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Câmara tem melhor projeto de autonomia do BC, diz Campos Neto

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São Paulo – O melhor projeto de lei para garantir a independência do Banco Central (BC) é o que foi entregue à Câmara dos Deputados pelo governo, disse o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, durante uma entrevista coletiva. “Nós assinamos o projeto da Câmara. Entendemos que é o melhor projeto.”

O texto citado por Campos Neto é o PLP 112/2019, que determina ao BC o objetivo de assegurar a estabilidade de preços e desvincula a instituição do Ministério da Economia.

A legislação proposta mantém a prerrogativa do presidente da República de indicar e reconduzir diretores e presidente do BC, mas determina que o mandato do presidente da autoridade monetária, de quatro anos, comece no segundo ano do mandato do presidente da República – mais uma forma de desvincular a influência política do Executivo sobre a instituição.

O texto entregue pelo BC à Câmara foi apensado a um outro projeto de lei, o 200/1989, que trata do mesmo tema e aguarda análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Além disso, há um outro projeto, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que também trata da autonomia do BC (PLP 32/2003), com teor semelhante ao apresentado pelo governo Bolsonaro.

Além disso, tramita no Senado uma outra proposta de independência do BC (PLC 19/2019), que não desvincula formalmente o órgão do Ministério da Economia e que já recebeu emendas para incluir objetivos adicionais ao mandato do BC – entre eles o de zelar pelo desempenho da economia e proteger o nível de emprego.

Durante a entrevista coletiva, Campos Neto disse que a equipe do BC considera o chamado “mandato duplo” – previsão de dois objetivos nas metas do banco central – é pouco eficiente. “Os países que têm na prática não o usam”, disse ele. O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, é uma das instituições que têm mandato duplo – buscar a estabilidade de preços e o máximo emprego.

Campos Neto, porém, disse que “o que se mostra verdadeiro, principalmente em mercados emergentes, é que a melhor forma de contribuir para crescimento no médio e longo prazo é através do controle de inflação”.

Ele disse acreditar que a independência do BC seja aprovada no primeiro trimestre pelo Congresso, mas reiterou que a velocidade de tramitação é prerrogativa dos parlamentares.

Veto a fundo eleitoral poderia levar a impeachment, diz especialista

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São Paulo – Um eventual veto ao valor do fundo eleitoral previsto no orçamento de 2020 poderia servir de argumento para abrir um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, conforme ele mesmo vem afirmando, segundo Vera Chemim, constitucionalista e mestre em administração pública pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) foi criado em 2017 pelo Congresso e usado pela primeira vez nas eleições de 2018. Ele passou a ser a principal fonte de recursos para as campanhas eleitorais depois que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu que pessoas jurídicas fizessem doações a partidos.

O governo havia proposto em meados do ano passado que o fundo fosse dotado de aproximadamente R$ 2 bilhões, mas o Congresso, durante a discussão do orçamento de 2020, chegou a aumentar este valor a R$ 3,8 bilhões.

Posteriormente, no entanto, o valor foi restaurado aos R$ 2 bilhões.

Bolsonaro disse ontem que os R$ 2 bilhões inicialmente propostos pelo Planalto foram estipulados na verdade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e que, de acordo com a lei 1.079 de 1950, poderia ser alvo de um processo de impeachment se decidisse vetar o valor e, com isso, “impedir a livre execução da lei eleitoral”.

Chemim diz que o presidente corria mesmo este risco. “A princípio ele tem poder discricionário, concedido pelo artigo 84 da Constituição, de sancionar parte de um projeto ou vetar parte de um projeto. Mas, obviamente, como ele mesmo já colocou, não é ilimitado, ele tem que respeitar a Constituição e a legislação específica sobre o tema”, afirmou. “Se ele afrontar uma lei eleitoral pode sofrer um processo de impeachment”, acrescentou.

Ela ressalta, no entanto, que a discussão sobre o veto e a hipótese de impeachment pertence mais ao universo político que ao jurídico, visto que a definição do tamanho do fundo eleitoral é um processo baseado em regras. “O próprio TSE respeita esta regra, determina por meio disso. Aí vem a questão da análise política. O Poder Executivo negocia com o Legislativo, mas dentro destes limites quantitativos que existem em lei”, afirmou.

Ela ressalta que durante o processo de votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) o valor do fundo eleitoral foi alvo de negociação e de acordo do governo com os congressistas. “Isso tudo já está acordado anteriormente”, disse Chemim. “Obviamente que não vai vetar”.

Planalto discute restrições a ingresso no Bolsa Família

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São Paulo – O governo do presidente Jair Bolsonaro estuda alterar o Bolsa Família para restringir o acesso ao programa. As mudanças ainda estão em fase de análise, mas um dos objetivos é “fazer verificações de pessoas que não mereçam participar”, afirmou o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.

Segundo o porta-voz, as alterações pretendem “recuperar alguns aspectos que ficaram para trás” em governos anteriores, “privilegiando mérito”. Ele destacou que cerca de 21% da população brasileira – ou o equivalente a 42 milhões de pessoas – são atendidas hoje pelo Bolsa Família.

