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Anúncio de juro menor pelo BCE é certo; compra de ativos ainda é dúvida

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Por Cristiana Euclydes

São Paulo – O Banco Central Europeu (BCE) deve anunciar amanhã um corte na taxa de depósitos em 0,10 ponto percentual (pp), colocando-a em -0,5%, uma mínima histórica. Seria o primeiro corte em três anos.

A instituição também deve introduzir um sistema para que apenas parte das reservas bancárias mantidas no BCE estejam sujeitas às taxas negativas – um sistema de camadas -, segundo analistas consultados pela Agência CMA. No entanto, há divergências sobre o lançamento do novo programa de compras de ativos.

“Uma grande atualização da política do BCE deve ocorrer e as expectativas antes da reunião estão altas. Um corte na taxa é praticamente dado”, disseram os analistas do Rabobank, Bas van Geffen e Elwin de Groot, em relatório.

“Esperamos um corte na taxa de depósito de 0,10 pp, e manutenção nas outras taxas”. A taxa básica de juros está em zero e a taxa da linha mantida com bancos comerciais para concessão de liquidez de curto prazo está em 0,25% ao ano.

Na reunião anterior, de julho, o Conselho do BCE manteve as taxas inalteradas, e disse que elas podem permanecer “mais baixas” do que o nível atual até o primeiro semestre de 2020. O presidente do BCE, Mario Draghi, também deu sinais claros na coletiva de imprensa de que um pacote de estímulos seria lançado em setembro, o que foi sinalizado também na ata da última reunião.

Além disso, os dados econômicos recentes sobre a zona do euro têm vindo fracos, sinalizando que o crescimento deve permanecer lento nos próximos meses. O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro no segundo trimestre cresceu 0,2% em base trimestral, após a alta de 0,3% no primeiro trimestre.

“Vemos poucas razões para o crescimento econômico aumentar seu ritmo atual de 0,2% no próximo ano”, disse o economista da Capital Economics, Jack Allen-Reynolds, citando a queda nas vendas no varejo da zona do euro em julho e o declínio na produção industrial na Alemanha.

Já o índice de preços ao consumidor dos países que compõem a zona do euro subiu 1,0% em agosto na comparação com o mesmo período de 2018, mesma alta de julho, e bem abaixo da meta de abaixo, mas perto de 2% do BCE.

“As incertezas econômicas continuam a aumentar desde a reunião de junho e as perspectivas econômicas e de inflação são mais negativas em comparação com as previsões da equipe do BCE”, segundo o analista do Nordea, Jan Von Gerich. Assim, o BCE deve revisar suas previsões de crescimento e inflação para baixo, “o que fortalecerá o argumento para um maior afrouxamento na reunião de setembro”, disse ele.

“A questão mais importante é se o BCE está preparado para lançar outro programa de afrouxamento quantitativo e, em caso afirmativo, quanto comprará, em que horizonte temporal e em que composição de ativos”, disse o analista do Scotiabank, Derek Holt.

COMPRA DE ATIVOS

O programa de compra de ativos ainda divide opiniões, segundo analistas consultados pela Agência CMA. Alguns economistas esperam que o anúncio de detalhes não venha em setembro, enquanto outros apostam que serão anunciadas compras de entre 20 bilhões e 34 bilhões de euros por mês a partir de outubro.

“Embora um corte nas taxas pareça confirmado, reiniciar as compras de ativos é um tópico muito mais divisivo para o Conselho do BCE”, disse Von Gerich.

Os membros mais “hawkish” [propensos ao aperto monetário], como Jens Weidmann, Sabine Lautenschlager e Klaas Knot, expressaram dúvidas sobre o QE, enquanto membros mais “dovish” [propensos ao afrouxamento monetário], como Olli Rehn e Pablo Hermandes de Cos, têm pedido por discussões amplas sem excluir nenhum instrumento.

