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Mercado vê dólar a R$ 4,00 ao final de 2019, diz BC

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Por: Flávya Pereira e Olívia Bulla

São Paulo – O mercado financeiro revisou a estimativa para a taxa de câmbio ao final deste ano pela sétima vez seguida e prevê, agora, que o dólar irá encerrar 2019 em R$ 4,00, segundo informações do relatório Focus do Banco Central. Na semana passada, a previsão do mercado financeiro para a taxa de câmbio neste ano era de R$ 3,95 e, há um mês, estava em R$ 3,85.

Para 2020, a previsão também foi revisada para cima, passando de R$ 3,90 para R$ 3,91, de R$ 3,82 quatro semanas antes, enquanto a projeção para 2021 subiu de R$ 3,90 para R$ 3,92, de R$ 3,88 um mês atrás. Já para 2022, a previsão para a cotação do dólar em relação ao real avançou pela terceira semana consecutiva, de R$ 3,96 para R$ 4,00, de R$ 3,90 há um mês.

Esse comportamento do dólar reflete, em parte, a previsão para a taxa básica de juros. O mercado financeiro interrompeu seis semanas seguidas de estabilidade na previsão para a Selic em 2019 e prevê agora que o juro básico cairá a 4,75% ao final deste ano, de 5,00% antes.

A projeção indica uma queda adicional de 0,75 ponto percentual (pp) na taxa de juros até o fim deste ano, considerando-se o nível atual de 5,50%. Para 2020, os economistas consultados pelo BC mantiveram a previsão para a Selic em 5,00%, pela segunda vez seguida, de 5,25% há um mês.

Já para 2021, o mercado revisou a estimativa pela segunda semana consecutiva, passando de 6,75% para 6,50%, de 7,00% quatro semanas atrás, enquanto para 2022, a previsão de 7,00% foi mantida pela décima semana seguida.

Esse cenário de queda do juros reflete, em grande parte, o ambiente benigno para a inflação. A projeção dos economistas ouvidos pelo Banco Central no relatório de mercado Focus para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019 caiu pela oitava
vez consecutiva, de 3,44% para 3,43%, de 3,59% há um mês.

Para todo o ano de 2020, a previsão para o IPCA oscilou em baixa de 3,80% para 3,79%, de 3,85% quatro semanas atrás, ao passo que para 2021 seguiu em 3,75% pela quadragésima segunda semana seguida. Para 2022, a previsão ficou em 3,50% pela nona vez.

Em relação à atividade, os economistas ouvidos pelo BC mantiveram a estimativa para o crescimento da economia brasileira de 2019 a 2022, segundo o relatório de mercado Focus. Para este ano, a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) seguiu em 0,87% pela quarta vez. Para 2020, ficou em 2,00% pela segunda semana seguida, de +2,10% há um mês.

Já para 2021 e 2022, a estimativa de expansão da economia doméstica permaneceu em 2,50%, cada, sendo mantida neste nível há 133 semanas e há 75 semanas, respectivamente.

Bolsonaro sanciona novas regras eleitorais com vetos

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Por Álvaro Viana

Brasília – O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou o Projeto de Lei (PL) 5.029, que traz mudanças nas regras para eleições e aos partidos políticos com alguns vetos a dispositivos como os que ampliavam os recursos destinados ao Fundo Eleitoral, permitiam a anistia a multas aplicadas pela Justiça Eleitoral e recriavam a programação eleitoral gratuita no rádio e na TV.

Entre os pontos que não foram vetados e portanto sancionados pelo presidente estão dispositivos que permitem as doações de pessoas físicas ou jurídicas para partidos políticos, desde que sejam feitas por meio de boleto bancário e débito em conta.

Um dos dispositivos mais polêmicos do texto e que foram sancionados por Bolsonaro permite que pode abrir brecha para a prática que é considerada caixa dois. Pela regra eleitoral, hoje, é considerado caixa dois qualquer pagamento que não passe pelo caixa de campanha eleitoral.

