São Paulo – A Petrobras confirmou que reduziu o preço do querosene de aviação (QAV) em 0,4%, ou menos R$ 0,014 por litro, segundo informação do “Broadcast”, em resposta ao questionamento da Agência CMA. A redução começou a valer nesta quinta-feira, 1 de fevereiro.
A Petrobras informou que nos últimos 12 meses, reduziu em cerca de 30,3% os seus preços de venda de QAV para as distribuidoras, o que corresponde a uma redução média de R$ 1,59/litro em relação ao preço de fevereiro de 23. A queda acumulada em 2024 é de 10,2%, o que corresponde a uma redução média de R$ 0,42/litro em relação ao preço de dezembro de 2023.
A Petrobras comercializa o QAV produzido em suas refinarias ou importado apenas para as distribuidoras, que por sua vez transportam e comercializam os produtos para as empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos, ou para os revendedores. Distribuidoras e revendedores são os responsáveis pelas instalações nos aeroportos e pelos serviços de abastecimento.
Importante ressaltar que o mercado brasileiro é aberto à livre concorrência, e não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores de QAV.
Para conhecer os preços de venda da Petrobras para as distribuidoras, convidamos a visitar: precos.petrobras.com.br
REUNIÃO
Ontem à noite, a companhia confirmou participação em reunião do governo com as companhias aéreas, com o objetivo de contribuir para as discussões sobre o socorro financeiro às empresas, em resposta a questionamento da CVM sobre o assunto, noticiado no “Estadão”.
Segundo a empresa, sua participação nas reuniões mencionadas faz parte das suas atividades “rotineiras” e que não houve qualquer decisão com relação a uma possível redução no preço do Querosene de Aviação (QAV) ou no modelo contratual de fornecimento para as distribuidoras, como foi sugerido na notícia.
“Em atendimento ao ofício, a Companhia informa que realiza reuniões com representantes de companhias aéreas, que são consumidoras finais de QAV comercializado pela Petrobras para distribuidoras de combustíveis, no curso normal de seus negócios”, explicou a Petrobras.
“Com regularidade, a Petrobras também é convidada a contribuir com seu conhecimento técnico sobre o mercado brasileiro de combustíveis em discussões com diversos órgãos do governo federal. Tais ações de relacionamento com públicos de interesse da Companhia ocorrem ordinariamente com relação aos diferentes tipos de produtos comercializados pela Companhia.”
Por fim, a Petrobras reforçou que “os preços de seus produtos são fixados com base nas políticas comerciais vigentes e de acordo com os procedimentos de governança aplicáveis.”
GÁS NATURAL
A Petrobras informa que, a partir desta quinta-feira, 01/02/24, conforme os contratos acordados pela Companhia com as distribuidoras, os preços de venda da molécula de gás natural terão redução média de 2% em R$/m, com relação ao mês de janeiro de 2024.
Os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação, para cima ou para baixo, às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio R$/US$. Para o trimestre que inicia em fevereiro de 2024 a referência do petróleo caiu 3,6% e o câmbio teve depreciação de 1,5% (isto é, a quantia em reais para se converter em um dólar aumentou 1,5%).
Além disso, em janeiro de 2024 entraram em vigor diversos novos contratos oriundos do novo portfólio de produtos Petrobras, e dos processos competitivos das Distribuidoras. O portfólio trouxe a possibilidade de celebração de contratos em diversos prazos (5 anos, 7 anos, 9 anos e 11 anos) e escolha pelas Distribuidoras quanto à inclusão ou não do transporte de saída nos contratos. Assim, o mercado escolheu a melhor combinação de produtos para atendimento às suas necessidades.
Lembramos que os clientes com contratos vigentes em 2023 perceberam redução acumulada de 22,2% no preço da molécula do Gás Natural ao longo do ano.
A Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula pela companhia, mas também pelo custo do transporte até a distribuidora, pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV Gás Natural Veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais.
Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. A Companhia ressalta que a atualização anunciada para 01/11/23 não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel.