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Feriado nos EUA deixa mercado com baixa liquidez; Bolsa e dólar sobem

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São Paulo – Após dois pregões seguidos de queda, o Ibovespa fechou em alta de 0,81%, aos 115.309,08 pontos, refletindo balanços e notícias corporativas em meio ao tom positivo no cenário externo, depois que a China anunciou estímulos para reduzir impactos econômicos do surto do coronavírus.

A liquidez, no entanto, foi reduzida em função de feriado nos Estados Unidos, onde as Bolsas ficaram fechadas. O volume total negociado foi de R$ 26,4 bilhões, incluindo o exercício de opções sobre ações de R$ 8,47 bilhões.

Para o economista-chefe do banco digital Modalmais, Alvaro Bandeira, “o dia ficou mais tranquilo” depois que o banco central chinês mostrou que está disposto a flexibilizar a política monetária e estimular o crescimento.

O Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país) cortou a taxa de empréstimos de médio prazo de um ano de 3,25% para 3,15%, injetando 200 bilhões de iuanes (US$ 28,62 bilhões) em liquidez via operações de empréstimos de médio prazo e 100 bilhões de iuanes em fundos através operações de recompra reversa de sete dias.

Já os analistas da Eleven Financial Research destacaram que “sem a referência norte-americana, devido ao feriado nos Estados Unidos, e com a agenda econômica praticamente vazia”, o mercado brasileiro ficou concentrado na temporada de balanços corporativo. A semana reserva importantes resultados, como Vale, Petrobras, além de frigoríficos, varejistas, entre outros.

As ações da Vale (VALE3 4,72%), que têm grande peso no Ibovespa, fecharam entre as maiores valorizações do índice em meio aos estímulos na China, o que pode impulsionar o preço do minério de ferro. Há também expectativa pelo resultado financeiro da mineradora, que será divulgado nesta quinta-feira.

Ainda entre as maiores altas do Ibovespa ficaram as ações da Totvs (TOTS3 7,74%), do IRB Brasil (IRBR3 5,62%) e da Marfrig (MRFG3 6,35%). Segundo o analista da Toro Investimentos, Lucas Carvalho, há expectativa de que a Marfrig possa “trazer bons números” no quarto trimestre, que serão divulgados na quarta-feira, diante de preços mais altos de proteínas. Outros papéis do setor também avançam hoje. “É comum o mercado se adiantar em relação aos resultados”, disse.

Na contramão, as maiores quedas foram das ações da Cosan (CSAN3 -1,98%), da BB Seguridade (BBSE3 -2,17%) e da Klabin (KLBN11 -1,78%). As ações da Cosan refletiram resultados financeiros do quarto trimestre, com dados abaixo do esperado da Raizen Energia.

Amanhã, investidores devem continuar monitorando o coronavírus e a temporada de balanços. “Os balanços de empresas como a Petrobras e Vale podem ajudar nesta semana se vieram positivos, já que estão entre os maiores pesos do Ibovespa”, disse Bandeira.

O dólar comercial fechou em alta de 0,69% no mercado à vista, cotado a R$ 4,3310 para venda, influenciado pela sessão de menor liquidez em decorrência do feriado de Dia do Presidente, nos Estados Unidos, enquanto aqui, após duas sessões, o Banco Central (BC) ficou sem fazer intervenções no mercado cambial.

O analista de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes Filho, ressalta a sessão de poucos negócios em função da “inoperância” do mercado norte-americano. Além disso, a moeda local seguiu o movimento de outras moedas de países emergentes no qual perderam valor frente ao dólar.

“A proatividade do governo da China ao baixar juros e injetar liquidez nos mercados, com o objetivo de compensar os impactos do coronavírus, foi suficiente para refletir um sentimento geral de otimismo”, comenta.

Amanhã, coma volta dos Estados Unidos aos negócios e, consequentemente, da liquidez, o mercado local pode ter uma sessão de alívio, comenta a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack. “Com a agenda esvaziada, os mercados reagirão não só com a volta dos norte-americanos, como continuarão vulneráveis ainda aos desdobramentos do coronavírus”, destaca.

