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Renda pessoal nos EUA sobe 0,4% em agosto ante julho

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Por Cristiana Euclydes

São Paulo, 27 de setembro de 2019 – A renda dos norte-americanos em agosto subiu 0,4% em relação a julho, uma alta de US$ 73,5 bilhões em termos absolutos, segundo dados divulgados pelo Departamento do Comércio dos Estados Unidos. Os gastos pessoais (PCE, na sigla em inglês) subiram 0,1% na mesma base de comparação, uma alta de US$ 20,1 bilhões.

Em julho, a renda subiu 0,1% ante junho e os gastos tiveram alta de 0,5%, segundo dados revisados. Analistas esperavam alta de 0,4% na renda e avanço de 0,3% nos gastos em agosto em comparação com o mês anterior.

A renda pessoal menos o pagamento de impostos (DPI, ou Disposable Personal Income) avançou 0,5%, um aumento de US$ 77,7 bilhões, em agosto ante julho. O volume de poupança dos norte-americanos foi de US$ 1,35 trilhão em agosto, o que representa 8,1% da DPI.

Além disso, o índice de preços para os gastos pessoais (PCE) ficou estável em agosto na comparação mensal, depois de registrar alta de 0,2% em julho. Na comparação anual, o índice subiu 1,4% em agosto, mesma alta de julho. O PCE é o indicador usado pelo banco central dos Estados Unidos (Fed) como referência para medir a inflação.

O núcleo do PCE, que exclui do cálculo os preços de alimentos e energia, subiu 0,1% em termos mensais e subiu 1,8% em termos anuais em agosto, após a alta de 0,2% registrada em julho em base mensal e de 1,7% em base anual.

RADAR: Atenção a relações EUA e China e denúncia contra Trump

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Por Wilian Miron

São Paulo – Os investidores devem ficar atentos a sinalizações positivas da China a respeito da próxima rodada de negociações comerciais entre o país e os Estados Unidos, esperada para a segunda semana de outubro.

O ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, está em Washington e disse que a China está interessada em comprar mais produtos agrícolas dos Estados Unidos. Ontem, os chineses anunciaram que comprariam mais produtos agrícolas norte-americanos, entre eles carne de porco e soja, e um dia o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que um acordo comercial entre os dois países pode ser fechado antes do que se imagina.

Trump, porém, também precisa lidar com preocupações dentro de casa. Ele é alvo de um processo de impeachment que está tramitando na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos e ontem surgiu denúncia de que a Casa Branca teria tentado ocultar documentos de uma conversa telefônica dele com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

A conversa está sendo usada pela oposição para embasar as acusações de que Trump teria cometido traição ao fazer acordo com um chefe de Estado estrangeiro para investigar a família do ex-vice-presidente Joe Biden, seu adversário político.

No Brasil, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, suspendeu o julgamento que definirá a tese da Corte em relação ao momento em que devem ser apresentadas as alegações finais de réus delatores e réus delatados num mesmo processo. A sessão será retomada na quarta-feira.

O julgamento importa porque pode resultar na anulação de sentenças da operação Lava Jato. Já há maioria formada a favor de que réus delatados apresentem alegações finais antes de réus delatores – o que favoreceria alguns condenados na operação Lava Jato, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os investidores também devem ficar atentos à divulgação da bandeira tarifária que ficará válida em outubro. O anúncio deve ser feito no fim da tarde de hoje pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Atualmente a bandeira tarifária é vermelha e está no patamar 1 – o que significa custo extra para o consumidor.

Em âmbito corporativo, a Interligação Elétrica do Madeira (IE Madeira), subsidiária da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), em sociedade com Furnas e Chesf, obteve o termo de liberação definitivo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em 23 de setembro, com efeito retroativo a partir de 16 de setembro. O documento é válido para todas as instalações que compõem as estações conversoras do bipolo 2 do complexo Madeira, e, com ele, o contrato de concessão 015/2009 passa a operar sem pendências e a ter direito de receber 100% da Receita Anual Permitida (RAP).

