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Governo analisa possível caso confirmado de coronavírus no Brasil

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São Paulo – Um homem de 61 anos que mora em São Paulo e retornou recentemente da Itália pode ser o primeiro paciente brasileiro efetivamente contaminado pelo coronavírus, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, que aguarda o resultado de mais um teste para determinar se de fato houve a contaminação.

O homem viajou para a Itália a trabalho, sozinho, entre 9 e 21 de fevereiro, e apresentou alguns dos sintomas relacionados ao coronavírus febre, tosse seca, dor de garganta e coriza. Segundo as informações divulgadas ontem à noite pelo governo federal e pela Secretaria da Saúde de São Paulo, o paciente está bem e recebeu as orientações de precaução padrão.

O homem foi acolhido na terça-feira, após as 12h, no Hospital Israelita Albert Einstein, que registrou a notificação de caso suspeito do Covid-19 – a denominação internacional da doença – e realizou testes preliminares para detectar se houve a contaminação.

“Com resultados preliminares realizados pela unidade de saúde e de acordo com o Plano de Contingência Nacional, o hospital enviou a amostra para o laboratório de referência nacional, Instituto Adolfo Lutz, para contraprova.

Este processo de validação dos resultados está em curso e o Ministério da Saúde divulgará o laudo final da investigação oportunamente”, disse o órgão em nota.

O governo também está identificando os contatos do homem possivelmente contaminado desde o voo que ele tomou para retornar da Itália.

Bolsa cai e dólar sobe em dia de cautela dos investidores

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São Paulo – O Ibovespa encerrou em queda pelo segundo pregão seguido, com perdas de 0,78%, aos 113.681,42 pontos, pressionado pelo cenário externo mais cauteloso, diante de preocupações com o coronavírus e dados mais fracos nos Estados Unidos.

A busca por proteção antes do Carnaval e as ações da Vale e da Petrobras também pesaram sobre o índice, refletindo os resultados financeiros e o preço do petróleo, respectivamente.

Com isso, o Ibovespa também caiu na semana, com queda de 0,61%. O volume total negociado foi de R$ 21,7 bilhões.

No cenário externo, as Bolsas norte-americanas fecharam em baixa após o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade do setor de serviços dos Estados Unidos ter caído mais do que o previsto. Além disso, investidores se preocuparam com o aumento de casos do coronavírus fora da China, como na Coréia do Sul.

“Certamente a questão do vírus ainda pode manter um nervosismo no curto prazo, além de ser véspera de Carnaval”, disse o economista-chefe do banco digital Modalmais, Alvaro Bandeira.

“Ninguém quer ficar exposto, correndo risco de segunda ou terça-feira sair algo muito grave e não ter nem como zerar posição”, disse ainda um operador de renda variável de uma corretora.

Entre as ações, as da Vale (VALE3 -3,96%) fecharam entre as maiores quedas do índice hoje depois que a mineradora reportou prejuízo líquido de US$ 1,562 bilhão no quarto trimestre de 2019, revertendo lucro de US$ 9,650 bilhões registrados um ano antes. O prejuízo foi provocado, principalmente, pelas provisões e despesas relacionadas ao rompimento da barragem de Brumadinho, o que não foi recebido pelo mercado.

Ainda entre as maiores quedas ficaram os papéis da IRB Brasil (IRBR3 -5,43%) e da Gerdau Metalúrgica (GOUA4 -3,96%). As ações da Petrobras (PETR3 -2,92%. PETR4 -2,60%) também ampliaram perdas na esteira da queda dos preços do petróleo e pesaram sobre o índice.

Na contramão, as maiores altas foram das ações das Lojas Americanas (LAME4 7,67%), que refletiram seu balanço, da WEG (WEGE3 4,86%) e da Via Varejo (VVAR3 4,32%).

Na semana que vem, a Bolsa voltará a funcionar apenas às 13h da quarta-feira, quando pode registrar um ajuste ao movimento dos mercados no cenário internacional. Dentre os indicadores da semana que vem, o destaque será o PIB dos Estados Unidos. A temporada de balanços também continua, com resultados como os da Ambev.

