São Paulo – A produção no Brasil e no exterior de petróleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 4,404 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no quarto trimestre de 2021, alta de 0,9% na comparação anual.
“O alcance desses resultados demonstra o compromisso da Petrobras com o cumprimento das suas metas e o foco em ativos em águas profundas e ultraprofundas, que têm demonstrado grande diferencial competitivo, produzindo óleo de baixo custo de extração e alta qualidade, com baixas emissões de gases de efeito estufa”, afirmou o diretor de exploração e produção da Petrobras, Fernando Assumpção Borges, no relatório de produção e vendas do quarto trimestre de 2021.
No Brasil, a produção foi de 2,663 milhões de boed, crescimento de 1,0% na comparação com o mesmo período de 2020. No período, a produção média de óleo, LGN e gás natural foi de 2,704 milhões de boed, uma redução de 4,5% em relação ao 3T21, em função principalmente de paradas programadas em plataformas com elevada produção e do início da vigência do Acordo de Coparticipação de Búzios, fatores parcialmente compensados pelo ramp-up do FPSO Carioca.
Esses fatores também explicaram a variação da produção nos campos do pré-sal, onde a empresa é dona natural e tem como foco, alcançou 1,601 milhões de barris por dia (bpd) no trimestre, 4,3% inferior ao 3T21 e alta de 9,3% na comparação anual.
No exterior, a produção foi de 41 milhões de boed, baixa de 8,9% na mesma base de comparação.
A produção nos campos do pós-sal diminuiu 17,6% e atingiu 458 mil bpd no período. A queda de 8,6% em base trimestral se deve às maiores perdas com paradas de manutenção e ao declínio natural dos reservatórios.
A produção em terra e águas rasas, por sua vez, foi de 92 Mbpd, 3 Mbpd inferior ao trimestre anterior, devido aos desinvestimentos de campos terrestres e ao declínio natural de produção. A produção no exterior foi de 41 Mboed, sendo referente aos campos da Bolívia, Argentina e Estados Unidos, em linha com o 3T21.
De acordo com a Petrobras, a performance os campos do pré-sal foram responsáveis por 70,0% da produção de óleo no período.
No segmento de Refino, o volume total de vendas, que engloba Brasil e exterior, foi de 3,054 milhões de bpd, 1,4% maior na comparação anual, sendo 2,3 milhões no mercado interno, alta de 9,1% e 754 mil no mercado externo, baixa de 16,5%.
Ainda na área de refino, o volume de produção total foi 1,9 milhões de bpd no período, alta de 0,6%, enquanto o volume total de vendas no mercado foi de 1,8 milhões de bpd, elevação de 4,7%.
No período, as exportações líquidas somaram 701 mil bpd, queda de 17,7%, enquanto a importação alcançou 327 mil bpd no trimestre, alta de 35,7% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
O volume de vendas de derivados cresceu 8,5% em 2021 em relação ao ano anterior, com destaque para o aumento da comercialização de gasolina, diesel e querosene de aviação (QAV), principalmente em função do forte impacto nas vendas causado pela pandemia da Covid-19 em 2020, além da menor importação de gasolina e diesel por terceiros entre os períodos, resultando em aumento da participação da companhia no mercado.
COMPANHIA BATE METAS
A Petrobras disse que obteve um excelente desempenho operacional em 2021, atingindo todas as metas de produção para o ano com 2,2 milhões de barris por dia (bpd) em óleo e líquido de gás natural (LGN), de 2,21 milhões previstos; 2,46 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em óleo, LGN e gás comercial, de 2,43 milhões de boed; e 2,77 produzidos em óleo, LGN e gás total, de 2,72 milhões de boed.
Entre os destaques da produção do ano passado, a companhia apontou o início de produção do FPSO Carioca, em 23 de agosto, primeira plataforma no campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos. “A entrada em operação do primeiro projeto de Sépia é um marco para todos nós que trabalhamos na Petrobras. É a vitória da garra, da persistência e da capacidade técnica de nossos profissionais, num cenário externo desafiador em função da pandemia”, afirma o diretor de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen.
A estatal alcançou recorde na produção própria do pré-sal, com média anual de 1,95 MMboed, representando 70% da produção total da Petrobras. “Nossa produção no pré-sal vem crescendo rapidamente e o recorde registrado representa mais do que o dobro do volume que produzíamos nesta camada há cinco anos”, disse a empresa, em relatório.
A companhia também teve recorde anual de aproveitamento de gás com a marca de 97,2% do gás produzido. “Batemos recorde anual de vendas e produção de diesel S-10 em 2021, com aumento de 34,7% nas vendas e de 10% na produção. O crescimento do consumo do óleo diesel S-10 ocorre juntamente com modernização da frota nacional, garantindo melhores resultados ambientais e econômicos para os usuários.”
A produção de derivados em 2021 também superou os volumes de 2020, apesar da concentração de paradas programadas de manutenção, deslocadas de 2020, período inicial e mais crítico da Covid-19.