Na terça-feira, Bolsonaro disse que o ingresso de pessoas no Bolsa Família está “sem filtro” e que o governo estava trabalhando para restringir o acesso ao programa. “O maior problema não é o pente fino. É a quantidade.

Tem que ter um mecanismo para punir a pessoa na ponta da linha que simplesmente vai botando pra dentro do Bolsa Família”, acrescentou.

A declaração do presidente contrasta com os dados sobre o número de famílias beneficiadas pelo programa, que caiu 4,6% desde 2018, com a redução mais brusca sendo registrada no final do ano passado.

Em 2018, o total de famílias beneficiadas era de 13,8 milhões. Em outubro de 2019, o número estava em 13,5 milhões, enquanto em dezembro houve queda para 13,17 milhões

MERCADO AGORA: Veja o comportamento dos negócios no início da tarde

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São Paulo, 9 de janeiro de 2020 – A queda na produção industrial do Brasil em novembro ante outubro foi duas vezes maior que a esperada e ajudava a manter o Ibovespa em leve baixa no início da tarde, acompanhado por aumentos no dólar e nas taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI).

“O dado da indústria está pesando, ele caiu mais do que o esperado e apagou um pouco do otimismo que o mercado tem com a recuperação da economia doméstica”, disse o analista da Toro Investimentos, Rafael Winalda. O indicador recuou 1,2% em novembro ante outubro, mais do que a queda de 0,6% esperada por analistas.

Winalda acrescentou que os dados abrem margem para especulação a respeito da possibilidade de corte de juros no Brasil na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), e por isso contribuem também para a alta do dólar.

Mais cedo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o efeito que o conflito entre os Estados Unidos e Irã terá sobre a próxima decisão do Copom respeito da taxa básica de juros, a Selic, depende do efeito que a tensão entre os dois países terá sobre a economia.

“A única coisa que a gente pode mencionar é que depende dos impactos que vão ter. Há dois elementos que tiveram volatilidade grande: preço da carne e mais recentemente do petróleo. Para o BC, o mais importante é como isso afeta o canal de transmissão [da política monetária]”, disse Campos Neto.

Por volta das 13h30 (de Brasília), o Ibovespa caía 0,10%, aos 116.127 pontos, enquanto o dólar tinha alta de 0,59%, aos R$ 4,0790 para a venda no pregão à vista. Entre os juros, as taxas de curto prazo operam em queda por causa dos dados sobre a indústria, mas as de maior sobem com foco na alta do dólar e pela grande oferta de títulos para 2031 ofertados mais cedo pelo governo.

Edição: Gustavo Nicoletta (g.nicoletta@cma.com.br)

Bolsonaro foi examinado e está com saúde de ferro, diz porta-voz

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Por Gustavo Nicoletta

São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro passou ontem por exames médicos de rotina e, segundo a avaliação da equipe médica, os resultados foram considerados “completamente normais” e ele está com “saúde de ferro”, disse o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, a jornalistas.

Há aproximadamente um mês, Bolsonaro passou por consulta médica dermatológica e retirou lesões na face e na orelha, “além de crioterapia em lesões no tórax e no antebraço, provocadas pelo excesso de exposição solar”, disse a Presidência em comunicado divulgado à época. O Planalto disse que os exames fazem parte de uma rotina de avaliação semestral. Antes disso, o próprio presidente havia dito que havia feito exames para verificar se estava com câncer de pele.

Durante a entrevista coletiva de ontem, Barros também descartou a possibilidade de uma nova cirurgia do Bolsonaro para troca da tela usada para corrigir problemas decorrentes da facada que o presidente levou em setembro de 2018, durante a campanha eleitoral. “Não está no escopo”, disse ele.

Produção industrial alemã sobe 1,1% em novembro ante outubro

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Por Cristiana Euclydes

São Paulo – O índice de produção industrial da Alemanha subiu 1,1% em novembro na comparação mensal, para 101,2 pontos, segundo dados divulgados pelo Ministério de Economia e Tecnologia do país. Os números são ajustados por fatores sazonais. Em outubro, o índice havia caído 1,0%.

Na comparação com igual período de 2018, a produção industrial da Alemanha caiu 2,6% em novembro, em dado com ajustes para efeitos de calendário, após a queda de 4,6% em outubro. Sem o ajuste, a produção industrial alemã recuou 6,1% em novembro em base anual, após cair 4,6% em outubro.

Pedidos de seguro-desemprego nos EUA caem em 9 mil, para 214 mil

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Por Júlio Viana

São Paulo – O número de novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caiu em 9 mil solicitações na semana encerrada em 4 de janeiro, totalizando 214 mil, após ter alcançado 223 mil na semana anterior, segundo estatísticas do Departamento do Trabalho ajustadas por fatores sazonais.