O dólar comercial fechou com ligeira alta de 0,04% no mercado à vista, cotada a R$ 4,3940 para venda, renovando a máxima histórica de fechamento pelo quarto pregão seguido, em sessão marcada pela volatilidade. Após abrir a sessão pressionado, na cotação recorde intraday de R$ 4,4090, a moeda caiu ao nível de R$ 4,37 em movimento global de desvalorização após dados mais fracos dos Estados Unidos.

“O dólar operou bastante volátil. Em meio à força da divisa no exterior na abertura dos negócios, a moeda mostrou uma forte pressão durante toda a manhã. Em um segundo momento, porém, a divulgação de indicadores norte-americanos piores que o esperado tirou a força da divisa perante seus principais pares fortes e emergentes”, comenta o analista de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes Filho.

O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial norte-americana caiu a 50,8 pontos neste mês, ante 51,9 em janeiro, enquanto analistas projetavam queda a 51,5 pontos. Já o PMI do setor de serviços caiu para 49,4 pontos, no pior nível em mais de seis anos, enquanto o esperado era 53,2 pontos. Em janeiro, o indicador atingiu 53,4 pontos. Segundo analistas, os dados foram impactados pelo coronavírus.

Na semana, marcada pela percepção de uma possível piora nos resultados das empresas no primeiro trimestre influenciado pelos efeitos do surto da doença, a moeda se desvalorizou 2,1% após acumular máximas histórias no período.

Na próxima semana, mais encurtada com o feriado prolongado de carnaval, o mercado – que voltará a operar às 13 horas, deverá reagir aos fatos ocorridos no exterior durante a ausência do mercado doméstico. “As incertezas sobre o coronavírus continuarão sendo o vetor mais importante para o mercado cambial”, comenta o analista da Mirae Asset, Pedro Galdi.

Na agenda econômica, o destaque fica para o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha, que sairá na terça-feira e poderá repercutir nos ativos locais na volta do feriado, enquanto na quinta, tem a segunda leitura do PIB dos Estados Unidos. Os dados são do quarto trimestre de 2019.

Além dos indicadores de consumo e de inflação, em janeiro. “O consumo das famílias deve seguir robusto, fortalecido pelo bom desempenho do mercado de trabalho, sem pressões inflacionárias”, diz a equipe econômica do Bradesco.

Movimentos financeiros não devem ser observados isolados, diz vice do Fed

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São Paulo – O vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Richard Clarida, disse que os persistentes movimentos do mercado financeiro podem ser informativos da atual condição econômica do país, mas nunca são “avaliados isoladamente” e sempre colocados em contexto.

“Meus colegas e eu analisamos a evolução do mercado financeiro, mas nunca isoladamente e sempre no contexto de equilibrar os sinais dessa área com sinais complementares de pesquisas e modelos econométricos”, disse Clarida durante fórum sobre política monetária na Universidade de Boston, em Nova York.

“É justo dizer que quando os sinais dessas três fontes se alinham na mesma direção, o efeito é maior e, portanto, mais material do que quando os sinais fornecem interpretações conflitantes”, acrescentou.

Clarida foi convidado a abordar o problema do “jogo de espelhos”, quando o banco central pode acabar colocando peso demais nas reações do mercado financeiro na hora de fazer suas decisões sobre política monetária. Os efeitos dessa prática poderiam piorar a economia do país e causar ainda mais instabilidades nas bolsas.

Segundo ele, a instabilidade do mercado financeiro é um bom índice para saber a confiança dos negócios e se a economia estão sólida o suficiente, mas não pode ser observada de forma isolada.

Lael Brainard defende manutenção de juros baixos por mais tempo

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São Paulo – Uma das diretoras do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Lael Brainard, disse que a taxa de juros precisará permanecer em níveis historicamente baixos por um longo período para que a inflação acelere para a meta de 2% ao ano.

“Com a inflação mostrando pouca sensibilidade à utilização de recursos, a política monetária pode ter que permanecer acomodatícia por um longo tempo para atingir uma inflação de 2% após um período de aceleração”, afirmou Brainard em declarações preparadas para conferência na Booth School of Business da Universidade de Chicago.

O Fed cortou a taxa básica de juros três vezes no ano passado, para um intervalo entre 1,50% e 1,75%, para proteger a economia norte-americana contra os riscos de uma desaceleração global.

Brainard disse que é importante que o Fed “esclareça antecipadamente um conjunto mais amplo de ferramentas de forma proativa para fornecer acomodações quando os choques levarem a taxa de juros a zero”.

