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Mortes por novo coronavírus sobem para 2,2 mil e casos somam 75,4 mil na China

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São Paulo – O número de mortes na China causadas por infecção pelo novo coronavírus subiu em 118, para 2.236, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde do país, em comunicado. Ao todo, 75.465 casos foram confirmados em 31 províncias chinesas, e há 5.206 casos suspeitos.

Segundo as autoridades de saúde do país, entre as novas mortes relatadas, 115 ocorreram na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro do surto de coronavírus. Apenas em Wuhan foram confirmadas 99 novas mortes.

Além disso, entre os 889 novos casos confirmados na China, 631 ocorreram em Hubei. Ao todo, 62.662 pessoas testaram positivo para o vírus na província e, deste total, 45.346 pacientes estão na capital Wuhan.

Também foram adicionados 1.614 casos suspeitos no país, segundo as autoridades de saúde. Os casos suspeitos em Hubei somam 4.094, sendo 2.820 na capital. Ao mesmo tempo, 2.109 novos pacientes foram curados e receberam alta na China, levando o total de pessoas curadas para 18.264, 11.788 em Hubei.

Nas regiões administrativas especiais da China, foram confirmados um total de 102 casos, sendo 68 deles em Hong Kong, com duas morte e cinco pacientes dispensados; dez em Macau, onde seis pacientes receberam alta; e 24 em Taiwan, onde houve uma morte e dois pacientes foram liberados do hospital.

Coca-Cola reduz previsão de receita no 1T20 devido a novo coronavírus

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São Paulo – A Coca-Cola anunciou que deve esperar uma queda de 1 a 2 pontos percentuais na receita orgânica do primeiro trimestre devido ao surto de coronavírus na China. No entanto, a companhia disse que a previsão de lucro para o ano deve permanecer a mesma, em 8%.

Segundo a empresa, a China é o terceiro maior mercado de produtos da Coca-Cola no mundo. A quarentena colocada sobre as cidades chinesas devem ter impacto forte nas vendas da região, segundo o comunicado.

“Atualmente, a empresa estima um impacto aproximado de 2 a 3 pontos percentuais no volume unitário de vendas, 1 a 2 pontos na receita orgânica e 1 a 2 centavos no lucro por ação no primeiro trimestre. Com base em suas previsões mais recentes, a empresa ainda espera alcançar suas orientações para o ano inteiro fornecidas anteriormente”, disse a empresa.

 

Vale recebe relatório de comitê com recomendações de governança

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São Paulo – A Vale informou que recebeu do Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário de Apuração (CIAE-A), contratado após o rompimento da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), relatório recomendando iniciativas de natureza técnica e de governança.

De acordo com a companhia, a maior parte dessas recomendações diz respeito a temas que já vêm sendo tratados por meio de inúmeras ações para aprimoramento de seus controles internos. A mineradora divulgará em até 30 dias um cronograma de implementação das ações.

Constituído dois dias após o rompimento da barragem, em 27 de janeiro de 2019, o comitê está sob a coordenação da ex-ministra Ellen Gracie.

Empresa registra prejuízo de US$ 1,562 bi no 4T19

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São Paulo – A mineradora vale reportou prejuízo líquido de US$ 1,562 bilhão no quarto trimestre de 2019, revertendo lucro de US$ 9,650 bilhões registrados um ano antes. O resultado está abaixo da projeção de analistas consultados pela Agência CMA que previam, em média, lucro líquido de US$ 2,254 bilhões.

Em 2019, a empresa teve prejuízo de US$ 1,683 bilhão, ante lucro de US$ 6,860 bilhões registrados no acumulado de 2018.

A receita líquida total aumentou 2%, para US$ 9,964 bilhões no trimestre, ligeiramente superior à previsão do mercado, de US$ 9,674 bilhões. O ebtida ajustado caiu 21% no período, para US$ 3,536 bilhões, na mesma base de comparação.

Por área de negócio, a receita operacional líquida de Minerais Ferrosos cresceu 5% no quarto trimestre, para R$ 8,020 bilhões, em base anual, enquanto em Carvão a receita foi de US$ 191 milhões, queda de 60%, na mesma base de comparação. Em Metais básicos, a receita subiu 2% e somou R$ 1,643 bilhões no trimestre.

No trimestre, o preço médio realizado do minério de ferro foi de US$ 98,6 por tonelada, um aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2018. Em Pelotas, o preço médio ficou em US$ 125,7 por tonelada, alta de 5%.

No carvão, o preço médio praticado pela Vale caiu 33% no quarto trimestre, para US$ 131,4 por tonelada.

