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RADAR: Intervenção em preço de combustíveis afetará Petrobras

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Por Allan Ravagnani e Wilian Miron

São Paulo – Hoje os principais índices acionários operam em direções distintas, em um dia fraco de indicadores econômicos e com os investidores cautelosos com a situação na Arábia Saudita, após ataques às instalações da petrolífera Saudi Aramco.

Por aqui, o presidente Jair Bolsonaro desobedece recomendações médicas e retorna hoje ao trabalho em Brasília. Em entrevista ao Jornal da Record, ainda no hospital, Bolsonaro afirmou que fará o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, em tom conciliatório.

A coluna Painel, da “Folha de S.Paulo” aponta que há um racha na militância bolsonarista por conta da CPI da Lava Toga, que investigaria o Judiciário, e que o senador Flávio Bolsonaro tenta impedir.

Uma fala do guru Olavo de Carvalho evidenciou o descontentamento. “Vamos combater a corrupção? Não! Vamos combater o comunismo primeiro, seus idiotas”, disse. O guru da Virgínia defende que o presidente precisa de uma militância leal a ele, não a pautas.

A ONG Human Rights Watch, focada em direitos humanos, divulgou relatório sobre a Amazônia e apontou que os três principais fatores que ameaçam a floresta são: sabotagem do governo, assassinatos impunes e desmatamento.

Segundo a ONG, redes criminosas de extração de madeira estão por trás dos atos de violência contra indígenas, pequenos agricultores e funcionários de fiscalização do ambiente. Foram ao menos 300 pessoas assassinadas. As vítimas são principalmente índios, moradores da região ou fiscais que denunciaram os crimes dos madeireiros ilegais.

A HRW não poupou críticas a Jair Bolsonaro; o presidente atual retrocedeu na aplicação de leis de proteção ambiental e enfraqueceu a fiscalização de federal, na avaliação da ONG. Também houve críticas aos ataques de Bolsonaro aos “defensores da floresta”.

EMPRESAS

A Petrobras informou que não irá fazer reajustes no preço dos combustíveis pelos próximos dias, em função dos acontecimentos ocorridos na Arábia Saudita, que reduziu a produção mundial de petróleo e elevou o preço internacional da commodity.

A MRV Engenharia anunciou a realização de sua assembleia geral extraordinária no dia 04 de outubro de 2019, às 10h, na sede social da companhia, na Avenida Professor Mário Werneck, 621, 10 andar, Bairro Estoril, em Belo Horizonte (MG).

Em resposta a ofício da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Telefonica Brasil e a Oi afirmaram não saber de informação a respeito de uma possível proposta da Telefónica S.A. pela brasileira Oi – em recuperação judicial, conforme notícias veiculadas na imprensa espanhola e brasileira.

A Engie contratará um financiamento de R$ 1,260 bilhão com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a implantação das centrais geradoras Eólicas do Projeto Umburanas.

A Oi, em recuperação judicial, informou que a geração de caixa operacional líquida das empresas recuperandas ficou negativa em R$ 540 milhões em julho, enquanto os investimentos alcançaram R$ 702 milhões no período.

Preço médio de locação residencial tem alta de 0,07% em agosto

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Por Allan Ravagnani

São Paulo – O preço médio de locação residencial encerrou o mês de agosto com leve alta de 0,07%, a nona subida seguida, de acordo com o Índice Fipezap de Locação, que acumula alta de 3,61% nos oito primeiros meses de 2019 e de 3,87% no acumulado de 12 meses.

O percentual observado no mês de agosto foi menor que a inflação medida pelo IPCA (+0,11%), impondo uma queda real do preço médio de locação de imóveis residencial de 0,04%. Entre as 11 capitais monitoradas pelo Índice, Curitiba teve a maior alta em agosto (+1,39%), enquanto Recife teve o maior recuo no período (-1,15%).

Até agosto de 2019, o preço médio acumula alta nominal de 3,61%,
resultado que, embora supere a inflação de 2,54%, calculada pelo IPCA, ainda permanece abaixo da alta de 4,10% registrada pelo IGP-M (FGV). A comparação entre a variação acumulada do Índice FipeZap e o IPCA acumulado impõe ao preço de locação residencial uma alta real de 1,05% no período, mantendo tendência observada nos períodos anteriores.