Edição: Gustavo Nicoletta (g.nicoletta@cma.com.br)

Ações da Gol caem mais de 5% com venda de fatia da Delta

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Por Danielle Fonseca

São Paulo – As ações da Gol recuam mais de 5% e mostram a maior queda do Ibovespa depois que a Delta Air Lines anunciou que vai comprar 20% da chilena Latam Airlines por US$ 1,9 bilhão e deve vender sua participação de 9,40% na Gol com a operação. Às 10h35 (horário de
Brasília), as ações recuavam 5,69%, a R$ 32,28.

Para os analistas da XP Investimentos a notícia é marginalmente negativa para a Gol, já que a venda de ações poderia pressionar os papéis e a parceria com a Delta permitia conectividade com a malha da companhia. No entanto, destacam “que os investimentos minoritários são cada vez mais comuns entre as companhias aéreas, e novas parcerias poderiam acontecer para a frente”. A corretora manteve a classificação neutra para as ações da Gol.

Já os analistas do BTG Pactual, Renato Mimica e Lucas Marquiori, afirmam que apesar do fato de a Gol ficar sem um parceiro internacional para fazer conexões nos Estados Unidos, a notícia pode trazer oportunidade de compra dos papéis e nova chance de negócios para a companhia.

“Agora, a Gol é uma companhia atrativa, estratégica e sem parceiro, que
pode atrair outras companhias como a American Airlines, que não tem parceiro na América do Sul e pode ver a Gol como uma ótima oportunidade na estratégia para o Brasil. Mantemos nossa recomendação de compra para a Gol e para a Latam”, disseram os analistas, em relatório

Terra compra divisão de infraestrutura digital da Telefônica por R$ 70,8 mi

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Por Gustavo Nicoletta

São Paulo – A Terra Networks Brasil, empresa do grupo Telefónica, comprou as cotas de outras empresas do grupo na Telefônica Infraestrutura e Segurança (TIS) por R$ 70,8 milhões. O pagamento foi feito em parcela única com dinheiro do caixa da companhia.

A TIS atua na exploração e fornecimento de serviços e tecnologia de
sistemas de segurança da informação, suporte técnico e outros serviços
relacionados à infraestrutura, tecnologia e informação.

Segundo a Telefônica, a operação “permitirá que o Terra, que tem como
atividades, dentre outras, o desenvolvimento de sistemas de informática, amplie consultoria e assistência operacional, maximize a comercialização de sistemas, licenças e aplicativos, possibilitando a ampliação do portfólio de serviços profissionais e gerenciados e a integração das ofertas comerciais da TIS e do Terra.”

Nova fase da operação Lava Jato mira gerentes do Banco do Brasil

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Por Gustavo Nicoletta

São Paulo – Uma nova fase da operação Lava Jato, lançada hoje cedo, investiga três gerentes e um ex-gerente do Banco do Brasil que teriam facilitado operações de lavagem de dinheiro entre 2011 e 2014.

Segundo o Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR), os investigados
teriam movimentado R$ 200 milhões em transferências bancárias que foram parcialmente convertidos em dinheiro para o pagamento de propinas por empreiteiras que praticaram corrupção contra a Petrobras.

“Gerentes vinculados a três agências do Banco do Brasil, localizadas em
São Paulo, receberam vantagens indevidas para burlar os mecanismos de
prevenção de lavagem de dinheiro da instituição”, disseram os procuradores.

“A conduta indevida dos gerentes possibilitou que contas em nome de
empresas de fachada controladas por organizações criminosas fossem abertas e operassem na instituição financeira por longo período, realizando centenas de operações de lavagem de dinheiro, inclusive depósitos e saques de valores expressivos em espécie”, acrescentaram.

As investigações apontam também que os gerentes encerraram indevidamente casos abertos pelo sistema de detecção de lavagem de dinheiro do Banco do Brasil apresentando justificativas falsas e que isso impediu a comunicação das operações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

A Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em São Paulo (SP) e um em Natal (RN). A operação foi batizada de “Alerta Mínimo”, em referência à prática dos gerentes para dissimular as operações.