Segundo um dos dispositivos será permitido o pagamento à consultoria contábil e a advogados fora do teto de gastos de campanha previstos pela legislação atual, o que poderia abrir uma brecha legal para a prática de caixa 2.

Confira abaixo os temas inclusos nos dispositivos vetados pelo presidente:

Art 1 – Um dos dispositivos alterava um parágrafo da Lei 9.906/1995 que previa a utilização de “sistema de contabilidade no mercado” para as prestações das contas dos partidos políticos. Foi vetado, segundo sugestão da Advocacia Geral da União (AGU), por já existir um sistema eletrônico análogo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ocasionar em falta de transparência e redução de controle do processo eleitoral.

Outro, no mesmo artigo, previa a utilização do fundo eleitoral para o pagamento de juros, multas e débitos eleitorais de partidos políticos. Vetado por desvirtuar a utilização dos recursos destinados à campanha.

Outros diversos dispositivos que tratavam sobre a programação gratuita no rádio e na TV foram vetados por “majorar” a despesa pública sem o cancelamento equivalente de outra despesa obrigatória.

Um veto sugerido pelo Ministério da Justiça e aplicado pelo presidente previa afrouxar os critérios para a utilização do fundo público para o pagamento de passagens aéreas pelos filiados aos partidos.

Art. 16-C, inciso II da Lei 9.504/1997 – Retirava o limite de 30% do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e o alterava pelo percentual do montante total dos recursos da reserva específica. O motivo do veto foi por “aumentar despesa pública sem o cancelamento equivalente de outra despesa obrigatória e sem que esteja acompanhada de estimativa do seu impacto orçamentário e financeiro”.

Art. 4 da Lei 4.737/1965 – Acrescentava três parágrafos no artigo que tinham como objetivo alterar as condições de elegibilidade e inelegibilidade diante a Justiça Eleitoral. Foi vetado por gerar insegurança jurídica na atuação da Justiça Eleitoral.

Art 6 – Previa anistiar as devoluções, cobranças ou transferências feitas ao Tesouro Nacional que tenham como causa as doações ou contribuições feitas em anos anteriores por servidores com função ou cargo de livre nomeação desde que filiados a partido político a todos os processos de prestação de contas dos partidos que não tenham transitado em julgado em todas as instâncias. A proposição, segundo o presidente, ofende o interesse público e gera insegurança juridica.

Art 5 – Alterava o artigo 3 da Lei 13.831/2019 para possibilitar a anistia de multas a partidos políticos mediante à Justiça Eleitoral. Vetado por gerar insegurança jurídica à Justiça Eleitoral.

Art. 2 – Alterava dois parágrafos do artigo 11 da Lei 9.504/1997 e alterava as regras eleitorais para as condições de elegibilidade e as causas de inegibilidade serem avaliadas apenas na data da posse. A razão para o veto é por gerar insegurança jurídica a Justiça Eleitoral.

Bolsa e dólar caem em dia de ameaça dos Estados Unidos sobre investimentos na China

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Por Danielle Fonseca e Flavya Pereira

São Paulo – O Ibovespa encerrou em queda de 0,22%, aos 105.077,63 pontos, refletindo a maior cautela no cenário externo depois de notícias de que os Estados Unidos estudam limitar investimentos na China, o que fez investidores verem novamente uma menor chance de um acordo comercial entre os dois países. Já na semana, depois de volatilidade em função da guerra comercial e do pedido de impeachment do presidente norte-americano, Donald Trump, houve leve alta de 0,25%.

O volume total negociado hoje foi de R$ 13,2 bilhões, considerado fraco por analistas, assim como nos pregões anteriores nesta semana.

“A possibilidade de a Casa Branca limitar investimentos em empresas chinesas deu uma azedada, isso antes da reunião que deve ocorrer em outubro, o que reduz expectativas de uma resolução para a tensão comercial, mesmo que fosse parcial”, disse o analista da Guide Investimentos, Luís Salles.

