São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha caiu 2,2% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o trimestre anterior, em dados ajustados para efeitos sazonais e de calendário, a maior queda desde a crise financeira global, em 2009. As informações são da leitura revisada divulgada pelo escritório oficial de estatísticas do país.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2019, o PIB teve queda de 2,3%, em dados com ajuste para efeitos de calendário. Sem esses ajustes, o PIB caiu 1,9%. Os dados confirmam a leitura preliminar. No quarto trimestre de 2019, a economia alemã havia caído 0,1% em base trimestral, avançado 0,4% em base anual com ajuste 0,2% em base anual sem ajustes, segundo dados revisados.
“A pandemia do novo coronavírus afetou fortemente a economia alemã”, afirmou o departamento de estatísticas. A contração econômica em base trimestral é a maior desde o primeiro trimestre de 2009, quando houve queda de 4,7% no PIB, e a segunda maior desde a reunificação alemã. Em base anual, a recessão do primeiro trimestre deste ano foi a maior desde o segundo trimestre de 2009, quando houve baixa de 7,9% no PIB.
Na comparação entre o primeiro trimestre e os três meses anteriores, a demanda doméstica fez contribuições negativas para o PIB, com baixa de 3,2% nos gastos das famílias e alta de 0,2% nos do governo.
Os investimentos também contribuíram de forma negativa, com queda de 6,9% na formação bruta de capital fixo em maquinário e equipamentos e de 0,3% em outros ativos. Na construção, porém, houve alta de 4,1%.
O desenvolvimento do comércio exterior desacelerou o crescimento econômico, com as exportações em queda de 3,1% na comparação trimestral, uma baixa mais forte do que as importações, que caíram 1,6%, de acordo com o instituto alemão de estatísticas.