Petrobras nega que irá reduzir preço de combustíveis; ações caem mais de 2%

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Divulgação

São Paulo, 18 de setembro de 2024 – A Petrobras, em relação a notícias divulgadas na mídia, informa que não procede que a companhia tenha decidido reduzir preço de combustíveis.

“Eventuais ajustes nos preços de seus produtos são realizados no curso normal de seus negócios sem periodicidade definida e, quando há decisão por alteração, a tabela de preços é divulgada imediatamente aos seus clientes nos canais corporativos”, disse a empresa, em comunicado.

A companhia afirmou também que “monitora diariamente, como parte de seu processo rotineiro, as variações de preços no mercado internacional de petróleo e os desdobramentos no mercado brasileiro.”

“A Petrobras reafirma que eventuais ajustes nos preços dos seus produtos, quando necessários, serão realizados com base em análises técnicas e independentes, considerando a participação de mercado da companhia e a operação otimizada dos seus ativos de refino e logística, em linha com as premissas de sua estratégia comercial.”

“A estratégia comercial permite à Petrobras praticar preços competitivos e em equilíbrio com os mercados internacional e nacional, ao mesmo tempo em que evita o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio, proporcionando períodos de estabilidade de preços aos seus clientes.”

AÇÕES CAEM

As ações da Petrobras operam em queda em meio à baixa da Brent no exterior e após o jornal Valor Econômico noticiar nesta quarta-feira que a produtora de petróleo estuda reduzir o preço dos combustíveis para acompanhar o preço da commodity no exterior. Por volta de 16h42 (horário de Brasília), as preferenciais PETR4 e as ordinárias PETR3 caíam mais de 2%, a R$ 36,25 e R$ 39,67.

De acordo com a publicação, a queda para a gasolina poderia ficar entre 5% e 7%, enquanto o corte no preço do diesel seria entre 7% e 10%. A companhia já teria tomado a decisão, destacaram os jornalistas Adriana Mattos, Kariny Leal e Mônica Scaramuzzo.

O relatório de hoje da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) aponta defasagem média de 4% no diesel e de 3% para a gasolina ante o preço de paridade de importação (PPI) nos polos da Petrobras e de 3% e 2% nos principais polos do país. O cenário médio de preços está acima da paridade para os dois combustíveis devido à estabilidade no câmbio e o ligeiro aumento nos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior, segundo a entidade.

Para a Ativa Investimentos, ainda que as grandes fontes brasileiras do setor, como a Abicom, apontem para a existência de um espaço para que tal movimento seja feito, a forma e o timing noticiados pela matéria preocupa. “Acreditamos que qualquer movimento deste tipo tenha que ser feito visando apenas os fundamentos da companhia e não como uma resposta á eventuais decisões macroeconômicas, que por sinal, ainda nem foram concretizadas. Acreditamos que a vinculação dos eventos contribua para que a companhia siga negociada com forte desconto perante os pares internacionais”, comentou a corretora, que tem recomendação neutra para a ação PN da Petrobras, com preço-alvo de R$ 44,00.