China pode crescer menos de 5% este ano sob efeito de surto de coronavírus

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São Paulo – Os reflexos do novo coronavírus, batizado de Covid-19, sobre a economia global ainda são desconhecidos até o momento, mas alguns dados já refletem os prejuízos do surto sobre a economia chinesa e seus vizinhos. Cálculos feitos por analistas consultados pela Agência CMA mostram desde queda no tráfego aéreo na Ásia até a diminuição da demanda por energia, impulsionando projeções de uma expansão bem menores para os países da região.

“Os números são fortes: as vendas de imóveis na China caíram e o consumo de energia não se recuperou após a queda habitual no feriado. Também há sinais de que a ruptura está começando a se espalhar para as economias vizinhas por meio de cadeias de suprimentos”, disse o economista chefe da Capital Economics, Neil Shearing.

Segundo dados da consultoria, o tráfego de passageiros na China diminuiu cerca de 60% no feriado do Ano Novo celebrado no final do mês passado em comparação com o mesmo período do ano anterior. Além disso, as importações chinesas para a Coreia do Sul durante os primeiros dez dias deste mês caíram quase 50% em termos anuais.

“Essa é a maior queda desde a crise financeira da Ásia em 1999 e é maior que a queda experimentada desde o auge da crise financeira global em 2008 e 2009”, afirmou Shearing.

Diante desse cenário, os especialistas acreditam que o Covid-19 possa ser mais perturbador do que os mercados atualmente estão precificando, especialmente porque o número real de pessoas infectadas permanece incerto.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) com base em um levantamento feito nas últimas 24 horas mostram que 51.857 casos foram confirmados em laboratório no mundo. Desse total, 51.174 casos estão na China, com 1.666 mortes no país. Fora da China, 683 casos foram confirmados em laboratório em 25 países, com três mortes.

Já os números de hoje do governo chinês indicam que as mortes causadas pelo novo coronavírus subiram para 1.770, com 70.548 casos confirmados em 31 províncias do país. Além disso, há 7.264 casos suspeitos.

“É quase certo que a economia da China se contrairá no primeiro trimestre. Projetamos uma queda na produção de 2,5% em base trimestral nos primeiros três meses do ano. A questão mais importante, no entanto, é a rapidez com que qualquer recuo na produção pode ser recuperada”, afirmou Shearing, da Capital Economics.

De acordo com o estrategista sênior do Rabobank para a Ásia e o Pacífico, Michael Every, os três principais canais pelos quais o Covid-19 afetará a economia global são turismo, exportações líquidas e bens intermediários.

“Trabalhamos com quatro cenários possíveis: o ruim, o pior, o grave e o impensável. No cenário ruim, o surto não dura muito além do primeiro trimestre e o crescimento chinês pode ficar abaixo de 5% este ano, com a produção sendo mais atingida e se recuperando no terceiro e quarto trimestres. Este é o nosso cenário de base”, afirmou Every, do Rabobank.

De acordo com ele, com o aumento expressivo de casos de coronavírus na China, o segundo cenário está se tornando cada vez mais provável. Nesse contexto, o Rabobank projeta que o surto de vírus irá durar além do primeiro trimestre, fazendo com que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China fique abaixo de 4% em 2020.

“Nesse cenário, a Ásia suportará o peso do surto prolongado devido à dependência da China como mercado de exportação e importações intermediárias, bem como para o turismo. Na própria China, a inadimplência de empresas não financeiras pode começar a aumentar rapidamente, levando a um declínio no potencial de crescimento do país em longo prazo, já que as empresas privadas sofrerão mais, enquanto as empresas estatais menos eficientes provavelmente serão socorridas”, disse Every.

Em um cenário mais grave, o banco holandês acredita que o vírus se espalhe para além da China e a Ásia e atinja também para economias desenvolvidas. “Seus efeitos provavelmente se parecerão com a crise financeira global de 2008 e 2009 mais do que com o surto de Sars em 2003. Já no cenário impensável, o vírus sofre mutação e se torna uma pandemia verdadeiramente global”, completou.