Desemprego fica em 11,8% até agosto com informalidade recorde

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Por Flávya Pereira

São Paulo – A taxa de desocupação da população brasileira foi estimada em 11,8% no trimestre móvel até agosto, ficando abaixo ante o trimestre móvel anterior (12,3%), referente ao período entre março e maio, com recuo de 0,4 ponto percentual (pp), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou acima da mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de 11,6%. Na comparação com o mesmo período anterior, referente ao trimestre móvel de junho a agosto do ano passado, quando estava em 12,1%, houve uma queda de 0,3 pp, segundo o IBGE.

Ao fim de agosto deste ano, a população desocupada somava 12,6 milhões de pessoas, recuo de 3,2% (menos 419 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior – de março a maio deste ano – porém, estável no confronto com igual trimestre do ano passado. Enquanto a população ocupada, por sua vez, somou 93,6 milhões no trimestre móvel, com altas de 0,7% relação ao trimestre anterior (mais 684 mil pessoas) e de 2,0% frente a igual período de 2018 (mais 1,841 milhão de pessoas).

Segundo o IBGE, a população fora da força de trabalho chegou a 64,9 milhões, estável em relação as duas bases de comparação. Já a taxa de subutilização da força de trabalho chegou a 24,3%, queda de 0,7 pp frente ao trimestre encerrado em maio, porém, estável ante o mesmo período do ano passado. A população subutilizada somou 27,8 milhões, baixa de 2,7% (menos 769 mil pessoas) em relação ao período imediatamente anterior, e estável na comparação com o trimestre de junho e agosto de 2018.

O Instituto reforça que 41,4% da população ocupada se encontra na informalidade, a maior proporção desde 2016, quando o indicador começou a ser produzido. Dos 684 mil novos ocupados, 87,1% entraram no mercado de trabalho informal. Nesse grupo, estão trabalhadores sem carteira assinada e sem remuneração, quando trabalham com vínculo familiar.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (exceto trabalhadores domésticos) foi de 33,0 milhões de pessoas, estável nas duas bases de comparação. Enquanto o número de trabalhadores sem carteira assinada somou 11,8 milhões de pessoas, novamente no maior resultado da série histórica iniciada em 2012, com altas de 3,6% ante o período entre anterior e de 5,9% ante o mesmo trimestre do ano passado.

Já o total de trabalhadores por conta própria totalizou 24,3 milhões, renovando o recorde na série histórica, estável frente ao período entre março e maio, e oscilou em alta de 4,7% (mais 1,1 milhão de pessoas) frente ao mesmo período de 2018.

Em relação à renda, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.298 no período entre junho e agosto deste ano, estável nas duas bases de comparação. Por sua vez, a massa de rendimento médio real habitual dos ocupados nos últimos três meses até agosto foi estimada em R$ 209,9 bilhões, estável ante trimestre anterior e o mesmo período de 2018.

Para o diretor adjunto de Pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo, nesta época do ano, a expectativa é de aumento expressivo da população ocupada, com impacto na massa de rendimento, estável em seu patamar mais alto.

“Esse aumento na ocupação não foi suficiente para aumentar a massa de rendimento, porque o emprego gerado foi voltado para postos de trabalho na área informal. E é essa massa de rendimento que movimenta o mercado de trabalho de forma virtuosa”, explica.

Ouça o Agência CMA Podcast de 27 de setembro

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Para ouvir o Podcast, clique no botão logo acima. Se preferir a versão em texto, a transcrição está logo abaixo. Tem sugestões, reclamações, críticas ou elogios? Envie um e-mail para g.nicoletta@cma.com.br.

Olá ouvinte do Agência CMA Podcast. Eu sou Gustavo Nicoletta, editor-chefe da agência, e este é o resumo da semana.

Os investidores tiveram de lidar nos últimos dias com várias notícias negativas, todas elas divulgadas na terça-feira.

