Home Blog Page 2157

MERCADO AGORA: Veja um sumário do comportamento dos negócios até o momento

0

Por Danielle Fonseca, Flavya Pereira e Eduardo Puccioni

São Paulo – O Ibovespa mostra alguma oscilação, mas opera majoritariamente no campo negativo, com investidores acompanhando as bolsas norte-americanas e mais cautelosos à espera da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), às 15h, e do Comitê de Política Monetária (Copom), às 18h.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 0,38% aos 104.214,89 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 5,4 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em outubro de 2019 apresentava recuo de 0,59% aos 104.595 pontos.

“A Bolsa está tentando sustentar, mas deve ficar meio parada até sair a decisão do Fed e até a coletiva do Powell [Jerome Powell, presidente do Fed]”, disse o analista da Terra Investimentos, Régis Chinchila. Powell falará às 15h30, após a decisão do Fed às 15h.

Apesar de a maioria das expectativas continuar apontando para um corte de 0,25 ponto percentual (pp) da taxa de juros, surgiram mais dúvidas nos últimos dias, sendo que o dado de construção de moradias hoje adicionou questionamentos ao vir mais forte do que o esperado. A construção de moradias nos Estados Unidos subiu 12,3% em agosto ante julho, sendo que o mercado previa alta de 4,1%.

No Brasil, por sua vez, o foco é o Copom, que deve anunciar sua decisão com o mercado já fechado. Prevalecem as apostas de que o Banco Central (BC) cortará a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual (pp), dando continuidade ao ciclo de afrouxamento monetário iniciado na última reunião, em julho, quando promoveu um corte de 0,50 pp, para 6,00%. Ao todo, 23 casas consultadas pela Agência CMA esperam um corte de 0,50 pp, com a expectativa recaindo sobre as sinalizações que serão dadas.

Entre as ações, as da Petrobras pesam negativamente e acompanham uma nova queda dos preços do petróleo, que corrige a alta exagerada da última segunda-feira em função de ataques à Saudi Aramco. O mercado também observa se a estatal irá repassar essa alta às refinarias. Já as maiores quedas do Ibovespa hoje são da Cyrela e das ações da Eletrobras. O jornal “Valor Econômico” afirma que o governo deve mandar um novo projeto de privatização da Eletrobras, abrindo mão da indicação do presidente do conselho de administração.

O dólar comercial acelerou os ganhos frente ao real, operando acima do nível de R$ 4,10, influenciado pelo sentimento de cautela dos investidores antes da decisão do Fed, além da coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell, que deve soltar pistas quanto aos próximos passos em relação a taxa de juros nos Estados Unidos.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,39%, sendo negociado a R$ 4,0950 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em outubro de 2019 apresentava avanço de 0,37%, cotado a R$ 4,095.

“A alta vai em linha com a cautela que prevalece no exterior antes do Fed, mesmo sabendo que eles devem afrouxar a taxa de juros”, diz a economista da Capital Markets, Camila Abdelmalack. Na última reunião, em julho, o Fed cortou os juros em 0,25 pp, indo para a faixa entre 1,75% e 2,00% ao ano.

Apesar da espera do mercado pela fala de Powell, a economista ressalta que o mercado se prepara para uma postura “mais conservadora” do mandatário do Fed. “Ele nunca é muito ‘dovish’ [suave]. O investidor acaba colocando isso no preço também”, avalia.

Quanto ao Copom do Banco Central, o preço “está dado”, diz. Conforme a aposta majoritária do mercado, a Selic deve cair, pela segunda vez seguida, em 0,50 pp, indo a 5,50% ao ano, no novo piso histórico. “O mercado também espera pelo comunicado que deverá sinalizar a influência do contexto externo de aversão ao risco nas reuniões de outubro e de dezembro”, reforça.

As taxas dos contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) seguem operando com pequenas oscilações negativas à espera da decisão do Copom hoje após as 18h e que deve decidir pelo corte de 0,50 pp na Selic.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2020 tinha taxa de 5,18%, de 5,195% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2021 estava em 5,19%, de 5,21% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,21%, de 6,27%; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 6,80%, de 6,84%, na mesma comparação.

