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Redução nas tensões políticas na China e Europa faz Bolsa subir e dólar cair

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Por Danielle Fonseca e Flavya Pereira

São Paulo – Após dois pregões seguidos de queda, o Ibovespa fechou em alta de 1,52%, aos 101.200,89 pontos, diante de redução de tensões políticas na China e na Europa, além de dados mais fortes da economia chinesa. O dia também foi positivo no front político doméstico, com expectativas de que a reforma da Previdência possa andar rápido no Senado. O volume total negociado foi de R$ 15,8 bilhões.

O dia já começou bem com fortes altas das bolsas asiáticas, com destaque para a Bolsa de Hong Kong, que avançou 3,90% depois que a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, retirou formalmente o controverso projeto de lei de extradição, atendendo pela primeira vez a uma demanda dos manifestantes, que ocupavam as ruas da cidade desde o início de junho. Também chamaram a atenção os dados do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade do setor de serviços da China, que subiu para 52,1 pontos em agosto, de 51,6 pontos em julho.

“Os números da China também ajudaram, com o receio de desaceleração qualquer número que surpreenda um pouco para cima já é um motivo”, disse o diretor de investimentos da SRM Asset, Vicente Matheus Zuffo.

Além disso, nesta tarde, o Reino Unido aprovou uma lei para evitar um Brexit sem acordo, que prevê que o prazo para a saída da União Europeia seja prorrogado até janeiro de 2020. A lei afasta o medo de um Brexit sem acordo.  

“O Brexit pode andar e há uma redução de tensões globais. Para o Brasil, a alta forte de commodities também ajuda”, disse o presidente da DNAInvest e conselheiro da Associação Brasileira dos Agentes Autônomos de Investimentos (ABAAI), Alfredo Sequeira.

Na cena local, as notícias também são positivas já que o andamento da Previdência no Senado pode ser rápido e não tem trazido surpresas negativas. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou há pouco, por 18 votos a 7 o relatório da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/19, do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Entre as ações, as da Petrobras (PETR3 2,41%, PETR4 2,57%) ficaram entre as maiores altas do Ibovespa refletindo os fortes ganhos dos preços do petróleo, que avançam mais de 4%. Ontem, também foram divulgados dados da produção de petróleo da companhia e foi aprovada, no plenário do Senado, a PEC da cessão onerosa (PEC 98/2019). O texto agora volta para a Câmara dos Deputados. Ao lado dos papéis da Petrobras, ficaram os da Braskem (BRKM5 5,06%), que subiram mostrando uma correção, do Magazine Luiza (MGLU3 3,68%) e da Ultrapar (UGPA3 3,59%).

Na contramão, as maiores baixas foram da MRV (MRVE3 -6,44%), com dúvidas sobre a possível compra do controle da AHS Residential, sediada nos Estados Unidos. Também recuaram as ações da NotreDame Intermédica (GNDI3 -2,44%) e da Cyrela (CYRE3 -5,10%).

Para o presidente da DNAInvest, o Ibovespa pode continuar mantendo o tom mais positivo no curto prazo. O diretor da SRM Asset também vê um “refresco de curto prazo”, embora destaque que alguns problemas continuam, como a guerra comercial e receio de desaceleração da economia global. Na agenda de amanhã, investidores devem ficar atentos principalmente a indicadores norte-americanos, como dados de criação de emprego no setor privado e pedidos de seguro-desemprego.

O dólar comercial fechou em forte queda de 1,79% no mercado à vista, cotado a R$ 4,1060 para venda, depois de romper uma sequência de nove pregões acima deste nível ao longo pregão. É o menor valor desde 22 de agosto, quando encerrou em R$ 4,0790. O bom humor generalizado prevaleceu em todo o pregão e contagiou os mercados de países emergentes em meio às notícias da China e no exterior, somado aos avanços da reforma da Previdência no Senado.

“Um conjunto de fatores contribuiu para a ‘tempestade’ perfeita a favor das moedas emergentes e ligadas as commodities”, comenta o operador de câmbio da Correparti, Guilherme Esquelbek. Entre os fatores estão os dados mais positivos do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), a 52,1 pontos em agosto, ante os 51,6 pontos registrados em julho.