As autoridades do Fed estão se preparando para anunciar até o meio do ano mudanças em sua estrutura de metas para a inflação.

Neste sentido, Brainard endossou uma mudança na qual o Fed levaria em conta falhas anteriores na meta de inflação de 2% ao decidir sobre como definir suas políticas.

“Para ser totalmente eficaz”, ela acrescentou, “o uso proativo de um kit de ferramentas expandido precisa ser associado a uma nova estratégia que alcance resultados médios de inflação de 2% ao longo do tempo. “

Mercado recebe mal ajustes em função de Brumadinho e Vale cai 4%

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Por Danielle Fonseca

São Paulo – As ações da Vale caem cerca de 4%, na maior queda do Ibovespa no momento, depois que a companhia reportou prejuízo de US$ 1,562 bilhão no quarto trimestre de 2019 em função de ajustes e provisões relacionadas ao rompimento da barragem de Brumadinho, o que não foi bem recebido pelo mercado. Os papéis também sofrem com a maior aversão ao risco no exterior em função do coronavírus, embora tenha dito que o surto não está impactando suas atividades na China.

Às 15h41 (horário de Brasília), as ações da Vale (VALE3) caíam 4,02%, a R$ 50,04, e também eram as mais negociadas do dia, com volume de R$ 587,3 milhões.

Para o economista-chefe do banco digital Modalmais, Alvaro Bandeira, as ações reagem a esses ajustes feitos no trimestre. “Tivemos muitos ajustes em função de Brumadinho, o que até já era esperado, mas fica difícil de projetar pelos analistas. Pela minha experiência, as empresas aproveitam momento um pouco mais negativo para fazer limpezas no balanço e acho que a Vale fez alguma limpeza”, disse Bandeira.

Já os analistas do Credit Suisse, afirmam que o resultado da Vale ficou dentro do esperado no trimestre, mas a provisão relacionada aos desastre de Brumadinho foi uma “novidade”, que acreditam que será não visto com bons olhos pelo mercado. Mesmo assim, os analistas viram números positivos, afirmando que a Vale conseguiu compensar, de forma parcial, um preço de minério mais baixo no período com um forte avanço nos embarques e menores
custos.

Os analistas também destacam a forte geração de fluxo de caixa no trimestre, que ajudou a reduzir a avalancagem. Para eles, com isso, a Vale pode “virar a página” e acelerar a política de dividendos.

Os analistas do Bradesco BBI são outros que apostam que a companhia pode retomar a sua política de dividendos no curto prazo, um dos motivos que fazem com que reafirmem a recomendação “outperform” (equivalente à compra), com preço-alvo de US$ 21,00 para as ADRs.

Já os analistas do BTG Pactual destacam que não ficaram surpresos ao ver prejuízos em áreas como as de metais básicos e carvão, que enfatizam desafios que a Vale está enfrentando nesses negócios e “decisões questionáveis” em alocação de recursos.

Do ponto de vista das provisões, o BTG acredita que a Vale reconheceu claramente que há grandes incertezas em relação a negociações adicionais com partes interessadas em Brumadinho, e cálculos preliminares podem garantir provisões adicionais. “No entanto, estamos convencidos de que a Vale está no caminho de se tornar uma empresa mais sustentável, previsível e confiável, e reiteramos nossa classificação de compra de longo prazo”, afirmaram, em relatório.

PMI industrial dos EUA cai para 50,8 pontos em fevereiro

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São Paulo – O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial dos Estados Unidos caiu para 50,8 pontos em fevereiro, depois de atingir 51,9 pontos em janeiro, segundo dados preliminares publicados pelo instituto de pesquisas IHS Markit.

Analistas esperavam queda para 51,5 pontos em fevereiro. Números acima de 50 pontos sugerem expansão da atividade, enquanto valores menores sugerem contração. O PMI que mede apenas a produção do setor industrial caiu para 50,6 pontos em fevereiro.

Os dados mostram uma expansão fraca na produção e em novas encomendas.

Segundo a pesquisa, a demanda de exportação foi fraca devido ao surto de coronavírus.

Embora as expectativas tenham melhorado, a confiança de negócios ficou quase estável, com as incertezas sobre as consequências da epidemia preocupando os negociantes.

