São Paulo – O presidente da unidade de Kansas City do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jeffrey Schmid, disse hoje que a política monetária dos Estados Unidos permanece em território restritivo, mas não de forma exagerada.
“Continuaremos ajustando a política monetária até alcançarmos o nível que acreditamos ser a taxa neutra”, disse Schmid em declarações à Câmara de Comércio de Omaha, ressaltando que esse nível pode não estar muito distante.
A taxa atual, estabelecida em um intervalo entre 4,5% e 4,75%, é “um tanto restritiva, mas não excessivamente restritiva”, acrescentou.
Segundo ele, ainda é incerto até que ponto a taxa básica de juros pode cair, embora as reduções iniciais feitas pelo Fed sejam um voto de confiança de que a inflação está retornando à sua meta de 2%.
“A decisão de reduzir os juros é um reconhecimento da … crescente confiança de que a inflação está a caminho de atingir a meta de 2% do Fed — uma confiança baseada, em parte, em sinais de que os mercados de trabalho e de produtos estão mais equilibrados nos últimos meses”, disse.
Sobre a questão mais atual dos gastos do governo federal, Schmid disse que “grandes déficits fiscais não serão inflacionários, porque o Fed fará seu trabalho” para manter a inflação na meta estabelecida de 2%.
“As autoridades políticas poderiam muito bem preferir que os déficits não levassem a juros mais altos, mas a história tem demonstrado que seguir esse impulso muitas vezes resultou em inflação mais alta”, disse ele.