Para mitigar os efeitos do Covid-19 na economia chinesa, o governo tem adotados medidas de apoio via banco central. Além de injeções de liquidez, hoje o Banco do Povo da China (Pboc, na sigla em inglês) cortou a taxa de empréstimos de médio prazo (MLF, na sigla em inglês) de um ano de 3,25% para 3,15% – essa taxa de juros é considerada crucial já que pode abrir caminho para a queda nos custos de financiamento de referência.

AVANÇADOS E EMERGENTES

Autoridades de países avançados, entre eles os Estados Unidos, não acreditam em um impacto severo do novo coronavírus em suas economias. Na semana passada, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, disse que a China deve sentir os efeitos mais severos do surto, enquanto nos Estados Unidos esse impacto será secundário, embora ainda não possa ser medido.

Segundo o economista chefe do Wells Fargo para os Estados Unidos, Sam Bullard, os primeiros efeitos nos Estados Unidos devem ser sentidos via queda da confiança do consumidor e das empresas, que vem avançando nos últimos meses.

“É provável que o surto de coronavírus interrompa essa melhoria, pois as empresas avaliam a extensão que uma interrupção na cadeia de suprimentos poderia ter sobre seus negócios. Com os níveis de estoques relativamente elevados, resta saber se o impacto imediato de tal interrupção na cadeia de suprimentos para fornecedores emergirá nos dados de fevereiro”, afirmou Bullard, do Wells Fargo.

No caso da Europa, o Covd-19 é visto como um risco temporário para o crescimento da zona do euro, segundo o presidente do Eurogrupo (que reúne os ministros das Finanças da região), Mario Centeno.

“O surto do coronavírus deve pesar em alguns dados desta semana. De fato, vemos o Zew alemão e a confiança do consumidor da zona do euro caindo, enquanto o PMI composto da região deve permanecer inalterado”, disse o economista chefe do Société Générale, Klaus Baader.

No caso dos países emergentes, o economista chefe da Capital Economics para mercados emergentes, William Jackson, acredita que o impacto do Covid-19 significa que o PIB agregado provavelmente se contrairá nos primeiros três meses do ano em base trimestral pela primeira vez desde a crise financeira global de 2008.

“Se o surto for contido rapidamente, a maior parte da produção perdida deverá ser recuperada no final do ano. Mas se o vírus se espalhar ainda mais ou se as interrupções da cadeia de suprimentos persistirem por muito mais tempo, achamos que isso pode derrubar em até um ponto percentual o crescimento dos emergentes este ano. E os preços dos ativos sofreriam quedas renovadas”, afirmou Jackson.

Projeções da Capital Economics mostram que em um cenário no qual o surto permaneça sob controle e limitado à China e Ásia, os emergentes devem crescer, em média, 3,8% este ano – ante estimativa de 3,7% em 2019.

“Mas há claramente riscos para essa projeção, principalmente se o fechamento de fábricas na China causar problemas nas cadeias de suprimentos globais. Isso poderia levar a um impacto muito maior nas economias e produtores de commodities asiáticos”, disse.

Nessa situação, segundo Jackson, o coronavírus poderia plausivelmente eliminar um ponto percentual do crescimento dos emergentes, levando-o a cerca de 3,0%. “Nos últimos 30 anos, o crescimento dos emergentes só teria sido mais lento durante a crise financeira global e a crise financeira asiática”, completou.

Coronavírus é risco temporário para eurozona, diz presidente do Eurogrupo

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São Paulo – O surto de coronavírus representa um risco temporário para o crescimento da economia da zona do euro, disse o presidente do Eurogrupo (que reúne os ministros de Finanças da zona do euro), Mario Centeno, ao chegar ao encontro, em Bruxelas.

“Estamos monitorando isso [coronavírus]. Esperamos que tenham efeitos temporários. Estamos preocupados com isso, mas também precisamos olhar mais para as perspectivas de longo prazo para a economia da eurozona, e elas parecem bem neste momento”, disse.

Centeno afirmou também que o grupo vai discutir as projeções econômicas da Comissão Europeia, divulgadas na semana passada, que mostram que o maior período de crescimento deve continuar nos próximos trimestres, o que é positivo. “Claro que a economia enfrenta sempre riscos, temos que os identificar, avaliar e entender como reagir se for o caso”, disse.

