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Coronavírus gerará perda de US$ 27,8 bi na receita da aviação em 2020, diz Iata

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São Paulo – O surto do novo coronavírus, ou Covid-19, resultará em uma perda de US$ 27,8 bilhões em receitas para as companhias aéreas da região da Ásia e do Pacífico em 2020, com maior parte desse valor concentrado na China, que encararia uma diminuição de US$ 12,8 bilhões em faturamento este ano, segundo projeções da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).

Segundo as estimativas, a potencial perda anual da demanda de passageiros em companhias aéreas na região da Ásia-Pacífico deve ser de 13%. Se for considerado um crescimento esperado de 4,8% das companhias aéreas na região, o impacto líquido será uma contração de 8,2% ao longo do ano como um todo em comparação com os níveis de demanda de 2019.

Já as companhias aéreas fora da Ásia-Pacífico suportem uma perda de receita de US$ 1,5 bilhão este ano, desde que a queda da demanda seja limitada aos mercados relacionados à China. O resultado seria uma perda total de receita em todo o mundo de US$ 29,3 bilhões e representaria uma redução de 4,7% na demanda global.

Essas estimativas baseiam-se em um cenário no qual o novo coronavírus tem um impacto em “V” sobre a demanda, semelhante ao que aconteceu com a síndrome respiratória aguda (Sars, na sigla em inglês), caracterizada por um período de seis meses com um declínio acentuado seguido por uma recuperação igualmente rápida.

Confiança do consumidor cai ao menor nível desde maio

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São Paulo – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu pela segunda vez seguida, em 2,6 pontos em fevereiro em relação a janeiro, a 87,8 pontos, no nível mais baixo desde maio de 2019, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Para a coordenadora das sondagens da FGV, Viviane Bittencourt, ainda há um longo caminho para a recuperação da confiança do consumidor.

O resultado reflete a piora das avaliações sobre o futuro, já que a percepção sobre o presente melhorou. Em base mensal, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 2,2 pontos, a 80,9 pontos, no maior nível desde janeiro de 2015, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 5,7 ponto, a 93,2 pontos, voltando ao patamar de julho de 2018.

Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis nos próximos meses foi o que mais influenciou a queda da confiança, pelo segundo mês consecutivo. Segundo a FGV, o resultado parece estar influenciado por uma revisão das expectativas em relação à economia nos meses à frente e a um menor otimismo com a situação financeira das famílias e do emprego.

Na análise por faixas de renda, houve queda da confiança para os consumidores de todas as classes, principalmente aqueles com renda familiar mensal acima de R$ 9,6 mil. Para a coordenadora da FGV, as incertezas dos consumidores dessa faixa de renda estão relacionadas à alta do dólar e ao aumento da incerteza econômica, levando-os a postergar o consumo.

“Já as perspectivas menos favoráveis sobre a situação familiar dos consumidores de renda mais baixa estão relacionadas ao mercado de trabalho”, emenda Viviane. A edição deste mês coletou informações de 1.713 domicílios entre os dias 31 de janeiro e 18 de fevereiro. A próxima divulgação da sondagem do consumidor será em 24 de março.

IPCA-15 desacelera em fevereiro e tem menor alta para o mês

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São Paulo – A prévia da inflação oficial no país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), subiu 0,22% em fevereiro, desacelerando-se em relação à alta de 0,71% apurada em janeiro. Trata-se do menor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1994. O resultado ficou levemente abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +0,24%, conforme o Termômetro CMA.

Com isso, o IPCA-15 acumula altas de 0,93% no ano e de 4,21% nos últimos 12 meses, até este mês. O resultado no período de 12 meses também ficou levemente abaixo da mediana das estimativas, de +4,24%, ainda segundo o Termômetro CMA. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o instituto, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, três apresentaram deflação em fevereiro, sendo que as menores variações de preços vieram dos grupos Vestuário (-0,83%) e Saúde e Cuidados Pessoais (-0,29%), ambos com impacto de -0,04 ponto percentual (pp), cada, no resultado geral do indicador.

O grupo Alimentação e Bebidas também registrou variação negativa (-0,10%), contribuindo com um alívio de 0,02 pp no IPCA-15. Nessas classes de despesa, destaque para as quedas nos preços das roupas masculinas (-1,39%), femininas (-0,83%) e infantis (-0,71%), além de itens de higiene pessoal (-1,71%). Além disso, houve desaceleração em alimentação fora de casa (+0,38%).

