0 bilhão.

“Ainda assim não impediu que o real fosse a moeda [de país] emergente que mais sofreu no dia de hoje”, acrescentou o profissional da Correparti.

Amanhã, na agenda de indicadores, o destaque fica para a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no quarto trimestre de 2019. Porém, o diretor da corretora Mirae Asset, Pablo Spyer, pondera que o foco do mercado continuará nos desdobramentos do coronavírus. Além dos outros países, o Brasil monitora 20 casos suspeitos. “Mesmo com a ação do BC amanhã, o dólar tem respaldo para romper o nível de R$ 4,45”, avalia.

 

MERCADO AGORA: Veja um resumo dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa segue acelerando a queda e voltou aos 107 mil pontos na volta do Carnaval, em um movimento de correção depois que Bolsas ao redor do mundo despencaram nos últimos dois dias com o aumento da propagação do coronavírus fora da China. A confirmação do primeiro caso no Brasil também é mais um fator de estresse no pregão de hoje.

Por volta das 15h30 (horário de Brasília), o Iboveapa registrava queda de 5,40% aos 107.531,70 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 12,2 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2020 apresentava recuo de 5,45% aos 108.010 pontos.

Para o diretor da SRM Asset, Vicente Matheus Zuffo, a queda do índice poderia ser ainda pior, já que algumas american depositary receipts (ADRs, recibos de ação de empresas estrangeiras negociados na Bolsa de Valores de Nova York) brasileiras chegaram a cair 8% nos últimos dois dias.

“Está relativamente tranquilo perto do que vimos lá fora nos últimos dias. Foi interessante o Banco Central [BC] ter se antecipado e anunciado leilão de swap para hoje e para amanhã”, disse. A atuação do BC antes do início do pregão de hoje segura um pouco a alta do dólar e mostra que a autoridade monetária está atenta à piora dos mercados.

No entanto, o diretor destaca que os ativos devem continuar voláteis ao longo do pregão e nos próximos dias. Investidores também devem aguardar a coletiva de imprensa do presidente norte-americano, Donald Trump, após o fechamento de Wall Street, na expectativa que ele tente diminuir o nervosismo em relação ao coronavírus.

“O Trump pode tentar tranquilizar os mercados, mas não sei se vai ser suficiente”, disse, completando que mesmo com previsões de estímulos por parte de governos e bancos centrais nas economias pelo mundo, o cenário ainda é de muita incerteza.

O número de novos casos de coronavírus (Covid-19) fora da China superou os casos no país asiático pela primeira vez desde que o surto foi detectado no final do ano passado na cidade de Wuhan, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, agora existem 2.790 casos em 37 países, incluindo 44 mortes.

No Brasil, o primeiro caso foi confirmado hoje pelo Ministério da Saúde, que acrescentou que o governo está mapeando as pessoas que tiveram contato com o paciente contaminado para tentar restringir a disseminação da doença. Na China, o número de mortos subiu para 2.715, com 78.064 casos foram confirmados em 31 províncias chinesas, e há 2.491 casos suspeitos.

Entre as maiores quedas do índice no momento estão as ações do setor de aviação, um dos mais prejudicados desde o início do surto, com voos paralisados, caso da Gol e da Azul. Em seguida, aparecem as ações ligadas a commodities e à demanda chinesa, como da CSN, Gerdau Metalúrgica, Usiminas, Vale e Petrobras. Na contramão, apenas as ações da Cielo operam em alta.

O dólar comercial opera em alta frente ao real, desde a abertura dos negócios renovando máximas históricas sucessivas acima de R$ 4,42, em meio ao ajuste do mercado doméstico na volta do feriado prolongado de Carnaval. Enquanto o cenário local ficou sem negócios por dois dias, os casos de coronavírus se alastraram pelo mundo, o que levou o mercado acionário global a ter quedas profundas. Aqui, o primeiro caso da doença foi confirmado no fim da manhã.

Por volta das 15h30, o dólar comercial registrava alta de 0,95%, sendo negociado a R$ 4,4360 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2020 apresentava avanço de 0,97%, cotado a R$ 4,434.

É também o primeiro caso confirmado na América Latina, o suficiente para deixar o mercado em alerta. No Brasil, há ainda 20 casos suspeitos sendo monitorados. O coronavírus se alastra para outros países e os números ganham força como na Itália e no Irã. Na China, os casos confirmados passam de 78 mil casos e o número de mortes passa de 2,7 mil. Esse primeiro caso confirmado aqui se trata de um homem de 61 anos que chegou da Itália no fim da semana passada. Ele esteve no norte do país.

