São Paulo – A partir de 1 de agosto, a Petrobras aumentará os preços de venda de gás natural para as distribuidoras em 7% em Reais por metro cúbico (m/3), em base trimestral, como resultado da aplicação das fórmulas negociadas nos contratos de fornecimento, que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de câmbio, informou a estatal ontem à noite.
As atualizações dos preços dos contratos são trimestrais e a referência para esses ajustes é a cotação dos meses de abril, maio e junho, explicou a empresa.
“Durante esse período, o petróleo teve alta de 13%, seguindo a tendência de alta das commodities globais; e o Real teve valorização de cerca de 4% em relação ao dólar, em consequência, o ajuste será de 7% em R$/m”, disse, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A companhia acrescentou que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo seu preço de venda, mas também pelas margens das distribuidoras (e, no caso do GNV, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais.
“Além disso, o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. Os contratos de venda para as distribuidoras são públicos e estão disponíveis para consulta no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)”, finalizou a empresa.
Em abril, a empresa aumentou os preços de venda de gás natural para as distribuidoras em 39% em R$/m/3, antes trimestre anterior, a partir de maio.
“Para os meses de maio, junho e julho, a referência são os preços dos meses de janeiro, fevereiro e março. Durante esse período, o petróleo teve alta de 38%, seguindo a tendência de alta das commodities globais. Além disso, os preços domésticos das commodities tiveram alta devido à desvalorização do real”, disse, na ocasião.