Home Blog Page 2152

CCJ adia voto sobre reforma da Previdência para 1 de outubro

0

Por Álvaro Viana

Brasília – A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet (MDB-MS), informou a jornalistas nesta terça-feira (25) que a votação do relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), prevista para hoje, foi adiada para a próxima terça-feira (1), às 9h. Segundo Tebet a sugestão foi do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e houve entendimento de líderes.

“Teremos Congresso Nacional [hoje] à tarde, amanhã teremos a sabatina do Dr. Aras com votação em plenário ficando já para terça-feira que vem. Às 9 horas da manhã a votação da reforma da Previdência na CCJ e na
quarta-feira em Plenário”, afirmou Tebet. O Congresso Nacional avalia hoje, ás 15h, vetos presidenciais e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2020.

Tebet afirmou que entendia ser melhor a votação ainda nesta terça-feira,
mas foi voz vencida em reunião. “Na minha visão houve um erro estratégico mas como não há prejuízo da pauta dia 10 de outubro nós teremos a votação da reforma da Previdência pelo Senado e podendo já promulgar se eles quiserem dia 11 de outubro”, explicou.

A presidente da CCJ disse ainda que a determinação de Alcolumbre e dos
líderes é de que o calendário final ainda seja mantido. “Nós tivemos que
quebrar interstício já estamos autorizados a fazê-lo porque já conversamos com os líderes da oposição. Hoje foi houve um cancelamento diante dos episódios dos últimos dias diante de uma concertação que os líderes acham necessários para efeito até de contar votos”, disse.

AO VIVO: Veja discursos na Assembleia da ONU

0

São Paulo – A sessão de debates da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) está prevista para começar às 10h (de Brasília) e o primeiro discurso será o do presidente Jair Bolsonaro. Em seguida, falará o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Os próximos na lista são o presidente do Egito, Abdel Fattah Al Sisi, da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, da Nigéria, Muhammadu Buhari, das Maldivas, Ibrahim Mohamed Solih, o emir do Qatar, Tamim bin Hamad al-Thani, o presidente da Suíça, Ueli Maurer, a presidente da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarović, o presidente da Bolívia, Evo Morales, o rei Abdullah II, da Jordânia, e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in.

RADAR: Atenção a Congresso e Bolsonaro na ONU

0

Por Gustavo Nicoletta e Wilian Miron

São Paulo – Os investidores devem ficar atentos às movimentações no Congresso, que deve votar hoje sobre os vetos do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei contra o abuso de autoridade. Os dispositivos do texto foram amplamente criticados por procuradores e representantes de policiais, e a derrubada dos vetos feitos pelo presidente seria uma derrota política relevante.

Paralelamente, no Senado, também há expectativa de que sejam votadas hoje as emendas de plenário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, da reforma da Previdência. Se o texto for aprovado na comissão, só será apreciado em plenário amanhã, por causa da sessão do Congresso convocada para hoje.

Os investidores também devem ficar atentos a discursos de chefes de Estado na Assembleia Geral das Nações Unidas. O presidente Jair Bolsonaro será o primeiro a falar, por volta das 10h (de Brasília), seguido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Outro destaque de hoje é a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que reforçou a perspectiva de inflação abaixo da meta em 2020 e enfatizou a necessidade de avanço das reformas para que os juros continuem a cair – sem novidades em relação ao comunicado divulgado na semana passada.

No lado dos indicadores, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a prévia da inflação de setembro ficou dentro do esperado, em 3,22% no acumulado em 12 meses, reforçando a perspectiva de que os juros devem diminuir novamente nos próximos meses.

Em âmbito corporativo, a Petrobras interrompeu no domingo à noite a produção da plataforma P-50, localizada na Bacia de Campos, no campo de Albacora Leste, por causa do rompimento de amarra do sistema de ancoragem. Por dia, a unidade produz 20 mil barris de petróleo, em média.

A Eletronorte está negociando com a Alupar, sua sócia majoritária na Transnorte, para viabilizar a conclusão da linha de transmissão Manaus-Boa Vista, segundo a Eletrobras. Ontem, reportagem do jornal “Valor Econômico”

afirmou que a Transnorte ingressou judicialmente com pedido de rescisão do contrato que prevê a construção da linha.

Uma fiscalização da Operação Ouro Negro ocorrida na última quinta-feira, 19, paralisou as operações da plataforma FPSO Cidade de Santos, operada pela Modec, a serviço da Petrobras. A FPSO Cidade de Santos produz 8,5 mil barris de petróleo por dia nos campos de Uruguá e Tambaú, na Bacia de Santos.