Nos últimos 12 meses o índice acumula alta nominal de 3,87% – permanecendo, também neste caso, entre a inflação medida pelo IPCA (+3,43%) e aquela calculada pelo IGP-M (+4,95%). Tendo como referencial a variação de preços ao consumidor segundo o IPCA , o preço médio de locação residencial acumula uma alta real de 0,43% nos últimos 12 meses encerrados em agosto.

Entre as capitais monitoradas, Florianópolis lidera com o maior aumento
nominal no período (+13,04%), sendo seguida por Curitiba (+9,20%) e Fortaleza (+7,39%). Por outro lado, a cidade do Rio de Janeiro se mantém como a única capital monitorada pelo índice a apresentar recuo do preço médio do aluguel residencial nesse intervalo (-1,00%).

O preço médio de locação residencial em agosto de 2019 foi de R$ 28,98/m entre as 25 cidades monitoradas pelo Indice FipeZap. Considerando apenas as 11 capitais monitoradas, o município de São Paulo se manteve como a capital com o preço do m de locação residencial mais elevado (R$
39,05/m), seguido por Rio de Janeiro (R$ 30,31/m) e Brasília (R$ 28,74/m). Já entre as capitais com menor valor, destacaram-se: Goiânia (R$
16,42/m), Fortaleza (R$ 16,72/m) e Curitiba (R$ 19,34/m)

Ida de Bolsonaro à ONU está confirmada e discurso será conciliatório

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Por Gustavo Nicoletta

São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro confirmou que viajará aos Estados Unidos na segunda-feira para participar da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e disse que fará um discurso “conciliatório” durante o evento.

“Na segunda-feira decolamos para os Estados Unidos para a reunião da ONU. Eu tenho que estar preparado para sustentar um discurso de 20 minutos. Já comecei a rascunhar o discurso, que será diferente dos que me antecederam. É conciliatório, sim, mas vai reafirmar a questão da nossa soberania, o potencial que o Brasil tem e o que o Brasil representa para o mundo”, disse ele em entrevista concedida ontem à rede de televisão “Record”.

Havia dúvidas sobre a presença de Bolsonaro na Assembleia-Geral da ONU porque o presidente ainda está se recuperando de uma cirurgia para corrigir uma hérnia abdominal. Ele havia dito anteriormente que participaria do evento “mesmo que fosse em uma cadeira de rodas”.

O Brasil tradicionalmente é o país que discursa primeiro na Assembleia-Geral. Há versões diferentes sobre o que nos garantiu este lugar, mas a versão mais comum é a de que o Brasil sempre estava disposto a assumir a responsabilidade pelos discursos de abertura, o que foi particularmente
importante durante os primeiros anos da Guerra Fria, quando a ordem de quem falaria era motivo de disputa entre Estados Unidos e União Soviética.

A Assembleia-Geral da ONU começa nesta terça-feira, mas os discursos dos
chefes-de-Estado começam só daqui a uma semana, no dia 24.

Petrobras não vai reajustar preço dos combustíveis nos próximos dias

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Por Allan Ravagnani

São Paulo – A Petrobras informou que não irá fazer reajustes no preço dos combustíveis pelos próximos dias, em função dos acontecimentos ocorridos na Arábia Saudita, que reduziu a produção mundial de petróleo e elevou o preço internacional da commodity.

De acordo com a estatal, a suspensão dos aumentos é temporária, visto que não há periodicidade no reajuste de preços, e que a empresa irá acompanhar a variação do mercado nos próximos dias.

Ontem, os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em alta de mais de 10%, hoje já operam em queda de 4% tanto no Brent, quanto no WTI.

As variações ocorreram após ataques de drones e mísseis ocorridos no
final de semana em instalações da petrolífera estatal da Arábia Saudita, a
Saudi Aramco, e após os Estados Unidos aprovarem a liberação de reservas estratégicas.

A instalação de Abqaiq da Arábia Saudita e o campo de petróleo de
Khurais foram atacados no sábado, e a estimativa é de que o país reduziu a produção em cerca de 5,7 milhões de barris por dia (bpd). Segundo analistas, isso representa quase metade da produção do país e entre 5% a 6% da oferta global.

Os rebeldes houthis do Iêmen, que são apoiados pelo líder iraniano Ali
Khamenei, assumiram responsabilidade pelo ataque. No entanto, Estados Unidos e Arábia Saudita suspeitam que o Irã tenha desempenhado um papel importante no atentado. O país, no entanto, nega as acusações.