Primeiro, dados que mostraram a atividade industrial da zona do euro despencando para os níveis mais baixos em seis anos e meio. Na Alemanha, a situação foi ainda mais preocupante, com a atividade registrando o pior nível em dez anos.

Depois, veio o adiamento da votação sobre a reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado – uma decisão patrocinada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre, mas criticada pela presidente da comissão, Simone Tebet.

Diante da reação negativa do mercado, Alcolumbre veio a público dizer que a reforma da Previdência será votada em plenário ainda este mês.

Por último, veio a notícia de que a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos dará início à tramitação de um pedido de impeachment contra o presidente do país, Donald Trump.

Ele será acusado de traição e de ter chantageado a Ucrânia para investigar seu adversário político, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Trump negou ter cometido qualquer crime.

Essa onda de notícias ruins foi compensada parcialmente por expectativas de avanço nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China que devem começar na segunda semana de outubro.

Na próxima semana, no Brasil, o foco estará sobre o andamento da reforma da Previdência no Senado.

A expectativa é de que na terça-feira a Comissão de Constituição e Justiça do Senado vote sobre o assunto e devolva a proposta ao plenário, abrindo espaço para a votação em primeiro turno.

Também está prevista a publicação de dados sobre a produção industrial de agosto, na terça-feira.

No exterior, o destaque vai para o feriado prolongado na China, que deve manter a bolsa de Xangai fechada de terça-feira até a segunda-feira da outra semana. Em Hong Kong, a bolsa também permanecerá fechada, mas apenas na terça-feira.

Outro feriado relevante para o mercado será na Alemanha, na quinta-feira, que também deixará a bolsa local fechada.

Dito isso, vale ressaltar que na semana que vem estão previstos indicadores sobre a atividade industrial da China entre domingo e segunda-feira, números sobre a inflação na zona do euro e a atividade industrial dos Estados Unidos, na terça-feira, e os dados sobre o mercado de trabalho norte-americano, na sexta-feira.

Os investidores também devem monitorar o andamento da crise política no Reino Unido, embora as chances de um divórcio sem acordo entre o país e a União Europeia até o final de outubro tenha diminuído significativamente.

O avanço do processo de impeachment contra Trump também deve ficar no foco, assim como discursos de vários membros do comitê de política monetária do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos.

Entre os pronunciamentos mais relevantes, estão o do vice-presidente do comitê, Richard Clarida, na terça-feira, e o do presidente do Fed, Jerome Powell, na sexta-feira.

Com isso eu encerro o nosso boletim semanal. Boa semana, bons negócios.

IGP-M cai menos que o esperado em setembro

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Por: Olívia Bulla

São Paulo – O Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,01% em setembro, reduzindo o ritmo de queda, após cair 0,67% em agosto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). A queda foi menor que a mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de -0,13%. Até este mês, o IGP-M acumula altas de 4,09% no ano e de 3,37% em 12 meses – número que ficou acima do esperado, de +3,24%.

A abertura do dado mostra que, em base mensal, o Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) reduziu a queda de 1,14% no mês passado e caiu 0,09% neste mês. Já o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) apagou a alta de 0,23% em agosto e caiu 0,04% em setembro, enquanto o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,60%, de +0,34%, no mesmo período.

Em relação aos subgrupos do IPA, nos estágios, o índice relativo aos bens finais diminuiu o ritmo de queda e recuou 0,15% neste mês, de -0,48% no mês passado, sendo que a maior contribuição veio do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -0,28% para +0,41%, no mesmo período. Em bens intermediários, houve alta de 0,22% em setembro, de -0,72% em agosto, enquanto as matérias-primas brutas reduziram a queda de 2,30% para -0,36%.

Já nos itens de origem, o IPA agrícola apagou a queda de 0,60% no mês passado e subiu 1,52% neste mês, enquanto o IPA industrial reduziu o ritmo de queda e passou de -1,31% para -0,61%, no período.

Entre os subgrupos do IPC, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo nas taxas de variação de preços. A principal contribuição veio do grupo Alimentação (de -0,04% para -0,80%), sendo que nesta classe de despesa vale citar o comportamento do item frutas, cuja taxa passou de +2,94% para -4,22%.

