Os ministros das Finanças dos países do G7 decidiram estabelecer um preço limite para o petróleo russo. A decisão foi publicada nesta sexta-feira, em um comunicado conjunto, e diz que os produtos petrolíferos que vêm da Rússia só devem ser comprados a um preço abaixo ou até o limite (‘price cap’). Esse valor será determinado pelos países que aderirem ao limite.
“Para cumprir este compromisso, hoje confirmamos nossa intenção de finalizar e implementar uma proibição abrangente de serviços de transporte marítimo de petróleo bruto de origem russa e produtos petrolíferos globalmente, que só será permitida se o petróleo e os produtos petrolíferos são adquiridos a um preço ou abaixo de um preço”, diz a nota.
A decisão do G7 tem o objetivo de reduzir as receitas da Rússia e a capacidade do país de usar a energia como arma argumento também muito utilizado pelos países que fazem parte da zona do Euro. “Esta medida iria, assim, basear-se e ampliar o alcance das sanções existentes, nomeadamente o sexto pacote de sanções da União Europeia”.
Além da determinação do limite de preço, os ministros de Finanças reforçaram o propósito de eliminar a dependência do petróleo russo, além de aliviar a pressão sobre os preços globais da commodity.
“O teto de preço inicial será estabelecido em um nível baseado em uma série de insumos técnicos e será decidido por toda a coalizão antes da implementação em cada jurisdição. Prevemos que a implementação prática do preço máximo será baseada em um modelo de registro e atestado cobrindo todos os tipos relevantes de contratos”.
“Queremos reduzir as receitas petrolíferas russas e assim fechar uma importante fonte de financiamento para a guerra de agressão à Ucrânia. Ao mesmo tempo, a medida visa travar o aumento dos preços globais da energia”, disse o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner.
“Ao se comprometer a finalizar e implementar um teto de preço para o petróleo russo, hoje o G7 deu um passo importante para alcançar nossos objetivos duplos de pressionar para baixo os preços globais de energia enquanto nega a Putin mais receitas para financiar sua guerra brutal na Ucrânia”, publicou a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen.