Pedidos de recuperação judicial crescem 52,1% no primeiro semestre, mostra Serasa Experian

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São Paulo – Entre janeiro e junho de 2023, o Brasil registrou 593 pedidos de recuperações judiciais das empresas. O número representa um crescimento de 52,1% em relação ao mesmo período de 2022, quando os dados bateram 390 requerimentos. O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, avalia que este foi o pior número dos últimos três anos e é fruto da alta da inadimplência das empresas que alcançou 6,48 milhões companhias em maio.

Segundo a Serasa Experian, no acumulado dos primeiros semestres desde 2014, foram registrados 414 pedidos de recuperação judicial no primeiro ano, 492 em 2015, 923 em 2016, 685 em 2017, 753 em 2018, 618 em 2019, 601 em 2020, 454 em 2021, 390 em 2022 e 593 no primeiro semestre de 2023.

Ainda segundo o Indicador de Falências e Recuperações Judiciais da Serasa Experian, nos seis primeiros meses de 2023, o porte que menos demandou por recuperações judiciais foi o de Grande Empresa (3). Micro e Pequena Empresa liderou os pedidos (63), seguidas por Média Empresa (26). Na visão por setores, companhias de Serviços tiveram a maior parcela (261), depois Comércio (168), Indústria (112) e Primário (52).

Mais de 540 pedidos de falências registrados em 2023

Também no primeiro semestre de 2023, foram registrados 546 pedidos de falência das empresas, um aumento de 36,2% na comparação com o mesmo período de 2022.

Segundo a Serasa Experian, no acumulado dos primeiros semestres desde 2014, foram registrados 792 pedidos de falência no primeiro ano, 798 em 2015, 869 em 2016, 829 em 2017, 686 em 2018, 678 em 2019, 455 em 2020, 468 em 2021, 484 em 2022 e 546 no primeiro semestre de 2023.

A maioria dos requerimentos de falências vieram de Micro e Pequena Empresa (303), depois Média Empresa (129) e Grande Empresa (114). Os setores se dividiram entre Serviços (220), Indústria (172), Comércio (150) e Primário (4).