No componente do INCC, o índice relativo a materiais, equipamentos e serviços subiu 0,19% neste mês, de +0,23% no mês passado, enquanto o índice que mede o custo da mão de obra ganhou força e teve alta de 0,95%, de +0,44%, no mesmo período.

Confiança do setor de serviços sobe ao maior nível desde fevereiro, diz FGV

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Por: Olívia Bulla

São Paulo – O índice de Confiança do setor de Serviços (ICS) voltou a subir, após ter interrompido em agosto duas altas seguidas, e avançou 1,7 ponto em setembro, a 94,0 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador atingiu o maior nível desde fevereiro deste ano (96,5 pontos).

A alta da confiança no setor atingiu 11 das 13 atividades pesquisas e foi influenciada pela melhora tanto da avaliação em relação ao presente quanto sobre o futuro. Em base mensal, o Indice de Situação Atual (ISA) teve leve alta de 0,5 ponto, a 89,9 pontos, enquanto o Indice de Expectativas (IE) avançou 2,9 pontos, a 98,2 pontos.

Dentre os quesitos que compõem os subíndices, no âmbito do ISA, os indicadores de volume de demanda atual e sobre a situação atual dos negócios subiram. Já o IE foi influenciado tanto pelo indicador de tendência dos negócios nos seis meses seguintes quanto pelo indicador de demanda para os próximos três meses.

Por sua vez, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor de serviços caiu 1,1 ponto percentual (pp) entre agosto e setembro, a 80,7%, atingindo o menor nível desde agosto do ano passado.

O economista da FGV/IBRE Rodolpho Tabler, destaca que a confiança do setor de serviços volta a avançar em setembro, encerrando o terceiro trimestre de forma positiva. “Esse resultado sugere que a recuperação gradual do setor deve se manter nos próximos meses, apesar do patamar ainda baixo”, avalia.

A edição deste mês coletou informações de 2.153 empresas entre os dias 2 e 23. A próxima divulgação da sondagem de serviços será em 30 de outubro.

Bolsa sobe após dia de volatilidade puxado por ações do Itaú Unibanco e Petrobras

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Por Danielle Fonseca e Flavya Pereira

São paulo – Após operar sem uma direção clara, o Ibovespa acelerou ganhos perto do fim do pregão e subiu 0,80%, aos 105.319,40 pontos, no maior patamar de encerramento desde o dia 10 de julho (105.817,06 pontos), quanto bateu o recorde histórico de fechamento e a máxima histórica de 106.650,12 pontos.

A valorização de papéis como Itaú Unibanco e Petrobras ajudou a impulsionar o índice durante à tarde, com investidores ainda acompanhando a questão da guerra comercial e o processo do impeachment do presidente norte-americano, Donald Trump. O volume total negociado foi de R$ 13,9 bilhões.

As ações de bancos passaram a subir com mais força durante à tarde e ajudaram o Ibovespa a se descolar das bolsas norte-americanas, com destaque para os papéis do Itaú (ITUB4 2,88%), que passaram a ficar entre as maiores altas do Ibovespa, ao lado das ações da Via Varejo (VVAR3 2,88%), da Smiles (SMLS3 2,87%) e da Azul (AZUL4 2,82%). Os papéis da Petrobras (PETR4 1,20%) também aceleraram ganhos.

Para o analista da Mirae Asset Corretora, Pedro Galdi, porém, não houve um motivo específico para a alta de ações de bancos e o Ibovespa ainda pode mostrar alguma volatilidade no curto prazo. “Está faltando um gatilho para o nosso mercado, o exterior ainda pesa, a questão da guerra comercial está difícil e ainda tem, agora, a questão do impeachment de Trump”, disse.

Já o analista de investimentos do banco Daycoval, Enrico Cozzolino, destaca que apesar do cenário externo e um fator adicional de cautela, que é o pedido de impeachment de Trump, a tendência para o Ibovespa ainda é de alta, com investidores ainda aproveitando alguns momentos para voltar a comprar.