A notícia fez os índices norte-americanos ampliarem quedas, com destaque para o Nasdaq, que caiu mais de 1%. Ontem à noite, o noticiário sobre a guerra comercial havia sido mais positivo, com expectativa de que os dois países voltassem a negociar no dia 10 de outubro e informações de que a China estava ampliando compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos. Porém, os sinais contraditórios mantêm dúvidas em torno das negociações e têm mantido investidores mais cautelosos e céticos quanto a um acordo.

Entre as ações, as de bancos pesaram negativamente, como as do Banco do Brasil (BBAS3 -0,80%), com exceção do Santander (SANB11 1,84%), que ficou entre as maiores altas do Ibovespa.

Já as maiores quedas do índice foram das ações do setor aéreo, como Gol (GOLL3 -6,51%) e da Smiles (SMLS3 -5,29%). Os papéis refletiram o anúncio de que que a Delta Air Lines vai comprar 20% da chilena Latam Airlines por US$ 1,9 bilhão e deve vender sua participação de 9,40% na Gol. Já para a CVC (CVCB3 4,83%), a maior alta do índice, a notícia repercutiu positivamente, já que a Delta terá parceria com a Tam e pode aumentar concorrência de voos a partir do Brasil.

Na próxima segunda-feira, último dia de setembro e do trimestre, há expectativa de que investidores possam “puxar” o índice em busca de melhores resultados. Já ao longo da semana, os destaques serão a votação da reforma da Previdência no Senado e os dados do mercado de trabalho norte-americano (payroll), além de discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell. Porém, o feriado na China a partir de terça-feira pode esvaziar o noticiário em torno da guerra comercial, com o índice podendo continuar sem grande ímpeto.

“A segunda-feira é fechamento de trimestre, podemos ter um movimento mais especulativo para deixar números mais interessantes”, disse o diretor de investimentos da SRM Asset, Vicente Matheus Zuffo.

O dólar comercial fechou em queda de 0,12% no mercado à vista, cotado a R$ 4,1570 para venda, com investidores calibrando a expectativa para o encontro marcado entre Estados Unidos e China, em 10 de outubro, e as incertezas em torno do pedido de processo de impeachment do presidente norte-americano, Donald Trump, à véspera do fim de semana e com o início da disputa pela formação de preço da taxa Ptax – média das cotações apurada pelo Banco Central (BC) – de fim de mês.

O diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, ressalta que a perspectiva da retomada das conversas entre Estados Unidos e China levou o dólar às mínimas da sessão [R$ 4,1470, -0,36%]. “A moeda teve uma reação pontual de alta, transitando pela casa dos R$4,16 [indo às máximas de R$ 4,1690, +0,17%] com a informação de que norte-americanos consideram limitar seus investimentos na China”, acrescenta.

Na reta final dos negócios, um movimento de baixa liquidez à véspera do fim de semana levou a moeda a firmar viés de queda. “Em semana movimentada de notícias sobre as negociações da guerra comercial, o dólar exibiu forte volatilidade”, reforça. Com isso, a moeda norte-americana fechou a semana com ligeira alta de 0,09% e acumula seis semanas acima de R$ 4,00 – 31 sessões – na maior sequência histórica acima desse patamar.

A estabilidade na semana é atribuída também pelas intervenções do BC no mercado cambial com a realização leilões conhecidos como “de linha” – recompra de dólares – para “reduzir a pressão sobre a moeda”, comenta o analista de uma corretora estrangeira.

Na semana, a moeda voltou a repetir a maior cotação intraday do ano, a R$ 4,1960 após a votação de emendas da reforma da Previdência ser adiada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, para terça-feira. “O atraso do andamento da reforma frustrou o mercado”, diz o analista.

Assunto que investidores devem seguir atentos, à espera de avanços da Previdência no Senado. Segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, os trâmites entorno da reforma podem terminar até 15 de outubro. “Um possível novo adiamento da reforma não está precificado. O processo está atrasado e estamos praticamente no quarto trimestre sem nada resolvido”, diz o operador de câmbio da Advanced, Alessandro Faganello.

