Petróleo é indispensável para a eletrificação global, afirma Haitham Al Ghais, da Opep

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Em um artigo publicado hoje no site da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o secretário-geral Haitham Al Ghais afirma que a eletrificação é frequentemente apresentada como o grande rival do petróleo. “Acredita-se, com base em alguns mitos perpetuados sobre a indústria de energia, que eletrificação e petróleo operam em compartimentos distintos, como se estivessem em uma luta existencial. ‘Só pode haver um vencedor’, dizem os mitos, com a substituição inevitável no impulso incessante para “eletrificar tudo”.

Ghais diz que a Opep não vê as fontes de energia como parte de um jogo de soma zero; nem a história da energia pode ser reduzida a uma sucessão de “eventos de substituição de energia”. Para ele, a realidade mostra que o petróleo não opera isoladamente, separado de outros setores e indústrias. “Pelo contrário, a versatilidade do petróleo e dos produtos derivados do petróleo é tamanha que eles desempenham um papel indispensável em uma série de outros setores e indústrias”.

O secretário-geral da Opep dá o exemplo do papel dos produtos derivados do petróleo no setor elétrico. “O petróleo é essencial na geração de energia, desde a fabricação de turbinas eólicas e painéis solares até os muitos aparelhos elétricos que contêm materiais derivados do petróleo. Além disso, muitos produtos de petróleo são utilizados na transmissão de eletricidade, como na fabricação e manutenção de cabos, linhas aéreas, transformadores e sistemas de controle”.

Ele declara que a expansão do sistema elétrico, que é fundamental para atingir as metas ambiciosas de eletrificação e descarbonização, aumenta a demanda por materiais e produtos derivados do petróleo. “A construção e manutenção das infraestruturas elétricas, incluindo a proteção de cabos e o funcionamento dos transformadores, dependem fortemente de produtos como óleo mineral e plásticos derivados do petróleo. Portanto, interromper os investimentos na indústria do petróleo pode comprometer a produção de produtos essenciais para o funcionamento e expansão das redes elétricas”, conclui.