Ainda na China, a chefe do executivo de Hong Kong, Carrie Lam, retirou formalmente o controverso projeto de lei de extradição, atendendo pela primeira vez a uma demanda dos manifestantes, que ocupam as ruas da cidade desde o início de junho. Esquelbek destaca ainda as notícias do Reino Unido que corroboraram para o cenário de apetite ao risco.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, foi derrotado ontem com o parlamento anunciando que evitará uma “saída a qualquer custo” do Reino Unido da União Europeia, o Brexit. Enquanto no mercado doméstico, a reforma da Previdência voltou a ser discutida e o relatório foi votado no fim da tarde na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o que corroborou para o bom humor local.

Ao longo do pregão, a moeda norte-americana chegou à mínima de R$ 4,0960 (-2,03%), rompendo nove sessões seguidas acima de R$ 4,10. “O dólar perdeu R$ 0,10 em três dias, saindo [perto] de R$ 4,19 e indo para R$ 4,10 hoje”, observa um operador sênior de derivativos de uma corretora nacional.

Segundo ele, se o movimento de queda da moeda norte-americana continuar, podem ser disparadas ordens de stop loss (perda máxima aceitável), o que tende a acelerar a desvalorização do dólar. “Se vier abaixo de R$ 4,10 fica abaixo da média de 15 dias e aí tem stop com certeza”, diz.

Amanhã, a agenda de indicadores dos Estados Unidos poderá ditar os rumos do mercado, principalmente, com os dados de trabalho no setor privado, a ADP, uma prévia do payroll. “É um dado bem importante e a depender do resultado, deverá influenciar no preço caso mostre um fortalecimento da economia norte-americana, com o dólar podendo voltar facilmente aos R$ 4,18”, comenta o gerente de tesouraria do Travelex Bank, Felipe Pellegrini. Ele acrescenta que após a forte queda hoje, não será surpresa um viés de “correção”.

Comissão do Senado aprova relatório da reforma da Previdência

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Por Álvaro Viana

Brasília – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, por 18 votos a 7, o relatório da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/19, do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que traz a reforma do sistema previdenciário brasileiro.

O texto que vai ao plenário, estabelece, entre outros pontos, idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres, tempo mínimo de contribuição para trabalhadores do setor privado de 15 anos para mulheres e 20 para homens, ou 15 anos para homens que já estão no mercado de trabalho.

O relatório de Jereissati suprime também alguns pontos da matéria que veio da Câmara dos Deputados, como alterações nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e de aposentadorias especiais.

Após a votação da admissibilidade do relatório, senadores aprovaram emenda que determina que a pensão por morte não pode ser inferior a um salário mínimo. O colegiado rejeitou ainda destaque da oposição que pedia a redução da idade mínima para aposentadoria de 62 anos para homens e 60 anos para mulheres.

Senadores de oposição se irritaram pois, segundo eles, havia um acordo para que fossem votadas 6 emendas de forma nominal na reunião desta quarta-feira (4), o que não estava sendo acordado pelos líderes. Após negociação, no entanto, os parlamentares chegaram a um consenso pela votação nominal.

Outra emenda rejeitada pelo colegiado pedia a manutenção do abono salarial para trabalhadores que recebem até dois salários mínimos. No relatório de Jereissati o cálculo restringe o abono para o trabalhador que recebe até R$ 1.364 por mês.

Ações da MRV caem 6% e têm maior queda do Ibovespa com dúvidas sobre compra da AHS

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Por Danielle Fonseca

São Paulo – As ações da MRV recuam cerca de 6% e registram a maior queda do Ibovespa hoje após notícia que a companhia deve comprar a AHS Residential, empresa ligada aos fundadores da MRV e que atua no
segmento imobiliário nos Estados Unidos. Apesar de a maioria dos analistas ter visto, inicialmente, um impacto positivo em função da diversificação, há muitas dúvidas sobre qual a estratégia da MRV ao realizar essa operação e sobre o seu valor.

Às 15h49 (horário de Brasília), as ações da MRV (MRVE3) caíam 6,01%, a
R$ 17,80, enquanto o Ibovespa subia 1,01%, aos 100.688,96 pontos.