O Banco do Brasil (BB) e o banco suíço UBS A. G. assinaram contrato para criar uma joint venture em um banco de investimentos. A parceria visa a combinação da BB Investimentos com a divisão brasileira do UBS, para atuação e na Argentina, Chile e Paraguai, além do Brasil.

IPCA-15 sobe 0,09% em setembro puxado pela energia elétrica, aponta IBGE

0

Por Flávya Pereira

São Paulo – A prévia da inflação oficial no país, medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), subiu 0,09% em setembro, praticamente repetindo a alta de 0,08% apurada em agosto. O resultado mensal ficou ligeiramente acima da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +0,08%, conforme o Termômetro CMA.

Com isso, o IPCA-15 acumula altas de 2,60% no ano e de 3,22% nos últimos 12 meses, até este mês. O resultado no período de 12 meses também ficou ligeiramente acima da mediana das estimativas, de +3,21%. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis apresentaram inflação, na passagem de agosto para setembro, sendo que o destaque ficou com o grupo Habitação, que teve a maior alta (de +1,42% para +0,76%), e o maior positivo de 0,12 ponto percentual (pp). Na outra ponta, o grupo Alimentação e bebidas (de -0,17% para -0,34%) contribuiu com o maior impacto negativo no IPCA-15 do período, com -0,08 pp.

Em Habitação, a alta foi impulsionada pelo item energia elétrica (+2,31%), com o maior impacto individual (+0,99 pp), que subiu pelo oitavo mês seguido. A bandeira tarifária vermelha patamar 1 segue em vigor em setembro, com a cobrança adicional de R$ 4,00 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.

Já o resultado negativo de Alimentos e bebidas foi puxado pela queda observada na alimentação no domicílio (-0,81%), enquanto os maiores impactos individuais no mês ficaram por conta do tomate (-24,83%; -0,07 pp de impacto), seguido pela cenoura (-16,11%) e hortaliças (-6,66%). Em contrapartida, a alimentação fora do domicílio acelerou a alta de 0,33% em agosto para +0,50% neste mês. Neste grupo, lanche e refeição subiram 0,86% e 0,31%, respectivamente.

Entre os demais grupos que registraram inflação, outro destaque foi o grupo Vestuário (de -0,07% para +0,58%) influenciado pela aceleração na variação de preços de joias e bijuterias (de +0,46% para +1,68%), calçados (-0,15% para +0,70%), roupas masculina (+0,21% para +0,60%) e roupa feminina (-0,46% para +0,30%) em razão da entrada das coleções de primavera.

No item Transportes, a alta de +0,09% (de -0,78% em agosto) foi influenciado, principalmente, pela alta de 0,35% dos combustíveis. Os preços do etanol, do gás veicular e do óleo diesel subiram, respectivamente, 2,15%, 0,96% e 0,58% no mês. A gasolina, por sua vez, recuou 0,06%. Já as passagens aéreas tiveram queda de 1,53%, bem menos intensa frente agosto (-15,57%).

Quanto aos índices regionais, os preços caíram em cinco das 11 áreas pesquisadas em setembro em relação a agosto. O menor resultado ficou com a região metropolitana do Rio de Janeiro (-0,10%), por causa da queda observada nos preços do tomate (-37,80%), enquanto o maior ficou com Goiânia (+0,54%), influenciado pelas altas da gasolina (+3,50%) e da energia elétrica (+3,02%). São Paulo registrou alta de 0,19%.

PIB deve ter ligeiro crescimento no 3º trimestre, prevê BC

0

Por: Olívia Bulla

Em relação à evolução da atividade doméstica, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central concluiu que os dados divulgados desde a reunião anterior, em julho, sugerem uma retomada do processo de recuperação da economia brasileira. No encontro deste mês, os membros do Comitê estimaram que o Produto Interno Bruto (PIB) deve apresentar ligeiro crescimento no terceiro trimestre deste ano.

Nos trimestres seguintes, a expectativa é de que haja “alguma aceleração”. Para o Copom, esse impulso deve ser reforçado pelos estímulos decorrentes da liberação de recursos do FGTS e PIS-PASEP, “com impacto, em especial, no último trimestre de 2019”. O cenário básico do Copom prevê um crescimento gradual da economia, excluindo os efeitos de estímulos temporários. 