Na outra ponta, a maior contribuição positivo no índice no mês veio do grupo Educação (+3,61%), refletindo os reajustes praticados no início do ano letivo. Com isso, a alta em cursos regulares (+4,36%), representou o maior impacto individual no âmbito do IPCA-15, com +0,20 pp.

Quanto aos índices regionais, duas das 11 regiões pesquisadas apresentaram deflação em fevereiro ante janeiro. São eles: Rio de Janeiro e Curitiba, com -0,03%, cada, refletindo a queda nos preços das carnes, em ambos os casos, e das passagens aéreas, no segundo caso. Já o maior índice foi registrado na região metropolitana de Fortaleza (+0,48%), por causa da alta em cursos regulares e nos preços do tomate. Em São Paulo, o IPCA-15 passou de +0,90% no mês passado para +0,28% neste mês.

O IPCA-15 é calculado com base em famílias com rendimentos de 1 a 40 salários e que vivem nas principais regiões metropolitanas do país, além de Brasília e Goiânia. Para o cálculo do indicador, os preços foram coletados no período de 15 de janeiro a 11 de fevereiro. A divulgação deste mês foi a primeira com a nova estrutura de ponderação, obtida a partir dos resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada entre 2017 e 2018.

Arrecadação cresce 4,7% em janeiro, descontada a inflação

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São Paulo – A arrecadação total do governo federal aumentou 4,7% em janeiro na comparação com o ano anterior, já descontada a inflação do período, para R$ 174,991 bilhões. Em relação a dezembro, a arrecadação cresceu 18,39%. Os dados dados foram divulgados pela Receita Federal.

Segundo a Receita Federal, o crescimento da arrecadação reflete pagamentos atípicos de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Desconsiderando este efeito, a arrecadação teria aumentado 2,91% em relação a janeiro do ano passado.

O IRPJ e a CSLL resultaram numa arrecadação de R$ 52,071 bilhões em janeiro, aumentando 16,5% na comparação anual. Também houve crescimento significativo (+27,1%) na arrecadação do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF), que atingiu R$ 2,043 bilhões, principalmente em função de ganhos de capital na venda de bens (+47,0%) e em operações de bolsa (+207,2%).

O Imposto sobre a Importação e o IPI Vinculado arrecadaram, em conjunto, R$ 5,838 bilhões, um aumento de 6,5%, o que pode ser explicado pelo aumento no valor em dólar das importações e na taxa de câmbio e pela redução na alíquota média efetiva dos dois impostos.

A arrecadação unicamente de impostos e contribuições federais, conhecida como receita administrada, somou R$ 163,948 bilhões em janeiro, alta de 4,69% na comparação anual e de 12,97% em termos mensais.

Cid Gomes é transferido para enfermaria após ser baleado

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São Paulo – O senador Cid Gomes, que está de licença e ontem foi baleado depois de tentar derrubar com uma escavadeira um bloqueio feito por manifestantes mascarados no Ceará, deixou a unidade de terapia intensiva do Hospital do Coração de Sobral e foi transferido para a enfermaria, segundo o boletim médico mais recente. Ele não corre risco de morrer.

Os manifestantes mascarados se identificaram como sendo policiais e estavam bloqueando a entrada de Gomes em um batalhão em Sobral (CE). O protesto foi uma de várias ações praticadas por grupos mascarados que estavam impedindo o trabalho da polícia cearense nos últimos dias.

O governo cearense vinha negociando aumentos salariais com representantes de policiais e bombeiros há meses, e em janeiro chegou a anunciar uma proposta que desagradou as duas categorias porque não repunhas as perdas inflacionárias sofridas nos últimos anos.

As negociações prosseguiram em fevereiro, com os representantes das forças de segurança propondo um salário inicial de R$ 4.748,95 para soldados.

A proposta final do governo ficou abaixo disso, prevendo salário-base de R$ 4.500, com correções sendo parceladas até março de 2022, mas os representantes aceitaram fechar um acordo com a administração estadual.

A mudança ainda precisa ser ratificada pela Assembleia Legislativa do Estado do Ceará. O líder do governo na Casa, deputado Júlio César Filho (Cidadania), disse ontem de manhã que o Executivo e o Legislativo honrarão o acordo construído junto às associações e prevê que a votação acontecerá no início de março.