“À luz dos recentes comentários do Conselho do BCE, Draghi pode ter dificuldades para encontrar uma forte maioria a favor de grandes medidas de afrouxamento neste momento”, afirmou Von Gerich, acrescentando que vários membros do Conselho do BCE claramente ainda não estão convencidos de que são necessárias medidas maiores de estímulos.

O analista do Nordea aposta que o BCE anunciará amanhã que, a partir de outubro, injetará mensalmente 30 bilhões de euros no sistema financeiro por meio da compra de títulos de dívida pública e corporativa. No mesmo anúncio, o BCE deve ampliar de 33% para 49% o limite de dívida de um determinado país que pode ser detido pela instituição.

Para os analistas do Rabobank, o anúncio do QE também deve vir esta semana e será de um ano de compras de ativos da ordem de 40 bilhões de euros por mês a partir de outubro, mas que podem ser adiadas até janeiro. “As compras provavelmente se concentrarão em títulos do governo e podem incluir títulos corporativos, mas não títulos bancários ou ações”, disseram.

Já Holt acredita que, presumindo um ritmo moderado de crescimento de ativos negociáveis elegíveis, atingir o limite de 33% até o final do próximo ano daria espaço para compras mensais da ordem de cerca de 34 bilhões de euros por mês se as compras começassem no início de janeiro.

Segundo Allen-Reynolds, investidores que esperam o relançamento do programa de afrouxamento quantitativo vão se decepcionar. Mas o presidente do BCE, Mario Draghi, “provavelmente sugerirá na coletiva de imprensa que detalhes de uma nova rodada de compras de ativos serão acertados em outubro”.

A expectativa da Capital Economics é pelo anúncio no mês que vem de 30 bilhões de euros de compras de títulos por mês, por um período de dois anos, com metade das compras em títulos corporativos, relançando o programa de março de 2016. Também não é descartada a opção do BCE aliviar os termos das operações de refinanciamento de longo prazo (TLTROs).

RESERVAS EM CAMADAS

Além do corte de juros, outras medidas são esperadas pelos analistas, como o fortalecimento nas orientações futuras e uma taxa de depósitos em camadas. Para Von Gerich, do Nordea, as orientações futuras devem ser vinculadas de forma mais concreta à inflação.

Segundo os analistas do Rabobank, “a orientação manterá seu viés de afrouxamento de que as taxas devem permanecer nos níveis atuais ou mais baixos”. Supondo que novas compras de ativos sejam anunciadas, “esperamos que a duração da orientação sobre taxas seja condicionada à duração da compra de ativos líquidos novamente.”

Além disso, as taxas negativas, usadas pelo BCE desde junho de 2014, devem ser abordadas. Na coletiva de imprensa de julho, Draghi disse que as consequências de um período prolongado de taxas negativas haviam sido discutidas. Os juros negativos são muito criticados pela Alemanha, devido ao ônus que exercem sobre os poupadores e o setor bancário.

“O tópico está claramente no radar do BCE”, disse Von Gerich. Segundo ele, o BCE deve optar, como uma medida de mitigação, pelo sistema de reservas em camadas, que divide as reservas em diferentes categorias, isentando parte delas da taxa de depósitos negativa.

Analistas da Capital Economics destacaram que existem várias maneiras de fazer isso, como o sistema utilizado pelo Banco Nacional Suíço, que permite aos bancos manter vinte vezes o valor mínimo de reservas antes de cobrar uma taxa negativa, ou o do Banco do Japão (BoJ), que possui um sistema de três níveis em que menos de 10% das reservas estão sujeitas a uma taxa.

Segundo, Holt, do Scotiabank, “as camadas de reservas – abaixo das quais taxas negativas podem não se aplicar – são possíveis para mitigar alguns dos danos causados à lucratividade bancária e ao ciclo de empréstimo”.

Da mesma forma, para os analistas do Rabobank, “apesar de algumas dúvidas no Conselho, acreditamos que uma taxa de depósito em camadas ainda é a medida mitigadora mais provável para acompanhar o corte de juros”. Eles esperam três cortes adicionais nas taxas de 0,10 pp cada, para -0,80% até junho de 2020.