Em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a MRV
afirma que faria um “aporte direcionado a financiar o crescimento da AHS sem desembolso para os atuais acionistas que não venderão suas participações.” Apesar de a construtora não dar mais detalhes e não mencionar valores, uma reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo” afirma que a negociação está em fase final e que deve girar em torno de US$ 235 milhões.

Para o analista da Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira, a aquisição seria relevante para a estratégia de diversificação da companhia, com novos clientes e novo funding, porém, destaca que a sua avaliação é preliminar dado que não foram divulgado os números da possível transação e há possibilidade de mudança de foco da MRV.

“A aquisição da AHS também pode desviar o foco da gestão no seu
‘core business’, que segue enfrentando alguns desafios com MCMV [Minha Casa, Minha Vida], (em especial, obstáculos com os repasses do Governo). A medida poderia ser uma sinalização de pouca clareza no crescimento do segmento de baixa renda, diante dos desafios fiscais e concorrência dos últimos trimestres. Vamos acompanhar”, disse em relatório.

Já os analistas da Mirae Asset Corretora, Pedro Galdi e Fernando Bresciani, chamam a atenção para o possível valor da transação. “O valor de mercado da MRV é de R$ 8,369 bilhões e portanto a aquisição ao dólar atual representaria 11,7% do valor de mercado da MRV”, afirmaram, em relatório.

Eles também destacam que “toda a operação terá que ser muito
transparente, para não gerar dúvidas”, apesar de poder ser uma
diversificação atraente para a MRV e por se tratar de uma empresa em comum para o acionista controlador.

Economia dos EUA segue se expandindo em ritmo modesto, diz Livro Bege

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Por Cristiana Euclydes e Julio Viana

São Paulo – A economia norte-americana segue expandindo-se em ritmo modesto e as empresas estão otimistas, mesmo com temores sobre a disputa comercial, de acordo com o Livro Bege – relatório do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre as condições econômicas das 12 principais regiões dos Estados Unidos.

“Embora as preocupações com tarifas e incerteza nas políticas comerciais continuem, a maioria das empresas permaneceu otimista em relação às perspectivas de curto prazo”, diz o documento. “No geral, os relatórios dos distritos do Federal Reserve sugeriram que a economia se expandiu em um ritmo modesto até o final de agosto”.

Segundo o Fed, “a atividade geral da indústria caiu ligeiramente em relação ao relatório anterior”. As condições agrícolas também permaneceram fracas nos distritos, como resultado de condições climáticas desfavoráveis, baixos preços de commodities e incertezas relacionadas ao comércio.

O Livro Bege mostrou ainda que os relatos sobre gastos do consumidor foram variados, embora as vendas de automóveis para a maioria dos distritos tenha crescido a um ritmo modesto. A atividade de transporte diminuiu, devido à “desaceleração da demanda global e ao aumento das tensões comerciais”.

Já os volumes de empréstimos cresceram modestamente em vários distritos, e a atividade no setor de serviços não financeiros foi positiva. Com relação ao mercado imobiliário, as vendas de casas permaneceram restritas na maioria dos distritos, enquanto a atividade de construção e venda de imóveis comerciais foi constante.

EMPREGO

O mercado de trabalho dos Estados Unidos seguiu crescendo em ritmo modesto entre os meses de julho e agosto, com alguns dos distritos notando pouco desenvolvimento de empregos na área industrial.

“Empresas e agências de recrutamento citaram uma certa restrição em vários segmentos do mercado de trabalho e em níveis de habilidade, o que continuou a restringir o crescimento da atividade comercial geral”, afirmou o Fed no documento.

Sobre os salário, o Livro Bege informou que “o ritmo de crescimento permaneceu de modesto a moderado, semelhante ao período do relatório anterior.”

INFLAÇÃO

O Livro Bege relatou um crescimento moderado dos preços em relação ao registro anterior, o que indica uma leve aceleração da inflação. Segundo comerciantes e produtores, houve um aumento nos gastos das empresas, o que explica o fenômeno.

“Embora algumas empresas afirmaram que conseguiram repassar os preços para o consumidor final, alguns fabricantes relataram habilidade limitada para fazer isso de forma satisfatória”, relata o documento.