Diante à forte aversão ao risco global, o Banco Central (BC) anunciou duas operações de swap cambial tradicional -equivalente à venda de dólares no mercado futuro – sendo uma realizada hoje (às 13h30) e outra amanhã (às 9h30), no qual ofertará até US$ 1,5 bilhão para conter um avanço maior da moeda.

“Voltamos do feriado com a situação muito pior do que saímos. Há um movimento de fuga por risco com procura por ativos de segurança, o que penaliza as moedas de países emergentes”, comenta a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack.

Além das preocupações com o avanço da doença para outros países, além da Ásia, a economista que o cenário político interno complicado é a “gota d’água” para o comportamento dos ativos domésticos ainda piores. “Havia uma perspectiva um pouco melhor quanto ao andamento das reformas. Mas com o Bolsonaro arranjando encrenca com o Congresso, a situação se agrava muito mais”, avalia.

O gerente de mesa de câmbio da Correparti, Guilherme Esquelbek, acrescenta a repercussão negativa de um chamado para um ato contra o Congresso Nacional para 15 de março feito pelo presidente Jair Bolsonaro por meio de um vídeo publicado ontem em um aplicativo de troca de mensagens também entra no foco do radar e alimenta o mau humor dos ativos domésticos.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) iniciaram a sessão sem um rumo definido, em uma sessão dedicada aos ajustes após a longa pausa por causa do carnaval. Durante os dias de folia no Brasil, os mercados internacionais atemorizaram-se com a disseminação do coronavírus fora da China, o que engatou uma forte aversão ao risco no mundo.

Por volta das 15h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 4,185%, de 4,185% no último ajuste, na sexta-feira passada; o DI para janeiro de 2022 estava em 4,73%, de 4,68% após o ajuste anterior, antes da pausa pelo carnaval o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,31%, de 5,26%; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 6,17%, de 6,06%, na mesma comparação.

COI afirma que preparativos para Tóquio 2020 estão avançando apesar de coronavírus

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São Paulo – Os preparativos para os Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio estão avançando como planejado, apesar do novo coronavírus, disse o serviço de imprensa do Comitê Olímpico Internacional (COI) para a agência de notícias “Sputnik”.

“Os preparativos para os Jogos Olímpicos de Tóquio estão avançando de acordo com os planos”, respondeu o serviço de imprensa, acrescentando que “medidas contra doenças contagiosas formam uma parte importante dos planos de segurança dos Jogos Olímpicos de 2020”.

O COI disse que os organizadores monitoram de perto a situação ligado ao novo coronavírus e analisam as medidas de segurança a esse respeito. O Comitê também informou que mantém contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Estamos absolutamente certos de que as autoridades correspondentes, em particular no Japão e na China, tomarão todas as medidas necessárias para resolver a situação”, acrescentou o COI.

Os Jogos Olímpicos acontecerão de 24 de julho a 9 de agosto em Tóquio.

No final de 2019, a China relatou um surto de pneumonia causada por uma nova variedade de coronavírus na cidade chinesa de Wuhan, capital da província de Hubei. O vírus foi chamado SARS-CoV-2 e a doença que causa, Covid-19.

A nova infecção atravessou as fronteiras da China e foi detectada em quase 40 países até o momento. Globalmente, o vírus já infectou mais de 81.200 pessoas e causou mais de 2.700 mortes.

A OMS mantém uma emergência internacional desde 30 de janeiro devido à disseminação do novo coronavírus.

Aumento no pré-sal pode compensar queda no preço do Brent

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São Paulo – Caso o preço do petróleo tipo Brent se mantenha, neste ano, em patamares mais baixos do que os observados ao longo de 2018, ao redor de US$ 70,00 o barril, a Petrobras pode ter dificuldades para cumprir com seu planejamento de ajuste financeiro, preveem analistas consultados pela Agência CMA.

Um relatório do UBS aponta que neste início de ano o preço médio do barril de petróleo tipo Brent caiu 18%, principalmente porque a demanda por petróleo no mercado global ficou mais fraca após o surgimento do surto de coronavírus e o temor de um crescimento mais fraco da economia chinesa, um dos países que mais consomem a commodity, pode levar a cotação a patamares próximos a US$ 60,00 por barril.

Para o analista da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, há uma melhora sensível nos índices qualitativos da empresa, que podem fazer com que ela sofra menos em períodos de petróleo mais barato. Contudo, o prolongamento dos patamares atuais de preço vai demandar uma revisão nas metas financeiras da estatal. “Isso certamente prejudicaria alguns planos da companhia, como a redução mais rápida do endividamento e a adoção de uma política de dividendos mais agressiva”.

Apesar disso, o analista acredita que o aumento da extração de óleo no pré-sal, onde os custos de produção são mais baixos, podem ajudar a empresa a compensar parcialmente a variação do Brent.

