São Paulo – O governo do presidente Jair Bolsonaro estuda alterar o Bolsa Família para restringir o acesso ao programa. As mudanças ainda estão em fase de análise, mas um dos objetivos é “fazer verificações de pessoas que não mereçam participar”, afirmou o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.
Segundo o porta-voz, as alterações pretendem “recuperar alguns aspectos que ficaram para trás” em governos anteriores, “privilegiando mérito”. Ele destacou que cerca de 21% da população brasileira – ou o equivalente a 42 milhões de pessoas – são atendidas hoje pelo Bolsa Família.
Na terça-feira, Bolsonaro disse que o ingresso de pessoas no Bolsa Família está “sem filtro” e que o governo estava trabalhando para restringir o acesso ao programa. “O maior problema não é o pente fino. É a quantidade.
Tem que ter um mecanismo para punir a pessoa na ponta da linha que simplesmente vai botando pra dentro do Bolsa Família”, acrescentou.
A declaração do presidente contrasta com os dados sobre o número de famílias beneficiadas pelo programa, que caiu 4,6% desde 2018, com a redução mais brusca sendo registrada no final do ano passado.
Em 2018, o total de famílias beneficiadas era de 13,8 milhões. Em outubro de 2019, o número estava em 13,5 milhões, enquanto em dezembro houve queda para 13,17 milhões