Ações da MRV saltam 8%, na maior alta do Ibovespa, após mudança no MCMV

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Por Danielle Fonseca

São Paulo – As ações da MRV saltam mais de 8% e registram a maior valorização do Ibovespa depois que o governo autorizou mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que devem injetar R$ 26,2
bilhões no setor de construção.

O governo autorizou o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para as faixas 1,5 e 2. Além disso repassou, através do Ministério de
Desenvolvimento Regional, R$ 100 milhões para o programa.

Às 12h11 (horário de Brasília), os papéis da MRV (MRVE3) subiam 8,13%, a
R$ 18,35, mostrando a maior alta do índice e do setor de construção.

“A notícia é positiva para o setor como um todo e devemos ver impacto
principalmente para as ações da MRV, que está bem descontada, assim como outras ações do setor de baixa renda como Direcional e Tenda”, afirmaram os analistas da Guide Investimentos, em relatório.

Os analistas lembram que ruído recente em torno do atraso dos repasses de verba pelo governo as construtoras, aliado a redução do orçamento para o programa para 2020 pressionavam os ativos do setor.

Ações da B3 sobem quase 3%; UBS e Guide veem dados operacionais fortes

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Por Danielle Fonseca

São Paulo – As ações da B3 chegaram a subir mais de 3% e estão entre as ações que mais pesam para a alta do Ibovespa com analistas mostrando leituras positivas sobre os dados operacionais de agosto. Às 13h39 (horário de Brasília), as ações avançavam 2,61%, a R$ 45,05.

Segundo o UBS, o volume no segmento Bovespa da B3 “aponta para outro forte trimestre” para a empresa. O volume encerrou o mês de agosto em R$ 434,4 bilhões, representando um avanço de 18,0% se comparado com o mês anterior, registrando recorde histórico ante os R$ 367,9 bilhões de julho.

Os analistas do banco suíço mantiveram o rating “neutral” para a B3, baseados em forte perspectiva de crescimento, alta geração de fluxo de caixa e de taxas de dividendos, com o papel sendo o preferido em relação ao da bolsa mexicana.

Os analistas da Guide Investimentos também viram os dados como positivos, destacando uma evolução robusta e o crescente números de investidores, além do aumento do volume. “Seguimos confiantes com B3, e acreditamos ser um dos principais veículos para aproveitar o bom momento vivido pelo mercado de capitais brasileiro”, afirmaram, em relatório

MERCADO AGORA: Veja um sumário do comportamento dos negócios até o momento

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Por Danielle Fonseca, Flavya Pereira e Olívia Bulla

São Paulo – O Ibovespa sobe acompanhando os principais mercados acionários no exterior, que têm altas modestas na expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) possa cortar os juros amanhã e de que a China possa tomar mais medidas de estímulo para a sua economia. Alguns papéis também ajudam o índice a acelerar ganhos, como os da B3 e os de varejistas, que se recuperam depois das fortes quedas de ontem e com dados de vendas no varejo mais fortes do que o esperado pelo mercado.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 0,21% aos 103.250,38 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 8,5 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em outubro de 2019 apresentava avanço de 0,26% aos 103.750 pontos.

“No cenário internacional, estão no radar estímulos para a China e o BCE amanhã”, disse o analista da Terra Investimentos, Régis Chinchila. Temores sobre a desaceleração da economia global e sobre a guerra comercial tem aumentando expectativas sobre cortes de juros por parte de bancos centrais, sendo que além do BCE, a reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) será na semana que vem.

