São Paulo – A economia brasileira engatou o terceiro trimestre seguido de alta ao crescer 1,2% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao período anterior, refletindo uma melhora na economia, dirimindo os impactos da pandemia de coronavírus na atividade doméstica. O resultado é maior que a mediana projetada pelo Termômetro CMA, de +0,70%. O Produto Interno Bruto (PIB) somou US$ 2,048 trilhões entre janeiro e março deste ano.
Em relação ao primeiro trimestre de 2020, o PIB nacional subiu 1,0%, interrompendo a sequência de quatro trimestres seguidos de recuo nesse tipo de confronto, e retomando aos níveis pré-pandemia. O resultado na comparação anual também é maior que a mediana projetada, de +0,50%, ainda conforme o Termômetro CMA.
Entre os componentes do PIB, na ótica da oferta, o setor agrícola avançou 5,7% na comparação com o trimestre anterior, enquanto registrou alta de 5,2% ante igual período de 2020. O PIB do agronegócio somou R$ 208,8 bilhões nos primeiros três meses deste ano.
Já o PIB da indústria teve alta de 0,7% no confronto trimestral, enquanto avançou 3,0% em relação ao mesmo período do ano passado, somando R$ 348,6 bilhões no primeiro trimestre de 2021. Com o resultado, o setor engatou o terceiro resultado trimestral positivo.
Ainda do lado da oferta, o PIB de serviços também engatou o terceiro trimestre de resultado positivo e subiu 0,4% na comparação com o quarto trimestre, mas caiu pela quinta vez seguida, em -0,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O PIB do setor de serviços somou R$ 1,2 trilhão entre janeiro e março deste ano.
Pela ótica da demanda, o consumo das famílias caiu 0,1% em relação ao período anterior, interrompendo dois trimestres seguidos de alta, e recuou pela quinta vez seguida, em -1,7% ante o mesmo período de 2020. Entre janeiro e março, o consumo das famílias somou R$ 1,2 trilhão.
Ainda nessa ótica, o consumo do governo teve queda de 0,8% ante o trimestre anterior, também interrompendo dois trimestres de resultado positivo. Em relação aos três primeiros meses de 2020, os gastos do governo recuaram pela décima vez seguida (desde o quarto trimestre de 2018), em -4,9%. No primeiro trimestre deste ano, essa cifra do PIB nacional referente à União somou R$ 359,5 bilhões.
Por fim, a formação bruta de capital fixo (FBCF) no país avançou 4,6% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao período anterior, somando R$ 397,5 bilhões, também acumulando três trimestres seguidos de alta. Já na comparação com igual período do ano passado, a FBCF, que se refere aos investimentos produtivos, disparou 17,0%.
