Pesquisadores chineses alertam para maior contágio do vírus

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São Paulo – O novo coronavírus parou de se transformar e se adaptar ao organismo humano, tornando-o mais contagioso, diz o jornal South China Morning Post, citando um estudo da Universidade Politécnica de Hong Kong. As informações são da agência de notícias “Sputnik”.

Uma equipe da instituição chinesa analisou amostras colhidas em diferentes surtos de contágio em Hong Kong desde o final de junho. Os pesquisadores descobriram a semelhança genética entre as variedades dos pacientes que foram infectados no início da terceira onda da doença e as amostras mais recentes.

“O novo coronavírus continuou a sofrer mutações durante as duas primeiras ondas, quando um estudo semelhante foi realizado. Desta vez, os resultados são completamente diferentes, o que significa que o vírus se adaptou ao corpo humano e parou de sofrer mutação, ou que essas pessoas contraíram a doença da mesma forma em um período muito curto de tempo “, diz Gilman Siu, professor da universidade, citado pelo jornal.

O professor da Universidade Chinesa de Hong Kong, David Shu-cheong Hui, também acredita que o vírus se adaptou com sucesso ao corpo humano e se tornou mais contagioso em comparação às duas primeiras ondas da doença.

Os pesquisadores estabeleceram ainda a alta similaridade genética da maioria das variedades transmitidas pela comunidade e amostras importadas.

Assim, conclui Siu, a maioria dos novos surtos de covid-19 se deve a infecções importadas.
Hong Kong registrou um aumento adicional de casos de covid-19 nos últimos dias. Desde o início da pandemia, 2.884 pessoas infectadas foram detectadas, 23 delas morreram e 1.527 se recuperaram.

Em território chinês foram contadas 84.060 pessoas com o novo coronavírus, 78.944 delas se recuperaram, 4.634 morreram e 482 permaneceram hospitalizadas.