No cenário externo, as bolsas norte-americanas chegaram a ensaiar uma melhora, mas fecharam em queda. Investidores seguem atentos ao noticiário em torno da guerra comercial, com a China reafirmando que deve comprar mais produtos agrícolas dos Estados Unidos.

No entanto, a divulgação, pelo Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, das informações que geraram o pedido de impeachment de Trump ajudou a deixar o mercado um pouco mais cauteloso. A denúncia foi de um funcionário da inteligência dos Estados Unidos, que alega que o presidente do país está usando seu poder para solicitar interferência de um país estrangeiro nas eleições presidenciais norte-americanas de 2020, detalhando o telefonema de julho entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Entre as maiores quedas do Ibovespa ficaram as ações de frigoríficos, como Marfrig (MRFG3 -2,76%), da Embraer (MEBR3 -2,15%) e da Qualicorp (QUAL3 -1,99%).

Na agenda de amanhã, o destaque são indicadores norte-americanos como os dados sobre renda e gastos pessoais de agosto. Já no Brasil, o IBGE divulga os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad contínua), que traz a taxa de desocupação referentes a agosto.

O dólar comercial fechou em alta de 0,16% no mercado à vista, cotado a R$ 4,1620 para venda, em sessão de fortes oscilações influenciado pelo fluxo de saída de recursos estrangeiros e pelo exterior, com eventos que têm provocado ruído nos mercados como a guerra comercial entre Estados Unidos e China e as tensões políticas envolvendo o nome do presidente norte-americano, Donald Trump. Com isso, a moeda estrangeira acumula 30 pregões acima de R$ 4,00, na maior sequência acima deste patamar na história.

“Os fatores externos têm prevalecido no câmbio aqui e a moeda não sustenta queda”, comenta o economista e CEO da Veedha Investimentos, Rodrigo Tonon Marcatti. Na primeira parte dos negócios, o dólar renovou mínimas sucessivas no menor valor em uma semana, a R$ 4,1230 (-0,77%), na sequência, operou com forte volatilidade antes de firmar alta ante o real.

O analista de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes Filho, reforça que o bom humor externo, exibido na abertura dos negócios, foi sendo dissipado com as incertezas políticas que rondam Donald Trump, após um pedido de abertura do processo de impeachment contra ele feito pela Câmara dos Representantes. “Gera incertezas e pode atrasar a agenda legislativa norte-americana”, diz.

Em dia de forte saída de recursos estrangeiros e baixa liquidez, o analista da corretora destaca que as declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmando que a autoridade monetária não tem nenhum “dogma” em relação a instrumentos de intervenção no câmbio. “O que frustrou as expectativas de players que esperavam intervenções [no mercado] à vista”, avalia.

Acima do nível de R$ 4,00 há 30 sessões – desde 16 de agosto, Marcatti ressalta que, diferentemente do período anterior quando o dólar se sustentou acima deste nível na marca histórica de 26 pregões seguidos, o evento era local – à época influenciado pelas eleições presidenciais – e não como agora, refletindo as incertezas externas.

“As expectativas de crescimento mais fraco da economia global e a guerra comercial entre as duas maiores economia do mundo refletem nessa pressão global do dólar”, diz. O economista acrescenta que, por mais que o BC realize leilões de venda de dólares no mercado à vista ou operações de swap cambial, não adianta a autoridade monetária “queimar” as reservas cambiais se o exterior não ajudar ou “acender uma vela”, sugere para a moeda cair abaixo de R$ 4,00.

Amanhã, com a agenda de indicadores mais fraca, à exceção dos dados sobre renda e gastos pessoais de agosto nos Estados Unidos que podem influenciar na cotação na abertura dos negócios, o economista da Veedha pondera que há tendência de queda em meio às altas recentes. “Se tiver alguma novidade sobre Estados Unidos e China, que se encontrarão daqui alguns dias

[segunda semana de outubro]

, há espaço para queda”, reforça.

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