São Paulo – Em cerimônia em comemoração aos 70 anos da Petrobras, nesta terça-feira (3), o diretor de exploração e produção, Joelson Mendes, disse que a empresa está realizando estudos de viabilidade na Bacia de Pelotas, já que a região pode possuir petróleo em águas rasas e também profundas. A bacia localizada na região sul do Brasil foi descoberta no mesmo período do pré-sal e por conta disso ainda não foi explorada, mas agora a região chama a atenção da Petrobras.
Em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na segunda-feira (2), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a Bacia de Pelotas foi deixada de lado por ter sido descoberta na mesma época que o pré-sal, mas que ainda é uma opção a ser considerada pela estatal.
A Petrobras aguarda a realização, pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), de novos leilões de exploração de petróleo e gás natural no próximo dia 13 de dezembro, com blocos de exploração localizados na Bacia de Santos e na região de Pelotas. Ao todo, treze empresas têm condições de participar da disputa pela aquisição dos blocos.
Em 28 de setembro, a ANP anunciou o adiamento, para 6 de outubro, do prazo para apresentação de declarações de interesse e garantias de oferta para blocos a serem incluídos no 2o Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP). As declarações dos blocos de interesse deverão estar acompanhadas de garantias de oferta, nos termos do edital. A decisão da Comissão Especial de Licitação (CEL) de alteração do cronograma foi publicada no Diário Oficial da União hoje (28/9) e resulta do deferimento de pedido tempestivo de prorrogação de prazo para apresentação de garantia de oferta apresentado por licitante inscrita.
Também foi prorrogado para a mesma data o prazo para apresentação dos documentos de qualificação. Somente as empresas inscritas que apresentarem essa documentação até o dia 6 poderão participar do 2o Ciclo da OPP.
O diretor também disse que a estatal também segue muito interessada na exploração da Margem Equatorial na região norte do país e acredita ser possível novas operações de petróleo simultaneamente na Bacia de Pelotas e na Margem Equatorial.
A exploração na Margem Equatorial vem sendo alvo de discussão entre os ministérios de Minas e Energias e do Meio Ambiente. Na última semana, o Ibama emitiu licença para que a Petrobras comece as atividades na Bacia Potiguar, que abrange porções marítimas dos estados do Rio do Grande do Norte e do Ceará e é parte da Margem Equatorial brasileira, que se estende entre os estados do Amapá e do Rio Grande do Norte. A região é considerada uma das mais novas e promissoras fronteiras mundiais em águas profundas e ultra profundas. A autorização permite que a empresa pesquise na Bacia Potiguar, possibilitando que se descubra novas reservas de petróleo naquele local.
Para a Levante Ideias de Investimentos, a Petrobras vem avaliando uma série de novos investimentos, desde eólicas offshore, passando pelo retorno à distribuição de rede de combustíveis e até a exploração de novos campos de petróleo. “Caso a companhia obtenha sucesso no processo de pesquisa e nos leilões da ANP, a quantidade de barris por dia produzidos pela Petrobras pode aumentar significativamente. Vale ressaltar, contudo, que o horizonte de tempo para realização dos investimentos varia entre cinco até sete anos antes que o processo de exploração seja efetivamente iniciado”, avaliam.