Ministro da fazenda da Argentina apresenta novo orçamento

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Por Rafaela Aguiar

Buenos Aires – O ministro da Fazenda da Argentina, Hernán Lacunza, apresenta hoje o projeto do Orçamento 2020 na Comissão de Orçamento da Câmara dos Deputados às 15h (de Brasília).

Na semana passada se supôs que o projeto terá uma projeção de crescimento de 1% no Produto Interno Bruto (PIB) após cair 2,6% em 2019, a inflação alcance os 44% anuais e a taxa de câmbio enfraqueça para uma média de 67 pesos argentinos por dólar.

Também foi previsto que a taxa de inflação anual fecharia 2019 em 53%, ante 47,6% em 2018, mas diminuirá a taxa para 34% no final do próximo ano.

Em relação à taxa de câmbio, após a forte desvalorização sofrida pelo resultado das eleições primárias, chegaria a $67 pesos argentinos por dólar em 2020, contra uma média de $ 48 pesos por dólar este ano.

Por outro lado, a balança comercial teria um superávit de US$ 16,1 bilhões em 2019 e de US$ 17.500 milhões em 2020. A conta corrente registraria um superávit de 0,4% em 2020, a partir de um déficit de 0,9% em 2019.

Tradução: Júlio Viana

Trump afirma que não há pressa em responder ataques à Arábia Saudita

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Por Júlio Viana

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não tem pressa para responder os ataques de drones feitos a instalações de refinarias de petróleo na Arábia Saudita, mas que se for preciso, o país “está mais pronto do que nunca para uma guerra”.

Ao ser questionado sobre se os ataques teriam vindo ou não do Irã, o presidente disse que “parece muito que vieram”, mas que que estava esperando uma resposta da Arábia Saudita e de sua inteligência para descobrir quem era o responsável. “Não queremos uma guerra, mas se for preciso, estamos mais prontos do que nunca”, disse ele.

“Esse foi um grande ataque e ele pode ser respondido por um bem maior do que o deles por nós, mas vamos esperar primeiro para ver quem foi de fato”, disse ele. Segundo Trump, o Irã quer continuar conversas diplomáticas, mas uma reunião ainda não está marcada. “As sanções continuam como sempre estiveram”, afirmou.

Trump também falou que o secretário de estado, Mike Pompeo, irá se encontrar com a Arábia Saudita para ver o que será feito. Segundo ele, os árabes “terão muito envolvimento” caso seja necessário uma resposta.

Por fim, o presidente afirmou que liberou parte das reservas estratégicas “caso faltasse combustível”. Ele também disse que irá aprovar alguns oleodutos no Texas para facilitar o transporte de petróleo.

Mercados fecham perto da estabilidade por conflitos externos

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Por Danielle Fonseca e Flavya Pereira

São Paulo – Depois de passar o pregão sem uma direção definida, o Ibovespa fechou em alta de 0,17%, aos 103.680,41 pontos, dividido entre os ganhos das ações da Petrobras e um cenário externo mais cauteloso depois de ataques de drones a instalações da petrolífera estatal da Arábia Saudita, a Saudi Aramco. Os ataques fizeram os preços do petróleo dispararem e trouxe temores sobre a economia global, afetando ações como as de companhias aéreas, as da Vale e do Itaú Unibanco.

O volume total negociado foi de R$ 28,7 bilhões, sendo que o vencimento de opções movimentou R$ 7,57 bilhões.

“A questão do petróleo é o grande destaque do dia e ainda vai repercutir mais, sendo que veio em um dia de vencimento de opções e em uma semana que conta com várias decisões de bancos centrais”, disse o analista da Toro Investimentos, João Freitas, explicando a indefinição do índice hoje.

Depois de chegar a subir quase 20%, os preços do petróleo fecharam em alta de cerca de 10% pressionados em meio a dúvidas sobre as possíveis consequências dos ataques, já que 5% da produção mundial da commodity está comprometida e o presidente norte-americano, Donald Trump, já disse que os Estados Unidos Unidos estão preparados para ir à guerra com o Irã se preciso. O Irã nega envolvimento com o grupo rebelde do Iêmen que assumiu o ataque.

Freitas lembra ainda que haverá receio de impactos nos preços de combustíveis, o que pode pressionar a política de preços da Petrobras, com dúvidas se a companhia repassará integralmente para as refinarias a alta dos preços do petróleo. As ações preferenciais (PETR4) subiram 4,01%, a R$ 27,96, e foram as mais negociadas da B3, movimentando R$ 3,6 bilhões, além de ficarem entre as maiores valorizações do Ibovespa. Ao lado das ações da Petrobras, ficaram as ações da Cielo (CIEL3 5,89%), que refletiram rumores de que a Stone continua interessada na companhia, e da Kroton (KROT3 4,66%).

