São Paulo – A economia brasileira cresceu pelo segundo trimestre consecutivo entre julho e setembro deste ano, em +0,6% em relação ao período imediatamente anterior, quando avançou 0,5% frente aos três primeiros meses de 2019 (dado revisado de +0,4% originalmente), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou acima da mediana projetada pelo Termômetro CMA, de +0,50%.
O IBGE também revisou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) nos três primeiros meses deste ano em relação ao último trimestre do ano passado, de -0,1% para estabilidade (0,00%). Já em relação ao terceiro trimestre de 2018, o PIB do terceiro trimestre de 2019 registrou o décimo primeiro resultado positivo seguido, em +1,2% e ganhando tração em relação ao resultado anterior (+1,1%, no dado revisado), no mesmo confronto.
O resultado na comparação anual também ficou acima da mediana projetada pelo Termômetro CMA, de +1,0%. Com isso, o PIB brasileiro acumula altas de 1,00% no ano e nos últimos 12 meses, até setembro. Em valores, o PIB do país somou R$ 1,842 trilhão no terceiro trimestre deste ano.
Entre os componente do PIB, na ótica da oferta, o setor agrícola subiu 1,3% entre julho e setembro deste ano em relação aos três meses anteriores mas avançou pelo sexto trimestre seguido ante igual período de 2018, em +2,1%.
O PIB do agronegócio somou R$ 79,7 bilhões no terceiro trimestre deste ano, acumulando alta de 1,4% desde o início de 2019.
Já o PIB da indústria subiu pelo segundo trimestre seguido, nas duas bases de comparação, em +0,8%, em base trimestral e em +1,0% em relação ao mesmo período de 2018. O PIB industrial somou R$ 351,1 bilhões no terceiro trimestre deste ano, acumulando ligeira alta de 0,1% desde o início de 2019.
Ainda do lado da oferta, o PIB de serviços registrou o décimo primeiro trimestre consecutivo de alta e subiu 0,4%, em base trimestral. Na comparação anual, o PIB do setor teve alta de 1,0%, no décimo resultado positivo. O PIB de serviços somou R$ 1,152 trilhão no terceiro trimestre deste ano, acumulando alta de 1,1% desde o início de 2019.
Já pela ótica da demanda, o consumo das famílias subiu 0,8% no terceiro trimestre de 2019, no quinto trimestre seguido de resultado positivo. Em relação ao mesmo período de 2018, o consumo das famílias teve alta de 1,9%, no décimo resultado positivo seguido. No terceiro trimestre deste ano, o consumo das famílias somou R$ 1,188 trilhão, acumulando alta de 1,8% desde o início de 2019.
Ainda nessa ótica, o consumo do governo caiu pelo segundo trimestre seguido, em -0,4% ante o trimestre anterior e recuou 1,4% em relação ao mesmo período de 2018, também no segundo resultado negativo consecutivo. Os gastos do governo somaram R$ 354,9 bilhões de julho a setembro de 2019, acumulando queda de 0,7% desde o início do ano.
Por fim, a formação bruta de capital fixo (FBCF) no país subiu pelo segundo trimestre seguido, em + 2,0% no terceiro trimestre de 2019 em relação ao período anterior, enquanto na comparação com igual período de 2018 houve alta de 2,9%, no oitavo resultado positivo consecutivo. Essa parcela do PIB, que se refere aos investimentos produtivos, somou R$ 299,6 bilhões no terceiro trimestre deste ano, acumulando alta de 3,1% desde o início de 2019.
Olívia Bulla / Agência CMA
