PIB mundial deve crescer 3,2% em 2024 e 3,3% em 2025, diz OCDE

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OECD Conference Centre Paris, France Photo: OECD/Michael Dean

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou hoje o Economy Outlook, um relatório anual que traz as perspectivas de crescimento econômico de vários países. Segundo a instituição, o crescimento do PIB mundial deve ser de 3,2% neste ano e de 3,3% em 2025. O PIB dos países do G20 deve crescer 3,3% em 2024 e 2025, e o PIB dos países que pertencem à OCDE, por outro lado, deve crescer 1,7% em 2024 e 1,9% em 2025.

De acordo com a instituição, a inflação baixa, o crescimento constante do emprego e uma política monetária menos restritiva ajudarão a sustentar a demanda, apesar de alguns ventos contrários ocasionais devido ao aperto fiscal necessário em muitos países.

“Algumas diferenças entre os países provavelmente persistirão no curto prazo, mas devem diminuir, à medida que o crescimento sólido nos Estados Unidos e no Brasil comece a desacelerar, e a recuperação na Europa ganhe força”, afirma um trecho do documento. A demanda doméstica robusta na India e na Indonésia, juntamente com as medidas de estímulo recentemente anunciadas na China e no Japão, devem apoiar o crescimento contínuo e forte na Ásia.

A inflação anual dos preços ao consumidor nos países do G20 deve moderar para 3,5% e 2,9% em 2025 e 2026, respectivamente, em comparação com 5,4% este ano. Até o final de 2025 ou início de 2026, projeta-se que a inflação esteja de volta à meta em quase todas as grandes economias.

A OCDE aponta também riscos significativos de baixa para as perspectivas econômicas. Tensões geopolíticas elevadas continuam a ser um risco adverso importante no curto prazo, especialmente se os conflitos em evolução no Oriente Médio se intensificarem e colocarem em risco a segurança do fornecimento de petróleo da região. Um aumento inesperado nos preços do petróleo elevaria substancialmente a inflação global, afetando a confiança e o crescimento, especialmente nos países importadores de petróleo.

Além disso, “a incerteza sobre a política comercial aumentou consideravelmente nos últimos meses, somando-se às preocupações geradas pelo aumento contínuo do número de medidas restritivas de importação implementadas pelas principais economias”.