Ainda segundo Centeno, o orçamento da eurozona será discutido em um formato inclusivo, pois os líderes dos países pediram um relatório sobre as possibilidades de financiamento, em particular para ir além do previsto, e a expectativa é de que o relatório seja aprovado. “A economia europeia é forte, estamos discutindo este orçamento em condições melhores do que antes”.

Ele disse ainda que os ministros terão uma primeira discussão sobre a revisão de regras fiscais da eurozona. “Nenhuma decisão é esperada hoje”, disse. “Gostaria de destacar a importância das regras fiscais para fortalecer o euro, elas se provaram muito eficazes em fazer isso, mas uma atualização é sempre importante, e é isso que vamos começar a fazer hoje”.

MERCADO AGORA: Veja um resumo dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa opera em alta nesta manhã refletindo estímulos anunciado pela China para reduzir impactos econômicos causados pelo surto de coronavírus, o que reflete nos principais mercados acionários no exterior, embora o mercado norte-americano esteja fechado em função de feriado. O dia ainda é de vencimento de opções sobre ações, o que pode trazer alguma volatilidade em função da “briga” entre comprados e vendidos.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 1,02% aos 115.553,86 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 15,3 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em abril de 2020 apresentava avanço de 1,05% aos 116.175 pontos.

“O dia ficou mais tranquilo com a decisão do banco central chinês e por ele mostrar que está querendo flexibilizar a política monetária, retormar crescimento. Além disso, há uma desaceleração na curva de casos de coronavírus”, disse o economista-chefe do banco digital Modalmais, Alvaro Bandeira, embora lembre que o feriado nos Estados Unidos reduz a liquidez dos mercados.

“Também temos vencimento de opções, que traz volatilidade maior, talvez até amanhã, dependendo do volume do exercício”, disse ainda o economista.

No exterior, o Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país) cortou a taxa de empréstimos de médio prazo de um ano de 3,25% para 3,15%. O banco injetou 200 bilhões de iuanes (US$ 28,62 bilhões) em liquidez via operações de empréstimos de médio prazo e 100 bilhões de iuanes em fundos através operações de recompra reversa de sete dias.

Já na cena doméstica, investidores estão atentos à temporada de balanços, com alguns dados positivos hoje e aguardando resultados de peso que serão divulgados ao longo da semana, como os da Petrobras e da Vale. Hoje, os dados do Magazine Luiza fazem as ações ficarem entre as maiores altas do Ibovespa.

Ainda entre as maiores altas estão as ações da Marfrig e do Carrefour, que reflete a compra de lojas do Markro, o foi visto como um movimento estratégico positivo pelo mercado. Na contramão, as maiores quedas do índice são da Cosan, do BB Seguridade e da BR Malls. As ações da Cosan também reagem à balanço trimestral, com dados abaixo do esperado da Raizen Energia.

O dólar comercial tem alta firme frente ao real refletindo a sessão de liquidez reduzida com o feriado nos Estados Unidos, enquanto aqui, investidores esperavam mais uma intervenção do Banco Central (BC) de venda de dólares no mercado futuro por meio da operação de swap cambial tradicional, como foi feito na semana passada e levou o dólar à vista a cair R$ 0,09.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,44%, sendo negociado a R$ 4,3200 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2020 apresentava avanço de 0,46%, cotado a R$ 4,320.

“Como o BC não entrou hoje, vemos um pouco dessa alta em relação à sexta-feira”, comenta o economista da Guide Investimentos, Victor Beyrutti. Na última sessão, o dólar chegou ao patamar de R$ 4,29, contra os R$ 4,38 alcançado na quinta-feira.

Apesar das ações do BC nos últimos dois pregões, Beyrutti reforça que o dólar deverá seguir pressionado no curto prazo em meio à falta de notícias locais e externas capazes de fazerem a moeda arrefecer.

