Phoenix FIP vence leilão de privatização da Emae

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São Paulo, SP – Com proposta de R$ 1,04 bilhão após um certame bastante disputado de 56 lances, a empresa Phoenix FIP venceu o leilão de privatização da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), na ultima sexta-feira (19), na B3. Com isso, a empresa
assume o controle acionário da companhia, que produz energia elétrica em instalações nas cidades de São Paulo, Cubatão, Salto e Pirapora do Bom Jesus. Sob gestão privada, a Emae também vai manter atividades de controle de cheias e travessias por balsa.

“A Phoenix tem uma responsabilidade gigante porque estão pegando uma empresa importante, com dinheiro em caixa e que apresenta resultados como a Emae. Quando você vê o resultado deste leilão que, para nós, foi extraordinário, é um sinal que o projeto foi bem estruturado. O setor privado acreditou, o setor privado veio porque o projeto foi bem estruturado e a Emae tem perspectiva e potencial para crescer”, disse o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

O valor unitário a ser pago pela Phoenix por ação ficou em R$ 70,65, valor 33,68% acima do preço mínimo de R$ 52,85. Com isso, o Governo de São Paulo vai arrecadar o total de R$ 1,042 bilhão com a privatização. A nova controladora da Emae superou as concorrentes EDF Brasil Holding, que fez proposta final de R$ 70,31, e Matrix Energy Participações, que ofereceu valor máximo de R$ 59,20.

“Muito feliz com o resultado. Acho que é um marco para o estado de São Paulo o leilão do nosso último ativo elétrico. Acredito que a Phoenix possa começar uma nova história aproveitando toda a capacidade de geração de energia que a Emae tem para a eletrificação da nossa frota, entre outras coisas”, afirmou o secretário de Parcerias em Investimentos Rafael Benini.

A gestão paulista optou pela modalidade de venda em lote único, com oferta de 14,7 milhões de ações da Emae, sendo 14,4 milhões de titularidade do Governo de São Paulo e outras 350 mil do Metrô.

GERAÇÃO DE ENERGIA

Com o controle da Emae, a Phoenix FIP passa a ser responsável pela geração de energia elétrica em quatro usinas hidrelétricas, oito barragens e duas usinas elevatórias de tratamento de efluentes.

Segundo parâmetros de 2023, a Emae tem 1.663 GWh de energia elétrica gerada, o suficiente para abastecer, em média, 825 mil residências. A eletricidade produzida pela Emae chega ao consumidor final por meio das concessionárias distribuidoras.

CONTROLE DE CHEIAS E TRAVESSIAS

Mesmo após a privatização, a Emae continuará a desempenhar um papel essencial na prevenção a alagamentos em áreas urbanas por meio do controle dos níveis dos rios Pinheiros e Tietê. na capital, o serviço é feito pelo bombeamento de águas do Canal Pinheiros para a Represa Billings. Além disso, a Emae também faz o desassoreamento e a remoção de lixo no Canal Pinheiros para melhorar o escoamento da água e facilitar o bombeamento das usinas elevatórias.

A Emae também vai manter o serviço de balsas na Represa Billings para transporte de pessoas e veículos nas travessias Bororé, João Basso e Taquacetuba, que conectam bairros da capital e da cidade de São Bernardo do Campo pelo reservatório Billings. Com cerca de 5 mil viagens mensais, o serviço transporta gratuitamente 48 mil passageiros e 53 mil veículos.