“Com o novo perfil, focada em Exploração e Produção, ela de fato precisa de preços altos para gerar caixa, mas ainda pode alcançar rentabilidade com o aumento de produção em áreas onde os custos são menores e trabalhar com o preço mais baixo no mercado internacional”, diz Arbetman.

O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edmar Luiz Fagundes de Almeida, afirma que a estatal pode compensar parcialmente a perda de receita com a redução de preços de seu principal produto, se apoiando em um aumento da participação de poços onde o custo de extração é mais baixo.

“A reestruturação que eles querem fazer tem a ver com essa questão, uma vez que o pré-sal é uma das áreas mais competitivas da indústria mundial de petróleo. Focando nela, pode melhorar sua rentabilidade”, explicou o professor.

No último trimestre de 2019, o pré-sal correspondeu a 59% do petróleo extraído pela companhia no Brasil. O custo de extração nesta área foi de US$ 3,00, fazendo com que a despesa média do período atingisse US$ 6,50 por barril, US$ 3,00 a menos do que o observado no início de 2018.

Almeida ressaltou ainda que a principal influência sobre a Petrobras será no tempo necessário para que a empresa faça a reestruturação de seu endividamento, já que os impactos da epidemia não estavam nas estimativas iniciais no plano de desalavancagem. “Ainda não se sabe qual cenário teremos. Se os impactos sobre a economia se estenderem ao longo do ano, pode significar o carregamento da dívida por mais tempo”.

De acordo com o analista da Tendências, Walter de Vitto, neste momento de flutuação o Brent não impacta tanto na empresa porque ela ainda não vendeu seus ativos de refino, o que pode ajudar a recompor margens com a venda de derivados de petróleo.

“Ela ainda não completou a mudança de perfil, o que neste momento pode ser positivo. Agora, mais adiante, quando estas transformações forem mais profundas e conforme o petróleo for maior na carteira da empresa, flutuações na cotação da commodity devem impactar no fluxo de caixa”.

Vitto destaca também que a extensão dos impactos econômicos do coronavírus sobre a economia global e sobre a China ainda são difíceis de contabilizar. “O mercado ainda trabalha com impacto no curto prazo, e a curva acabou caindo nos primeiros meses, mas pode ter retomada dos preços no final do primeiro trimestre, caso o vírus seja contido e a produção retomada”.

Neste cenário, Vitto acredita que a previsão de queda na demanda chinesa é de aproximadamente 0,2% com a redução de 170 mil barris por dia (bpd). Já a extensão do problema pode ter efeitos imprevisíveis sobre a economia global, gerando impacto maior sobre os preços da commodity e afetando o fluxo de caixa das petrolíferas.

Contraprova confirma primeiro caso do coronavírus no país

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São Paulo – O Brasil registrou o primeiro caso confirmado do coronavírus no país, segundo informações divulgadas pelo ministro da Saúde, Henrique Mandetta. Ele acrescentou que o governo está mapeando as pessoas que tiveram contato com o paciente contaminado para tentar restringir a disseminação da doença e ressaltou que o nível de alerta sanitário não muda, porque já estava em nível máximo.

O paciente contaminado é um homem de 61 anos que mora em São Paulo e retornou recentemente da Itália. Ele viajou ao país europeu a trabalho, sozinho, entre 9 e 21 de fevereiro, e apresentou alguns dos sintomas relacionados ao coronavírus – febre, tosse seca, dor de garganta e coriza.

O paciente está recebendo tratamento em casa – um contraste em relação a pessoas com suspeita de infecção pelo coronavírus que o governo trouxe da China há algumas semanas, que foram mantidas em isolamento em uma área militar.

Segundo o ministro, as situações não são comparáveis. No caso dos repatriados, “tinha um número grande de pessoas de diferentes lugares do Brasil. É bom senso que traga e aguarde 14 dias”, disse ele. “Neste caso, é um paciente, já estava dentro de sua casa, tem uma esposa que estava com ele desde o início. Levar paciente para dentro do ambiente hospitalar só aumenta a chance de outros pacientes em estado debilitado serem acometidos.”

Ele também ressaltou que o local em que o paciente recebe tratamento depende dos sintomas, não da doença. “O protocolo é muito claro. Isolamento domiciliar, no caso de uma cidade, qualquer cidade, é o mais recomendado. Temos que levar pessoas que tem quadro respiratório grave pera ambiente hospitalar”, não quem está em condições que não exigem atenção dedicada.

Mandetta comparou a situação com a quarentena aplicada sobre o navio de cruzeiro Diamond Princess, no Japão, que tinha 3,7 mil passageiros e tripulação a bordo quando uma quarentena de duas semanas começou em 5 de fevereiro.