Os integrantes do Copom debaterem também fatores que poderiam influenciar a atividade econômica e enfatizaram a importância da continuidade do processo de reformas e ajustes que gerem sustentabilidade da trajetória fiscal futura. “Ao reduzirem incertezas fundamentais sobre a economia brasileira, essas reformas tende a estimular o investimento privado”, observa o Comitê do BC. 

No que se refere à inflação, os integrantes do Comitê avaliam que as diversas medidas de índices de preços encontram-se em “níveis confortáveis”, sendo que a inflação acumulada em 12 meses deve recuar em breve, retornando para níveis próximos ao observado até agosto.

“Essa trajetória de curto prazo reflete, dentre outros fatores, comportamento benigno de alguns componentes mais voláteis da inflação e dinâmica da inflação importada, cujos vetores altistas têm sido moderados pela trajetória de preços externos”, observa o Copom. Com isso, o BC avalia que os cenários com taxas de juros constantes em 6,00% produzem inflação abaixo da meta para 2020. 

Já no que tange à conjuntura internacional, o Copom avalia o cenário como “relativamente favorável” para as economias emergentes. Por um lado, bancos centrais de diversas economias têm provido estímulos monetários adicionais, o que contribui para afrouxamento das condições financeiras globais.

Por outro lado, os integrantes do Copom avaliam que os riscos associados à desaceleração da economia global permanecem e que incertezas sobre políticas econômicas e de natureza geopolítica – notadamente as disputas comerciais – podem contribuir para um crescimento global ainda menor. 


Confiança do comércio cai em setembro após três altas

0

Por: Olívia Bulla

São Paulo – O índice de confiança do comércio (Icom) interrompeu três altas seguidas e caiu em setembro, em -1,5 ponto em relação a agosto, a 97,2 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). No período, houve queda da confiança em oito dos 13 segmentos pesquisados.

A abertura do dado mensal mostra que a queda do Icom neste mês foi influenciada totalmente pela piora na percepção dos empresários quanto à situação presente, já que as perspectivas para os próximos meses oscilaram em alta. Na passagem de agosto para setembro, o Indice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 3,6 pontos, a 92,1 pontos, após duas altas consecutivas, enquanto o Indice de Expectativas (IE-COM) avançou 0,7 ponto, a 102,5 pontos.

Segundo o coordenador da pesquisa na FGV, Rodolpho Tobler, a queda da confiança em setembro foi influenciada pela piora da percepção dos empresários com o ritmo de vendas no mês. “Mesmo assim, o resultado não foi suficiente para alterar a tendência positiva do terceiro trimestre”, observa. No período, a média do índice de confiança ficou 3,3 pontos acima da média apurada no segundo trimestre deste ano.

Para a FGV, o resultado reforça que o setor segue no caminho de retomada gradual. “Para os últimos meses do ano, o cenário ainda é de recuperação impulsionado pela liberação de recursos do FGTS e das melhoras, ainda que tímidas, da confiança dos consumidores e do mercado de trabalho”, avalia Tobler.

A edição deste mês coletou informações de 859 empresas entre os dias 2 e 27. A próxima divulgação da sondagem do comércio será em 25 de outubro.

Bolsa cai e dólar sobe com aumento da aversão ao risco após dados fracos na Europa

0

Por Danielle Fonseca e Flavya Pereira

São Paulo – O Ibovespa fechou em queda de 0,17%, aos 104.637,82 pontos, refletindo a cautela dos principais mercados acionários no exterior depois de dados mais fracos de atividade na zona do euro. Além da cautela externa, a variação modesta do índice mostrou a falta de ímpeto de investidores diante de uma agenda esvaziada hoje, o que reduziu o volume negociado, que totalizou R$ 11,6 bilhões.

Segundo o analista da Necton Corretora, Gabriel Machado, o dia mais negativo no exterior, após indicadores piores do que o esperado na Europa, deram o tom dos negócios hoje. Entre eles, o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial da Alemanha, que caiu para 41,4 pontos em setembro, seu menor nível em mais de dez anos, o que fez as bolsas europeias terem fortes quedas. Já os índices norte-americanos fecharam quase estáveis, mostrando ainda cautela também com a questão da guerra comercial.

Já na cena doméstica, investidores acompanharam o cronograma da reforma da Previdência, sendo que presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) afirmou há pouco que a votação em primeiro turno da reforma deve acontecer na quarta-feira (26) a partir das 16h e não mais amanhã.

