São Paulo – O senador Jean Paul Prates (PT-RN), indicado por Lula como presidente da Petrobras, disse que não haverá intervenção nos preços dos combustíveis e que os valores serão vinculados internacionalmente “de alguma forma”. A fala, nesta quarta-feira, ocorre após ele afirmar na semana passada que iria revogar a política de preços da Petrobras, promessa de campanha de Lula. Essa política de preços vincula o mercado doméstico ao valor do dólar e do barril de petróleo. A matéria foi publicada pelo O Globo e confirmada pela reportagem da Agência CMA.
“Nunca ninguém falou em intervenção. O mercado é aberto e a importação está aberta . A Petrobras não faz intervenção em preços. Ela cumpre o que o mercado e o governo criam de contexto. A Petrobras reage a um contexto. A gente vai criar uma política de preços para os nossos clientes”, explicou.
Prates disse que há uma diferença entre paridade de importação, aplicado hoje pela Petrobras, e paridade internacional. “Uma coisa é ter o internacional como referência, outra coisa é se guiar pelo preço de uma refinaria estrangeira mais o preço para chegar até aqui. Todo o preço será vinculado internacionalmente de alguma forma”.
Ele disse que o preço será do mercado brasileiro, composto por produção nacional e importada. Para ele, o preço precisa refletir a produção doméstica e a importação.
A Agência CMA entrou em contato com a assessoria de imprensa do CEO da Petrobras que confirmou suas declarações feitas mais cedo aos jornalistas , durante a posse do vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Industria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, mais cedo.
As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) passaram a operar em forte alta após as falas de Prates, impulsionando a Bolsa brasileira, e encerraram o pregão desta desta quarta-feira com ganhos de 1,66% e 3,17%, cotadas a R$ 26,23 e R$ 23,05, respectivamente. O Ibovespa fechou em alta de mais de 1%.
