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BC vê múltiplas incertezas que justificam interromper cortes na Selic

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São Paulo – O Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou, na ata da reunião deste mês, que múltiplas incertezas justificam a interrupção do ciclo de cortes na Selic, após a redução de 0,25 ponto percentual (pp) na taxa básica de juros promovida na semana passada,
para 4,25%. Para o Comitê, é preciso ter uma melhor compreensão em relação aos efeitos dessas incertezas para definir os próximos passos da política monetária.

Segundo o Comitê, essas incertezas levam em conta o atual grau de ociosidade, a velocidade de recuperação da economia doméstica e o aumento da potência da política monetária, que atua com defasagens na atividade. “O Copom considera que é importante observar os efeitos do ciclo de estímulo monetário iniciado em 2019”, acrescenta.

Em relação à evolução da atividade econômica, os membros do Comitê discutiram o ritmo da recuperação e o nível de ociosidade à luz dos indicadores e informações disponíveis. Nesse contexto, alguns membros avaliaram que o esgotamento do modelo de alocação centralizada de capital e a longa duração da recessão podem ter produzido restrições de oferta, sugerindo menor espaço de ociosidade.

Outros membros do Copom ressaltaram que a dinâmica dos núcleos de inflação, não obstante os recentes efeitos do choque de preços de proteína, sinaliza que a ociosidade dos fatores de produção ainda é elevada. Além disso, alguns membros destacaram as mudanças no mercado de crédito e na intermediação financeira, como o maior papel desempenhado pelo crédito com recursos livres.

Os membros do Copom também refletiram sobre a sensibilidade de variáveis macroeconômicas à política monetária, uma vez que faltam comparativos na história brasileira para o atual grau de estímulo.

Ainda nesse contexto, os membros do Comitê avaliaram que os dados divulgados desde a reunião anterior, em dezembro do ano passado, indicam que há uma dicotomia entre a evolução do mercado de trabalho e o crescimento da produção de bens e serviços.

Para o Copom, enquanto o mercado de trabalho segue em recuperação gradual, os dados recentes de produção industrial e os indicadores preliminares de investimento tiveram desempenho abaixo do esperado. “Nesse sentido, a dicotomia dos últimos dados sugere que pode haver menos espaço de ociosidade do que o mensurado por métodos tradicionais”, ressaltaram alguns membros do Comitê.

RADAR DO DIA:Investidores digerem Copom; atenção ao Itaú e Petrobras

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São Paulo – Os investidores devem digerir a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), depois da sinalização do fim do ciclo de corte de juros pelo Banco Central (BC). O documento mostra que múltiplas incertezas levaram a instituição a interromper a redução da Selic.

Lá fora, os desdobramentos referentes ao coronavírus continuam no radar. O governo chinês informou que o surto atingiu mais de 40 mil pessoas e matou mais de mil pessoas. O presidente da China, Xi Jinping, afirmou que os fundamentos da economia chinesa são fortes e que o impacto da doença será curto.

Ainda no exterior, o mercado deve ficar atento ao depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, às 12h, no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados norte-americana. A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, discursa às 11h no Parlamento de Estrasburgo, na França.

Ontem, o Ibovespa encerrou em queda de 1,05%, aos 112.570,30 pontos, refletindo uma correção diante do possível prolongamento da paralisação da economia chinesa em função do surto de coronavírus, o que pode impactar também a economia doméstica, já que a China é o maior parceiro comercial do Brasil.

Já os mercados asiáticos fecharam em alta, após fala de Xi Jinping, tranquilizando a região, enquanto as bolsas europeias operam no campo positivo, assim como os futuros norte-americanos, que aguardam a fala de Jerome Powell.

Internamente os investidores ficam na expectativa da normalidade em São Paulo, onde se concentra a maior parte das grandes companhias no país, após a chuva de ontem deixar a cidade quase que inoperante.