O operador chama a atenção para o movimento de formação de preço da Ptax na segunda-feira, o que deverá provocar volatilidade na cotação da moeda na primeira parte dos negócios, com o mercado internacional digerindo os números do índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) da China, às vésperas de um longo feriado no país (entre 1 e 7/10). “O que reduzirá a liquidez no mercado ao longo da semana”, lembra o diretor da Mirae, Pablo Spyer.

Expectativa do consumidor sobe 0,3 ponto em agosto ante julho, aponta CNI

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Por Priscilla Oliveira

Brasília – O Indice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) ficou passou de 47,0 pontos em junho para 47,3 pontos em agosto. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), “o crescimento de 0,3 ponto não representa mudança significativa da confiança do consumidor no período, mas interrompe sequência de duas quedas consecutivas. Assim, o índice parou de se afastar da linha divisória de 50 pontos, o que mostraria maior falta de confiança do consumidor”.

O índice de situação financeira cresceu 1,2 pontos, mostrando uma situação mais favorável, ficando em 48,9 pontos. O índice de expectativa de inflação, teve alta de 1,8 pontos, ficando em 61,4 pontos, de acordo com a CNI esse é “o terceiro aumento consecutivo do índice, que revela preocupação crescente com a evolução dos preços”.

O índice de expectativas de desemprego ficou em 56,4 pontos, estável na comparação com junho. O indicador de intenção de compras de maior valor, como móveis e eletrodomésticos, subiu de 51,7 pontos em junho para 52,2 pontos neste mês. “Isso mostra que os brasileiros estão dispostos a aumentar o consumo nos próximos seis meses”, afirmou a CNI.

O INEC antecipa tendências de consumo. Consumidores mais confiantes têm mais propensão a fazer compras. Com o aumento do consumo, as empresas são estimuladas a elevar a produção, fazer investimentos e criar empregos, o que é decisivo para o crescimento da economia.  A pesquisa foi realizada com 2000 entrevistados em 126 municípios de 19 a 22 de setembro de 2019.

Trump afirma que não vai retirar sanções econômicas ao Irã

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Por Cristiana Euclydes

São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que não vai retirar as sanções ao Irã, após o presidente do país, Hassan Rouhani, afirmar que está aberto a negociações se as restrições econômicas forem suspensas.

“O Irã quer que eu retire as sanções impostas a eles para fazer reunião. Eu disse, claro, não!”, afirmou Trump, em uma mensagem no Twitter.

Ontem, em coletiva de imprensa, Rouhani disse que está disposto a negociar com o Ocidente, se os Estados Unidos suspenderem suas sanções contra o Irã. Washington impôs duras sanções a Teerã desde que se retirou do acordo nuclear em maio de 2018.

Um ano após a retirada dos Estados Unidos do acordo, o Irã suspendeu parte de seus compromissos, ao exceder as reservas permitidas de urânio enriquecido, entre outras medidas. O Irã tem alertado que continuará a suspender seus compromissos enquanto as sanções estiverem em vigor.

Na tentativa de salvar o acordo nuclear de 2015, líderes europeus, em especial o presidente da França, Emmanuel Macron, têm se oferecido para mediar um diálogo entre Trump e Rouhani. A expectativa era de que eles se encontrariam esta semana durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o que não aconteceu.

Em seu discurso à Assembleia Geral, Trump disse que “enquanto o comportamento malicioso do Irã continuar, as sanções não serão suspensas, serão endurecidas”. Os Estados Unidos acusaram o Irã de terem atacado instalações petrolíferas da Arábia Saudita em 14 de setembro.

Estímulo fiscal é mais eficaz do que monetário, diz Harker, do Fed

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Por Gustavo Nicoletta

São Paulo – A política fiscal é uma ferramenta mais adequada para estimular a economia do que a política monetária, disse o presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Patrick Harker, num discurso.