Já sobre as tarifas de importação existentes nos produtos chineses, o Livro Bege afirma que os relatórios distritais mostraram impactos diferentes. “Alguns dos distritos previram que os efeitos não serão sentidos por alguns meses”, diz o Livro Bege.

China quer muito fazer acordo comercial com EUA, diz Trump

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Por Cristiana Euclydes

São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a afirmar que a China quer muito fazer um acordo comercial, pois sua economia tem sido prejudicada, e reiterou que a gigante chinesa de tecnologia Huawei representa risco à segurança norte-americana.

“A China teve seu pior ano em mais de 50 anos, em mais de meio século,
acho que eles querem resolver o problema”, disse Trump a repórteres, na Casa Branca. “Eles querem muito um acordo, eu também quero. Vamos ver o que acontece”, acrescentou.

O presidente reiterou que parte do dinheiro que está recebendo das tarifas à China vai ser destinado a apoiar os agricultores. “Estamos recebendo bilhões de dólares da China”, disse ele. “Os preços não vão subir, a China está pagando por isso”.

Trump disse ainda que “a Organização Mundial do Comércio (OMC) tem sido um desastre para os Estados Unidos”, pois a China tem tirado vantagem de seu país há anos, mas não vai mais fazer isso. Trump criticou ainda a gigante chinesa de tecnologia Huawei. “A Huawei é um risco de segurança nacional. Não vamos fazer negócios com a Huawei”.

Por fim, o presidente norte-americano disse que aprovou o encontro dos senadores republicanos Steve Daines e David Perdue com o negociador-chefe da delegação comercial chinesa e vice-premiê da China, Liu He, ontem em Pequim.

MERCADO AGORA: Veja um sumário do comportamento dos negócios até o momento

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Por Danielle Fonseca, Flavya Pereira e Olívia Bulla

São Paulo – Após dois pregões seguidos de queda, o Ibovespa mostra recuperação e sobe mais de 1% acompanhando o otimismo externo depois da retirada formal do projeto de lei de extradição em Hong Kong, atendendo à demanda dos manifestantes, além de dados mais fortes vindos da China. Investidores também acompanham as falas de membros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), vendo sinalizações de mais um corte de juros este mês, enquanto na cena doméstica, observam o andamento da reforma da Previdência, que não deve trazer surpresas.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 1,10% aos 100.777,74 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 6,9 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em outubro de 2019 apresentava avanço de 0,95% aos 101.360 pontos.

“O cenário externo está tendo grande influência e a questão de Hong Kong tende a arrefecer protestos, vimos altas fortes nas bolsas asiáticas hoje. Algumas declarações de membros do Fed também sinalizaram cortes de juros, o mercado está aumentando probabilidade de um corte de 0,50 pontos percentual este mês “, disse o diretor de investimentos da SRM Asset, Vicente Matheus Zuffo.

As bolsas asiáticas subiram, com destaque para a Bolsa de Hong Kong, que avançou 3,90% depois que a chefe do Executivo, Carrie Lam, retirou formalmente o controverso projeto de lei de extradição, atendendo pela primeira vez a uma demanda dos manifestantes, que ocupavam as ruas da cidade desde o início de junho. Também chamaram a atenção os dados do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade do setor de serviços da China, que subiu para 52,1 pontos em agosto, de 51,6 pontos em julho.

Entre as falas de membros do Fed, o presidente da unidade do Fed de Nova York, John Williams, por exemplo, afirmou que a autoridade monetária vai agir de forma apropriada para manter expansão da economia dos Estados Unidos.

Na cena doméstica, as notícias também são positivas já que o andamento da Previdência no Senado pode ser rápido e não tem trazido surpresas negativas. Hoje, deve ocorrer a votação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da versão revisada da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma que veio da Câmara e, logo em seguida, a PEC paralela, que reunirá pontos não incluídos na PEC original – como a inclusão de estados e municípios.

Entre as ações, as da Petrobras estão entre as maiores altas do Ibovespa refletindo a alta de mais de 2% dos preços do petróleo. Ontem, também foi aprovada, no plenário do Senado, a PEC da cessão onerosa (PEC 98/2019). O texto agora volta para a Câmara dos Deputados.