EMPRESAS

O lucro líquido recorrente do Itaú Unibanco, que exclui ganhos ou perdas com itens extraordinários, cresceu 12,6% no quarto trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 7,296 bilhões.

O Itaú Unibanco divulgou suas projeções consolidadas para 2020 no qual prevê que a carteira de crédito total deve subir entre 8,5% a 11,5%, enquanto a margem financeira com clientes deve ficar estável e subir 3% e a margem financeira do mercado entre R$ 5,7 bilhões a R$ 6,7 bilhões.

A produção no Brasil e no exterior de petróleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 3,025 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no quarto 2019, alta de 13,7% na comparação anual.

O Brasil do Brasil disse que o Banco Votorantim, uma joint venture com Votorantim Finanças, protocolou um pedido de registro de companhia aberta junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), confirmando rumores de mercado.

O conselho de administração do Itaú Unibanco aprovou dividendo complementar de R$ 0,4832 por ação e juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 0,5235 por ação. Terão direito os acionistas com posição em 20 de fevereiro e o pagamento será efetuado 6 de março.

O Carrefour Brasil confirmou que está em tratativas com o Makro Atacadista para uma possível aquisição de determinados ativos imobiliários e acessórios. Porém, a empresa ressaltou que não há garantias, neste momento, de que a operação entre as duas empresas será celebrada.

A Gol Linhas Aéreas anunciou acordos para venda e arrendamento de 11 aeronaves Boeing 737 Next Generation (NG) com a Carlyle Aviation. Segundo a companhia, a iniciativa acelerará ainda mais a renovação de sua frota e a desalavancagem, que prevê a substituições das aeronaves por Boeing 737 MAX-8 durante os próximos anos.

O banco Daycoval solicitou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um pedido de registro de companhia por meio da oferta pública primária e secundária de suas ações preferenciais no segmento Nível 2, bem como o pedido de conversão de categoria para categoria A.

A Oi, em recuperação judicial, disse que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) suspendeu o acompanhamento especial, previsto no plano de recuperação, por considerar que a operadora sanou o risco de liquidez de curto prazo e de suas controladas.

A Petrobras colocou à venda a totalidade de sua participação na Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III). O prospecto contém as principais informações sobre o ativo e os critérios de elegibilidade para a seleção de potenciais investidores.

A Braskem informou que fechou com a Tenenge Montagem e Manutenção, ambas controladas pela Odebrecht, um contrato no valor de R$ 669 milhões para serviços de manutenção industrial em paradas de equipamentos de grande porte em todas as unidades industriais da empresa.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) disse que a Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) aprovou início de consulta pública para receber contribuições e manifestações sobre a agenda regulatória 2020-2021.

O conselho de administração da Minerva aprovou o aumento de capital de R$ 12,020 milhões, com a emissão de 1.872.379 ações ordinárias, para o pagamento de bônus de subscrição. De acordo com a empresa, o preço de emissão das novas ações foi de R$ 6,42 para cada ativo.

O conselho de administração da CVC Viagens aprovou o aumento de capital no valor de R$ 1,742 milhões, no âmbito do plano de opção de ações. Com isso, o capital social passou de R$ 663,235 milhões para R$ 664,977 milhões.

O conselho de administração da Natura aprovou a extinção do colegiado, do comitê de auditoria, de gestão de riscos e de finanças, do comitê estratégico, do comitê de governança corporativa, do comitê de pessoas e desenvolvimento organizacional e do comitê operacional, em virtude da criação do novo conselho da Natura &Co, que detém a totalidade do capital da empresa.

Número de mortes por coronavírus ultrapassa 1 mil na China

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São Paulo – O número de mortes na China causadas por infecção pelo novo coronavírus subiu para 1.016, acima de 908 relatadas ontem, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde do país, em comunicado. Ao todo, 42.638 casos foram confirmados em 31 províncias chinesas.

Esta foi a primeira vez que o número de mortes ultrapassou 100 em um único dia. Segundo as autoridades de saúde chinesas, entre as 108 novas mortes relatadas, 103 ocorreram na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro do surto.