Já na cena política doméstica, o analista destaca que a nova CPMF pode preocupar o setor financeiro, ainda com muitas dúvidas ao redor do possível imposto, se pode ser aprovado ou não e quais os seus impactos. Segundo a Receita Federal, a Contribuição sobre Pagamentos (CP) terá alíquota mínima de 0,2% sobre os pagamentos feitos por meio de débito e crédito e de 0,4% sobre os saques e depósitos em dinheiro. Nesse contexto, as ações de bancos mostram mais fraqueza hoje, mas ensaiam uma alta com os papéis como Itaú Unibanco e do Bradesco rondando a estabilidade.

Já os papéis da B3 avançam com analistas mostrando leituras positivas de dados operacionais da Bolsa. Entre as maiores altas do Ibovespa estão ainda as ações de varejistas, como Magazine Luiza, que se recuperam depois de fortes quedas do setor ontem, que refletiu um receio de maior concorrência após o lançamento do Amazon Prime, plano que inclui frete grátis para produtos e o serviço de streaming da empresa. Ajudam na recuperação dados de vendas no varejo, que subiram 1% em julho ante junho, ante previsão de queda de 0,3% do mercado. Ainda entre as maiores altas estão BTG Pactual e Pão de Açúcar.

O dólar comercial acelerou as perdas frente ao real e toca o nível de R$ 4,05, atento ao exterior onde o dólar ganha terreno frente às principais moedas pares, enquanto oscila frente à maioria das divisas países emergentes. Além de ajuste local, investidores aguardam a decisão de política monetária do BCE amanhã.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,82%, sendo negociado a R$ 4,0630 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em outubro de 2019 apresentava recuo de 0,48%, cotado a R$ 4,066.

Segundo a economista da Capital Markets, Camila Abdelmalack, há um movimento de correção local, além da influência da valorização de commodities como o minério de ferro e o petróleo sobre o desempenho de moedas emergentes ligadas à commodities. “Não deixa de respingar, mas tem algum ajuste pressionando a moeda para baixo. No cenário local, não tivemos novidades para fazer preço”, comenta.

Já o trader de câmbio da Travelex Bank, Pedro Molizani, destaca que lá fora, apesar de um cenário misto, o exterior tem viés positivo com investidores à espera da decisão de política monetária do BCE amanhã. “A expectativa é que sejam anunciados estímulos, o que deixa incertezas em relação ao Brexit [acordo de saída do Reino Unido da União Europeia] em segundo plano”, comenta.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) exibem novamente leves oscilações e nenhuma direção definida. Ainda assim, o recuo do dólar, que se aproxima da faixa de R$ 4,05, influencia mais o trecho longo da curva a termo, que exibe ligeira baixa. Nos vértices mais curtos, os investidores digerem os números robustos das vendas no varejo brasileiro, enquanto aguardam as decisões dos bancos centrais neste mês.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2020 tinha taxa de 5,31%, repetindo o ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2021 estava em 5,39%, de 5,35% após o ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,44%, de 6,45%; e o DI para janeiro de 2025 estava em 6,98%, de 7,01%, na mesma base de comparação.

Venda financiada de veículos cresce 5,4% em agosto, diz B3

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Por Allan Ravagnani

São Paulo – A venda de veículos via financiamento aumentou 5,4% no mês de agosto deste ano, na comparação com agosto de 2018, somando 532,2 mil unidades, entre novas e usadas, incluindo autos leves, motos e pesados, no mês.

Desse total, 196 mil representam veículos novos – 0,6% a mais do que em agosto do ano passado – e 336,2 mil, de usados, alta de 8,4% na mesma base de comparação.

Considerando apenas os automóveis leves, os financiamentos de usados cresceram 8,1% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Já os financiamentos de leves 0km acumularam queda de 3,7%, na mesma base de comparação.

Os números são da B3, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do país, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo o Brasil.

Opep revisa para baixo projeção de demanda global em 2019 e 2020

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Por Cristiana Euclydes

São Paulo – A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisou para baixo sua projeção de crescimento da demanda global por petróleo para 2019 e 2020, citando as incertezas relacionadas ao crescimento da economia global.

