Prates e Alcolumbre anunciam investimento em projeto eólico offshore na região da margem equatorial

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São Paulo – O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, participou do lançamento do Projeto Eólico Offshore na região da margem equatorial, em Natal (RN), na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN). O projeto prevê investimento de R$ 5 milhões, com emendas destinadas por seu mandato no Senado e pelo mandato do senador Davi Alcolumbre (União-AP), informou Prates, em sua rede social.

“Um estudo inédito, conduzido pelo Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), visa analisar o potencial eólico offshore entre os estados do Rio Grande do Norte ao Amapá identificando e mapeando as áreas mais promissoras à implantação de parques eólicos na Margem Equatorial”, escreveu Prates.

Além de Prates, participaram do evento a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT-RN); o vice-governador Walter Alves; o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim; o senador do Amapá, David Alcolumbre; o presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo e o diretor do SENAI do Rio Grande do Norte e do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Reodrigo Mello.

PARCERIA COM O SENAI-RN

Ainda durante o evento, a Petrobras e o Senai-RN assinaram, nesta sexta-feira, um protocolo de intenções para desenvolver ações e estratégias voltadas à transição energética, energias renováveis e descarbonização no Brasil. Um dos possíveis desdobramentos será a ampliação e o aprofundamento do mapeamento do potencial eólico offshore na Margem Equatorial Brasileira. Durante evento em Natal (RN) também foram apresentadas primeiras conclusões de estudo sobre potencial da Margem Equatorial para matrizes renováveis.

A iniciativa contempla os esforços da companhia nas áreas de energia renováveis, descarbonização e transição energética. O documento estabelece ainda o compromisso da criação de um Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) de referência para pesquisa e desenvolvimento desses setores.

“Esse acordo vai abrir caminhos para uma nova fronteira de energia limpa e renovável no Brasil, aproveitando o expressivo potencial eólico offshore do nosso país e impulsionando nossa trajetória em direção à transição energética justa. A Petrobras está caminhando com diligência, mantendo foco em operar de forma sustentável. Ao mesmo tempo avançando na descarbonização e atenta às oportunidades de ampliar sua atuação em novas matrizes como os combustíveis com conteúdo renovável, energia eólica e solar”, afirmou o Jean Paul Prates.

Dados preliminares de um estudo conduzido pelo Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) sugerem que o potencial do recurso solar do Amapá é equivalente a regiões do Brasil onde já existem empreendimentos de grande porte instalados, seja na medição anual como sazonal. A região já é estudada desde 2015, quando Petrobras e SENAI-RN descobriram o potencial eólico offshore da bacia Rio Grande do Norte Ceará. A parceria pode contribuir para ampliar a segurança energética dos estados e evitar, por exemplo, episódios como o de 2020, quando o Amapá enfrentou 22 dias de interrupção de energia elétrica, causada por fortes chuvas e descargas atmosféricas, que afetou cerca de 90% da população.

“Essa parceria abre perspectivas para a criação de um ambiente de discussão estratégica para o Brasil sobre temas em que o país caminha para alcançar cada vez mais destaque aos olhos do mundo. É um contexto de muita demanda por energia limpa, por transição energética, por eficiência energética e descarbonização em todos os níveis. Analisamos como muito oportuna essa união de esforços do SENAI e da Petrobras em busca de cada vez mais expertise e competitividade nessa direção”, diz o diretor do SENAI RN e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello.

Além disso, a Margem Equatorial Brasileira apresenta grande diversidade fisiográfica e meteorológica e é considerada uma região de interesse estratégico para o país.

– Estamos avaliando muitas possibilidades visando a descarbonização das operações na Petrobras. Recentemente firmamos parceria com a Equinor para estudos relacionados à instalação de parques eólicos offshore na costa de seis estados, alguns deles aqui na região da Margem Equatorial. Acredito que o protocolo assinado hoje, permitirá ampliar ainda mais o leque de oportunidades. A Petrobras tem buscado novos parceiros para futuros projetos explicou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim.

A Petrobras busca integrar as operações de exploração e produção a novas fontes de energia, formando um ecossistema. Na prática, os novos projetos incorporam, em todo ciclo de vida, a associação com soluções que reduzam as emissões de gases de efeito estufa no longo prazo como, por exemplo, a energia eólica offshore, o hidrogênio de baixo carbono e a captura de carbono.

O potencial brasileiro é estimado em 700 GW em locações offshore com baixa profundidade um volume que corresponde a mais de 30 vezes a capacidade de geração instalada hoje no mundo , de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério das Minas e Energia (MME).