Além disso, foram reportados 2.478 novos casos, sendo 2.097 deles em Hubei e 849 severos. Ao mesmo tempo, 716 novos casos foram curados e os pacientes receberam alta, sendo 427 deles na província de Hubei, diz a Comissão Nacional de Saúde. O total de casos suspeitos soma 21.675 no país.

Nas regiões administrativas especiais da China, foram confirmados um total de 70 casos, sendo 42 deles em Hong Kong, seis a mais do que ontem, com uma morte; dez em Macau, onde um paciente recebeu alta; e 18 em Taiwan, onde um paciente também foi liberado do hospital.

Temor com surto de coronavírus volta a pesar sobre os mercados

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Por Danielle Fonseca e Flavya Pereira

São Paulo – O Ibovespa encerrou em queda pelo terceiro pregão seguido – com perdas de 1,05%, aos 112.570,30 pontos mostrando uma correção diante do possível prolongamento da paralisação da economia chinesa em função do surto de coronavírus, o que pode impactar também a economia doméstica, já que a China é o maior parceiro comercial do Brasil.

Esse temor em relação à economia chinesa, somado à proximidade do vencimento de opções do índice, na próxima quarta-feira (12), fez com que o Ibovespa descolasse da alta das Bolsas norte-americanas e fechasse do menor patamar desde o dia 16 de dezembro (111.896,04 pontos). A queda só não foi maior devido à alta de ações de bancos como do Itaú Unibanco, que divulgará hoje seu balanço do quarto trimestre. O volume total negociado foi de R$ 28,3 bilhões, considerado elevado.

“A questão do coronavírus segue afetando a Bolsa e parece que teremos revisões do PIB do Brasil também”, disse o analista da Terra Investimentos, Régis Chinchila. O analista lembra que apesar da retomada das atividades previstas para hoje na China, ainda há diversas indústrias e serviços fechados, o que pode atrapalhar empresas brasileiras e culminar com revisões para baixo do PIB brasileiro.

Para Chinchila, a questão do coronavírus ainda pega a economia brasileira em um momento em que não firmou uma recuperação e no qual a Bolsa teve um aumento de investidores, parte deles menos experientes e mais suscetíveis a crises.

Já o operador de renda variável da Commcor, Ari Santos, lembra que a proximidade do vencimento de opções sobre o Ibovespa também pode estar trazendo maior pressão vendedora ao índice.

As ações da Vale (VALE3 -3,66%), que têm grande peso no Ibovespa, fecharam com fortes perdas. Já as maiores quedas do índice foram das ações do IBR Brasil (IRBR3 -16,01%), que refletiram nova carta a cotistas da gestora Squadra, que mostrou desconfiança dos números contábeis da empresa. Além das ações da Marfrig (MRFG3 -6,22%) e da CVC (CVCB3 -5,71%).

A queda do Ibovespa só não foi maior devido aos papéis de bancos, que ficaram entre as maiores altas. É o caso do Itaú Unibanco (ITUB4 2,07%), que avançou na expectativa de bons resultados hoje após o fechamento do mercado, da Itausa (ITSA4 2,74% ) e do Santander (SANB11 2,07%).

Amanhã, investidores devem ficar atentos ao depoimento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, às 12h no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados norte-americana.

Para a Itaú Corretora, ao perder um suporte técnico nos 112.800 pontos, o Ibovespa pode “acelerar o movimento de queda em direção aos suportes em 111.700 e 110.100 pontos” no curto prazo.

O dólar comercial fechou praticamente estável, com ligeira alta de 0,02% no mercado à vista, cotado a R$ 4,3230 para venda, no maior valor de fechamento após renovar máximas históricas intraday a R$ 4,33, em sessão de fortes oscilações com investidores exibindo cautela em meio aos desdobramentos do coronavírus.

O diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, destaca a volatilidade da moeda no qual operou sem direção única ao longo do pregão. “Abriu em queda seguindo o movimento externo, mas passou a subir respondendo a um cenário de cautela na expectativa de sinais mais claros sobre o tamanho do impacto do surto do coronavírus sobre a economia da China e de seus parceiros comerciais, como o Brasil”, comenta.

Rugik acrescenta que a chuva na grande São Paulo também afetou as operações do mercado financeiro no qual refletiu em menor liquidez, com o volume de negócios “abaixo da média para uma segunda-feira”.
Apesar das oscilações próximas à estabilidade, a moeda renovou máximas sucessivas em mais uma sessão deixando a moeda local ainda mais desvalorizada.

Para o diretor da Correparti, se os próximos resultados dos indicadores dos Estados Unidos ficarem acima do esperado, a tendência é de que moeda siga apreciadas nesse nível no curto prazo.

“As vendas no varejo e a produção industrial podem ratificar a robustez da economia norte-americana após o forte relatório de empregos [payroll], acima do esperado”, diz. Nesta semana, serão divulgados os resultados desses indicadores em janeiro, além da inflação norte-americana.

Amanhã, em agenda de indicadores mais esvaziada, quem fica no radar dos investidores são os Bancos Centrais (BCs). Enquanto lá fora, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, dará depoimento no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados, aqui, sai a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na semana passada.

Após o BC promover o quinto corte seguido da taxa básica de juros (Selic), no piso histórico de 4,25% ao ano, e sinalizar que avalia manter a taxa nesse patamar, o mercado deverá analistas os detalhes do documento, diz o operador de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello.

“Vamos observar até porque o Banco Central reduziu a estimativa de inflação hoje”, comenta se referindo às estimativas do mercado divulgadas hoje no Boletim Focus no qual a projeção de inflação caiu pela sexta vez seguida, de 3,40% para 3,25%, de 3,58% há um mês.

New Hampshire ganha importância em eleições dos EUA após caos em Iowa

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São Paulo – Após o caos em Iowa, as primárias de New Hampshire marcadas para amanhã ganharam mais importância na corrida democrata para a escolha de um candidato para as eleições presidenciais dos Estados Unidos de 3 de novembro, de acordo com especialistas consultados pela Agência CMA.

Apesar de o senador Bernie Sanders e o ex-prefeito de South Bend, em Indiana, Pete Buttigieg, terem declarado vitória no conturbado caucus de Iowa, a Associated Press – que tradicionalmente faz a contagem dos votos – não conseguiu até o momento declarar um vencedor, por isso, todos os olhos estão voltados para New Hampshire.

“As primárias de New Hampshire serão acompanhadas com atenção e, com sorte, com maior sucesso do que o caucus de Iowa”, disse o vice-presidente da Scotiabank Economics, Derek Holt. “Nesse caso, New Hampshire pode fornecer uma leitura mais clara sobre quem tem impulso na corrida para ser o candidato do partido Democrata”, acrescentou.

O CAOS DE IOWA

O caucus de Iowa, uma espécie de prévia na forma de pequenas assembleias comunitárias, foi realizado na segunda-feira passada, mas falhas técnicas em um aplicativo usado para divulgar os resultados provocaram atraso na apuração, que geralmente é concluída no mesmo dia da votação.

Os resultados parciais mostram Buttigieg e Sanders praticamente empatados, com leve vantagem para o ex-prefeito de South Bend. Em terceiro lugar, aparece a senadora Elizabeth Warren, seguida pelo ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

“Quando os resultados do caucus de Iowa começaram a ser divulgados, eles apenas aumentaram a incerteza sobre quem se tornaria o candidato democrata”, afirmou o economista chefe da Capital Economics para os Estados Unidos, Paul Ashworth.

“De acordo com as últimas probabilidades de apostas, o quarto lugar de Joe Biden na lista quase eliminou suas chances, apesar de ainda liderar as pesquisas nacionais. Bernie Sanders agora é aparentemente o candidato a vencer, com Pete Buttigieg e Mike Bloomberg empatados com Biden como o principal candidato centrista”, acrescentou Ashworth.