Já entre as maiores perdas ficaram as ações da Gol (GOLL4 -7,77%) e da Azul (AZUL4 -8,45%). “Do lado perdedor ficaram as empresas de aviação, que sofrem com a elevação do combustível, que representa 30% dos seus custos”, disse o economista-chefe da Codepe Corretora, José Costa. Também têm fortes perdas as ações da Vale (VALE3 -2,42%) e do Itaú Unibanco (ITUB4 -1,78%). Os papéis da Vale e siderúrgicas refletiram dados mais fracos da China.

Amanhã, na agenda de indicadores, investidores devem observar dados da produção industrial norte-americana, enquanto esperam pela reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira.

O dólar à vista fechou com ligeira alta de 0,04% no mercado à vista, cotado a R$ 4,0900 para venda, em pregão de forte volatilidade em meio ao fluxo local de vendas calibrando os efeitos do ataque às instalações da petrolífera estatal da Arábia Saudita, Saudi Aramco, por meio de drones no fim de semana refletindo na redução da produção em cerca de 5,7 milhões de barris por dia.

O gerente de mesa de câmbio da Correparti, Guilherme Esquelbek, reforça que o investidor se protegeu na abertura dos negócios após o petróleo disparar acima de US$ 70 o barril do Brent reagindo aos ataques à petrolífera da Arábia Saudita. O fluxo exportador prevaleceu no mercado doméstico, após a moeda renovar máximas acima de R$ 4,10 (R$ 4,1070, +0,46%).

Ao longo da tarde, a moeda oscilou na estabilidade, sem rumo único, influenciado pela liquidez reduzida em “semana de expectativa” em torno da decisão de política monetária dos Estados Unidos e do Brasil, na quarta-feira, além do Japão e da Inglaterra na quinta-feira, reforça Rugik.

Amanhã, com a agenda de indicadores mais fraca, as atenções se voltam às reuniões dos bancos centrais brasileiro e do Federal Reserve (Fed). “Os dados de produção industrial nos Estados Unidos pode dar alguma direção para o dólar após a abertura dos negócios”, comenta o estrategista de uma corretora local.

Selic deve cair mais 0,50pp, apesar do dólar a R$ 4,00

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Por Olívia Bulla

São Paulo – A taxa básica de juros deve renovar o piso histórico neste mês, ao cair mais 0,50 ponto percentual (pp), indo a 5,50%. O mercado financeiro mantém desde julho a previsão em relação à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em setembro, apesar da recente valorização do dólar, que é cotado acima de R$ 4,00 há cerca de um mês.

“Mesmo considerando que a taxa de câmbio está distante dos R$ 3,75 à época da última reunião do Copom, em julho, a percepção é de que o grande hiato do produto (interno bruto, PIB) irá reduzir parte dos efeitos do repasse cambial na inflação, o que dá à autoridade monetária algum espaço para ajustar a taxa de juros”, explica o economista sênior do banco Haitong, Flavio Serrano, referindo-se à diferença entre o PIB corrente e o potencial.

Segundo o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, há uma discussão recente entre economistas sobre a perspectiva de repasse (pass through) inflacionário via alta do dólar. “De um lado, alguns não citam nenhuma preocupação com a perspectiva de inflação; de outro, há a visão de que impactos cambiais recentes foram refletidos nos índices de preços”, explica.

Ainda assim, Vieira observa que, mesmo diante da forte desvalorização do real, o Copom pode dar continuidade ao afrouxamento monetário, pois o repasse da alta do dólar é altamente limitado justamente devido ao hiato do produto. “Esse fator é incrementado pelo desemprego em alta, a capacidade instalada ociosa e a atividade econômica desaquecida”, acrescenta o economista da Infinity.

Além disso, o economista do Bradesco, Fernando Honorato, observa que os preços das principais commodities (agrícolas e industriais) em reais não se alteraram de maneira significativa nas últimas semanas, apesar da desvalorização da moeda brasileira no mês passado. “As mesmas incertezas no cenário externo que pressionaram o dólar para cima têm levado a uma redução significativa nos preços das principais commodities”, diz.