“Quero deixar claro que a proposta protocolada nesta Casa foi construída pela própria categoria, por meio de seus representantes legais, os presidentes das nove associações e que um dos compromissos firmados é que o efeito já seja para março, caso nenhum deputado peça vistas.”

Ele também disse que serão investigadas denúncias de que os policiais e bombeiros em motim estariam sendo financiados pelas associações que negociaram os aumentos de salário.

“Queremos pedir bom senso para aqueles que se aproveitam politicamente do momento, incitando a greve, pois isso é crime e tem que ser punido com o rigor que a lei prevê. Quanto ao financiamento desses manifestos, por meio de recursos das associações, como para aluguel de ônibus, confecção de camisas e adesivos, aguardaremos os desdobramentos dados pelo Ministério” Público, afirmou.

O ministro da Justiça, Sergio Moro, atendeu a pedido do governo do Estado do Ceará e autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em apoio às forças de segurança do estado.

Compulsório menor mostra BC incomodado com atividade e spread

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São Paulo – A decisão do Banco Central de reduzir a alíquota de recolhimento do compulsório bancário sobre recursos a prazo, de 31% para 25%, a partir de 16 de março, visa alcançar dois objetivos, na visão do mercado financeiro. O primeiro seria estimular a atividade econômica, por meio da liberação de recursos, mas também tem como alvo atacar o spread bancário, fomentando a competitividade no setor.

“[A medida] significa que os grandes bancos terão mais dinheiro para emprestar e também serve para dar liquidez ao banco pequeno, que pode estar com dificuldade para renovar captação, em meio à queda dos juros [básicos]”, avalia um consultor de investimentos de uma corretora local.

Para ele, parte dos R$ 49 bilhões em recursos a serem liberados na economia com a medida do BC também deve ser destinada às operações compromissadas e aos investimentos em títulos públicos. Mas, de um modo geral, essa facilitação no acesso ao crédito sinaliza que as empresas “ainda não estão com confiança para investir”.

Essa percepção explica, em parte, o ritmo ainda lento de recuperação da economia doméstica. “E o BC reduzindo o depósito compulsório é mais um indicativo de que a autoridade monetária segue incomodada com a atividade, que ainda está aquém do esperado”, pondera o operador de renda fixa da Renascença Corretora, Luís Felipe Laudísio.

COMPETITIVIDADE

Já o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, avalia que a medida é “super positiva” e atua também no pilar da competitividade do setor financeiro. “Mostra que o BC vai utilizar o máximo de instrumentos possíveis para atacar a questão do spread bancário”, diz. “Já caiu a Selic e agora caiu o compulsório, então por que o spread não cai?”, indaga.

Ele se refere à diferença entre a remuneração que o banco paga ao aplicador para captar um recurso e o quanto a instituição financeira cobra para emprestar o mesmo dinheiro. Nesse sentido, Vieira observa que, por ora, a decisão da autoridade monetária também sinaliza que o BC “esgotou as ferramentas de política monetária pura no curto prazo”, que se referem à condução da taxa Selic.

Índice Fed Filadélfia de atividade industrial dos EUA sobe a 36,7 pts em fev

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São Paulo – O índice de atividade industrial regional medido pelo Federal Reserve Bank da Filadélfia subiu de 17,0 pontos em janeiro para 36,7 pontos em fevereiro. Números positivos indicam expansão da atividade, enquanto valores negativos apontam contração. O mercado previa baixa para 8,0 pontos.

O componente de novas encomendas subiu de 18,2 para 33,6 pontos em fevereiro, enquanto o de exportações subiu de 23,4 para 25,2 pontos. O componente de preços pagos regrediu de 22,1 para 16,4 pontos e o de preços recebidos subiu de 14,7 para 17,1 pontos.

“Os indicadores atuais da pesquisa para atividade geral, novos pedidos e remessas aumentaram este mês, sugerindo um crescimento mais amplo”, disse o Fed da Filadélfia em relatório. “As empresas relataram expansão do emprego, embora em ritmo moderado a partir de janeiro. Os amplos índices futuros da pesquisa também mostraram melhorias neste mês, indicando que o crescimento deverá continuar nos próximos seis meses”.

Pedidos de seguro-desemprego nos EUA sobem em 4 mil, para 210 mil

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São Paulo – O número de novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos subiu em 4 mil solicitações na semana encerrada em 15 de fevereiro, totalizando 210 mil, após ter alcançado 206 mil na semana anterior, segundo estatísticas do Departamento do Trabalho ajustadas por fatores sazonais.