Ele, que neste ano não tem direito a voto no comitê de política monetária do banco central norte-americano, também reiterou ser contrário a novos cortes na taxa de juros dos Estados Unidos.

“O crescimento é fundamentalmente a soma simples do crescimento da força de trabalho mais o crescimento da produtividade. E a política monetária é uma ferramenta relativamente obtusa e com escopo relativamente limitado”, disse ele.

“O Federal Reserve pode mexer as alavancas disponíveis para criar um ambiente mais hospitaleiro ao crescimento, mas a tendência de crescimento é puxada pela política fiscal. A política monetária não pode mitigar o risco ou mover a agulha do crescimento de forma significativa”, acrescentou.

Número de plataformas de petróleo em operação nos EUA cai 0,8% na semana

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Por Cristiana Euclydes

São Paulo – O número de plataformas de perfuração de petróleo em operação nos Estados Unidos caiu 0,8% na semana passada em relação à semana anterior, o que representa seis plataforma a menos, totalizando 713 unidades.

Os dados são da Baker Hughes, empresa de serviços e consultoria na área
petrolífera. Na comparação entre esta semana e igual período do ano passado, o número de plataformas caiu 17,4%.

A contagem de plataformas de perfuração nos Estados Unidos passou a ser acompanhada pelos analistas como forma de antecipar a produção norte-americana, que vem inundando o mercado de petróleo e ajudando a derrubar os preços.

MERCADO AGORA: Veja um sumário do comportamento dos negócios até o momento

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Por Danielle Fonseca, Flavya Pereira e Olívia Bulla

São Paulo – O Ibovespa opera em torno da estabilidade, mas majoritariamente no campo negativo, diante de uma baixa liquidez e continuidade do sentimento de cautela no cenário externo. Investidores estão se mostrando mais céticos em relação as negociações comerciais entre China e Estados Unidos e acompanham possíveis desdobramentos do pedido de impeachment do presidente norte-americano Donald Trump.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o dólar comercial registrava queda de 0,33% aos 104.970,34 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 6,0 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em outubro de 2019 apresentava recuo de 0,16% aos 105.190 pontos.

“Nos últimos dias, o mercado está meio sem liquidez e muito a mercê do movimento lá de fora. Se olharmos o S&P 500, por exemplo, ele também não teve grandes oscilações nos últimos 10 dias. O Ibovespa até tentou buscar máximas, subiu ontem, mas não tem força para se manter”, disse o diretor de investimentos da SRM Asset, Vicente Matheus Zuffo.

As bolsas norte-americanas também têm variações modestas hoje, com o S&P 500 estável no momento, com as questões da guerra comercial e do impeachment de Trump ainda no radar. “Várias vezes foi sinalizado que haveria um acordo e sempre que chegou na véspera tinha um passado atrás”, disse Zuffo, afirmando que investidores ficam mais desconfiados apesar de notícias apontarem que os dois países devem se reunir no dia 10 de outubro, sendo que a China prometeu comprar mais produtos agrícolas norte-americanos.

Entre as ações, alguns papéis de bancos pesam hoje, com destaque para Itaú Unibanco, que devolve parte das altas de ontem. Por outro lado, Vale e Petrobras avançam. Já as maiores quedas do Ibovespa são das ações do setor aéreo, como Gol, Smiles e Azul. Os papéis

refletem a notícia de que que a Delta Air Lines anunciou vai comprar 20% da chilena Latam Airlines por US$ 1,9 bilhão e deve vender sua participação de 9,40% na Gol com a operação. Na contramão, as maiores altas são da CVC, MRV e Ecorodovias.

O dólar comercial segue oscilando no mercado à vista, acima de R$ 4,16, com investidores calibrando o encontro marcado entre Estados Unidos e China para 10 de outubro e as incertezas em torno do pedido de processo de impeachment do presidente norte-americano, Donald Trump, à véspera do fim de semana e na reta final do mês, quando há a disputa pela formação de preço da taxa Ptax.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava ligeira alta de 0,02%, sendo negociado a R$ 4,1630 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento para outubro de 2019 apresentava recuo de 0,20%, cotado a R$ 4,162.