Para ele, esse comportamento compensa os impactos na inflação brasileira, limitando o repasse da taxa de câmbio. “Por isso, a julgar pela dinâmica da inflação e pelo ambiente de crescimento ainda moderado, sem sinais de retomada sustentada, o cenário doméstico deve dar ao Copom alguma margem de manobra para continuar cortando a taxa de juros”, afirma o economista do Bradesco.

Ou seja, em linha gerais, o recente aumento na taxa de câmbio para além da faixa de R$ 4,00 traz danos limitados às perspectivas de inflação, se houver. “No máximo, esse comportamento pode ajudar a reduzir o hiato do IPCA de 2019 em direção ao centro da meta”, observa o estrategista-sênior do Rabobank no Brasil, Maurício Oreng, lembrando que a inflação oficial ao consumidor brasileiro acumulada em 12 meses até julho está em 3,4%, bem abaixo do alvo perseguido pelo Banco Central neste ano, de 4,25%. “Por isso, prevê-se cortes na taxa Selic para nova baixa histórica de 5,00% até o fim do ano”, conclui.

Edição: Eduardo Puccioni

Política de preços da Petrobras será testada com a disparada do petróleo, diz UBS

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Por Wilian Miron

São Paulo – A elevação nos preços do petróleo no mercado internacional nesta segunda-feira pode ser um novo teste sobre a capacidade da Petrobras de manter sua política de preços, em vigor desde 2017,diz relatório divulgado pelo banco UBS.

Às 15h32 (horário de Brasília), os preços do petróleo subiam cerca de 13%, depois de chegarem a avançar quase 20%, como consequência de um ataque a drones a instalações da Saudi Aramco, da Arábia Saudita. O atentado aconteceu durante o último sábado e provocou um corte de
cerca de 50% da produção do país, o equivalente a 5% da oferta mundial de petróleo.

Segundo o UBS, a capacidade da Petrobras de seguir as variaçõesinternacionais tem sido um dos principais dilemas dos investidores sobre a empresa. Agora, em função dos ataques, a expectativa do banco é que o preço do petróleo suba, e, como consequência “a Petrobras pode ser forçada a seguir uma recuperação significativa nos preços da gasolina e do diesel, desencadeando reações em outras áreas da economia”.

O banco destaca também que caso a empresa não demonstre capacidade deacompanhar os preços internacionais do petróleo e repassar a alta
internacional aos consumidores domésticos, “a capacidade do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de vender sua participação na empresa pode estar em risco e o desinvestimento do parque de refino da empresa pode até mais desafios”.

Entretanto, o UBS diz que não prevê impacto significativo sobre a demanda na rodada de lances de transferência de direitos, que deve ocorrer em 6 de novembro.

O relatório diz também que nos últimos anos a empresa não foi capaz de acompanhar os preços internacionais, o que levou a perdas significativas nos negócios de refino.

Possível interesse da Telefónica em comprar parte da Oi faz ações subirem

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Por Danielle Fonseca

São Paulo – As ações da Telefônica Brasil chegaram a ficar entre as maiores altas do Ibovespa e as da Oi a saltarem mais de 7% depois que o jornal espanhol “El Confidencial” disse que a Telefónica analisa a compra de parte da Oi.

Segundo reportagem do jornal, fontes próximas a operação disseram a
operadora espanhola, controladora da Telefônica, teria contatado o Morgan Stanley para assessorar na aquisição parcial da companhia.

Às 15h25 (horário de Brasília), as ações preferenciais da Telefônica
(VIVT4) avançavam 1,60%, a R$ 52,64, enquanto as ordinárias da Oi (OIBR3) subiam 1,90%, a R$ 1,07, depois de terem atingido a máxima de R$ 1,16, saltando mais de 7% .

“Ao que tudo indica, a Vivo, que tem atuação muito focada no estado de São Paulo, deve ir atrás da rede de fibra óticas da Oi devido a sua
capilaridade, com penetração em boa parte do Brasil. A notícia deve
movimentar as ações das duas companhias na bolsa no curto prazo”, disseram os especialistas em ações da Levante Investimentos, Felipe Bevilacqua e Eduardo Guimarães, em relatório.

Os especialistas também lembram que chegou ao fim a novela sobre a
aprovação do projeto de lei complementar (PLC) 79, que alterou o marco
regulatório do setor de telecomunicações e vai possibilitar que empresas que atuam no regime de concessão migrem para a autorização, o que pode liberar mais recursos para investimentos e beneficia as ações do setor.

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