O dado veio em linha com a projeção dos analistas. Uma queda nos pedidos sugere que menos pessoas estão sem trabalho, enquanto uma alta indica o contrário. A média móvel dos pedidos de seguro-desemprego feitos nas últimas quatro semanas, um indicador menos volátil, caiu em 3,25 mil, para 209 mil pedidos.

O número total de pessoas que estavam recebendo seguro-desemprego do governo norte-americano na semana encerrada em 8 de fevereiro subiu em 25 mil, para 1,726 milhão. A média móvel de quatro semanas do número de pessoas que seguem recebendo seguro-desemprego caiu em 5,25 mil para 1,722 milhão.

Juros continuarão baixos por longo período na zona do euro, diz ata do BCE

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São Paulo – A política monetária da zona do euro deve permanecer acomodatícia por um longo período, uma vez que a inflação segue abaixo da meta de perto de 2% ao ano, de acordo com os membros do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), na ata da reunião realizada nos dias 22 e 23 de janeiro.

“Os membros concordaram que a política monetária deve permanecer altamente acomodatícia por um período prolongado de tempo. A inflação ainda está longe da meta do Conselho do BCE e ainda não está garantida uma convergência robusta da inflação em relação à meta do Conselho do BCE, apesar de um leve aumento no núcleo da inflação”, diz a ata.

Na reunião de janeiro, o BCE manteve as principais taxas de juros da zona do euro inalteradas e anunciou a primeira revisão de sua estratégia de política monetária desde 2003. O banco havia reduzido em setembro a taxa de depósitos em 0,1 ponto percentual (pp), para -0,5% e anunciou um amplo programa de compra de ativos.

Segundo os membros do Conselho, “a postura acomodatícia da política monetária beneficiou a economia, contribuindo para a resiliência da demanda doméstica, em particular no setor de serviços, enquanto a indústria continua sofrendo com a fraca demanda global”.

Além disso, embora o crescimento da economia e do comércio global ainda estejam moderados, há alguns indícios “de uma estabilização e até uma possível retomada da atividade” econômica.

Entres riscos às perspectivas da zona do euro, os membros citaram fatores geopolíticos, a alta do protecionismo e vulnerabilidades em mercados emergentes. Os riscos “permanecem inclinados para o lado negativo, mas estão menos pronunciados, uma vez que algumas incertezas sobre o comercio internacional diminuíram”. A ata não cita o coronavírus.

Por fim, o Conselho do BCE reiterou seu compromisso de “estar pronto para ajustar todos os seus instrumentos, conforme apropriado, para garantir que a inflação avance em direção à meta de maneira sustentada, em consonância com seu compromisso com a simetria”.

BC reduz compulsório bancário de depósitos a prazo

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São Paulo – O Banco Central reduziu a alíquota do recolhimento compulsório sobre recursos a prazo de 31% para 25%. Segundo o BC, a medida representa uma liberação de R$ 49 bilhões, com efeito a partir de 16 de março, e faz parte da Agenda BC# e atua no pilar da competitividade do setor financeiro.

Além disso, o BC também aumentou a parcela dos recolhimentos considerados no Indicador de Liquidez de Curto Prazo (LCR), o que significa uma redução estimada de outros R$ 86 bilhões na necessidade de as instituições carregarem outros ativos líquidos de alta qualidade para o cumprimento dessa LCR.

Em comunicado, a autoridade monetária informa que, em decorrência dessas duas medidas, o percentual de cada nova captação de depósito que a instituição financeira deve direcionar para o cumprimento desses requisitos regulatórios deve cair, em médio, em 8,5 pontos percentuais (pp).

Ontem, o BC anunciou um serviço inovador para pagamentos e transferências, com as operações sendo feitos a partir do celular. O chamado PIX visa possibilitar que o dinheiro migre de uma conta bancária para outra em poucos segundos, 24 por dia, sete dias da semana, inclusive entre contas de diferentes instituições e titularidade.

Também inserido na dimensão de competitividade da Agenda BC#, o PIX estará disponível a partir de novembro. O serviço também irá permitir a realização de transações feitas por meio de QR Code, que serão de dois tipos, estático e dinâmico. O primeiro permite a definição de um valor a ser pago, enquanto o segundo é único para cada transação.

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