Petrobras quer novo critério para utilização de biocombustíveis

A mudança defendida pela companhia na forma de definir os mandatos dos biocombustíveis traria ganhos ambientais

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São Paulo – O gerente executivo de comercialização no mercado interno da Petrobras, Cláudio Mastella, defendeu uma nova forma para a definição dos mandatos dos biocombustíveis no Brasil para aumentar os ganhos ambientais, durante palestra na Rio Oil & Gas.

Mastella disse que a regulação vigente no país determina a adição de 12% de biodiesel éster ao diesel comum, comercializado nos postos, enquanto que outros países já adotam critérios quantitativos de descarbonização da atmosfera que resultam em ganhos mais efetivos para o meio ambiente com mandatos de descarbonização, medidos em gramas de CO2 equivalente evitado por unidade de energia gerada.

“Essa mudança permitiria que os combustíveis vendidos ao consumidor final sejam efetivamente menos poluentes em toda a sua cadeia produtiva. Em vez de observar qual tipo de biocombustível está sendo utilizado, permitindo reservas de mercado para combustíveis menos eficientes, seria considerado efetivamente o ganho para o meio ambiente que um determinado combustível traz”, destacou Mastella.

Ainda segundo o executivo, a mudança abre espaço para adoção de biocombustíveis mais modernos como o diesel renovável, que é capaz de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 70% quando comparado ao diesel derivado do petróleo e em 15% quando comparado ao biodiesel éster.