Além dos papéis da Petrobras, estão entre as maiores altas as ações da Braskem e os da Ultrapar. As ações da Ultrapar também estavam entre as maiores altas ontem e têm atraído investidores em meio a dados positivos sobre demanda de combustíveis e ganhos de mercado da companhia, conforme apontaram analistas do Credit Suisse ontem.

Na contramão, as maiores baixas são da MRV, depois de rumores de que a empresa irá comprar o controle da AHS Residential, sediada nos Estados Unidos. Segundo a agência de notícias “Bloomberg”, o empresário Rubesn Menin, o maior acionista da MRV, com cerca de 32% das ações, é também fundador e presidente do conselho da AHS. Também recuam as ações da NotreDame Intermédica e do banco BTG Pactual.

O dólar comercial acelerou as perdas frente ao real e cai 1,5%, no patamar de R$ 4,11, reagindo ao bom humor externo que contamina os mercados de países emergentes em meio ao alívio vindo da China com indicadores mais positivos, indicando recuperação da economia, mesmo em meio à guerra comercial com os Estados Unidos. Os avanços da reforma da Previdência no Senado corroboram para o cenário benigno.

Por volata das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 1,72%, sendo negociado a R$ 4,1090 para venda, No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em outubro de 2019 apresentava recuo de 1,42%, cotado a R$ 4,114.

O economista-chefe da Necton, André Perfeito, destaca que o real tem um dos melhores desempenhos entre as moedas globais com um ambiente mais benigno lá fora, o que leva o dólar a perder contra todas as principais moedas no dia de hoje.

Além dos dados positivos na China indicando recuperação da economia do país no mês passado, Perfeito destaca a derrota do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em que o parlamento evitará uma “saída a qualquer custo” do Reino Unido da União Europeia, o Brexit. “Analistas acreditam numa melhora dos humores, afinal, uma saída não negociada será péssima para o ambiente de negócios”, diz o economista.

Aqui, a reforma da Previdência volta ao radar dos investidores com a votação do texto paralelo hoje na CCJ do Senado. “O que interessa no Brasil é a aprovação da reforma e os investidores, principalmente, os estrangeiros, acompanham a velocidade com que ela é, de fato, aprovada”, comenta o diretor da corretora Mirae Asset, Pablo Spyer.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) intensificaram o ritmo de queda, amparadas pelo recuo mais acelerado do dólar e pela melhora do sentimento em relação ao risco no exterior. O noticiário político envolvendo Hong Kong e o Reino Unido ajudam a dar sustentação à melhora do humor global, com a cena em Brasília também ajudando.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2020 tinha taxa de 5,37%, de 5,40% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2021 projetava taxa de 5,42%, de 5,50%; o DI para janeiro de 2023 estava em 6,46%, de 6,56%, após o ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 6,99%, de 7,09%, na mesma comparação.

Decisão sobre PGR ainda está em aberto, diz Bolsonaro

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Por Gustavo Nicoletta

São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro disse que a decisão sobre quem chefiará a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve sair entre hoje e amanhã e ainda está em aberto, com “todo mundo no páreo” sugerindo que ainda pode reconduzir a atual procuradora-geral, Raquel Dodge, ao cargo.

O problema com a recondução de Dodge é que ela não faz parte da lista tríplice montada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Esta lista vem pautando a escolha do chefe da PGR nos últimos dezesseis anos.

A lista, apresentada em maio e baseada em votação dos procuradores, traz três sugestões – o subprocurador-geral Mário Bonsaglia, que encabeça a lista, seguido pela subprocuradora-geral Luiza Frischeisen e pelo procurador regional Blal Dalloul.

Notícias que circulam na imprensa, porém, mostram que Dodge corre por fora na disputa e que Bolsonaro teria avaliado a escolha de outras pessoas que não a própria procuradora-geral e os indicados pela ANPR. O presidente não é obrigado a escolher algum dos nomes da lista.

Ontem, em entrevista coletiva, Bolsonaro disse que se o governo fosse comparado a um jogo de xadrez a PGR seria a rainha, sem detalhar a analogia.

