Pazuello sai e Marcelo Queiroga será novo ministro da Saúde

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São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem à noite que o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga, será o novo ministro da Saúde. Ele ficará no lugar do general Eduardo Pazuello.

Esta é a terceira troca de comando na pasta durante a pandemia de covid-19. Antes, ela havia sido ocupada por Henrique Mandetta e Nelson Teich, ambos médicos, que deixaram o posto por divergências com Bolsonaro sobre como conduzir o combate à doença.

A troca no comando do ministério acontece no momento mais grave da pandemia de covid-19 no Brasil. Ontem, a média móvel de sete dias de mortes causadas pela doença chegou a 1.841, um recorde, enquanto metade dos estados e o Distrito Federal apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI superiores a 90%.

A média diária de novos casos de covid-19, que no sábado atingiu um recorde de 71.443, começou a cair nos últimos dois dias após vários estados e municípios adotarem restrições à circulação de pessoas e ao funcionamento das empresas – e terem sido criticados pelo presidente Jair Bolsonaro por causa da decisão.

Ontem, quando anunciou Queiroga como novo ministro, Bolsonaro disse que teve uma “conversa excelente” com o médico e ressaltou que já o conhecia “há alguns anos”. “Tem tudo, no meu entender, para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo o que Pazuello fez até hoje”, acrescentou, avaliando a gestão do general como um trabalho “muito bem feito”.

O presidente também disse que a “política de vacinação em massa continuará cada vez mais presente no nosso governo” e que Queiroga deve “fazer outros programas que interessem cada vez mais para diminuirmos o número de pessoas que vem a entrar em óbito por ocasião desta doença que abateu o mundo todo”.