O HISTÓRICO DAS DISPUTAS

Sanders venceu New Hampshire em 2016 por um número recorde de votos, enquanto a senadora Elizabeth Warren precisa de uma vitória ou de um forte segundo lugar depois de ter ficado em terceiro lugar em Iowa – principalmente porque representa um estado vizinho e é bem conhecida em New Hampshire.

Buttigieg espera vencer esses os senadores e evitar um crescimento tardio da moderada senadora Amy Klobuchar. E enquanto a equipe do ex-presidente norte-americano, Joe Biden, minimiza as expectativas em New Hampshire há meses, ele não pode se dar ao luxo de sofrer um autodescrito “soco no estômago” como foi em Iowa.

As pesquisas mostram uma boa chance de Sanders repetir sua vitória de 2016. Buttigieg está em segundo lugar, com Warren e Biden empatados em terceiro, enquanto Klobuchar está em uma trajetória ascendente, com grandes multidões e captação de recursos na última semana.

Levantamento da Boston Globe, WBZ-TV e Suffolk University entre eleitores democratas de New Hampshire divulgada no final de semana mostrou Sanders com 24% e Buttigieg caiu três pontos percentuais (pp), para 22%. A senadora Elizabeth Warren apareceu com 13% e Biden, com 10%.

A pesquisa tem uma margem de erro de mais ou menos 4,4 pp. Uma sondagem da CBS no domingo divulgou o mesmo ranking.

O PALCO DAS DISPUTAS

O envelhecimento da população e o lento crescimento da força de trabalho são dois fatores que definem características da economia de New Hampshire. Sua taxa de desemprego de 2,6% é a sexta mais baixa dos Estados Unidos.

“Isso se deve, em grande parte, a uma força de trabalho estagnada, em vez de um forte crescimento do emprego”, disse o economista sênior do Wells Fargo, Mark Vitner.

New Hampshire foi um dos únicos quatro estados norte-americanos que tiveram mais mortes do que nascimentos em 2019. “Isso significa que sua população estaria contraindo se não fosse pelas 6.400 pessoas que escolheram se mudar para a região”, acrescenta Vitner.

New Hampshire tem alguns pontos fortes notáveis: sua população é altamente instruída – 36,5% com diploma de bacharel versus 31,5% em todo o  país – e possui a mediana mais alta dos Estados Unidos em renda familiar – US$  81,3 mil versus US$ 63,2 mil em todo o país.

Trump diz que próxima etapa de negociações comerciais será com Europa

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São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a próxima frente de negociações comerciais será com da Europa, e disse que a economia norte-americana está muito à frente da chinesa em termos de tamanho.

“A União Europeia (UE) tem nos tratado muito mal no comércio”, disse Trump, em uma reunião na Casa Branca. “A próxima frente de negociações pode ser a Europa”, disse. Segundo ele, há muito tempo tem havido um tremendo déficit comercial com os europeus.

Além disso, ele criticou o papel dos europeus na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). “A UE nos trata mal na Otan”, disse Trump, acrescentando que “os Estados Unidos pagam tudo”, e repetindo seu apelo para que os países europeus aumentem seus gastos com a defesa comum.

CHINA

Trump também destacou que a economia norte-americana está indo muito melhor do que a chinesa. “Estamos agora tão à frente da China em termos de tamanho de economia”, disse Trump. “Eles não nos alcançarão por muito tempo se a pessoa certa ficar no Salão Oval”, acrescentou ele.

“Temos um lugar especial e ninguém vai nos alcançar se tivermos uma grande liderança”. Trump reiterou que os Estados Unidos pegaram “bilhões de dólares em tarifas” da China, antes da assinatura da primeira fase do acordo comercial entre os dois países.