“A dinâmica é de um dólar alto, o mercado segue se protegendo. Aqui, só se os dados de atividade mostrarem alguma força. Daí, acredito em queda da moeda”, reforça. Em contrapartida, ele destaca o desempenho dos swaps de default de crédito (CDS, na sigla em inglês), que medem o risco-país, a 93 pontos. “É o menor valor desde agosto de 2010”, diz.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) seguem oscilando entre margens estreitas, com o feriado nos Estados Unidos hoje enxugando a liquidez e deixando os negócios sem uma direção definida. Ainda assim, os investidores monitoram o comportamento do dólar, ao mesmo tempo em que calibram as expectativas sobre o rumo da Selic neste ano, atentos aos indicadores econômicos domésticos.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 4,205%, de 4,230% no último ajuste, na sexta-feira passada; o DI para janeiro de 2022 estava em 4,70%, de 4,73% no ajuste anterior, ao final da semana passada; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,24%, de 5,27%; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 5,94%, de 5,96% na mesma comparação.

Mortes por coronavírus sobem para 1,7 mil e casos somam 70 mil na China

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São Paulo – O número de mortes na China causadas por infecção pelo novo coronavírus subiu em 105, para 1.770, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde do país, em comunicado. Ao todo, 70.548 casos foram confirmados em 31 províncias chinesas, e há 7.264 casos suspeitos.

Segundo as autoridades de saúde do país, entre as novas mortes relatadas, 100 ocorreram na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro do surto de coronavírus. Apenas em Wuhan foram confirmadas 76 novas mortes.

Além disso, entre os novos casos confirmados na China, 1.933 foram em Hubei, sendo 1.690 deles em Wuhan. Ao todo, 58.182 pessoas testaram positivo para o vírus na província e, deste total, 41.152 pacientes estão na capital Wuhan.

Também foram adicionados 1.563 casos suspeitos no país, segundo as autoridades de saúde. Os casos suspeitos em Hubei somam 4.826, sendo 1.971 na capital. Ao mesmo tempo, 1.425 novos pacientes foram curados e receberam alta na China, levando o total de pessoas curadas para 10.844, 6.639 em Hubei.

Nas regiões administrativas especiais da China, foram confirmados um total de 87 casos, sendo 57 deles em Hong Kong, com uma morte e dois pacientes dispensados; dez em Macau, onde três pacientes receberam alta; e 20 em Taiwan, onde houve uma morte e dois pacientes foram liberados do hospital.

EUA anunciam aumento de tarifas a aeronaves da União Europeia

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São Paulo – Os Estados Unidos vão aumentar a alíquota de tarifas a aeronaves importadas da União Europeia (UE) de 10% para 15% a partir de 18 de março de 2020, disse o Escritório do Representante de Comércio norte-americano.

Em comunicado, o escritório destacou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou os Estados Unidos a adotarem contramedidas em US$ 7,5 bilhões em mercadorias após uma vitória em seu caso sobre práticas comerciais desleais contra a UE, França, Alemanha, Espanha e Reino Unido.

No processo, que durou cerca de 15 anos, os Estados Unidos alegaram que os subsídios do bloco europeu à Airbus prejudicaram a indústria norte-americana, afetando a concorrente Boeing. No dia 2 de outubro de 2019, a OMC deu ganho de causa aos Estados Unidos.

Em 18 de outubro, a OMC aprovou a aplicação de tarifas a aeronaves civis europeias, produtos agrícolas e outros. Assim, os Estados Unidos passam a aplicar tarifas de 25% a uma lista de produtos alimentícios, incluindo vinhos e queijos europeus.

Na nota, divulgada na sexta-feira passada de noite, o governo norte-americano disse que não vai aumentar a alíquota de 25% das tarifas já em vigor, e que “daqui para frente, a ação pode ser revisada”. O escritório anunciou mudanças pequenas na lista, como a retirada de suco de ameixa e a adição de facas.

“Os Estados Unidos continuam abertos a um acordo negociado que trate dos atuais e futuros subsídios à Airbus fornecidos pela UE e por certos estados atuais e antigos”, segundo o comunicado.

Mercado reduz previsão de inflação em 2020 a 3,22%

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São Paulo, 17 de fevereiro de 2020 – Os economistas ouvidos pelo Banco Central, no relatório de mercado Focus, reduziram a previsão para a inflação oficial medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano pela sétima vez seguida, de 3,25% para 3,22%, de 3,56% há um mês.

