Petrobras vai reativar fábrica de fertilizantes em Araucária (PR)

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São Paulo, SP – A Petrobras informou que sua Diretoria Executiva aprovou, por unanimidade, as medidas iniciais para a revitalização e futura retomada das operações da
fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária integral da companhia. A
planta, localizada no Paraná, está hibernada desde 2020.

Situada ao lado da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), a Ansa tem capacidade de produção de 720 mil toneladas/ano de ureia e 475 mil toneladas/ano de amônia, além de 450 mil m3/ano do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32).

“Diante da revisão das diretrizes estratégicas da companhia aprovadas no ano passado, o
investimento na produção de fertilizantes voltou a fazer parte do portfólio da Petrobras. Na
primeira fase desta reentrada no setor, a estratégia tem sido reconfigurar e consolidar operações viáveis em ativos que já pertencem à companhia”, explicou o comunicado.

Em relação à Ansa, a Diretoria Executiva aprovou a negociação com ex-empregados, e junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), dos termos da contratação; e o início dos trâmites para contratação de serviços de manutenção e materiais críticos relativos à retomada da planta industrial.

Tanto os acordos trabalhistas quanto a realização das licitações e contratações ficaram
condicionados a uma nova deliberação da Diretoria Executiva, quando os procedimentos estiverem bem definidos.

Além disso, a Diretoria da Petrobras recomendou que a ANSA realize trabalhos de campo, buscando a otimização do escopo da parada programada e avaliação da integridade dos equipamentos.

A partir da próxima semana, várias áreas técnicas e administrativas da Petrobras continuarão trabalhando em análises, consultas e recomendações internas com vistas a prover todas as condições para as próximas deliberações a respeito da retomada das operações da ANSA. A Diretoria de Processos Industriais também já iniciou os estudos para reativar a unidade de produção de ARLA 32 e o trading de fertilizantes nitrogenados, ureia pecuária e industrial, com vistas a voltar ao mercado e se antecipar ao início da produção.

CAMPOS CHERBE E BAGRE

A Petrobras informou que sua Diretoria Executiva aprovou a cessão da totalidade de sua participação nos campos de Cherne e Bagre, localizados em águas rasas na Bacia de Campos, para a Perenco Petróleo e Gás do Brasil Ltda (Perenco). A produção dos dois
campos foi interrompida em março de 2020 e as respectivas plataformas estão hibernadas desde então.

O valor a ser recebido pela Petrobras com a operação é de US$ 10 milhões, sendo US$ 1 milhão pagos na data de assinatura do contrato para a cessão dos ativos e o restante no fechamento da transação, sujeito aos ajustes previstos no contrato.

Segundo o comunicado, a transferência desses campos para a Perenco traz a perspectiva de retomada da produção pelo novo operador, “configurando alternativa mais vantajosa para a Petrobras em comparação à opção de descomissionamento das instalações e devolução das concessões à ANP. Ao mesmo tempo, essa transação possibilita que a Petrobras direcione seus investimentos no segmento de E&P para ativos mais aderentes à estratégia da companhia, que envolve, entre outros fatores, a descarbonização crescente das operações”.

A estatal ressaltou que não haverá prejuízo ou transferência de qualquer empregado da Petrobras em decorrência da cessão dos ativos, uma vez que a maior parte dos trabalhadores que atuavam na operação já foi realocada para outras atividades da companhia. O efetivo mínimo mantido para manutenção dos ativos hibernados integrará outras operações após a conclusão da transferência dos campos.