Para UE, chance de Brexit sem acordo é “palpável”

0

Por Cristiana Euclydes

São Paulo – O presidente da Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), Jean-Claude Juncker, disse que o risco de que o Reino Unido saia do bloco europeu sem acordo é “palpável”, mas que vai continuar tentando chegar a um entendimento com os britânicos sobre o Brexit.

Juncker afirmou, em discurso ao Parlamento Europeu, que se reuniu na segunda-feira com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o negociador-chefe da UE para o Brexit, Michel Barnier.

“Vocês não ficarão surpresos em ouvir que o primeiro-ministro nos garantiu que o Reino Unido continua a querer um acordo. Mas também que, não importa o que aconteça, ele – o Reino Unido – vai sair da União Europeia em 31 de outubro, com um sem acordo. Isso não é novidade. E é por isso que o risco de uma saída sem acordo é palpável”, disse Juncker.

Segundo ele, a Comissão Europeia está preparada para trabalhar “para tentar encontrar as soluções técnicas e políticas de que precisamos, mas não tenho certeza de que chegaremos lá. Ainda resta muito pouco tempo, mas o que sei é que precisamos continuar tentando”.

Juncker disse ainda que se haverá ou não um acordo depende mais das decisões do Reino Unido. Ele reiterou que a UE está aberta a alternativas ao “backstop” na fronteira irlandesa, mas que nenhum progresso real foi alcançado neste ponto, pois Londres não apresentou outro plano.

O primeiro-ministro britânico é contra o “backstop” na fronteira irlandesa, mecanismo que visa a manter a Irlanda do Norte, parte do Reino Unido, temporariamente na união aduaneira do bloco europeu para evitar uma fronteira física com a Irlanda, país membro da UE.

Mercado de computação chegará a US$ 2 tri em 10 anos, diz presidente da Huawei

0

Por Olívia Bulla

Xangai – A inteligência computacional tem potencial de tornar a indústria do setor um mercado de US$ 2 trilhões em dez anos. “Há um oceano de oportunidades potenciais apenas esperando para ficar digital”, disse o presidente da Huawei, Ken Hu, no evento Huawei Connect.

Segundo ele, a diversidade da inteligência computacional permite que o mundo inteiro esteja conectado. “Conectividade e computação são os dois fatores-chaves da tecnologia”, disse, na abertura do evento, com a presença de jornalistas e parceiros de várias partes do mundo.

Para Hu, as pessoas e os computadores estão mais próximos do que nunca. “Os computadores se tornaram uma extensão dos seres humanos e vemos um caminho no futuro para alcançar mais”, prevê.

Para o executivo, na era da inteligência computacional, a computação estará em toda a parte. Pensando nisso, a Huawei definiu quatro pilares estratégicos, baseados em um modelo de colaboração.

“Através de investimentos em inovação, processadores e desenvolvedores, a Huawei quer conectar toda a cadeia da indústria e criar um ecossistema de confiança, formando parcerias, com aplicações piloto e de incubadoras, e cultivando talentos”, explicou Hu.

Nessa era de ouro da indústria, a resposta para muitas preocupações pode estar no espaço. “Vamos explorar o desconhecido, estudando a gravidade a partir do fundamento, desde o nascimento das estrelas e das galáxias”, afirmou o diretor-geral do projeto SKA (Square Kilometre Array) da Huawei, Philip Diamond.

Segundo ele, o SKA é um plano ambicioso com um objetivo comum entre 30 países de vários continentes. “O alvo é captar uma grande imensidão de dados, com potencial para o aprendizado das máquinas”, explicou, referindo-se ao impacto dessas descobertas na Internet das Coisas (IoT) e na robotização nos próximos anos.

TECNOLOGIA 5 G

O executivo reconheceu as preocupações sobre segurança cibernética, mas afirmou que o desenvolvimento da tecnologia 5G será capaz de atenuar essas dúvidas. “O primeiro ponto é garantir que a tecnologia que a Huawei oferece é segura”, disse Hu.

Em maio deste ano o governo dos Estados Unidos colocou a Huawei numa lista de empresas que operam com restrições no país, argumentando que a companhia chinesa é um risco à segurança nacional. De lá para cá, alguns dos limites aplicados pela Casa Branca à Huawei foram suavizados, mas a disputa entre ela e o governo norte-americano entrou na pauta da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Hu avalia que a tecnologia 5G está progredindo no mundo e trazendo mais competição à cadeia de suprimentos. Segundo ele, a inteligência artificial pode ajudar no desenvolvimento da sociedade, através da conectividade e da computação. “Os dados são a base para o mundo da inteligência artificial”, afirmou.