Para os demais anos, a previsão para o IPCA seguiu inalterada, em 3,75% para 2021 há 62 semanas; e em 3,50% para 2022 e 2023, cada, há 29 e 30 semanas, respectivamente. Já para os próximos 12 meses, a estimativa subiu de 3,40% para 3,43%, após oito semanas seguidas de queda. Um mês antes, a projeção era de 3,57%.

Considerando-se apenas o mês de fevereiro, a previsão para o IPCA passou de 0,21% para 0,20%, na sétima revisão seguida para baixo. Para março, a estimativa se manteve em 0,20%, após três recuos seguidos. Há quatro semanas, a projeção era de 0,30%.

Previsão de alta do PIB 2020 cai a 2,23%, diz Focus

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São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central reduziram a estimativa para o crescimento da economia brasileira neste ano de 2,30% para 2,23%, de +2,31% há um mês, segundo o relatório de mercado Focus. Já para os demais anos, a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) ficou estável, em 2,50%, estimativas mantidas há 153 semanas para 2021; 95 semanas para 2022 e há 50 semanas para 2023.

Em relação à dívida líquida do setor público e o PIB, a previsão para 2020 caiu de 56,90% para 56,89%, enquanto para 2021 seguiu em 58,00% pela quarta vez consecutiva. Já para 2022, a relação da dívida líquida subiu de 59,00% do PIB para 59,40%, enquanto para 2023 foi de 59,70% para 59,80%.

Em relação ao resultado primário consolidado, a estimativa para 2020 permaneceu negativa em -1,10% do PIB, pela décima quarta vez seguida. Para 2021, a previsão passou de -0,51% para -0,50% do PIB, voltando ao nível de quatro semanas antes, ao passo que para 2022 ficou em -0,10%, de -0,01% há um mês. Já para 2023, a previsão de resultado primário positivo subiu de 0,20% do PIB para +0,23% do PIB, de +0,30% quatro semanas atrás.

Projeção para Selic em 2020 fica em 4,25% pela 3ª vez

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São Paulo – Os economistas mantiveram a previsão para a taxa básica de juros ao final de 2020 em 4,25% pela terceira vez seguida, conforme o relatório de mercado Focus, do Banco Central. A previsão indica manutenção da Selic ao longo deste ano, considerando-se o nível atual.

Para os demais anos, o mercado financeiro também manteve a estimativa para o juro básico, com a Selic encerrando 2021 em 6,00% e em 6,50% em 2022 e 2023, cada, permanecendo nesses níveis pela segunda vez e pela décima sexta semana consecutiva, respectivamente.

 

PIB do Japão cai 1,6% no quarto trimestre

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São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão caiu 1,6% no quarto trimestre de 2019 na comparação com o terceiro trimestre, em dados sazonalmente ajustados. Em taxa anualizada, a economia japonesa recuou 6,3% na mesma base de comparação, de acordo com a leitura preliminar publicada pelo Instituto de Pesquisa Social e Econômica do governo.

Os dados mostram a primeira contração da economia japonesa em mais de um ano, desde o terceiro trimestre de 2018, refletindo o aumento do imposto sobre vendas, o que reduziu o consumo. No terceiro trimestre, o PIB havia crescido 0,1% ante o segundo trimestre e 0,5% em taxa anualizada, de acordo com dados revisados.

A demanda doméstica japonesa caiu 2,1% no quarto trimestre de 2019 em base trimestral, sendo que a demanda privada teve queda de 2,9% e a demanda pública avançou 0,1%.

Já a balança comercial contribuiu positivamente para a formação do PIB em 0,5 ponto percentual, com queda de 0,1% nas exportações em base trimestral e recuo de 2,6% nas importações.

O governo japonês aumentou a alíquota do imposto sobre vendas de 8% para 10% a partir de primeiro de outubro de 2019. Segundo analistas do Société Générale, em relatório, o impacto da alta do imposto e o inverno mais quente diminuíram o consumo e os investimentos privados.

“Os resultados de hoje indicam que o último aumento dos impostos sobre o consumo teve um efeito mais forte do que o esperado na economia”, disseram eles. “Esperamos uma recuperação no primeiro trimestre de 2020, mas a magnitude pode ser reduzida como resultado do mais recente surto de coronavírus”. A projeção é de crescimento de 0,7% no PIB em 2020.

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