ARMAS NUCLEARES

O presidente norte-americano também disse que a China e a Rússia querem renegociar o programa de armas nucelares. “Russia e China querem negociar para parar essa desgraça de gastar bilhões de dólares com armas nucleares”, disse Trump. “Temos os melhores equipamentos do mundo”, afirmou ele, citando misseis super rápidos.

Em agosto do ano passado, os Estados Unidos e a Rússia saíram formalmente do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês), assinado em 1987, durante a Guerra Fria. Trump tem defendido um novo acordo que inclua a China.

MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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Por Danielle Fonseca, Flavya Pereira e Olívia Bulla

São Paulo – Após chegar a ensaiar uma alta perto da abertura, o Ibovespa voltou a cair e acelerou perdas puxado pelas quedas das ações da Petrobras e da Vale, em meio a preocupações com impactos do coronavírus.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 0,82% aos 112.837,13 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 8,1 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em fevereiro de 2020 apresentava recuo de 0,59% aos 112.855 pontos.

O número de mortes por coronavírus na China somam 908, e os casos de infecção confirmados totalizam 40.171, de acordo com autoridades chinesas de saúde. Assim, como o vírus continua a espalhar-se, empresas como a Volkswagen adiaram a reabertura de algumas fábricas na China, que seria hoje. A retomada parcial de fábricas preocupada investidores, diante do possível prolongamento do impacto negativo na economia chinesa.

Porém, o presidente da China, Xi Jinping, prometeu acelerar o desenvolvimento de vacinas e medicamentos contra o vírus causador de pneumonia.

Para o economista da Toro Investimentos, Pedro Nieman, não há notícias novas e as incertezas em relação ao coronavírus permanecem. “O mercado hoje não tem uma agenda relevante para ser acompanhada e o temor [em relação ao coronavírus] ainda prevalece”, disse. Para ele, apenas notícias positivas no mercado corporativo e expectativa pelos balanços poderiam fazer o Ibovespa melhorar ao longo do pregão.

O dólar comercial segue oscilando sem direção única frente ao real, mas tem viés de queda após renovar máximas históricas sucessivas no movimento intraday ao chegar à R$ 4,3280 com as preocupações em torno do coronavírus ainda no radar dos investidores.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,16%, sendo negociado a R$ 4,3150 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2020 apresentava recuo de 0,19%, cotado a R$ 4,317.

“O pano de fundo ainda é o coronavírus. Investidores voltaram a precificar os ativos atentos aos desdobramentos da doença. Por outro lado, os dados da economia norte-americana mais robustos, como o payroll [relatório de empregos], tem dado suporte para a valorização global da moeda”, comenta o diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

O analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, destaca que o resultado semanal da balança comercial brasileira, a ser divulgado hoje à tarde, será importante para “mensurar” eventuais impactos do coronavírus nas exportações brasileiras.

Rugik reforça o movimento de realização global exibido na abertura dos negócios no qual a moeda recuou ficando pouco acima de R$ 4,30. Agora, o dólar avança no exterior e contamina as moedas de países emergentes. Aqui, ele destaca a liquidez reduzida, influenciada pela forte chuva em São Paulo. “Hoje o volume de negócios está abaixo do normal para uma segunda-feira”, diz.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) oscilam entre margens estreitas e exibem um ligeiro viés negativo, com os investidores monitorando o comportamento do dólar e o cenário externo, diante das preocupações com o impacto do surto de coronavírus na economia global. Mas o foco dos negócios está na divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), amanhã.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 4,250%, de 4,275% ao final da semana passada, após ajuste; o DI para janeiro de 2022 estava em 4,91%, de 4,97% no último ajuste; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,49%, de 5,56%; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 6,14%, de 6,20% na mesma comparação.

Bowman, do Fed, diz que política monetária atual ajuda na expansão econômica

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São Paulo – A diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Michelle Bowman, defendeu a atual postura da política monetária, afirmando que deve ajudar a economia dos Estados Unidos a crescer.

