São Paulo – A Petrobras ampliou sua a oferta de combustíveis para térmicas, o que permitiu aumentar, entre setembro de 2020 a junho de 2021, a geração termelétrica de suas usinas e de clientes de cerca de 2 mil MW para quase 8 mil MW.
No mesmo período, o volume de gás disponibilizado pela Petrobras para termelétricas aumentou de 12 milhões para 35 milhões de m/3 por dia, disse a estatal em comunicado.
“O incremento se deu por meio de uma série de medidas para maximizar a oferta de gás natural ao mercado”, disse a Petrobras.
Entre as medidas estão a ampliação da capacidade do Terminal de Regaseificação da Baía de Guanabara, de 20 milhões para 30 milhões de m/3 por dia, o posicionamento dos dois navios regaseificadores nos Terminais da Bahia (TR-BA) e do Rio de Janeiro, a importação de GNL (gás natural liquefeito), chegando a mais de 14 navios por mês e a flexibilização pela ANP da especificação do gás processado na unidade de tratamento de Caraguatatuba, além da interligação das Rotas 1 e 2 de escoamento de gás do pré-sal.
Segundo a Petrobras, a companhia continua negociando novo contrato interruptível com a Bolívia e avaliando alternativas para disponibilidade de um terceiro navio regaseificador.
A estatal também explica que “começou a ofertar óleo combustível para uso por clientes termelétricos, atingindo 183 mil toneladas e 44 mil m3 de diesel em junho de 2021. O aumento da oferta foi possível em função de otimizações operacionais nas refinarias e importações.”
MEXILHÃO E ROTA 1
Em relação a parada programada da plataforma de Mexilhão e do gasoduto Rota 1, a Petrobras diz que a postergação para o dia 29 de agosto reduz o período de impacto da parada nos contratos de venda, permitindo um aumento na geração de energia elétrica a gás natural, em função da disponibilidade de gás por mais dias para as usinas Cubatão, Araucária, Linhares, Santa Cruz, William Arjona e Norte Fluminense, além de Termopernambuco, que não mais terá parada nesse período.
“A transferência do navio de Pecém para a Bahia permite o atendimento de UTEs do Sudeste e Sul (UTEs Arjona e Araucária, total de 650 MW), o que, juntamente à geração a diesel na UTE Termoceará (200 MW), mais que compensa as indisponibilidades temporárias no Nordeste (cerca de 750 MW), provendo capacidade de cerca de 100 MW a mais durante o período do reposicionamento”, disse a estatal.
Por fim, a Petrobras explica que paradas como as de Mexilhão e Rota 1, dadas as suas complexidades e abrangências, são necessariamente planejadas com grande antecedência – por isso, programadas – considerando os prazos normativos obrigatórios, a necessidade de contratação de bens e serviços e a coordenação junto com os demais agentes do setor para assegurar o atendimento dos compromissos contratuais com o mercado.
“A intervenção é necessária para garantir a segurança e evitar acidentes, reforçando a integridade de equipamentos e instalações de alta complexidade, cuja inspeção e manutenção devem ser realizadas conforme preconizam as normas e padrões técnicos”, finalizou.
Bruno Soares / Agência CMA
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