Entre as ações, as maiores quedas do Ibovespa foram da CVC (CVCB3 -3,27%), que sentiu a alta do dólar, da Localiza (RENT3 -3,26%) e da Cosan (CSAN3 -2,29%). Na contramão, as maiores altas foram da Suzano (SUZB3 3,48%), que se beneficia de um dólar mais forte por ser exportadora, além dos papéis da Cielo (CIEL3 2,38%) e da Via Varejo (VVAR3 2,03%).

Os papéis da Petrobras (PETR4 1,77%) também subiram acompanhando os preços do petróleo e ajudaram a reduzir a queda do Ibovespa ao longo do pregão, já que têm grande peso no índice.

Amanhã, a agenda doméstica deve voltar a ficar mais movimentada, com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e do IPCA-15. “A ata pode mexer um pouco com o mercado apesar de ele já trabalhar com outros cortes juros”, disse o analista da Necton, destacando que a expectativa de queda de juros tem mantido o dólar mais forte, o que pode afetar papéis de algumas empresas. Já no exterior, a agenda segue sem grandes divulgações, com destaque para o índice de confiança e preços de imóveis nos Estados Unidos.

O dólar comercial fechou em alta de 0,45% no mercado à vista, cotado a R$ 4,1720 para venda, refletindo a cautela de investidores no exterior em meio ao receio de recessão da economia da zona do euro após dados de atividade mais fracos, mostrando que a região não tem apresentado sinais de recuperação da economia. A espera do mercado por novidades em relação a guerra comercial entre Estados Unidos e China corroborou para uma cotação mais pressionada ao longo do pregão.

“Prevaleceu a cautela dos investidores depois dos dados mais fracos na zona do euro, além de aguardarem os novos desdobramentos em relação a guerra comercial”, comenta o gerente de mesa de câmbio da Correparti, Guilherme Esquelbek.

O PMI da atividade industrial na zona do euro registrou queda a 45,6 pontos, ante 47,0 pontos em agosto, enquanto o de serviços recuou a 52,0 pontos, de 53,5 pontos registrados no mês passado. “A forte deterioração dos PMIs sustenta a opção do Banco Central Europeu [BCE] de promover mais medidas de flexibilização monetária”, acrescenta a equipe econômica da corretora Renascença.

Esquelbek reforça que, além do exterior, a contínua saída de recursos estrangeiros do País em busca de rentabilidade maior em outros países, principalmente, com os recentes cortes da taxa básica de juros (Selic) e com a indicação de mais afrouxamento, impactou a moeda local.

Amanhã, com a agenda mais esvaziada de indicadores, o investidor doméstico se volta à ata da reunião do Copom do Banco Central (BC) da semana passada.

Para o economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti, há uma “certa” expectativa do mercado em relação ao documento, porém, tende a vir “em linha” com o comunicado na semana passada quando sinalizou que o ciclo de corte da Selic deverá continuar na próxima reunião do Copom, em outubro. Na semana passada a taxa caiu de 6,0% para 5,5% ao ano, no menor pico histórico.

Programação de viagem para NY não prevê encontro entre Bolsonaro e Trump

0

Por Álvaro Viana

Brasília – A programação do governo brasileiro na viagem à Nova York para a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgada há pouco pelo Palácio do Planalto, não prevê um encontro entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump. Bolsonaro afirmou a jornalistas no sábado que estaria ao lado de Trump durante um jantar.

Segundo planejamento divulgado pelo Planalto, a comitiva brasileira chega em NY às 14h45 (de Brasília) e no hotel Intercontinental Barclay às 15h40. Não há detalhamento sobre a agenda do presidente hoje após esse horário.

A previsão para amanhã, terça-feira (25), é de que o presidente chegue
às 8h30 na sede da ONU e faça o discurso de abertura da 74 sessão do debate geral às 9h. Comumente o discurso de abertura é feito pelo chefe de Estado brasileiro. A expectativa é de que Bolsonaro se posicione sobre as queimadas na Amazônia, assunto que gerou a primeira crise diplomática mundial do governo brasileiro durante a nova gestão.

Às 15h está prevista uma visita ao ex-prefeito de Nova York, Rudolph
Giuliani e às 20h30 a saída da comitiva para o aeroporto John Fitzgerald
Kennedy (JFK), onde pega o voo de volta para o Brasil.