Segundo relatório mensal da Opep, a demanda global pela commodity deve subir em 1,02 milhão de barris por dia (bpd) este ano ante 2018, somando 99,92 milhões de bpd, após a projeção de alta de 1,10 milhão de bpd feita no relatório do mês anterior.

“A queda pode ser atribuída a dados mais fracos do que o esperado no primeiro trimestre de 2019 de vários centros de demanda globais e a projeções de crescimento econômico mais lento para o restante do ano”, diz a Opep.

Para o ano que vem, demanda deve subir 1,08 milhão de bpd, somando 100,92 milhões de bpd, após a projeção de alta de 1,14 milhão de bpd no mês anterior, em especial “devido a mudanças nas perspectivas globais para 2020”. Segundo a Opep, muitas incertezas estão vindo da área política.

“A disputa comercial entre os Estados Unidos e a China está em andamento, o Brexit e a desaceleração na Alemanha são grandes na União Europeia, a crise da dívida soberana na Argentina está atenuando o crescimento da América Latina e os desafios estruturais em andamento na Índia estão levando a economia a diminuir significativamente a produção”.

OFERTA

A Opep revisou para cima a projeção para a produção dos países de fora do cartel para este ano, refletindo a projeção mais forte para a produção na Rússia, no Cazaquistão, na Austrália e no Canadá, o que compensou as revisões para baixo na oferta dos Estados Unidos.

O fornecimento dos países não membros da Opep deve avançar em 1,99 milhão de bpd este ano, em base anual, para 64,40 milhões de bpd, após a projeção de alta de 1,97 milhões de bpd do relatório anterior.

Para 2020, a previsão de crescimento na demanda dos países de fora da Opep foi revisada para baixo, em 136 mil bpd, para 2,25 milhão de bpd, somando 66,65 milhões de bpd, refletindo a expectativa por oferta menor nos Estados Unidos.

BRF anuncia recompra de títulos de dívida

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Por Leandro Tavares

São Paulo – A BRF anunciou a oferta de recompra de títulos no exterior com vencimento em 2022, 2023 e 2024, com cupom de 5.875%, 2.750%, 3,95% e 4.75%, com valor de US$ 118,662 milhões, 500 milhões de euros, US$ 500 milhões e US$ 750 milhões, respectivamente.

As ofertas de recompra das notes de 2022 e 2023 serão encerradas no dia 18 de setembro, exceto se prorrogadas ou antecipadamente encerradas pela BRF. A oferta de recompra das para 2024 será encerrada no dia 8 de outubro.

“A obrigação da companhia de recomprar as notes em qualquer das ofertas de recompra está condicionada ao cumprimento ou renúncia de certas condições descritas nos documentos das ofertas de recompra. A BRF reserva-se o direito, a seu exclusivo critério, de aditar ou encerrar qualquer das ofertas de recompra a qualquer momento, observada a legislação aplicável”, diz o comunicado.

Receita prevê alíquotas mínimas de 0,2% e 0,4% para nova CPMF

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Por Gustavo Nicoletta

São Paulo – A Receita Federal prevê que a Contribuição sobre Pagamentos (CP) terá alíquota mínima de 0,2% sobre os pagamentos feitos por meio de débito e crédito e de 0,4% sobre os saques e depósitos em dinheiro. Os dados foram apresentados ontem, durante um evento do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco).

O novo imposto substituiria a contribuição patronal sobre a folha de pagamentos e seria compensado pela extinção da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), pago pelas empresas, e da parcela arrecadatória do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – ou seja, ainda haveria este imposto, mas em menor proporção, para fins regulatórios.

A Receita estima que essas alterações reduzirão o custo da folha de pagamentos das empresas em 7% e estimularão a geração de emprego e a formalização da mão de obra. As operações no mercado financeiro não serão submetidas à cobrança do CP.

Durante a apresentação da proposta, o secretário adjunto da Receita Federal, Marcelo de Sousa Silva, argumentou que a mudança é necessária para aumentar a competitividade das empresas brasileiras. Ele afirmou que o Brasil é um dos países onde mais se tributa a folha de salários no mundo, e que isto tem efeito sobre toda a cadeia de produção.