Os analistas previam 220 mil pedidos. Uma queda nos pedidos sugere que menos pessoas estão sem trabalho, enquanto uma alta indica o contrário. A média móvel dos pedidos de seguro-desemprego feitos nas últimas quatro semanas, um indicador menos volátil, caiu 9.500, em 224 mil pedidos.

O número total de pessoas que estavam recebendo seguro-desemprego do governo norte-americano na semana encerrada em 28 de dezembro subiu em 75 mil, para 1,803 milhão. A média móvel de quatro semanas do número de pessoas que seguem recebendo seguro-desemprego subiu em 33 mil para 1,744 milhões.

Trump diz que muro na fronteira sul com o México está ficando pronto

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Por Carolina Gama

São Paulo – O presidente norte-americano, Donald Trump, disse que o muro na fronteira sul dos Estados Unidos com o México está ficando pronto. A declaração acontece depois que uma corte federal de apelações permitiu que o governo seguisse com os planos de usar verba militar para a construção da barreira entre os dois países.

“Notícia urgente: o quinto circuito da corte de apelações reverteu a decisão da baixa corte e nos deu o sinal verde para construir uma das maiores seções do muito necessário muro na fronteira sul. São US$ 4 bilhões. O muro inteiro está em construção ou pronto para começar”, disse Trump em uma mensagem no Twitter.

Em dezembro, um tribunal no Texas proibiu o governo norte-americano de usar US$ 3,6 bilhões em recursos do Departamento de Defesa para a construção do muro neste ano. A meta de Trump é construir cerca de 800 quilômetros de muro em 2020 e, com os recursos bloqueados, essa meta não seria alcançada, segundo o comissário interino de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos, Mark Morgan.

A construção do muro na fronteira sul dos Estados Unidos com o México faz parte de uma política de imigração mais severa da atual administração e é uma das promessas de campanha de Trump em seu primeiro mandato. Ele concorre em novembro à reeleição.

A ordem do Quinto Circuito, com sede em Nova Orleans, que permite que Trump siga com a obra não é uma decisão final sobre o mérito do caso, mas libera o governo neste momento para seguir com a construção da barreira.

Vice-premiê da China assinará acordo comercial com EUA semana que vem

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São Paulo – O vice-primeiro-ministro da China, Liu He, vai à Washington assinar a primeira fase do acordo comercial com os Estados Unidos na próxima semana, disse o porta-voz no Ministério de Comércio chinês, Gao Feng, em coletiva de imprensa.

“A convite dos Estados Unidos, o vice-primeiro-ministro e membro do Comitê Executivo do Partido Comunista da China, Liu He, liderará uma delegação que visitará Washington, de 13 a 15 deste mês, para assinar o acordo econômico e comercial da primeira fase com os Estados Unidos”, disse Gao.

“As equipes de ambas as partes estão em estreita comunicação sobre as providências específicas para a assinatura do acordo”, afirmou o porta-voz, acrescentando que não tem mais informações sobre as negociações para a segunda fase do acordo comercial.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já havia anunciado que a assinatura da fase um do acordo seria realizada no dia 15 de dezembro, na Casa Branca. “Após essa data, irei à Pequim, onde as negociações começarão para a fase dois”, disse ele, no Twitter, no dia 31 de dezembro.

Os Estados Unidos e a China anunciaram a conclusão da primeira fase do acordo comercial no dia 13 de dezembro. O pacto inclui a suspensão gradual ou redução de algumas tarifas norte-americanas aplicadas a produtos importados chineses.

Já Pequim se comprometeu a comprar ao menos US$ 40 bilhões em produtos agrícolas dos Estados Unidos, além de se absterá de desvalorizações competitivas do iuane e de apertar regras de propriedade intelectual e transferência de tecnologia.

União Europeia retoma investigação sobre fusão de Boeing e Embraer

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São Paulo – A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), retomou as investigações à fusão das fabricantes de aeronaves Boeing e Embraer, que estavam suspensas até o dia 6 de janeiro. O novo prazo para a conclusão do inquérito é 30 de abril.

A operação, avaliada em US$ 4,2 bilhões, já foi aprovada pelos Estados Unidos, Japão e alguns outros países menores como Montenegro. A UE abriu uma investigação no dia 3 de outubro no ano passado, e o prazo inicial de conclusão era até 20 de fevereiro de 2020.

A Comissão Europeia disse, na ocasião, estar preocupada “com o fato de a operação poder reduzir a concorrência no que se refere a aeronaves comerciais”.

Segundo a UE, a operação retiraria a Embraer como terceiro maior concorrente global do setor, já altamente concentrado, e levaria tempo até que outras empresas da China, Japão e Rússia, por exemplo, avancem no segmento. “A transação pode, portanto, resultar em preços mais altos e menos opções”.

A Boeing e a Embraer formarão duas joint ventures, uma no setor de defesa, a Boeing Embraer – Defense, com 51% de participação da fabricante brasileira de 49% da norte-americana. A outra, no segmento de aviação comercial, a Boeing Brasil – Commercial, terá 80% de participação da Boeing e 20% da Embraer.

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