Prejuízo ajustado da Azul recua 55,4% no primeiro trimestre de 2024, a R$ 324 milhões

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São Paulo, SP – A Azul divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2024 (1T24), com prejuízo líquido ajustado de R$ 324,4 milhões, queda de 55,4% em relação ao prejuízo
registrado no primeiro trimestre de 2023 (1T23).

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ 1,415 bilhão, alta de 37,4% em relação ao 1T23. Já a margem Ebitda foi de 30,3%, alta de 7,2 p.p. na comparação com o mesmo período de 2023.

A receita líquida foi de R$ 4,678 bilhões, alta de 4,5% na comparação com o mesmo período de 2023, impulsionada por um ambiente de demanda doméstica e internacional saudável, receitas auxiliares robustas e crescimento nas unidades de negócios. A receita de passageiros aumentou 4,5% com 2,6% a mais de capacidade em comparação com o mesmo período do ano passado. A receita de carga e outros atingiu R$ 321,4 milhões no 1T24, 4,2% maior em comparação com o 1T23, principalmente devido ao sólido desempenho de nossos negócios de carga e de nossa operadora de turismo.

O RASK e o PRASK atingiram níveis recordes para um primeiro trimestre de R$ 42,23 e R$ 39,33, respectivamente, demonstrando a força de nosso modelo de negócios. A capacidade no trimestre cresceu 2,6%, apoiada por um crescimento de 6% no mercado doméstico e compensada por uma redução temporária em nossa malha internacional devido a uma transição em nossa frota de widebody.

“Estamos especialmente encorajados pelo progresso que estamos fazendo na utilização de aeronaves, atingindo 11,5 horas, um aumento de 17% em relação ao 1T23, e com espaço para mais melhorias”, destacou a companhia.

Durante o trimestre, o CASK reduziu 5,9% em relação ao ano anterior. Um dos fatores que
impulsionaram essa melhoria foi uma redução de 2,6% no consumo de combustível por ASK, como resultado do maior número de aeronaves de última geração em nossa frota.

O Yield atingiu R$ 49,84 centavos, um recorde para um primeiro trimestre, 2,8% maior do que no 1T23. O tráfego de passageiros (RPK) aumentou 1,7% com um aumento de capacidade de 2,6%, resultando em uma taxa de ocupação de 79%.

Em 31 de março de 2024, a Azul tinha uma frota operacional de 181 aeronaves de passageiros e uma frota contratual de 183 aeronaves de passageiros, com uma idade média de 7,4 anos excluindo aeronaves Cessna. Ao final do 1T24, as 2 aeronaves não incluídas em nossa frota operacional de passageiros consistiam em Embraer E1s subarrendados para a Breeze. A Azul terminou o 1T24 com aproximadamente 83% de sua capacidade proveniente de aeronaves de nova geração, consideravelmente superior a qualquer competidor na região.

As despesas financeiras líquidas foram de R$ 1,117 bilhão, com R$ 540 milhões em arrendamentos
reconhecidos como juros e R$ 292 milhões em juros sobre empréstimos e financiamentos.

ENDIVIDAMENTO

Em comparação com o 4T23, a dívida bruta aumentou R$ 1,198 bilhão para R$ 24,3 bilhões, principalmente devido à depreciação de 1,6% no final do período do real em relação ao dólar americano no trimestre, resultando em um aumento nos passivos de arrendamento e empréstimos denominados em moeda estrangeira, além da emissão de debêntures locais e da reemissão de notas seniores com garantia com vencimento em 2028 no 1T24, parcialmente compensada por nosso contínuo processo de desalavancagem com R$ 1,7 bilhão em pagamentos de empréstimos, juros e arrendamentos durante o trimestre.

Em 31 de março de 2024, o vencimento médio da dívida da Azul excluindo passivos de arrendamento e debêntures conversíveis era de 4,4 anos, com uma taxa de juros média de 11,1%. A taxa média de juros das obrigações denominadas em moeda local e em dólar era equivalente a CDI +4% e 10,6%, respectivamente.

A alavancagem da Azul, medida como dívida líquida em relação ao EBITDA dos últimos doze meses, reduziu 1,4 ponto percentual em relação ao ano anterior, de 5,2x para 3,7x. Estamos confiantes em nossa capacidade de continuar reduzindo a alavancagem organicamente e reafirmamos nossa perspectiva para encerrar 2024 com alavancagem de aproximadamente 3,0x, abaixo dos níveis pré-pandêmicos.