Segundo o executivo, a indústria de computação atingiu um ponto de inflexão em que as oportunidades se apresentam. “Ainda há dificuldades e tudo isso são oportunidades para a Huawei”, avaliou.

Edição: Gustavo Nicoletta

*A jornalista viajou para o evento Huawei Connect a convite da empresa.

Maioria do mercado volta a apostar em corte de juros nos EUA

0

Por Gustavo Nicoletta

São Paulo – Os investidores voltaram a apostar que a probabilidade maior é de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anuncie hoje, às 15h (de Brasília), um corte de 0,25 ponto porcentual (pp) na taxa básica de juros dos Estados Unidos. Mas o mercado está bem mais dividido em relação a este assunto do que na semana passada.

Segundo a CME, que calcula as apostas em relação à decisão do Fed com base nas negociações de contratos futuros de juros dos Estados Unidos, o mercado vê 54,2% de probabilidade de o Fed anunciar um corte de 0,25 pp. Há uma semana, essa taxa era de 87,7%. A chance de manutenção dos juros, por sua vez, passou para 45,8%, de 12,3%, na mesma comparação.

Ontem, essas apostas chegaram a ficar invertidas, com os negócios no mercado de juros embutindo 52,7% de chance de manutenção das taxas, contra 47,3% de redução de 0,25 pp.

RS reduz mínimo de ações que pretende vender do Banrisul

0

Por Gustavo Nicoletta

São Paulo – O governo do Rio Grande do Sul reduziu de 96,323 milhões para 71,350 milhões o número de ações do Banrisul que pretende vender em uma oferta secundária. Com isso, o estado reduziria de 98% para 63,3% a fatia com direito a voto que possui na instituição financeira.

O governo gaúcho também decidiu que ainda pode decidir vender outros 24,972 milhões de ações até ser concluído o processo de coleta de propostas – ou “bookbuilding” -, que está previsto para terminar hoje. Se isto ocorrer, a fatia do Rio Grande do Sul no Banrisul cairia para 51%, conforme previsto originalmente

Petrobras prorroga venda de querosene de aviação à BR Distribuidora

0

Por Gustavo Nicoletta

São Paulo – A Petrobras prorrogou até março do ano que vem um contrato para vender querosene de aviação à BR Distribuidora.

O contrato original foi assinado em dezembro de 2016, e o aditivo, no valor de R$ 2,3 bilhões, passa a valer em outubro, com duração de seis meses.

A Petrobras afirmou que o aditivo “prevê garantia de suprimento vinculado ao compromisso de retirada pelo distribuidor e observa os padrões utilizados pela Petrobras para o mercado de distribuição.”

Também disse que “a mesma minuta contratual é utilizada para celebração de contratos/aditivos com outros distribuidores, e será dada ciência à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os preços praticados são definidos pela Petrobras e divulgados, antes do início da vigência, para todo o mercado.”

Contribuição sobre pagamentos não é CPMF, diz Guedes

0

Por Gustavo Nicoletta

São Paulo – O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a proposta de Contribuição sobre Pagamentos (CP) apresentada pela Receita Federal é diferente da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e que o imposto teria efeito positivo na economia por causa da cobrança simplificada e da baixa cumulatividade.

No entanto, o ministro indicou que, ao menos por enquanto, a proposta está descartada. “Quando as pessoas falam em CPMF o presidente fala: CPMF não”, disse Guedes, durante entendo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) ontem à noite.

“Realmente não é CPMF o que a gente quer, o imposto sobre transações é diferente. Mas para que não haja mal entendido morreu em combate o nosso valente Cintra”, acrescentou o ministro, em referência ao ex-secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, que era o responsável pela proposta em estudo.

Cintra foi exonerado depois de um integrante do órgão apresentar com detalhes as propostas de uma Contribuição sobre Pagamentos (CP) – imposto que teria alíquota mínima de 0,2% sobre os pagamentos feitos por meio de débito e crédito e de 0,4% sobre os saques e depósitos em dinheiro.