Indicador da indústria cai a 51,4 pontos em agosto, aponta CNI

0

Por Priscila Oliveira

Brasília – O indicador que mede a evolução da produção industrial no Brasil caiu 1,6 pontos entre julho e agosto, chegando a 51,4 pontos, acima da linha divisória de 50,0 pontos. Há um ano, o indicador estava em 54,1 pontos, segundo dados da Confederação Nacional das Indústrias (CNI).

A sondagem da indústria mostra que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) passou de 68% em maio para em 69% em agosto. Em comparação ao ano anterior a UCI se manteve em 69%. A UCI usual subiu de 43,2 pontos para 44,1 pontos em agosto. O indicador de evolução dos estoques caiu de 51,5 pontos para 50,2 pontos na mesma comparação, se mantendo na linha divisória dos 50 pontos. O estoque efetivo em relação ao planejado teve queda, de 52,8 pontos para 51,7 pontos.

Expectativas

Em relação às expectativas para o setor industrial referente a este mês, a apuração da CNI mostra queda no índice sobre a perspectiva de demanda para os próximos seis meses passando de 58,3 pontos para 57,7 pontos. O indicador sobre as compras de matéria-prima também caiu de 55,8 para 54,9 pontos, na mesma comparação.

A expectativa para a quantidade exportada caiu de 52, e para 51,6 pontos; o indicador sobre o número de empregados oscilou em baixa de 50,8 para 50,7 pontos. Sobre a intenção de investimento, o dado teve baixa passando de 54,1 pontos em julho para 53,5 pontos em agosto, ainda acima da linha divisória.

CCJ vota reforma da Previdência amanhã; texto pode ir a plenário

0

Por Álvaro Viana

Brasília – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado retoma amanhã às 10h (de Brasília) as atividades em sessão extraordinária e deve começar a votar o novo relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) sobre emendas apresentadas em plenário à reforma da Previdência.

Na semana passada, ele apresentou o documento acatando apenas uma das 77 emendas apresentadas por senadores. A presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), concedeu vista coletiva. Após a votação na CCJ, se aprovado, o texto deve ser encaminhado ao plenário para o início das discussões.

A discussão em torno do parecer de Jereissati será sobre a emenda
apresentada pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e acatada pelo relator e por outra mudança pontual feita por Jereissati em relação aos trabalhadores informais.

O destaque de Pacheco suprime um trecho do texto que dificultava a
obtenção de aposentadoria integral para alguns servidores cuja remuneração inclui parcelas variáveis – bônus por desempenho, por exemplo,

“O impacto é virtualmente nulo para União, pois trata do cálculo da
integralidade na presença de vantagens variáveis vinculadas a indicadores de desempenho ou produtividade, incomuns em âmbito federal. A medida é relevante para servidores estaduais ou municipais nesta condição que estavam tendo tratamento não-isonômico em relação a carreiras remuneradas por subsídio”, arguiu Jereissati no relatório.

Outra mudança incluída pelo relator altera uma emenda já aprovada na CCJ à reforma da Previdência que incluía os trabalhadores informais entre os potenciais beneficiários de alíquotas de contribuição previdenciária menores. Alguns senadores contestaram se a emenda era de fato uma emenda de redação – que não altera o teor da matéria, só deixa o texto mais adequado.

“Nesta versão, o termo ‘os que se encontram em situação de informalidade’ passa a estar contido no grupo ‘trabalhadores de baixa renda’, não cabendo mais a interpretação de que seja um grupo adicional”, disse Jereissati no relatório.

TRAMITAÇÃO

Segundo antecipado por Tebet na semana passada, assim que o relatório de Jereissati for votado e aprovado na CCJ, o texto será encaminhado ao Plenário para votação em primeiro turno, conforme o calendário oficial da reforma.

Caso haja um entendimento por consultores ou senadores de que as mudanças de Jereissati alterem o mérito da proposta, o senador suprimirá os pontos e os incluirá na PEC Paralela para evitar a volta do texto à Câmara dos Deputados e um conseguinte atraso.

De acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a votação em segundo turno da matéria deverá acontecer entre 3 e 10 de outubro, sendo este último o prazo limite definido por senadores para o trâmite da matéria na Casa.

Alcolumbre já havia afirmado ainda que a diferença de tramitação entre a PEC 6 e a PEC 133 (paralela) ficará entre 10 e 15 dias, segundo prazo estipulado em acordo de líderes.

Sair da versão mobile