“Minha perspectiva é de que a economia norte-americana continuará crescendo em ritmo moderado, com a taxa de desemprego – atualmente no menor nível em 50 anos – permanecendo baixa”, disse.

Segundo ela, a inflação deve acelerar gradualmente para a meta de 2% ao ano do Fed.

“Portanto, no geral, o cenário econômico nacional parece muito favorável, o que deve apoiar amplamente as economias locais. E, é claro, ao garantir que consumidores e empresas de suas comunidades tenham acesso a serviços financeiros, o que é um dos principais contribuintes para a saúde de nossa economia norte-americana”, afirmou.

No mês passado, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) manteve a taxa de juros inalterada na faixa entre 1,50% e 1,75% ao ano e sinalizou que deve seguir com a política monetária em compasso de espera até que algum evento altere a perspectiva para a economia dos Estados Unidos.

Bowman fez os comentários em um texto preparado evento em Orlando, na Flórida, que tratava de bancos e serviços financeiros comunitários.

Xi promete acelerar desenvolvimento de vacinas contra coronavírus na China

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São Paulo – O presidente da China, Xi Jinping, prometeu acelerar o desenvolvimento de vacinas e medicamentos contra o coronavírus causador de pneumonia, ao visitar o Hospital Ditan em Pequim e um escritório local de controle e prevenção de doenças, no distrito de
Chaoyang.

“É necessário organizar universidades, institutos de pesquisa e empresas para conduzir pesquisas científicas, aumentar a pesquisa e o desenvolvimento de reagentes relacionados, vacinas e medicamentos, e buscar inovações o mais cedo possível”, disse Xi, segundo comunicado do Conselho de Estado chinês.

O presidente afirmou que a província de Hubei e a capital Wuhan, epicentro do surto, são as prioridades da prevenção e controle de epidemias, pois a situação nestes locais ainda é muito grave. “Devemos tomar medidas mais vigorosas e decisivas para conter resolutamente a propagação da epidemia”, disse.

Xi destacou a importância de controlar a fonte e interromper a rota de transmissão do vírus, além de preparar hospitais, disponibilizando mais leitos. Além disso, é preciso “aumentar os esforços de pesquisa e acelerar o desenvolvimento de medicamentos com boa eficácia clínica”, acrescentou.

“Contando com o povo, restringiremos resolutamente a propagação e a disseminação da epidemia e venceremos resolutamente a guerra do povo, a guerra geral e a guerra de obstruções para prevenir e controlar a epidemia”, concluiu o presidente.

Inflação ao consumidor na China atinge maior nível em 8 anos

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São Paulo – O índice de preços ao consumidor da China subiu 5,4% em janeiro na comparação com igual período do ano anterior, seu maior nível em oito anos, após a alta de 4,5% em dezembro, segundo dados do departamento de estatísticas do país.

Na comparação com o mês anterior, o índice de preços ao consumidor da China avançou 1,4% em janeiro, após ter ficado estável em dezembro.

O preço dos alimentos, que representa quase um terço do índice, subiu 20,6% em janeiro em base anual, após avançar 17,4% em dezembro. Em termos mensais, os preços de alimentos subiram 4,4% em janeiro, após a queda de 0,4% no mês anterior.

Os preços de carne de porco subiram 116,0% em janeiro em base anual, após a alta de 97,0% de dezembro, afetando o índice de preços ao consumidor em cerca de 2,76 ponto percentual (pp), com a oferta reprimida devido ao surto de gripe suína africana.

Os itens não alimentícios ficaram 1,6% mais caros no ano, após a alta de 1,3% do mês anterior, e avançaram 0,6% em janeiro em base mensal, depois de subiram 0,1% em dezembro.

Os preços de bens de consumo tiveram inflação anual de 7,7% e mensal de 1,6%, após registrar em dezembro 6,4% e estabilidade, respectivamente. Os preços de serviços, por sua vez, aumentaram 1,5% em base anual e 1,0% em base mensal. Em dezembro, houve alta anual de 1,2% e estabilidade mensal.

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