A cobrança seria muito semelhante à da antiga CPMF, que incidia sobre movimentações financeiras. A diferença é que a CP seria muito mais abrangente e, em vez de criar uma nova fonte de arrecadação para a saúde, substituiria a contribuição patronal sobre a folha de pagamentos e seria compensada pela extinção da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), pago pelas empresas, e da parcela arrecadatória do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

No evento de ontem, Guedes disse que a CP permitira ao governo reduzir os encargos trabalhistas de 20% para 13%, ou até mesmo para 10%, a depender da arrecadação. Segundo o ministro, a cumulatividade do encargo trabalhista hoje é de 14%, “muito mais grave” que a da CP, que chegaria a 4% se a alíquota fosse de 0,4%.

Ele reiterou que o objetivo do governo é não aumentar impostos para quem já está contribuindo.

“Nós não podemos confundir e dizer olha, está uma crise terrível, bota um imposto aí porque a crise fiscal está muito séria. Não. Não pode ter aumento de imposto. Se alguém tiver que pagar é quem está sonegando. Quem paga tem que pagar menso, desde que quem não pague comece a pagar. Essa é a mágica que nós vamos ter que fazer. O imposto de transações era um jeito de pegar quem não tá pagando. Vamos ter outro jeito ainda”, acrescentou.

RADAR: Mercado espera decisões de Fed e Copom

0

Por Wilian Miron

São Paulo – O mercado inicia esta quarta-feira de olho nas decisões sobre política monetária que devem ser divulgadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), às 15h, e pelo Banco Central brasileiro que pode anunciar um novo corte na taxa básica de juros, a Selic, às 18h.

Embora o presidente Jair Bolsonaro não tenha agenda oficial para hoje, sua volta ao Palácio do Planalto deve ficar no radar do mercado.

Ainda na política as repercussões sobre o fundo eleitoral e as regras para as eleições municipais de 2020 continuam em primeiro plano, enquanto o mercado avalia também as notícias sobre a tramitação das reforma da Previdência e tributária.

No campo jurídico, os investidores olham para a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que validou o acordo que destinará para a proteção da Amazônia e ao ministério da Educação R$ 2,6 bilhões de um fundo resultante de acordo entre a Petrobras e o governo dos Estados Unidos. A decisão é importante porque a politica ambiental do governo brasileiro tem sido alvo de questionamentos no exterior, com algumas nações ameaçando boicotar produtos agrícolas do país.

Já em relação à área empresarial, a volatilidade no preço do petróleo e a maneira como a Petrobras vai lidar com este assunto devem se manter no foco do mercado ao longo do dia.

Além disso, os acionistas da Natura aprovaram em assembleia geral ordinária (AGO) o aumento de capital de R$ 1,242 bilhão da empresa, mediante a capitalização de parte do saldo da conta de reserva de lucros e emissão de 432.571.228 ações ordinárias. As ações emitidas serão atribuídas aos acionistas da empresa na proporção de um ativo para cada papel detido pelo acionista. Por conta da operação o capital da empresa passou a ser de R$ 1.711.137.672,72 dividido em 865.142.456 ações ordinárias.

Nas rodovias administradas pela Triunfo Participações, a circulação de veículos cresceu 0,4% em agosto, na comparação com igual mês de 2018, atingindo 92,544 milhões de veículos equivalentes pagantes. No segmento aeroportuário houve crescimento de 7,9% no número de aeronaves que circularam no aeroporto de Viracopos, para 76,8 mil voos e 7,1 milhões de passageiros, alta de 17,3%. No ramo de cargas houve a movimentação de 147,0 mil toneladas, queda de 6,4% em base anual.

O governo do Rio Grande do Sul reduziu de 96,323 milhões para 71,350 milhões o número de ações do Banrisul que pretende vender em uma oferta secundária. Com isso, o estado reduziria de 98% para 63,3% a fatia com direito a voto que possui na instituição financeira.

A Petrobras prorrogou até março do ano que vem um contrato para vender querosene de aviação à BR Distribuidora. O contrato original foi assinado em dezembro de 2016, e o aditivo, no valor de R$ 2,3 bilhões, passa a valer em outubro, com duração de seis meses.

