O presidente da China, Xi Jinping, disse hoje no Fórum de Negócios dos Brics, que acontece virtualmente, falou que posições de força e confronto levam à guerra. “As tragédias do passado nos dizem que hegemonia, política de grupo e confronto em bloco não trazem paz ou segurança; só levam a guerras e conflitos. A crise na Ucrânia é outro alerta para todos no mundo. Isso nos lembra que a fé cega na chamada ‘posição de força’ e as tentativas de expandir as alianças militares e buscar a própria segurança às custas dos outros só nos levarão a um dilema de segurança”.
Para Xi, é fundamental defender e valorizar a paz, sem se esquecer de como foram as guerras anteriores. “Diante de um mundo volátil e instável, devemos permanecer fiéis ao compromisso da Carta da ONU e cumprir a missão de manter a paz”.
Com isso, os países devem construir uma relação de respeito mútuo. “Devemos deixar claro que somos uma comunidade na qual todos os países compartilham um interesse comum e devemos ver que a luz da paz alcançará todos os cantos do mundo”.
O presidente chinês também citou as dificuldades econômicas pelas quais o mundo passa, como a pandemia do coronavírus, além da guerra na Ucrânia. “Para onde vai o mundo: paz ou guerra? Progresso ou regressão? Abertura ou isolamento? Cooperação ou confronto? São escolhas dos tempos com que nos deparamos”.
Ele falou da importância de se desenvolver economias sustentáveis, criar condições para a colaboração e integração global, além da globalização em si. “Devemos permanecer comprometidos com a abertura e a inclusão, eliminar todas as barreiras ao desenvolvimento da produtividade e orientar a globalização na direção certa”.
Sobre as providências que a China tomou a respeito da Covid-19, com severos lockdowns em cidades-chave para a economia, Xi disse que a vida das pessoas vem primeiro. “Graças a esses esforços, protegemos a vida e a saúde das pessoas e garantimos um desempenho geral estável no desenvolvimento econômico e social na máxima extensão possível”.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em um discurso gravado, disse que, para o país, é muito importante se aproximar dos empresários dos países que compõem o bloco. “Ao se conhecerem melhor, nossos empresários poderão fechar negócios que resultarão em ganhos recíprocos, inclusive para os trabalhadores de nossos países”, disse o presidente brasileiro.
Bolsonaro também falou da abertura do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, da sigla em inglês), que é uma oportunidade para o crescimento do Bloco, especialmente nas áreas de infraestrutura e mobilidade urbana.