Os custos e outras despesas da mineradora somaram US$ 1,163 bilhão no período, alta de 2,1 vezes na comparação anual. Deste total, Brumadinho respondeu por US$ 1,141 bilhão.

Os investimentos da Vale somaram US$ 1,472 bilhões no trimestre, 2% menor que o visto no mesmo período do ano anterior. No período, o fluxo de caixa livre das operações era de US$ 1,327 bilhão.

Ao final do trimestre, a dívida líquida era de US$ 4,880 bilhões, queda de 49% na comparação anual. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda ajustado, foi de 0,5 vez, alta queda de 0,1 ponto percentual (pp).

Investigação aponta irregularidades na condução dos negócios da Renova

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São Paulo – A Renova Energia, em recuperação judicial, que tem a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) entre as sócias, disse que a investigação independente não identificou provas concretas de atos de corrupção ou de desvios para campanhas políticas, mas encontrou irregularidades na condução dos negócios.

A empresa explica que as irregularidades se referem a efetivação de contratos pela companhia ocorridas entre 2014 e 2018, incluindo pagamentos sem evidência de contraprestação de serviços no valor de R$ 40 milhões, além de pagamentos em desconformidade com as políticas internas no montante total de R$ 137 milhões.

Diante disso, o conselho de administração autorizou tomar as medidas cabíveis para preservar os direitos da Renova, entres eles a contratação de um diretor de Governança, Risco e Conformidade que será responsável por assegurar os controles internos e a conformidade processual, bem como mitigar riscos nas atividades de a companhia ser utilizada para o cometimento de atos ilícitos.

Além disso, como a investigação não teve a intenção de avaliar os impactos das irregularidades nas demonstrações financeiras, a diretoria executiva, em conjunto com assessores especializados, realizará esse estudo com base nas evidências obtidas.

A iniciativa da investigação faz parte do inquérito da Polícia Civil e, posteriormente, expandida para abranger os fatos investigados na Operação “E o Vento Levou”. Em razão da não conclusão dos inquéritos, a Renova afirmou que novas informações relevantes podem ser reveladas no futuro.

“Caso venha a ser ajuizada ação criminal em face de agentes que lesaram a companhia, a Renova tem a intenção de auxiliar a acusação em eventuais processos criminais e, posteriormente, requerer a reparação civil pelos danos sofridos”.

Lucro líquido sobe 62,1% e soma R$ 398 mi no 4T19

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São Paulo – O lucro líquido consolidado das Lojas Americanas evoluiu 62,1% no quarto trimestre na comparação anual, somando R$ 398 milhões. Em 2019, o lucro líquido foi de R$ 505 milhões, alta de 65,4% ante o ano anterior.

A receita líquida atingiu R$ 6,480 bilhões no trimestre, uma alta de 9,2% na comparação anual. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado melhorou 16,2%, para R$ 1,306 bilhão, na mesma base de comparação.

O Gross Merchandise Volume (GMV), que são as vendas de mercadorias próprias, vendas realizadas no marketplace, alcançou R$ 11,483 bilhões no quarto trimestre, 20,6% maior que o visto no mesmo período de 2018.

No trimestre, a empresa inaugurou 119 novas lojas, atingindo o total 1.700 lojas em 739 municípios diferentes. Em 2019, foram inauguradas o número recorde de 230 lojas, superando a meta prevista no plano de expansão.

Ao final do trimestre, a dívida líquida era de R$ 3,341 bilhões, alta de 56,12% na comparação anual. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda ajustado, foi de 1,2 vez, alta de 1,5 ponto percentual (pp).

 

Confiança do comércio sobe pela 3ª vez em fevereiro, aponta FGV

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São Paulo – O índice de confiança do comércio (Icom) subiu pela terceira vez seguida em fevereiro, em 1,7 ponto em relação a janeiro, a 99,8 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador seguiu no maior nível desde fevereiro de 2019.

No período, houve alta da confiança em cinco dos seis segmentos pesquisados. A abertura do dado mensal mostra que o resultado do Icom neste mês foi influenciado pela melhora na percepção dos empresários tanto em relação ao presente quanto ao futuro.

Na passagem de janeiro para fevereiro, o Indice de Situação Atual (ISA-COM) subiu 0,7 ponto, a 91,9 pontos, ao passo que o Indice de Expectativas (IE-COM) avançou 2,6 pontos, a 107 pontos, também no maior nível em um ano.

O coordenador da pesquisa na FGV, Rodolpho Tobler, observa que a confiança do comércio inicia 2020 em alta. “No entanto, essa melhora ocorre em sentido contrário à dos consumidores, lançando dúvidas sobre a possibilidade de sustentação dessa tendência”, pondera.

A edição deste mês coletou informações de 801 empresas entre os dias 3 e 19 de fevereiro. A próxima divulgação da sondagem do comércio será em 25 de março.

RADAR DO DIA: Pregão será marcado por proteção; atenção a Vale

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São Paulo – O último pregão antes da inatividade de dois dias da Bolsa brasileira por conta do Carnaval deve ser marcado por proteção, uma vez que na segunda-feira os negócios ao redor do mundo operam normalmente e qualquer causa impactante pode levar o mercado a abrir na quarta-feira em baixa.

No exterior, cresce a preocupação diante da constatação que o Covid-19, nome do novo coronavírus, se alastrou por outras partes além da China, embora haja relatos de que as empresas estão retomando as operações no país asiático.

Como forma de incentivo à economia, o Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país) cortou a taxa principal de empréstimo (LPR, na sigla em inglês) de um ano para 4,05%, de 4,15%. No começo da semana a instituição já tinha tomado a mesma atitude, além de injetar 200 bilhões de iuanes (US$ 28,62 bilhões) via operações de empréstimos de médio prazo e 100 bilhões de iuanes em fundos através operações de recompra reversa de sete dias.

Internamente o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou o Banco Central a criar uma linha de redesconto para as instituições que decidirem participar do sistema de pagamentos instantâneos (SPI), que começará a funcionar em novembro. A linha de redesconto funcionará com base em operações com títulos públicos federais.

Do lado político, o governo enviará um projeto de lei para zerar a meta fiscal de estados e municípios em 2020, afirmou ontem à noite o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, segundo informações da Agência Brasil. Com isso, a meta de resultado primário do setor público consolidado neste ano deve passar de um saldo negativo de R$ 118,9 bilhões para um déficit de R$ 127,9 bilhões.

Além disso, o jornal “Folha de S.Paulo” afirma que o ministro da Economia, Paulo Guedes, enfrenta desgastes com o presidente Jair Bolsonaro após ser cobrado pelo crescimento da economia.

Ontem, o Ibovespa encerrou a sessão em queda de 1,65%, aos 114.586,24 pontos, refletindo uma piora generalizada dos ativos em todo mundo tendo como pano de fundo a continuidade de incertezas em torno do surto de coronavírus, além de balanços negativos e realização de lucro por parte dos investidores.

Lá fora, por sua vez, os mercados asiáticos fecharam mistos, em meio ao novo incentivo do Pboc, mas de olho na proliferação ou não do coronavírus, além da retomada de produção pelas empresas. O mercado europeu, por sua vez, opera em sua maioria em queda após números ruins dos PMIs da zona do euro e do Reino Unido, assim como os futuros norte-americanos de olho no coronavírus.

CORPORATIVO

A mineradora vale reportou prejuízo líquido de US$ 1,562 bilhão no quarto trimestre de 2019, revertendo lucro de US$ 9,650 bilhões registrados um ano antes. O resultado está abaixo da projeção de analistas consultados pela Agência CMA que previam, em média, lucro líquido de US$ 2,254 bilhões.

A SulAmerica registrou lucro líquido de R$ 452,8 milhões no quarto trimestre de 2019 em comparação ao mesmo período do ano anterior, uma alta de 15,1%. Em 2019, o lucro líquido cresceu 30,6%, na mesma base de comparação, e somou R$ 1,181 bilhão.

O lucro líquido ajustado atribuível aos controladores do Carrefour foi de R$ 695 milhões no quarto trimestre de 2019, alta de 6,3%, na base anual. Em 2019, o lucro aos controladores subiu 5,1% e somou R$ 1,975 bilhão.

A B2W Digital registrou prejuízo líquido de R$ 22,3 milhões no quarto trimestre de 2019, número 68% menor que o registrado no mesmo período do ano anterior, excluindo os efeitos da consolidação da transportadora da B2W digital. Em 2019, o prejuízo diminuiu 3,3% e somou R$ 391,6 milhões.

O lucro líquido consolidado das Lojas Americanas evoluiu 62,1% no quarto trimestre na comparação anual, somando R$ 398 milhões. Em 2019, o lucro líquido foi de R$ 505 milhões, alta de 65,4% ante o ano anterior.

A Vale informou que recebeu do Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário de Apuração (CIAE-A), contratado após o rompimento da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), relatório recomendando iniciativas de natureza técnica e de governança.

A Renova Energia, em recuperação judicial, que tem a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) entre as sócias, disse que a investigação independente não identificou provas concretas de atos de corrupção ou de desvios para campanhas políticas, mas encontrou irregularidades na condução dos negócios.