“Os peões seriam os ministros. Lá para trás um pouquinho, o [Sergio] Moro, da Justiça, é uma torre. Paulo Guedes [ministro da Economia], um cavalo. E a dama, seria quem? Qual autoridade seria a rainha? A rainha é a PGR”, disse o presidente.

Bolsonaro ataca Bachelet e diz que Chile seria Cuba sem Pinochet

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Por Gustavo Nicoletta

São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro disse o Chile seria igual a Cuba se não houvesse ocorrido o golpe militar de 1973. O comentário foi feito em entrevista a jornalistas depois de ele ser questionado se responderia às críticas da ex-presidente chilena e atual alta-comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.

“A única coisa que eu tenho em comum com ela é minha esposa”, disse Bolsonaro sobre Bachelet, em referência ao primeiro nome dela e da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. “[Bachelet] está acusando que não estou punindo policiais que estão matando muita gente no Brasil. Ela está defendendo direitos humanos de vagabundos”, acrescentou o presidente.

“Se não fosse o pessoal do Pinochet derrotar a esquerda em 73, entre eles seu pai, hoje o Chile seria uma Cuba. Eu acho que não preciso falar mais nada para ela. Acho que quando tem gente que não tem mais o que fazer, vai lá para a cadeira de Direitos Humanos da ONU”, disse Bolsonaro.

O pai de Bachelet era da força aérea do Chile e se opôs ao golpe militar conduzido por Augusto Pinochet. Ele foi preso pelo governo ditatorial chileno em 1973 e torturado, e morreu em 1974 na prisão.

Ontem, durante uma entrevista coletiva, Bachelet foi questionada sobre o assassinato de defensores de direitos humanos no Brasil e disse que a ONU está preocupada não só com esses eventos, mas também com o aumento no número de mortes por policiais.

“De janeiro a junho de 2019, só no Rio e em São Paulo, tivemos notícia de 1.291 pessoas mortas pela polícia. Pode ser ação policial, mas o que quero enfatizar é que houve aumento de 12% a 17% comparado ao mesmo período do ano passado”, disse a comissária.

“Também vemos que violência afeta de forma desproporcional afro-descendentes e os que vivem em favelas. Vimos um aumento notável na violência policial, discurso público legitimando execuções sumárias e ausência de responsabilização. Também estamos preocupados com medidas recentes, como a desregulamentação das armas de fogo, propostas de reformas reforçando o aprisionamento, levando à superlotação de presídios”, acrescentou.

“Para nós também chama atenção ouvir negação de crimes cometidos pelo Estado no passado, algo que se condensa na proposta de celebração do golpe militar. Isso se combina com um processo de justiça de transição inacabado que pode entrincheirar a impunidade e reforçar a mensagem que agências de Estado estão acima da lei”, disse Bachelet.

Líder de Hong Kong retira formalmente projeto de lei de extradição

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Por Cristiana Euclydes

São Paulo – A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, retirou formalmente o controverso projeto de lei de extradição, atendendo pela primeira vez a uma demanda dos manifestantes, que ocupam as ruas da cidade desde o início de junho.

Lam disse que os protestos geram violência e disrupções na cidade, e apresentou medidas para iniciar o diálogo com os manifestantes. “Primeiro, o governo vai formalmente retirar o projeto de lei para aliviar completamente as preocupações públicas”, disse ela, em comunicado televisionado.

O projeto de lei permitiria a entrega de acusados de crimes em Hong Kong para a China continental. Os críticos deste regulamento temem a entrega de dissidentes políticos a Pequim. Em 15 de junho, o governo suspendeu a lei controversa, mas havia recusando-se a revogá-la completamente.

No comunicado, Lam disse que o governo apoia o trabalho do Conselho Independente de Reclamações Policiais, e que indicou dois novos membros para o comitê. Além disso, ela afirmou que vai dialogar diretamente com as comunidades e que será aberta uma plataforma de investigação para examinara os problemas da sociedade e sugerir soluções.

Com a retirada formal do projeto de extradição, o governo de Hong Kong atende a uma das cinco exigências dos manifestantes. As outras quatro incluem a abertura de uma comissão de inquérito independente para investigar a conduta da polícia ao combater os protestos; a anistia a quem foi preso; o fim da caracterização dos os protestos como rebeliões; e o reinício do processo de reforma política da cidade.

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