Para o economista chefe em negócios da IHS Markit, Chris Williamson, apesar do setor industrial não ter se saído tão mal como o de serviços, ele ainda demonstrou enfraquecimento, permanecendo pouco acima do limite de contração.

“A deterioração foi em parte ligada ao surto de coronavírus, manifestando-se na demanda enfraquecida em setores como viagens e turismo, bem como na queda nas exportações e na interrupção da cadeia de suprimentos”, disse ele.

PMI de serviços dos EUA cai a 49,4 pontos em fevereiro

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São Paulo – O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade do setor de serviços dos Estados Unidos caiu a 49,4 pontos em fevereiro – o pior nível em mais de seis anos -, depois de atingir 53,4 pontos em janeiro, de acordo com dados preliminares divulgados pelo instituto de pesquisas IHS Markit.

Analistas previam 53,2 pontos em fevereiro. Números acima de 50 sugerem expansão da atividade, enquanto valores menores apontam contração.

O PMI composto, que agrega dados dos segmentos industrial e de serviços, caiu para 49,6 pontos em fevereiro – o pior nível em mais de seis anos -, depois de marcar 53,3 pontos em janeiro.

A contração se deve, em parte, pela redução de novos negócios em todo o setor de serviços. No geral, a taxa de declínio foi a mais forte da série história – desde outubro de 2009. Já os novos pedidos de exportação também recuaram à medida que as empresas relataram maior hesitação entre clientes para fazer pedidos em meio a especulações sobre o novo coronavírus.

A pressão sobre a capacidade foi reduzida em fevereiro, o nível de negócios pendentes caiu. Como um resultado, empresas de serviços aumentaram sua força de trabalho a uma taxa mais baixa.

Ao mesmo tempo, os preços dos insumos subiram mais lentamente e, em um esforço para permanecer competitivas, as empresas aumentaram apenas seus encargos de produção fracionadamente.

Déficit em conta corrente soma US$ 11,879 bi em janeiro

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Brasília – O déficit em conta corrente do Brasil cresceu 31,33% em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, para US$ 11,879 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC). Em 12 meses o déficit em conta corrente soma US$ 52,285 bilhões, ou o equivalente a 2,85% do PIB.

O superávit na conta de capital cresceu 73,91% em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, para US$ 59 milhões. Na conta financeira, o déficit cresceu 32,54% em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, para US$ 12,028 bilhões.

O superávit no balanço de pagamentos diminuiu 13,27% em janeiro ante o mesmo período do ano passado, para US$ 706 milhões.

O investimento direto no país diminuiu 3,6% em janeiro ante o mesmo período do ano passado, para US$ 5,618 bilhões. Em 12 meses o investimento estrangeiro no país soma US$ 78,35 bilhões, ou o equivalente a 4,26% do PIB.

O estoque de reservas internacionais atingiu US$ 359,4 bilhões em janeiro.

O incremento de US$ 2,5 bilhões nesse estoque, relativamente à posição de dezembro, decorreu principalmente da variação por preço, que gerou ganhos de US$ 2,1 bilhões. A receita de juros adicionou US$ 585 milhões ao estoque, enquanto a variação por paridades contribuiu para reduzi-lo em US$ 251 milhões.

Pix diminuirá receita com tarifas de bancos, diz Moody’s

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São Paulo – A introdução do PIX, modalidade de pagamento instantâneo lançada pelo Banco Central (BC) esta semana e que entrará em vigor em novembro, é negativa para a nota de crédito de grandes bancos porque deve diminuir a receita destas instituições com tarifas, afirmou a agência de classificação de risco Moody’s em um relatório.

“Os maiores bancos de varejo do Brasil recebem tarifas de vários processos de pagamentos”, disse a agência. “A alternativa mais barata e rápida do método de pagamento digital do Pix o transformará num competidor direto dos atuais sistemas de pagamento, incluindo o TED e os pagamentos com cartões de débito e crédito.

A Moody’s afirma que os bancos brasileiros não publicam de maneira uniforme as taxas que cobram no processamento de transações, mas estima que ela ao fim de 2019 ela atingiu 2,2% sobre um volume de R$ 1,5 trilhão de transações.