Nas estimativas da Receita, a tributação da folha de pagamentos no Brasil é de 43,5%, levando em consideração as contribuições patronais e de funcionários. No México e no Chile, esse índice é bem menor – de 19,7% e de 7%, respectivamente, segundo Silva.

NOVA CPMF

Desde o início deste ano o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, vinha defendendo a adoção de um “imposto sobre pagamentos”, que seria mais amplo do que a antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) porque não ficaria restrito às movimentações bancárias. Se adotasse este imposto, segundo Cintra, o governo teria espaço para desonerar a folha salarial.

O presidente Jair Bolsonaro se posicionou contra a reintrodução deste tipo de cobrança. “Queremos simplificar os tributos federais e não criando nenhum novo imposto. Você pode fundir vários impostos e eu acho que é isso que vai acontecer. CPMF de volta, não”, disse ele em julho.

Outros integrantes do governo, porém, passaram a demonstrar apoio à reinstituição do imposto, inclusive o ministro da Economia, Paulo Guedes, que no final de agosto falou a favor da medida publicamente pela primeira vez. “Desde que a alíquota seja baixa, se for pequenininho, não machuca”, afirmou o ministro.

O Congresso, porém, ainda demonstra indisposição em discutir a proposta. Tanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quanto o do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), já se manifestaram contrariamente à nova cobrança.

Governo libera uso do FGTS para financiamento do MCMV

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Por Allan Ravagnani

São Paulo – O governo federal repassou, através do Ministério de Desenvolvimento Regional, R$ 100 milhões para o programa Minha Casa, Minha Vida, que irá contemplar a faixa 1 do programa, para famílias com renda mensal de até R$ 1.800. O governo também autorizou novos financiamentos e uso do FGTS para as faixas 1,5 e 2.

Os R$ 100 milhões serão empenhados para regularizar o fluxo de pagamentos para as obras em execução. Atualmente, 234 mil unidades habitacionais estão em andamento no país.

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) será a principal fonte de recursos das faixas 1,5 e 2 do MCMV – que recebeu R$ 450 milhões do MDR em 2019. Até o final do ano, poderão ser injetados no setor da construção cerca de R$ 26,2 bilhões do Fundo.

China divulga listas de produtos dos EUA isentos de tarifas

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Por Cristiana Euclydes

São Paulo – O Conselho de Estado da China divulgou duas listas com 16 produtos dos Estados Unidos e do Canadá que ficarão isentos da próxima rodada de tarifas, e disse que as empresas poderão solicitar reembolso para parte dos bens já tarifados.

A primeira lista um contém 12 itens, como camarão, farinhas, óleos e lubrificantes. Eles ficarão isentos de tarifas de 17 de setembro deste ano a 16 de setembro de 2020, de acordo com o comunicado.

“As tarifas já impostas serão restituídas e as empresas importadoras relevantes deverão aplicar-se às alfândegas dentro de 6 meses”, diz a nota. Já na segunda lista, estão quatro produtos norte-americanos, e neste caso as empresas não poderão solicitar reembolsos.

“A Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado continuará a eliminar os produtos tarifados dos Estados Unidos e do Canadá e publicará a lista de exclusão de lotes de acompanhamento em devido tempo”, segundo o comunicado.

A rodada mais recente de tarifas foi aplicada no dia 1 de setembro, quando os Estados Unidos colocaram em vigor taxas de 15% a cerca de US$ 112 bilhões em produtos importados da China. No mesmo dia, a China adotou tarifas de 5% e de 10% sobre parte de US$ 75 bilhões em bens norte-americanos. Outra parte dos itens serão taxados em 15 de outubro.

As delegações comerciais dos dois países vão se reunir no início de outubro, em Washington, pra retornar as negociações e tentar chegar a um acordo para encerrara a disputa sobre comércio.

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