“As pessoas num navio, concentrados no mesmo local e impedidos de ancorar, se estivessem num local ventilado, numa residência, talvez o número de casos fosse muito menor”, afirmou.

CONTROLE

O ministro acrescentou que o governo não pretende fechar fronteiras para evitar que o vírus se espalhe pelo Brasil. “Não dá para fazer medidas restritivas”, disse ele. “Nossa preocupação sempre foi as pessoas saírem do Brasil. Aqui elas estão dentro de um bioma em equilíbrio. Já existe a comunicação e o volume de anticorpos dentro do nosso ecossistema”, disse o ministro.

“O mundo não tem fronteiras. Alguém me perguntou por que não fechar? Isso não tem eficácia. É mais uma gripe que a humanidade vai ter que atravessar”, afirmou, acrescentando que a recomendação é que as pessoas com sintomas não viajem. Se viajarem, porém, que notifiquem as autoridades “Embora seja uma situação que todo mundo gostaria que se fizesse exame para ser admitido dentro do país, não existe nenhuma tecnologia que possa nos dizer que quem está eventualmente num avião possa estar com o vírus ou não”, disse Mandetta. “Só vamos superar isso quando tivermos tecnologia para fazer vacina.”

O ministro disse também que o governo vai contatar parte dos passageiros que estavam no mesmo avião do paciente contaminado pelo coronavírus. “A gente segue a regra: as duas poltronas à frente, duas laterais, duas atrás. A Anvisa localiza cada um deles, a Polícia Federal tem esse controle.”

GRAVIDADE

Mandetta também comparou o coronavírus com outras doenças respiratórias que atingiram o Brasil nos últimos anos, entre elas a provocada pelo vírus H1N1. “Ela se comporta bem a menor [em letalidade]”, afirmou. “H1N1 foi mais grave.”

Ele afirmou que as pessoas mais suscetíveis ao coronavírus são idosos, e que o Brasil não possui tantas pessoas neste grupo quanto países europeus.

Mandetta disse que o comportamento do vírus no Brasil é uma incógnita, porque até então os casos confirmados haviam sido registrados em locais com clima frio. “Tanto pode manter o mesmo padrão de comportamento que tem no hemisfério norte, onde basicamente tem o frio. Agora no hemisfério sul a gente começa a perceber qual vai ser o comportamento”, afirmou.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de letalidade do coronavírus é de 3,4% dos casos de contaminação, e a maioria das mortes pela doença ocorreu entre pessoas de mais de 60 anos. Fora da China, a taxa de letalidade é menor – de 1,4%.

O governo brasileiro também informou que um paciente contaminado pelo coronavírus tem potencial para transmitir a doença para duas ou três pessoas, em média, e que não necessariamente todas as pessoas que entram em contato com uma pessoa doente serão contaminadas pelo coronavírus.

Os dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde, por volta das 11h30, apontam que há 20 casos suspeitos no Brasil – a maioria deles no estado de São Paulo (11). A esposa do paciente que está contaminado pelo coronavírus não faz parte dos casos suspeitos porque não apresentou sintomas, segundo Mandetta.

Outros estados com suspeita de infecção são Minas Gerais, Santa Catarina e Rio de Janeiro, cada um com dois casos, Paraíba, Pernambuco e Espírito Santo, cada um com um caso.

 

 

 

Chefe do FMI reforça apoio a governo argentino em meio a crise de dívida

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Buenos Aires – A diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, descreveu como frutífera a conversa que teve neste fim de semana com o ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, no âmbito da reunião do G-20 (grupo que reúne economias mais industrializadas e países emergentes) em Riade, Arábia Saudita.

“O ministro Guzmán e eu tivemos outra troca proveitosa sobre os desafios do país e o caminho a seguir para garantir um crescimento mais sustentável e inclusivo para a Argentina. Apoiei o ministro e a liderança do presidente Alberto Fernández em seus esforços para estabilizar a economia e reduzir a pobreza”, diz comunicado.

A nota diz ainda que, com base na recente missão da equipe técnica do FMI em Buenos Aires, também discutiram os planos das autoridades argentinas de garantir uma solução sustentável e ordenada da situação da dívida.

“Nesse contexto, congratulei-me com o compromisso das autoridades argentinas de continuar aprofundando nossa colaboração, mediante consulta ao Artigo IV e obter um programa apoiado pelo Fundo. As modalidades desses próximos passos continuarão sendo discutidas”, afirmou Georgieva.

O FMI diz ainda que “nosso compromisso e foco estão com a Argentina e sua população. Queremos ver a economia argentina se recuperar de maneira duradoura, que a pobreza seja reduzida e que Argentina prospere”.

Tradução: Carolina Gama

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