“Se entre 10% e 15% do voluma total de pagamentos fosse perdido para o sistema Pix, então as tarifas recebidas cairiam em média em R$ 4,3 bilhões”, disse a Moody’s.

MERCADO AGORA: Veja um resumo dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa segue em queda de mais de 1% nesta manhã pressionado pelas perdas das ações da Vale, que reagem à balanço do quarto trimestre de 2019, e pela cautela vista no cenário externo em função do surto de coronavírus. Investidores também preferem manter posições de proteção na véspera do Carnaval, quando a Bolsa brasileira estará fechada e outros mercados no exterior continuam abertos.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 0,94% aos 113.498,78 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 8,9 bilhões. No mercado futuro, o contrato com vencimento em abril de 2020 apresentava recuo de 0,63% aos 114.140 pontos.

As ações da Vale estão entre as maiores quedas do índice hoje depois que a mineradora reportou prejuízo líquido de US$ 1,562 bilhão no quarto trimestre de 2019, revertendo lucro de US$ 9,650 bilhões registrados um ano antes. O prejuízo foi provocado, principalmente, pelas provisões e despesas relacionadas ao rompimento da barragem de Brumadinho.

Para o economista-chefe do banco digital Modalmais, Alvaro Bandeira, as ações reagem a esses ajustes feitos no trimestre em função de Brumadinho, além de o papel sentir a maior cautela em função do coronavírus. Em teleconferência, porém, a diretoria da Vale afirma que mesmo com o vírus está operando em todos os portos da China.

“Tivemos muitos ajustes em função de Brumadinho, o que até já era esperado, mas fica difícil de projetar. Pela minha experiência, as empresas aproveitam momento um pouco mais negativo para fazer limpezas no balanço e acho que a Vale fez alguma limpeza”, disse Bandeira.

Ainda entre as maiores quedas, além da Vale, estão as ações da Rumo, do IRB Brasil e da Gerdau. Já na contramão, as maiores altas são da Lojas Americanas, da WEG e da Suzano.

Já no cenário externo, a maioria da Bolsas opera em queda com investidores preocupados com o aumento de casos do coronavírus fora da China, como na Coréia do Sul. “Certamente a questão do vírus ainda pode manter um nervosismo no curto prazo, além de ser véspera de Carnaval”, lembra o economista.

Após renovar máximas históricas, acima de R$ 4,40, o dólar comercial oscilou abaixo deste nível, chegando a inverter o sinal em movimento local de “zeragem de posições e fluxo pontual”, segundo analistas, mas voltou a subir e opera nos níveis da abertura dos negócios.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,22%, sendo negociado a R$ 4,3820 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2020 apresentava recuo de 0,29%, cotado a R$ 4,382.

Para o operador da corretora Commcor, Cleber Alessie, algum “fluxo pontual ou zerada parcial de comprados” levou a moeda a operar com sinal negativo e a renovar a mínima do dia, abaixo de R$ 4,39.

Já o analista da Quantitas, Matheus Gallina, ressalta a redução global da força do dólar, enquanto aqui, o movimento é de “alinhamento de posições” antes do feriado prolongado de Carnaval.

Mesmo com a moeda em patamar inédito e renovando máximas intraday pelo segundo dia consecutivo, o Banco Central (BC) ainda não interveio no mercado cambial. “A postura da autoridade monetária de se manter à distância também não alivia a pressão [do dólar]. A aversão ao risco, os comentários do ministro da Economia [Paulo Guedes] de que o novo normal é o dólar alto, além da cautela do investidor estrangeiro, são suficientes para isso”, comenta o consultor de câmbio da Advanced, Alessandro Faganello.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) apagaram o viés positivo e passaram a ensaiar queda, principalmente no trecho mais curto da curva a termo, na esteira da mudança de sinal do dólar para o negativo, que passou a ser negociado abaixo de R$ 4,40, após a divulgação de dados fracos sobre a atividade nos Estados Unidos. A curva a termo também é pressionada pelos títulos norte-americanos (Treasuries), que testam mínimas recordes.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 4,185%, de 4,195% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2022 estava em 4,65%, de 4,67% após o ajuste anterior; enquanto os DIs de prazo mais longos estavam nivelados aos ajustes da véspera, com o vencimento para janeiro de 2023 em 5,23% e o DI para janeiro de 2025 em 6,02%.

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