São Paulo – A Petrobras anunciou que, a partir de amanhã (27/12), reduzirá em R$ 0,30 por litro o seu preço médio de venda de diesel A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 3,48 por litro.
Segundo a companhia, o ajuste “é resultado da análise dos fundamentos dos mercados externo e interno frente à sua estratégia comercial implementada em maio de 2023 em substituição à política de preços anterior, e que passou a incorporar parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação.”
Considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor terá uma redução de R$ 0,26 por litro e passará a ser, em média, R$ 3,06 a cada litro vendido na bomba.
Dessa forma, o preço médio do diesel A S10 nas bombas poderá refletir valores entre R$ 4,63 e R$ 8,26 por litro, a depender do local de venda. A Petrobras considera o Levantamento de Preços de Combustíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a semana de 17 a 23 de dezembro, que indicou um valor médio de R$ 5,98 por litro, variando entre R$ 4,89 e R$ 8,52 por litro.
“Destaca-se, no entanto, que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda. Dessa forma, esta estimativa tem propósito meramente referencial, mantidas constantes as demais parcelas que compuseram os preços ao consumidor naquele período. Cabem às autoridades competentes a fiscalização, autuação e penalização de práticas abusivas ou lesivas ao consumidor”, explica.
No ano, a variação acumulada do preço de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras é uma redução de R$ 1,01 por litro, equivalente a 22,5%, acrescenta a companhia, em comunicado.
Preços da gasolina e do gás de cozinha permanecem estáveis
Para a gasolina, neste momento, a Petrobras está mantendo seus preços de venda às distribuidoras estáveis, tendo em vista o último movimento realizado em 21 de outubro, uma redução de R$ 0,12 por litro.
No ano, os preços de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras acumulam uma redução de R$ 0,27 por litro, equivalente a 8,7%. Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina C comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor é, em média, R$ 2,05 a cada litro vendido na bomba.
Segundo dados do Levantamento de Preços de Combustíveis da ANP para a semana de 17 a 23 deste mês, o valor médio da gasolina C comum comercializada nas bombas foi de R$ 5,59 por litro, variando entre R$ 4,65 e R$ 7,69 por litro.
Para o GLP, a Petrobras também manteve os preços de venda às distribuidoras estáveis desde o último reajuste, em 1 de julho. No ano, os preços de GLP da Petrobras para as distribuidoras acumulam uma redução equivalente a R$ 10,40 por botijão de 13kg, ou 24,7%. Hoje, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor é, em média, R$ 31,66 por botijão de 13kg.
Segundo dados do Levantamento de Preços de Combustíveis da ANP para a semana passada, o valor médio do botijão de 13kg foi de R$ 100,79, variando entre R$ 67,00 e R$ 150,00 por litro.
“Ciente da importância de seus produtos para a sociedade brasileira, a companhia reitera que na formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”, comentou a Petrobras.
A empresa também informou que publica em seu site informações referentes à sua parcela e dos demais agentes na formação e composição dos preços médios de combustíveis ao consumidor para “contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade”.
Cia pagará dividendos complementares de 2022 na quarta-feira (27)
A Petrobras também informou que pagará na quarta-feira (27) a terceira parcela dos dividendos complementares referentes ao exercício de 2022, com base na posição acionária de 27 de abril de 2023. O valor por ação ordinária e preferencial será de R$ 0,562, já corrigido pela taxa Selic de 31 de dezembro de 2022.
Carmo Energy descumpre acordo de pagamento de US$ 296 milhões por Polo Carmópolis
A Petrobras informou o não cumprimento de obrigação contratual de pagamento da Carmo Energy e sua controladora Cobra Instalaciones y Servicios, na qualidade de garantidora, relacionada à venda da totalidade de suas participações no conjunto de 11 concessões de campos terrestres de produção de óleo e gás, com instalações integradas, localizadas no estado de Sergipe, denominados conjuntamente de Polo Carmópolis.
O valor da venda foi de US$ 1,1 bilhão, sendo que US$ 275 milhões foram pagos, a título de sinal, e US$ 548 milhões foram pagos em 20 de dezembro de 2022, data de fechamento da transação considerando os ajustes devidos; e US$ 296 milhões deveriam ter sido pagos em 20 de dezembro de 2023, já considerando os ajustes devidos.
A Petrobras adotará as medidas contratuais e legais cabíveis para a cobrança dos valores devidos.
Petrobras inicia a perfuração do poço Pitu Oeste, na Margem Equatorial
A Petrobras iniciou, no sábado (23), a perfuração do poço de Pitu Oeste (RN), que marca a retomada da pesquisa da companhia por óleo e gás na Margem Equatorial, região que se estende pelo litoral brasileiro do estado do Rio Grande do Norte ao Amapá. A perfuração do poço, na concessão BM-POT-17, localizada a 53 quilômetros da costa do Rio Grande do Norte, levará de 3 a 5 meses.
Por meio do poço de Pitu Oeste, a Petrobras obterá mais informações geológicas da área, o que permitirá a confirmação da extensão da descoberta de petróleo já feita, em 2014, no poço de Pitu.
Em outubro, a Petrobras recebeu do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a licença de operação para a perfuração de dois poços de pesquisa de óleo e gás, em águas profundas na Bacia Potiguar, na Margem Equatorial brasileira. No âmbito da mesma licença ambiental, a companhia pretende perfurar o poço Anhangá, na concessão POT-M-762, localizada a 79 km da costa do estado do Rio Grande do Norte, próxima ao poço Pitu Oeste.
A Petrobras pretende contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da região, sem esquecer da importância em fazer parte dos esforços para promover a segurança energética nacional. A Margem Equatorial será um ativo importante até para a sustentabilidade global, declarou Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.
Se for confirmada a viabilidade econômica da concessão, será necessário conceber e desenvolver toda a estrutura operacional para a produção e será preciso realizar um novo processo de licenciamento ambiental específico para a etapa de produção.
No Plano Estratégico 2024-2028 da Petrobras está previsto o investimento de US$ 3,1 bilhões para pesquisa de óleo e gás na Margem Equatorial, onde a companhia planeja perfurar 16 poços nesse período.