São Paulo, SP – O Grupo Pão de Açúcar divulgou na noite de ontem (27) o balanço do quarto trimestre de 2022, com prejuízo líquido de R$ 1,10 bilhão, revertendo o resultado positivo de R$ 777 milhões alcançado no mesmo período de 2021.
Segundo o comunicado da companhia, o resultado é reflexo do reconhecimento de elementos excepcionais que totalizaram R$ 956 milhões e que impactaram o lucro líquido
consolidado. O prejuízo líquido consolidado normalizado, excluindo esses elementos excepcionais, foi de R$ 146 milhões.
A receita líquida chegou a R$ 4,9 bilhões, alta de 10,7% em relação ao quarto trimestre de 2021. A receita líquida ajustada recuou 0,9%, chegando a R$ 11,8 bilhões frente aos R$ 11,96 bilhões alcançados no quarto trimestre de 2021.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 835 milhões, queda de 25,3% em comparação ao mesmo período de 2021. A margem Ebitda Ajustado caiu 2,3 p.p, saindo de 9,3% para 7%.
As vendas totais atingiram R$ 5,3 bilhões e, excluindo postos, R$ 4,9 bilhões, resultando em um crescimento de 16,8%, impulsionado pelas lojas convertidas dos hipermercados e pela consistente retomada do fluxo de clientes nas lojas nos últimos trimestres.
Em vendas mesmas lojas, o crescimento foi de 7,3% ante o quarto trimestre de 2021, mostrando também uma melhora sequencial ante o terceiro trimestre, que registrou venda mesmas lojas de 6,6%.
O resultado financeiro líquido Consolidado totalizou R$ 37 milhões no trimestre, equivalente a 0,8% da receita líquida (vs. -2,5% no quarto trimestre de 2021). Incluindo os juros sobre o passivo de arrendamento, o montante alcançou R$ 72 milhões, representando -1,5% da receita líquida.
As receitas financeiras foram impactadas por efeito excepcional de R$ 186 milhões, referente a atualização de créditos fiscais. Excluindo essa excepcionalidade, o resultado financeiro seria R$ 258 milhões.
A dívida líquida incluindo o saldo total de recebíveis não antecipados alcançou R$ 2 bilhões, com alavancagem de 2,3 vezes. A posição de caixa do fim do trimestre foi de R$ 3,8 bilhões, 3,8 vezes a dívida de curto prazo da companhia.
O capex totalizou R$ 509 milhões, sendo R$ 319 milhões no Brasil e R$ 191 milhões no Grupo Éxito. No Brasil, o foco continua sendo o plano de expansão para inauguração de 300 novas lojas até 2024.
No Grupo Éxito, cerca de 71% em moeda local foi destinado às atividades de expansão, inovação, omnicanal e transformação digital no período, e o restante, à manutenção e suporte de estruturas operacionais, atualização de sistemas de TI e logística.
GRUPO ÉXITO
O Grupo Éxito atingiu o sexto trimestre consecutivo com crescimento duplo dígito na venda mesmas lojas em câmbio constante, alcançando 16,3% no último trimestre de 2022. A receita bruta, após a conversão para reais, totalizou R$ 7,8 bilhões no trimestre e apresentou retração no total lojas de 6,8% na comparação anual, explicada pelo forte impacto da depreciação do peso colombiano versus o real no período (-22%).
O lucro bruto totalizou R$ 1,8 bilhão, recuo de 11,6% na comparação anual, com margem de 25,4%, 1,1 p.p. inferior ao mesmo período de 2021, o impacto observado pode ser explicado por efeito pontual no trimestre.