O conselho de administração da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) aprovou a emissão de R$ 1 bilhão em debêntures.

O conselho de administração da Hypera autorizou a diretoria a celebrar um convênio com a Glenmark Farmacêutica para regular os termos e condições da aquisição de 100% da participação em uma afiliada da Glenmark que detém o direito de propriedade de determinados produtos dermatológicos isentos de prescrição no Brasil.

A Multiplan adquiriu uma parcela remanescente de 7,5% do ParkShopping e uma participação no ParkShopping Corporate, um complexo multiuso ligado ao empreendimento.

A Gol Linhas Aéreas, por meio da Gol Finance, iniciou o resgate opcional de notas com vencimento em 2022 e cupom de 8,875%, com data em 23 de março de 2020, pelo preço igual a 102,219% do valor principal.

Bolsa cai e dólar sobe com aversão por surto do coronavírus

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São paulo – O Ibovespa fechou em queda de 1,65%, aos 114.586,24 pontos, acompanhando uma piora generalizada dos ativos em todo mundo tendo como pano de fundo a continuidade de incertezas em torno do surto de coronavírus. Na cena doméstica, alguns balanços negativos e realizações de lucros também pesaram sobre o índice.

Pela manhã, o índice operava apenas em leve queda, mas acompanhou o movimento externo visto no início da tarde, aprofundando perdas. Embora analistas não tenham encontrado um gatilho específico para a piora, citam a subida dos preços do ouro e os treasuries (títulos público norte-americanos) como os primeiros ativos a puxarem o agravamento dos mercados.

O analista da Terra Investimentos, Régis Chinchila, destaca que os mercados pioraram rapidamente sem grandes justificativas, mas com investidores ainda preocupados com impactos do coronavírus.

“Notícias pontuais sobre o coronavírus podem continuar afetando os mercados e as empresas começaram a falar que estão sentindo impactos. Investidores vão especular, não tem como ser herói nesse mercado, mas também podem aparecer algumas oportunidades”, disse ainda o economista-chefe da Codepe Corretora, José Costa. Mais cedo, a confirmação de mais mortes fora da China, com duas no Japão e uma na Coréia do Sul, já preocupavam investidores.

Entre as ações, os papéis da Petrobras (PETR3 -2,51%; PETR4 -2,06%) passaram a cair mais acompanhando o exterior e com investidores aproveitando para embolsar lucros, já que os resultados financeiros da estatal foram positivos no quarto trimestre. As ações de bancos também se fecharam em queda, com destaque para o Bradesco (BBDC3 -2,26%; BBDC4 -1,44%).

Já as maiores perdas do índice foram do Pão de Açúcar (PCAR4 -7,32%), da Ultrapar (UGPA -7,33%) e da Gerdau Metalúrgica (GOUA4 -7,39%) que refletiram balanços mais fracos do que o esperado pelo mercado. Na contramão, os maiores ganhos foram da Embraer (EMBR3 3,36%), da MRV (MRVE3 0,34%) e da Cyrela (CYRE3 0,44%)

Amanhã, o diretor de operações da Mirae Asset Corretora, Pablo Spyer, destaca que investidores devem ficar atentos a uma série de leituras preliminares dos índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), que serão divulgados nos Estados Unidos, Eurozona e Japão, podendo dar mais sinais de como a economia mundial está reagindo ao coronavírus.

A temporada de balanços também deve continuar no foco, com ações refletindo balanços como os da Vale, que será divulgado ainda hoje.

O dólar comercial fechou em alta de 0,61% no mercado à vista, cotado a R$ 4,3920 para venda, renovando pelo terceiro pregão seguido a máxima histórica de fechamento, além de engatar a quarta alta seguida. Ao longo da sessão, a moeda renovou máximas sucessivas até tocar o patamar inédito de R$ 4,4000.

O diretor da Correparti, Ricardo Gomes, destaca que um movimento global de aversão ao risco impactou diretamente as moedas de países emergentes, desde o início dos negócios, resultando na forte apreciação do dólar com a percepção de risco com os efeitos do coronavírus na economia global.

“Aqui, o movimento foi potencializado por compras protecionistas por parte de tesourarias bancárias e players em decorrência do feriado prolongado, além da ausência do Banco Central (BC) no mercado”, comenta. O mercado financeiro ficará fechado na segunda e terça-feira e só voltará a operar na quarta, às 13 horas.

Amanhã, com a agenda de indicadores esvaziada, a moeda norte-americana tende seguir pressionado no cenário local.

“Por mais que a China anuncie estímulos monetários, dando inícios de que continuarão injetando liquidez no mercado, não será suficiente para eliminar a cautela com o coronavírus que prevalece no mercado. Até sai notícias que poderiam gerar alívio, mas o temor continua e pressiona o dólar”, diz o economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti.

MERCADO AGORA: Veja um resumo dos negócios até o momento

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São Paulo – Após oscilar perto da abertura, o Ibovespa passou a mostrar leve queda em linha com os principais mercados acionários no exterior, que mostram alguma cautela diante de mortes confirmadas no Japão e na Coréia do Sul em função do coronavírus. Na cena doméstica, os balanços corporativos seguem no foco, com destaque para o da Petrobras.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 1,33% aos 114.963,53 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 9,6 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2020 apresentava retração de 1,20% aos 115.535 pontos.

“O mercado já tem precificado a questão do coronavírus, mas toda vez que temos alguma notícia diferente pode afetar um pouco”, disse o analista da Guide Investimentos, Henrique Esteter, que não descarta, porém, que as Bolsas voltem a melhorar ao longo do dia.

Investidores seguem preocupados com a propagação do vírus, que já deixou 2,1 mil mortos na China. A Coreia do Sul confirmou hoje a primeira morte pelo vírus, e outras duas pessoas morreram no Japão. As notícias acabaram ofuscando um pouco a decisão do Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país) de cortar a taxa principal de empréstimo de um ano de 4,15% para 4,05%, entre outras medidas de estímulo, como parte de esforços para combater os impactos econômicos do coronavírus.

No Brasil, ações como as da Petrobras reagem a resultados financeiros do quarto trimestre. Segundo Esteter, o balanço da estatal veio dentro do esperado pelo mercado e foi considerado positivo, o que pode atrair alguma realização de lucros, já que os papéis também já subiram nos últimos pregões.

As ações de bancos, por sua vez, operam com variações modestas hoje apesar de o Banco Central (BC) ter cortado a alíquota de recolhimento compulsório sobre recursos a prazo de 31% para 25%, o que é positivo para o setor.

As maiores quedas do Ibovespa também são de ações que refletem balanços, mas que vieram abaixo do esperado, caso do Pão de Açúcar, Ultrapar, Gerdau Metalúrgica e da Gol.

Na contramão, as maiores altas do índice são da Embraer, da Via Varejo e da Braskem. A Embraer informou que juntamente com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acordaram em estender por 90 dias o prazo da monitoria externa e independente realizada no âmbito do acordo como condicional da persecução criminal, em caso que é acusada de descumprir leis anticorrupções nos Estados Unidos.

Após romper o patamar inédito de R$ 4,39, o dólar comercial desacelerou os ganhos frente ao real chegando a renovar mínimas na sessão, abaixo de R$ 4,36, e com o contrato futuro para março ficando negativo em “movimento significativo de vendas”, diz o diretor da Correparti, Ricardo Gomes.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,73%, sendo negociado a R$ 4,3970 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2020 apresentava avanço de 0,71%m, cotado a R$ 4,397.

“O dólar caiu sozinho por conta de fluxo vendedor. Algum exportador deve ter feito uma venda grande. Porque o Banco Central não anunciou nenhuma intervenção”, comenta Gomes. A economista-chefe de uma corretora local sugere que a autoridade monetária pode ter “sondado” algumas mesas de câmbio, o que refletiu no recuo da moeda. “Não teve notícia e o BC também não entrou”, ressalta.

“Teve uma venda significativa de alguns bancos”, acrescenta o operador de câmbio de uma corretora nacional. A moeda abriu os negócios pressionada acompanhando o exterior nas máximas históricas acima de R$ 4,38. Ao longo da manhã, a divisa estrangeira renovou recordes sucessivos chegando ao nível de R$ 4,3930 (+0,64%).

Gomes ressalta que a moeda ficará pressionada entre hoje e amanhã. “É o mercado se preparando para o feriado prolongado aqui. Só voltaremos na quarta-feira enquanto lá fora, não para. Entre hoje e amanhã, o mercado vai trabalhar protegido”, diz.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) seguem passaram a subir com mais força. Os vértices intermediários e longos são influenciados em alta pelo avanço do dólar para novas máximas históricas, o trecho mais curto digere a decisão do Banco Central sobre o compulsório bancário e a prévia deste mês do índice de preços ao consumidor (IPCA-15).

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 4,215%, de 4,190% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2022 estava em 4,72%, de 4,65% após o ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,29%, de 5,20%; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 6,07%, de 5,97%, na mesma comparação.

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