“A briga pela Ptax [média das cotações apurada pelo Banco Central] já começou e se alia aos eventos no exterior, que tem um pouco de alívio com a possível data do encontro entre norte-americanos e chineses, mas a cautela segue com os desdobramentos a respeito do pedido de afastamento de Trump  no radar do mercado”, comenta o analista da Toro Investimentos, João Freitas.

Mais cedo, foram divulgados os dados de renda pessoal e gastos pessoais (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, em agosto, com altas de 0,4% e de 0,1%, respectivamente. O PCE é usado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) como referência para a inflação.

O operador de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello, reforça que além da alta na renda, os salários também subiram 0,6%. “A desaceleração nos gastos, caso se mantenha, pode favorecer o desejo dos mercados de que o Fed reveja posições e decida por ao menos mais um afrouxamento [monetário] até dezembro deste ano. Por outro lado, com a renda e salário subindo, a diminuição nos gastos pode ser pontual”, avalia.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) oscilam entre margens estreitas, mas tentam manter um ligeiro viés negativo, ensaiado desde a abertura do pregão. O volume financeiro fraco e a ausência de novidades no front elevam a cautela entre os investidores, que monitoram os focos de tensão no exterior.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2020 tinha taxa de 5,065%, de 5,08% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2021 estava em 4,98%, de 4,98% após o ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,09%, de 6,09%; e o DI para janeiro de 2025 estava em 6,68%, de 6,69%, na mesma comparação.

Incerteza com Brexit pode levar Banco da Inglaterra a cortar juros

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Por Cristiana Euclydes

São Paulo – As incertezas do Brexit podem levar o Banco da Inglaterra (BoE) a cortar a taxa básica de juros do Reino Unido mesmo em um cenário de saída da União Europeia com acordo, disse o membro do Comitê de Política Monetária do banco, Michael Saunders.

Segundo ele, no caso de um Brexit sem acordo, a resposta apropriada de política monetária poderia ser em qualquer direção, dependendo dos efeitos sobre a oferta, a demanda e a taxa de câmbio.

“Se o Reino Unido evitar um Brexit sem acordo, a política monetária também poder ir em qualquer direção e eu acho bastante plausível que o próximo movimento na taxa bancária seria para baixo mais do que para cima”, disse ele, em texto preparado para discurso em um evento.

O cenário mais provável, para ele, é de incerteza alta e prolongada sobre o Brexit. “Nesse caso, pode ser apropriado manter uma postura de política monetária altamente acomodatícia por um período prolongado e talvez afrouxar a política em algum momento, especialmente se o crescimento global continuar desapontador”, afirmou.

Por fim, de acordo com Saunders, os “efeitos adversos da alta incerteza estão se tornando mais claros nos dados macroeconômicos do Reino Unido”, com impactos negativos nos investimentos das empresas britânicas.

Na reunião de política monetária de setembro, o BoE manteve a taxa básica de juro do Reino Unido em 0,75% ao ano, em decisão unânime, citando que as incertezas prolongadas do Brexit pesam na economia e na inflação britânica.

Petrobras eleva preço médio da gasolina nas refinarias em 2,5%

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Por Gustavo Nicoletta

São Paulo – A Petrobras elevou o preço médio da gasolina vendida às refinarias em 2,5%, para R$ 1,8157 por litro, de acordo com dados publicados pela própria companhia. O valor do diesel segue sem alteração. O reajuste de preços anterior havia ocorrido em 19 de setembro para ambos os combustíveis.

A Petrobras afirma que o reajuste dos preços para baixo ou para cima leva em conta a prática de preços competitivos, como preço de paridade internacional (PPI), margens para remuneração dos riscos inerentes à operação, nível de participação no mercado e mecanismos de proteção via derivativos.

Veja a lista de reajustes por região clicando aqui.

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