São Paulo – O prejuízo líquido recorrente, que desconta dos resultados eventos com efeitos temporários ou extraordinários, somou R$ 13,732 bilhões no segundo trimestre, após lucro de R$ 8,942 bilhões no mesmo período do ano anterior. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado encolheu 23,5%, para R$ 24,986 bilhões.
No trimestre os resultados da companhia foram impactados pela pandemia do novo coronavírus e pelo desajuste no mercado mundial de petróleo, que teve reflexos na demanda e nos preços da commodity.
Segundo a empresa, o resultado é decorrente da ausência de impairments no trimestre e ao ganho proveniente de exclusão do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de cálculo do PIS/Cofins, após decisão judicial favorável que teve um efeito de R$ 10,9 bilhões no resultado.
A empresa informou que “sem esses fatores o resultado seria pior devido aos impactos da pandemia do novo coronavírus, com reflexos nos preços, margens e volumes”.
O ebitda ajustado leva em consideração o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, participações em investimentos, reduções no valor recuperável de ativos (impairment), o resultado com alienação e baixa de ativos e remensuração nas participações societárias.
No período, a dívida líquida da companhia diminuiu 14,9%, para R$ 71,222 bilhões. Com isso, passou a ser equivalente a 2,34 vezes a soma do ebitda ajustado da Petrobras nos últimos 12 meses.
A Petrobras também reportou que no terceiro trimestre o custo de extração de petróleo no Brasil sem levar em consideração pagamentos relacionados à participação do governo – como royalties – caiu 36,8%, para US$ 6,59 por barril de petróleo equivalente (boe).
Considerando a participação do governo, houve queda de 54,4%, para US$ 10,56 por boe.
O custo de extração do petróleo no pré-sal, de onde vem a maior parte da produção da empresa, diminuiu 30,8%, para US$ 4,17 por boe. Este número não leva em consideração a participação do governo.
Ao longo do segundo trimestre, o preço médio de venda do petróleo tipo Brent no mercado internacional foi de US$ 29,20 por barril, o que representa queda de 57,6% em relação a um ano antes. O preço de venda do petróleo da Petrobras no Brasil, na mesma base de comparação, caiu 63%, para US$ 23,98 por barril.
INVESTIMENTOS
No trimestre, a empresa investiu R$ 1,937 bilhão, queda de 24,1% em base anual de comparação e de 20,4% em relação ao primeiro trimestre deste ano.