Edição: Gustavo Nicoletta (g.nicoletta@cma.com.br)

Fed fará operação para manter juros dentro do limite

0

Por Gustavo Nicoletta

São Paulo – A unidade do Federal Reserve em Nova York fará hoje, das 9h15 às 9h30 (de Brasília), uma nova operação compromissada para injetar até US$ 75 bilhões no sistema financeiro norte-americano e, com isso, manter a taxa referencial de juros dentro do limite de 2,25%.

A operação é semelhante à do Banco Central brasileiro e prevê que as
instituições financeiras possam vender títulos ao Federal Reserve em troca de um empréstimo de curto prazo. Ontem, o Fed adotou medida similar e que resultado na maior operação compromissada desde 2008.

A instituição precisou fazer duas tentativas ontem para concluir a
operação. A primeira não foi adiante por problemas técnicos.

Segundo o Wells Fargo, a entrada do Fed foi necessária ontem porque a taxa dos fed funds – que determina o preço dos empréstimos interbancários nos Estados Unidos e é usada como referência para a política monetária do banco central norte-americano – fechou a sessão no teto de 2,25% ao ano.

O Wells Fargo acredita que isso tenha ocorrido porque as empresas dos
Estados Unidos precisaram fazer pagamentos de impostos ao governo recentemente, o que drenou liquidez do sistema bancário. A operação do Fed, segundo o banco, deve ajudar a normalizar este quadro nos próximos dias.

O Rabobank acredita que o comitê de política monetária do Fed provavelmente indicará que está monitorando a situação, que, na opinião do banco, parece ser decorrente de uma conjunção simultânea de fatores que, isoladamente, não trariam preocupação.

Apesar disso, “não se pode negar que o aperto quantitativo [da política
monetária] pelo Fed reduziu a liquidez e que o pessimismo global continua a gerar demanda por dólares. Não achamos que este pessimismo vai diminuir no curto prazo porque o conflito comercial continua e há nova incerteza trazida pelo ataque às instalações de petróleo da Arábia Saudita”, acrescentou.

Fundo eleitoral é necessário para a democracia, diz Maia

0

São Paulo – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, voltou a defender o fundo eleitoral para as campanhas e disse que não há democracia sem financiamento das eleições. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta terça-feira (17) a viabilização dos recursos para as campanhas eleitorais municipais em 2020, mas
retirou diversos pontos polêmicos do texto encaminhado pela Câmara. As informações são da Agência Câmara.

A proposta aprovada pelos deputados há 15 dias (PL 11021/18) previa
exceções ao limite de gastos de campanhas; estabelecia itens nos quais podem ser usados recursos do Fundo Partidário; definia critérios para análise de inelegibilidade; e autorizava o retorno da propaganda partidária semestral.

Maia ressaltou que as mudanças do texto no Senado serão avaliadas pelos
deputados. Segundo ele, a Câmara já havia mantido no texto o fim do percentual fixo de 30% das emendas de bancada como referência para a destinação orçamentária ao fundo. Mais cedo, o presidente disse ser contrário ao aumento do valor do fundo.

“O orçamento é que vai avaliar qual o valor correto, qual a capacidade
que o Estado tem de financiar a eleição, mas sem financiamento de campanha não teremos uma democracia. É muito perigoso aqueles que vêm, de forma precipitada, criticar a decisão de colocar valor no fundo, de se debater um valor maior para a eleição. Vamos tomar cuidado, porque eleição tem custo ou privado ou público ou escondido – como foi no passado muitas vezes”,disse Maia.

Um dos temas polêmicos rejeitados pelo Senado é o trecho que alguns
especialistas entendiam que abriria brecha para que parte dos recursos do fundo fosse usada para pagar advogados em processos relacionados aos partidos ou aos candidatos e que essas despesas não seriam contabilizadas para o teto de gastos da campanha.

Maia defendeu um texto mais claro para evitar polêmicas. “Isso já tem
jurisprudência no TSE [Tribunal Superior Eleitoral], uma parte do serviço dos advogados já é considerado fora do teto, e não pode usar o fundo eleitoral. Já é assim, a jurisprudência é essa, mas ficou dúvida se pode pagar ação criminal. Esclarece isso e a gente vota, não tem problema”, declarou.

“Na questão dos advogados, eu discordo [do entendimento dos especialistas], mas respeito. Muda-se o texto, dá mais transparência ao texto.Agora, falar que o projeto como um todo é ruim, eu discordo”, afirmou o presidente.

Sair da versão mobile